No dia 30/01, a Itaguaí Construções Navais (ICN) avança em mais uma etapa do processo construtivo do Submarino Tonelero, o terceiro navio de propulsão diesel-elétrica do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). A Imersão Dinâmica, Marco de Segurança J10, que tem como principal objetivo validar a capacidade de ocultação, permanência e recarga de baterias no mar, além de avaliar a operacionalização da guarita de salvamento e o controle atmosférico interno do navio. Esse procedimento representa um importante marco industrial e precede entregas ainda mais desafiadoras.

A imersão dinâmica de um submarino ocorre quando o navio utiliza em conjugado, a sua propulsão e seus lemes horizontais, aliados ao seu casco hidrodinâmico, vencendo a resistência e o atrito com o meio líquido, direcionando o casco para baixo e mergulhando com o submarino, dessa forma, sem a dependência dos seus tanques de lastro.

Para garantir a segurança e a precisão da manobra, diversos testes preparatórios foram conduzidos pela ICN para assegurar o sucesso da imersão. Além disso, a Marinha do Brasil, com o apoio do Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), realizou uma rigorosa Inspeção de Segurança para reforçar a confiabilidade da operação e a preparação da tripulação para futuros passos.

Próximas Conquistas

Com a conclusão bem-sucedida da 1ª Imersão Dinâmica, a próxima fase será o Marco J11: a Imersão em grande profundidade. Esse teste avaliará a resistência do casco às pressões exercidas em profundidades operacionais máximas, bem como o funcionamento de sistemas essenciais para a segurança e eficiência do submarino. A previsão para a incorporação do submarino Tonelero à Marinha do Brasil é para o segundo semestre de 2025.

O PROSUB é uma das iniciativas mais ambiciosas e estratégicas das Forças Armadas brasileiras, projetado para fortalecer a capacidade de defesa do país e assegurar a proteção das suas vastas riquezas marítimas, especialmente na região do pré-sal. Lançado oficialmente em 2008, o Programa é parte fundamental do esforço do Brasil para modernizar sua Força Naval e garantir a Soberania Nacional.

FONTE: Itaguaí Construções Navais (ICN)

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Guarivaldo

A última foto ficou sensacional!

Last edited 1 mês atrás by Guarivaldo
Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Que venham mais submarinos…, temos uma base de submarinos de primeiro mundo na ilha da madeira e a ICN fortalecendo o seu nome e mão de obra internacionalmente na construção de submarinos…, não dou 3 a 5 anos, marinhas de outros países vão nos procurar para manutenção e construção de submarinos… A marinha brasileira têm que ser reconhecida e respeitada no mundo, como uma das marinhas mais fortes em submarinos… Vamos manter a mão de obra que demora para ser formada, e baratear a manutenção… E esquecer porta aviões!!! Já fiquei em hotéis a trabalho ali na região de Itaguai-… Read more »

MMerlin

Concordo. O objetivo do estaleiro deveria ser buscar nacionalizar o máximo de componentes que a indústria nacional poderia produzir, de modo sustentável que não comprometesse sua saúde financeira. De preferência alterar gradualmente o modelo do submarino para que, no fim, o projeto do casco e outras áreas seja nacional. É preciso fomentar a empresa e suas fornecedoras. E isto só se faz mantendo pedidos sempre na linha do horizonte. A preocupação é a MB deixar o estaleiro minguar pela falta de contratos. E mais um ToT (junto com bilhões e bilhões) sendo perdido. Dito isto, não podemos deixar de dar… Read more »

Willber Rodrigues

Sempre defendí +2 subs convencionais antes de partir-mos de vez pro charuto atômico.

Nilo

Próximo a linha final de construção dos Sub a diesel, os olhares ficarão fixos no Sub Nuc rsrsr

Aldo Renato Soares

Deveríamos aumentar a frota de
submarinos convencionais e, caso seja bem sucedida a primeira unidade movida a energia nuclear, também criar uma frota de submarinos nucleares….

Nilo

Pois é, seria o ideal, com cobertor curto, a prioridade é absorver conhecimento e produzir uns quatro nuclear, nesta área a muito a desenvolver.

Jodreski

Vc está certo mas o nosso anseio esbarra na questão financeira.
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Aliás me preocupa como a MB vai manter esses 4 Riachuelos visto que o custo operacional deles é maior do dos 209.
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Talvez seja necessário que a MB encolha ainda mais para manter o que tem.
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Tomara eu que eu esteja errado!

welington S.

