A última viagem do ex-USS John F. Kennedy (CV-67)
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Um capítulo da história naval está se encerrando com a última viagem do USS John F. Kennedy (CV-67), o antigo super porta-aviões da Marinha dos EUA. Desativado, o navio está partindo da Filadélfia com destino a Brownsville, no Texas, onde será desmontado. Esse momento marca o fim de uma era, já que o USS John F. Kennedy foi o último porta-aviões norte-americano movido a combustível convencional, servindo à frota por quase quatro décadas.
Enquanto essa icônica embarcação segue para seu destino final, a Marinha dos EUA se prepara para receber seu sucessor tecnológico, o USS John F. Kennedy (CVN-79), um porta-aviões da classe “Ford” projetado para revolucionar a aviação naval.
Comissionado em 7 de setembro de 1968, o USS John F. Kennedy (CV-67) foi o primeiro navio a homenagear o 35º presidente dos Estados Unidos, que serviu como tenente da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao longo de sua trajetória, o CV-67 participou de várias operações e eventos significativos, demonstrando a complexidade das operações navais. O porta-aviões teve um papel importante na Operação Desert Shield, em 1990, e, apesar dos desafios, continuou a se adaptar ao cenário geopolítico, apoiando a Operação Southern Watch e a Operação Enduring Freedom.
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A embarcação foi retirada de serviço pela Marinha em 2005, descomissionada em Mayport, Flórida, em 2007, e permaneceu atracada na Filadélfia por quase duas décadas. Em 2021, a empresa International Shipbreaking Limited comprou o navio por apenas US$ 0,01, preparando o terreno para sua última jornada até os estaleiros de desmonte em Brownsville. O Contra-Almirante Bill Greene destacou que o navio “sempre será lembrado como um símbolo de liberdade duradoura e um farol de esperança e paz durante tempos difíceis.”
Enquanto o CV-67 realiza sua derradeira viagem, a Marinha dos EUA se prepara para receber seu substituto, o USS John F. Kennedy (CVN-79), um porta-aviões da classe Ford e o segundo a levar o nome do presidente John F. Kennedy. O novo navio incorpora mais de 23 novas tecnologias, incluindo avanços em propulsão, geração de energia, manuseio de armamentos e sistemas de lançamento de aeronaves. Essas inovações permitirão um aumento de 33% na taxa de operações de voo, além de uma economia de US$ 4 bilhões nos custos operacionais ao longo de sua vida útil, em comparação com os porta-aviões da classe Nimitz. Movido a energia nuclear, o novo USS John F. Kennedy tem sua entrega prevista à Marinha em 2025.
FONTE: www.chron.com
Um dos primeiros livros que tive sobre aviação militar foi um livro sobre os F-14A, e muitas das fotos dele em Deployment foram tiradas à bordo do JFK durante os primeiros anos da década de 80.
Bons tempos.
A configuração de esquadrões da primeira foto, com F-14 Tomcat, A-7 Corsair, A-6 Intruder e S-3 Viking é, sem dúvida, a mais legal da US Navy em qualquer época
Ia comentar exatamente isso agora. É muito legal mesmo.
Saiu barato a compra, sinal que o custo vai ser alto para desmontar e reciclar. Se um convencional da essa trabalheira, imagine um nuclear.
O texto menciona que o “JFK” foi retirado de serviço em 2005, mas, o que ocorreu é que a revitalização pela qual iria passar, o que garantiria 50 anos de serviço foi cancelada nesse ano e ele passou os últimos dois como um NAe de treinamento, mas ainda constando do inventário, sendo retirado em 2007, quando a partir daí o número de NAes passou de 12 para 11, mantido até hoje. . Foi o último NAe “convencional” a ser construído, mas, foi o “Kitty Hawk”, 7 anos mais antigo – que passou pela “revitalização” – o último convencional a ser… Read more »
“Essas inovações permitirão um aumento de 33% na taxa de operações de voo, além de uma economia de US$ 4 bilhões nos custos operacionais ao longo de sua vida útil, em comparação com os porta-aviões da classe Nimitz …”
P.S.: Em condições Ceteris Paribus e CNTP …
No mais, não me importam 23 novas tecnologias diante da imagem de um deck com Tomcats e Legacy Hornets enfileirados … Não há, nem nunca haverá, nada que supere essa imagem.
Que grande oportunidade para o Brasil.
Talvez o comentário seja irônico e eu compartilho tbm desse humor. Mas falando sério, se o Brasil fosse um país sério mesmo e tivesse adquirido esse P.A lá pelos idos de 2010… talvez algo em torno de 1 bilhão de dólares o deixasse novinho para a MB. Só que jamais teríamos aeronaves o suficiente para justificar o custo de operar um navio aeródromo desse porte.
Só agora vi seu comentário Jadson e o “buraco seria mais embaixo” como dizem, não apenas falta de recursos, seriedade e insuficiência de aeronaves. . O “JFK” não poderia atracar no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, muito menos entrar no Dique Almirante Régis então seria necessário investir em infraestrutura; . A marinha queria um NAe “compatível” para substituir o “Minas Gerais” e não daria para aguardar pela baixa do “JFK” que especulava-se iria ocorrer só em 2018 e as negociações para a compra do “Foch” iniciaram-se ainda em 1999. . Como a revitalização dele que iria ser iniciada… Read more »
Manda para a MB, não desmonta não!