PASCAGOULA, Mississippi – A HII realizou no dia 11 de janeiro a cerimônia de batismo do Harrisburg (LPD 30), um navio de desembarque doca da classe San Antonio, no estaleiro da divisão Ingalls Shipbuilding, no Mississippi.

“Hoje não é apenas um batismo, mas uma celebração da habilidade, do compromisso e da importância duradoura do trabalho que realizamos todos os dias na Ingalls”, declarou Brian Blanchette, presidente da Ingalls Shipbuilding. “O Harrisburg, assim como sua cidade homônima, representa força, resiliência e liderança – qualidades que também refletem a dedicação dos nossos construtores navais em garantir que a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais tenham os navios mais avançados para proteger nossa nação.”

Homenagem à História de Harrisburg

O LPD 30 recebe o nome de Harrisburg, a capital da Pensilvânia, em reconhecimento ao seu papel histórico no apoio às Forças Armadas dos Estados Unidos. A cidade desempenhou um papel estratégico no desenvolvimento industrial do país, além de ter sido fundamental durante a Expansão para o Oeste, a Guerra Civil Americana e a Revolução Industrial.

As madrinhas do navio, Alexandra Curry, esposa do prefeito de Middletown (Pensilvânia), e Jennifer Díaz, esposa de Chris Díaz, chefe de gabinete do Secretário da Marinha, foram homenageadas durante a cerimônia e realizaram o tradicional batismo do navio, quebrando uma garrafa de espumante na proa.

O evento contou com a presença de altos oficiais da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais, incluindo o contra-almirante Tom Anderson, responsável pelo programa de novos navios da Marinha, que destacou a importância do LPD 30:

“Aos marinheiros e construtores do futuro USS Harrisburg, meus mais profundos parabéns. Obrigado pelo trabalho e pelos sacrifícios já feitos, e por tudo que ainda farão para trazer este navio à vida”, afirmou Anderson.

Navio de Última Geração para Missões Anfíbias e Humanitárias

O Harrisburg (LPD 30) será o 14º navio da classe San Antonio e o primeiro da variante Flight II, uma evolução da classe voltada para operações expedicionárias, assistência humanitária e missões de resposta a desastres.

O general Christopher Mahoney, subcomandante do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, também discursou:

“Quando você junta os melhores construtores navais da América com os melhores marinheiros do mundo e alguns centenas de fuzileiros navais prontos para a ação, você tem o USS Harrisburg. Este é o verdadeiro poder do nosso programa de construção naval anfíbia, que reforçará a presença persistente da nossa força naval para enfrentar os desafios estratégicos desta geração.”

Expansão da Frota Anfíbia

A Ingalls Shipbuilding é a única fornecedora da classe San Antonio e já entregou os LPDs 17 a 29. Atualmente, a empresa está construindo dois navios da variante Flight II, incluindo o Harrisburg (LPD 30) e o Pittsburgh (LPD 31). Além disso, os preparativos para o início da construção do Philadelphia (LPD 32) já estão em andamento.

Em setembro de 2024, a Marinha dos EUA assinou um contrato com a Ingalls para a construção de três novos navios anfíbios da classe San Antonio (LPDs 33-35), reforçando ainda mais as capacidades da frota para operações expedicionárias no futuro.

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ChinEs

Essa classe de navios é poderosa, os Chineses copiaram e fizeram a Type 071.

Marcelo

Esses navios é muito importante para USNavy, tanto que a MB esta comprando o HMS Bulwark e o HMS Albion e negociando para receber os navios o mais rápido possível !!!

ChinEs

A MB vai ficar com o Bulwark, imagina o Bahia + Bulwark + NAM Atlantico… Dá para fazer um desembarque anfibio completo sem esquecer o LST Almirante Saboia.

Heli

Desembarcar onde? Venezuela? Fernando de Noronha? A MB precisa principalmente de submarinos e escoltas, ter esses navios de desembarque sem escoltas seria suicídio.