Estamos em um frangalhos econômico absurdo, mas o que todos nós esperamos, é que tenhamos notícias de, pelo menos, mais duas unidades de SubCon, ou quem sabe mais quatro unidades. Não podemos de maneira alguma perder a mão de obra altamente qualificada que lá estão. O mesmo vale para as FTCs.

EduardoSP

Já estamos perdendo. Com o mesmo valor poderíamos ter contratado 10 a 12 submarinos convencionais, que sendo lançados a cada 18 meses geraria demanda para começar a construir uma indústria de submarinos. Teríamos empregos estáveis por um longo período, permitindo a consolidação do conhecimento e o treinamento de novos trabalhadores. Poderíamos, gradualmente, modificar o projeto. E a manutenção de meia-vida geraria uma demanda para a indústria que duraria uns 20/30 anos . É assim que Coréia do Sul e Turquia estão construindo sua indústria de submarinos. Mas fomos de estaleiro para submarino nuclear e casco de SUBNUC. Não teremos indústria… Read more »

Gabriel BR

A Mais poderosa força de submarinos da América Latina.

Dalton

Melhorou muito, mas, não há muita glória em ter a “mais poderosa força de submarinos da América Latina”. Dos 20 países apenas 8 tem ou já tiveram submarinos.
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Levará alguns anos para que à Argentina volte a ter submarinos, Cuba é pouco provável que volte a ter e os dois antigos submarinos venezuelanos provavelmente nem estão operacionais.
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O Chile historicamente tem mantido 4 submarinos, hoje tem 2 Scorpenes menores que os
brasileiros e 2 antigos “209” modernizados, o Peru tem 6 antigos “209” e Colômbia e Equador 2 antigos “209” cada.

Nilo

Interessante seria que saísse deste tua lista ao menos compradores que ocupasse ociosidade de Itaguaí após terminar do nossos convencionais.

Gabriel BR

Não há muita glória , mas é o suficiente para a nossa realidade.

Dalton

Sem dúvida é a nossa realidade só que mascara-la não ajuda 🙂
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Há também a expressão “Segunda maior marinha do hemisfério Sul” e já vi também “segunda maior força de submarinos do continente americano” por conta do histórico ruim de disponibilidade dos 4 submarinos canadenses.

GUTO

Por favor só confirmando, temos esses 3 Franceses e 2 Alemães operacionais.

Camargoer.

Quase…. acho que são 2 Scorpenes operacionais.. este terceiro ainda não foi entregue para a MB. Pelo que lembro, além dos Scorpenes, a MB também está com o Tupi e o Tikuna..

O Tupi deve dar baixa em breve

Dalton

O que o Camargo escreveu procede, acredito que o “Humaitá” já tenha concluído o período de testes pós incorporação o que não significa necessariamente que esteja “pronto para combate”.
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Segundo o Almirante Olsen, dois submarinos serão retirados até 2028 “Tupi” que completará 36 anos em maio e o “Tikuna” que apesar de estar com “apenas” 19 anos não compensaria outro “PMG” que precisaria ser executado antes de 2030.

Last edited 1 mês atrás by daltonl
carvalho2008

Por um curtissimo tempo, o Brasil passara a ter 6 SSK´s…4 Franceses e 2 alemães, ao menos no papel e não mais do que por um lapso entre 1 a 2 anos…pois o Tupi e Tikuna sairão de serviço em breve…embora o Tikuna permita ter 5 por entre 2 a 3 anos… A china lançou o Type 041 Hibrido. ele é derivado do Diesel eletrico Type 039 com uma seção extra de 7 a 10 metros para um reator AMPS. Dando tudo certo com os dois primeiros prototipos, este modelo será o piso base de Submarinos chineses. O Brasil precisa… Read more »

carvalho2008

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Fabio

A marinha tem torpedos suficientes para armar todo os submarinos na ativa?

Fernando G

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Gabriel BR

Não tem como saber e eles nunca vão informar-nos sobre essas coisas

Camargoer.

Os Tupis usam o Mk48.., não sei quantos torpedos estão operacionais, mas considerando que a MB tinha um estoque para 5 submarinos, é razoável considerar que existem torpedos suficientes para o Tupi e para o Tikuna…

Os Scorpenes usam o F21, bem mais moderno que o Mk48. Eu não sei dizer que se a MB já recebeu todos os torpedos adquiridos para os quatro Scorpenes, mas é razoável considerar que foram contratados torpedos suficientes para equipar os quatro submarinos

bem, também é verdade que dificilmente a MB estará com os quatro Scorpenes estarão operando simultaneamente, então sempre haverá torpedos disponíveis.

