Navios LST da Marinha de Taiwan: Veteranos da Segunda Guerra Mundial ainda em ação

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ROCS Chung Yeh (LST-231)

A Marinha da República da China (Taiwan) opera atualmente quatro navios de desembarque de carros de combate (NDCC) da classe LST-542 e um da classe LST-1, todos remanescentes da Segunda Guerra Mundial. Esses navios desempenham um papel crucial nas operações anfíbias e logísticas de Taiwan.

Classe LST-542:

  1. ROCS Chung Chien (LST-205): Originalmente comissionado como USS LST-716 pela Marinha dos Estados Unidos, este navio foi transferido para a Marinha de Taiwan, onde continua em serviço ativo.
  2. ROCS Chung Chie (LST-218): Anteriormente conhecido como USS Berkeley County (LST-279), este navio foi incorporado à frota taiwanesa e permanece operacional.
  3. ROCS Chung Ming (LST-227): Este navio serviu inicialmente como USS Sweetwater County (LST-1152) antes de ser transferido para Taiwan, onde continua a servir.
  4. ROCS Chung Yeh (LST-231): Anteriormente o USS Sublette County (LST-1144), este navio está ativo na Marinha de Taiwan.

Classe LST-1:

  • ROCS Kao Hsiung (LCC-1): Originalmente comissionado como USS Dukes County (LST-735), este navio foi convertido em uma plataforma de testes para a Marinha de Taiwan e permanece em serviço.
ROCS Chung Chien (LST-205)

Em 1º de abril de 2021, a Marinha de Taiwan descomissionou o ROCS Chung Shun (LST-208), anteriormente conhecido como USS LST-732, reduzindo sua frota de LSTs ativos.

Esses navios, apesar de sua idade, continuam a ser componentes vitais para as capacidades anfíbias de Taiwan, permitindo o transporte e desembarque de tropas, veículos blindados e equipamentos diretamente em praias ou portos inadequados para embarcações maiores.

ROCS Chung Chie (LST-218)
ROCS Kao Hsiung (LCC-1)

NOTA DO PODER NAVAL: O Brasil teve um LST 511 – 1152, o NDCC Garcia D’Avila (G28). Originalmente comissionado como USS Outagamie County (LST-1073) pela Marinha dos Estados Unidos, foi incorporado à Marinha do Brasil em 1971. Após décadas de serviço, foi descomissionado em 1989. Veja a página do navio no NGB, clicando aqui.

NDCC Garcia D’Avila (G28)
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carvalho2008

hummmm…..vou esperar o pessoal que critica os fuzileiros da MB perguntando ….

  • Vão desembarcar onde?
Alex Barreto Cypriano

😅 Cortou pela raiz a brincadeira, hein mestre Carvalho2008? 😂 Bom, vou arriscar meter a colher num assunto correlato: dado o cenário no Pacífico ocidental, a USNavy não quer LSM com pouca ou nenhuma sobrevivencialidade (já os fuzileiros não ligam pra suscetibilidade/vulnerabilidade/recuperabilidade…). Mas o fato é que o NDAA 2025 parece permitir a dispensa dos KPP (Key Performance Parameters) da conscienciosa Navy para aquisição sem concorrência de vasos com padrão comercial (pra minorar custos, dizem) o que arrepiou o cabelo da nuca de Picotte e Gauthier, aqui: https://www.usni.org/magazines/proceedings/2025/january/do-not-lower-navys-ship-survivability-standards Bom, se eu fosse fuzileiro taiwanês, eu me preocuparia com a (nenhuma)… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Segue, a quem possa interessar, um resumo do NDAA 2025. Verifiquem o primeiro ítem na p. 05 e o quarto ítem na p.19, aqui:
https://www.armed-services.senate.gov/imo/media/doc/fy25_ndaa_executive_summary.pdf

Marcelo

A mídia britânica esta em pânico,acabou de divulgar que cada navio de desembarque esta sendo vendidos ao Brasil por 20 milhões de euros !!!
https://www.portsmouth.co.uk/news/defence/royal-navy-hms-albion-bulwark-sold-deal-4962669

Adhemar Moreira

Lá tem valor, se fosse no Brasil já estariam criticando as ” velharias”.