DIMAS S. DE SOUZA

Fantastica reportagem. Para frente America !! Com suas poderosas Esquadras em prontidao e guardia da Democracia e Mares livres.

Dalton

A “Ingalls Shipbuilding” também é a única fornecedora da classe America, os 2 primeiros da versão Flight Zero já entregues e o primeiro da versão Flight One (LHA 8) com diferenças significativas será entregue ainda esse ano com o LHA 9 previsto para ser entregue em 2029. . Além do contrato para construir os LPDs 33, 34 e 35, também foi contratada para construir o quinto LHA classe America e está interessada em contratos para fragatas e o “LSM” cujo primeiro da classe até já recebeu um nome, um tanto quanto precipitadamente já que não foi decidido quem o construirá… Read more »

Bruno Vinícius

Corre o risco do homenageado ficar sem navio hahaha. Tinha lido em algum lugar que a USN estava querendo colocar o LSM na geladeira.

Dalton

Quando penso que já vi de tudo, aparece mais essa ! Ainda acho que o “LSM” irá sair
mas dar um nome a um navio que nem mesmo foi contratado é novidade para mim.

Last edited 1 mês atrás by daltonl
Alex Barreto Cypriano

O custo espiralou em parte porque a USNavy, que vai tripular e operar os LSM pra transportar fuzileiros e seus brinquedos, não quer colocar seu pessoal em situação precária – coisa muito digna e compreensível de uma força com princípios – e demandou qualidades mínimas indispensáveis do meio. Penso que há um rol de contradições entre cenário e estratégia no que o USMC e a USN prevêem, e o LSM, já desde o início como LAW, era a manifestação dessas contradições, ainda hoje não aplainadas, talvez inconciliaveis, afinal. O USMC seguiu na sua linha, como sempre fizeram (lembremos que eles… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Apenas como informação: Del Toro nomeou a classe de futuros LSM como classe McClung, e o futuro (líder da classe) LSM-1 como USS McClung em homenagem a uma oficial fuzileira, Megan McClung, morta em ação no Iraque. Cito parágrafo de matéria do US Naval Institute: ‘Del Toro dubbed the Medium Landing Ship the McClung class, with USS McClung (LSM-1) as the lead ship. The vessel is named after Marine Corps Maj. Megan McClung, a public affairs officer who was the first female Marine officer to be killed in Iraq and the first female graduate of the Naval Academy to die… Read more »

Dalton

“lembremos que eles foram os primeiros a adotar o JSF bravo”
.
Até aí nem poderia ser diferente Alex dada a necessidade de substituição do
AV-8B.

Last edited 1 mês atrás by daltonl
Alex Barreto Cypriano

Sim, mestre Dalton. Embora os vôos inaugurais dos F-35 sejam bem anteriores (o A em 2006, o B em 2008 e o C em 2010), já havia em 2013 o VMFAT-501 voando com o pacote 2B, hoje obsoleto, e em dezembro de 2022 já havia na costa leste o VMFA-542. E o bravo tinha seus problemas específicos com peso, quebra de anteparas estruturais, baixa durabilidade (inicialmente ~ 2.000 horas de vôo contra o mínimo de 8.000, embora digam que os JSF possam durar até 16.000 h.v.), capacidades limitadas pelo software (hoje já amplamente resolvidas sob as atualizações). Era, por assim… Read more »

Dalton

Desde o início Alex, o principal usuário do “B” seria o USMC, não apenas substituindo o AV-8B, mas, também o FA/18A/C/D em alguns esquadrões enquanto outros esquadrões que operavam o “Hornet” estão sendo substituídos pelo F-35C a última versão a entrar em serviço o que fará o USMC o único a operar as versões B e C.
.
Talvez tenha entendido errado o contexto que você utilizou-se por ser o USMC o primeiro à adotar o “B”, não seria diferente penso eu 🙂