Renato Chaves

É assim que Taiwan se prepara para resistir ao avanço chinês? O Brasil pode se dar ao luxo de ter material bélico obsoleto e ineficaz. Já Taiwan é imperdoável.

Marcelo

O navio de desembarque NDCC almirante Sabóia tambem è antigo de 1960.

Rafael Coimbra

Agora quero ver a china se defender

Leandro Costa

Eu tinha esse ‘print’ do Garcia D’Avila 😀

Agnaldo Pedrosa Oliveira

Esqueceram de mencionar a ajuda ao povo de Blumenau, Carregamos no Pier da Praça Mauá com mantimentos em Geral e descarregarmos no Porto de São Francisco do Sul.
Foi uma das melhores momentos que passei na Marinha

Dalton

Caso não saiba Leandro, além do “Garcia” o Navio Oficina Belmont – que tive oportunidade de ao menos estar ao lado no AMRJ quando garoto – foi um “LST” similar, convertido em Navio Oficina nos EUA logo após o fim da II Guerra, inicialmente emprestado à marinha brasileira na década de 1960, adquirido na década de 1970 e servindo até 1997.

DIMAS S. DE SOUZA

Ola contemporaneo Dalton ! Quanto tempo nao ? Fui tripulante do G 24 _ Belmonte . Creio que voce tenha sido tripulante de um Classe P ou Bico Fino. Bacana voce dando uma noçao do que era a Marinha em uma epoca ja um pouco longinqua. Tempo em que as cobertas eram de macas de lona Muita viagem . Rigorosa limpeza a bordo. Baixar terra : uniforme impecavel , barba feita , inspeçao. Duas conquistas da marujada : Hoje pode _se ir para terra A PAISANA / aboliu o uniforme branco ( tambem por motivo de segurança do pessoal militar… Read more »

Dalton

Lamento desaponta-lo Dimas, mas, sou apenas um entusiasta que quando garoto na década de 1970 encheu a paciência do pai para visitar o AMRJ – foi nessa primeira visita que deparei-me com o “Belmont” a ré do já inativado “Tamandaré” – e que achou muito mais interessante do que Corcovado, Cristo Redentor, etc. . Navios Auxiliares como o “Belmont” costumam despertar menor interesse, mas não é o meu caso e naquela época o que pude fazer foi montar um com os blocos de montar Polly – antecessor do Lego – e colar um pedaço de esparadrapo na popa com o… Read more »

Saulo de souza vargas

Meu amigo, participei de diversas missões no tamancão, sai antes e chegava depois…

Burgos

Que depois se torno Navio Oficina Belmonte quando na ativa vi esse navio navegando 👍

Gerson Carvalho

Nos anos 80 servindo no CT-Maranhão participei de várias operações com o Garcia D’Avila.

Emmanuel

O projeto é bom. Antigo. Mas útil até hoje.
Se a MB tivesse dois neurônios teria feito algo parecido para ser utilizado pelos fuzileiros.
Navio de desembarque tem que ser bom e barato. Projeto simples. Sem essa coisa de ToT.
O Peru é um exemplo que é possível fazer um bom navio.

https://www.naval.com.br/blog/2018/06/10/marinha-do-peru-incorpora-o-bap-pisco-navio-de-desembarque-doca/

Marcelo

A marinha do Brasil sempre foi dependente da desativação (baixa) dos Navios da USNavy e RoyalNavy e Marinha Francesa com mais de 40 anos de uso para repor os navios para sua esquadra.
Agora que a MB está conseguindo comprar o navio desembarque Bulwark e Albion semi novos com 13 anos de uso .
A falta de compra de navios novos pela a MB sempre é o mesmo problema orçamentário (falta grana).

Last edited 1 mês atrás by Marcelo
Dalton

Com exceção do “Almirante Saboia” – que passou por uma grande revitalização antes de ser adquirido com 42 anos – não lembro de navios adquiridos com mais de 40 anos e sim que os adquiridos ultrapassaram a marca de 40 anos, somando-se os anos de atividades nas marinhas devido à falta de recursos para substitui-los quando devido. . Por exemplo, as fragatas T-22 conhecidas aqui como classe Greenhalgh foram adquiridas do Reino Unido em meados da década de 1990 com em média 16 anos de uso, a Rademaker ainda encontra-se no inventário indo para 45 anos e antes delas os… Read more »

No One

OFF

A marinha russa continua em apuros no Mediterrâneo, é já o segundo navio que acusa avarias e incêndios, na região.

No 24 de dezembro, o navio cargueiro russo Ursa Major afundou, sabe-se que uma explosão atingiu a sala de máquinas do navio .

Não basta ter perdido o acesso a base naval de Tartus na Síria, agora começa perder navios.

https://www.itamilradar.com/2025/01/26/kildin-in-serious-trouble/

Marcelo

Fica tranquilo lá a caneta funciona.
No outro dia é assinado o contrato para repor os navios perdidos.

No One

A caneta pode funcionar, a indústria menos, no mínimo uma década para repor um navio de combate de primeira linha rsrs isso quando tudo dá certo, caso contrário 18 ou 20 anos.

Marcelo Hceh

Sempre achei os LSTs os navios mais bonitos, acho muito interessante a capacidade de um navio “encalhar” para poder fazer o desembarque de tropas ou equipamentos

GRAXAIN

Bonitões com esse azul escuro!

Fernando Vieira

Esses navios estavam na Normandia em 06/06/1944?

MMerlin

Estão querendo tirar o título do Monitor Parnaíba.
Um bom tempo atrás, achava que deveria ser tirado de operação para se tornar um navio museu, garantindo a continuidade de vida da embarcação.
Mas já recebeu tanta atualização, inclusive de motores, se estruturalmente está ok e não estiver oferecendo risco à tripulação, merece ser mantido em serviço.
A embarcação recebeu até um convôo.

Marcelo Andrade

Na decada de 70 visitei com meu saudoso pai o NDCC Duque de Caxias no antigo pier da Praça Maua, aqui no RJ. Ele era dessa classe? Me lembro de ver um VBTP Urutu do CFN no interior.

Dalton

Não Marcelo, inclusive em uma revista T&D da década de 1980 que ainda tenho com as silhuetas dos navios da marinha é possível ver as diferenças entre o “Duque de Caxias” e o primeiro “Garcia D’Avila” este sim similar aos navios de Taiwan como mostra a foto dele na matéria.
.
O “Duque de Caxias” pertenceu a uma geração posterior e era também bem maior, só o vi à distância.

Marcelo Andrade

Blz Dalton, muito obrigado!!!!

GUPPY

Fiz uma comissão de duas semanas no NDCC Duque de Caxias – G26, uma Aspirantex com alunos da EFORM. Do Rio de Janeiro-RJ para Itajaí-SC, mas antes de rumarmos para o Sul, fomos para a costa fluminense ao largo de São Pedro da Aldeia para exercícios com helicópteros. O boca de ferro informou que assistimos ao primeiro pouso de uma aeronave fabricada no Brasil.

Obs.: eu era chateado por ter ido em Santa Catarina sem ter passado pelo Paraná. Hoje, moro em Curitiba-PR.

GUPPY

O primeiro pouso de uma aeronave fabricada no Brasil em um navio da Marinha do Brasil. Foi um esquilo.

Oséias

Esse conceito de navio de desembarque na praia está voltando a tona na US Navy (stern landing vessel).
Os navios anfíbios do tipo doca foram ficando tão grandes e sofisticados (e caros) que cada marinha consegue ter poucos. Até que enfim alguém percebeu que numa guerra de verdade serão necessários muitos navios baratos capazes de levar muita gente até a costa. Os marines americanos estão voltando a serem anfíbios de verdade e não uma força pra patrulhar desertos árabes.
Espero que a MB olhe esse conceito