Dalton

Camargo, além de torpedos os “Riachuelos” serão armados com mísseis “SM-39” cada míssil ocupando o lugar de um torpedo. Idealmente o submarino completamente carregado para combate terá 14 torpedos e 4 mísseis já que o máximo é 18 armas. . Não há como se ter todos os 4 “Riachuelos” no mesmo nível de adestramento além do mais haverá períodos de manutenção de rotina e com o tempo manutenções mais longas então não há motivo prático para ter torpedos para todos os 4, a US Navy por exemplo não tem torpedos suficientes para todos os submarinos. . Um primeiro lote de… Read more »

Franz A. Neeracher

Grande Dalton.

“a US Navy por exemplo não tem torpedos suficientes para todos os submarinos.”

Creio que essa afirmação não procede…..a USN tém torpedos para todos os submarinos, mais reservas em vários depósitos ao redor do planeta.

Somente da versão MK-48 a USN comprou mais de 1.000.
Da versão MK-48 ADCAP não sei dizer o número exato, mas nos últimos anos, mais de 40 tem sido entregues para repor os usados e os que atigiram a data de expiração.

Dalton

Oi Franz, 24 torpedos para cada um dos 66 submarinos, inclusive esta é a capacidade máxima para os “Ohios” dá um total de 1584 que parece-me exceder ainda assim os mais de 1.000 comprados.
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Evidente que sabemos que sempre haverá submarinos indisponíveis e no caso de torpedos não necessitarem de manutenção o submarino que retorna transfere os seus para outro que esteja prestes a zarpar, haverá sempre os que estarão em manutenção e usados em testes/exercícios que não poderão ser recuperados.
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Franz A. Neeracher

Sim, concordo com as suas contas.

Mas pelo que sei, a USN tinha em 2001, cerca de 1.000 torpedos MK-48…..de lá para cá, as compras continuaram…..mas a quantidade não foi confirmada.

De acordo com várias fontes, a USN teria comprado cerca de 40 torpedos por ano…..desde 2001….assim
teríamos um número de cerca 960 torpedos comprados desde 2001….

Mas isso é um número que nenuma marinha gosta de anunciar ou confirmar.

Dalton

Franz, posso não ter interpretado o que li de forma correta o que não seria a primeira vez, mas, pelo que entendi a US Navy não adquiriu novos torpedos sem parar desde 2001, houve uma pausa e os cerca de 40 por ano entregues a partir de 2017 e certamente muitos foram “aposentados” ou usados em exercícios desde 2001.

Camargoer.

È uma conta difícil mesmo…. nem dá para ter um enorme estoque deles e nem dá ficar sem estoque.

Durante um conflito de pequena e média intensidade, creio que são disparados um número pequeno de torpedos pesados.. se o estoque da MB for de 50 F21 para 4 Scorpenes, parece razoável…

será que a MB vai vender os Mk48 para alguma outra marinha?

Dalton

Não acho que a marinha tenha um grande estoque de MK48 ao menos ainda utilizáveis e ao menos ao nosso redor não haveria interessados em compra-los.
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Segundo um tripulante com quem conversei isso muitos anos atrás ele contou-me que nunca viu o submarino carregado com carga máxima, no caso 16 torpedos.
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Acho que ficaria de bom tamanho 12 torpedos e 3 mísseis mas tenho fama de “grande pão duro” então isso poderá estar afetando minha análise 🙂

Last edited 1 mês atrás by daltonl
bitten

Quando fiz o curso de R2, em 1974, a turma de então, q se bem lembro tinha p volta de 80 aspirantes, fez uma visita a uma instalação no qual estavam estocados torpedos desmontados. Um dos instrutores perguntou quantos torpedos estariam disponíveis para cada unidade. Naquela época a MB tinha três submarinos (não sei a classe – aqui o pessoal da MB se referia a eles como “GUPPY”) o “Rio Grande do Sul”, o “Bahia” e o “Guanabara” (não lembro os símbolos de casco de cada um, mas eram S10, S11 e S12) e o Humaitá, q chegou em 1973.… Read more »

Dalton

Interessante relato bitten, isso em plena “guerra fria”, provavelmente melhorou no fim da década e havia também 2 tipos diferentes de torpedos, um para os “Guppy” outro para os “Humaitás”. . Acrescento que havia outro “Guppy” o Rio de Janeiro (S13) que chegou em 1972 com mais 3 unidades que chegariam ao longo de 1974 o que totalizaria 7 deles conhecidos como classe Guanabara este portando o indicativo S10 até o S16. . Por um período de mais ou menos 2 meses em 1978 o inventário da força de submarinos, ao menos no papel, chegou a 10 unidades com os… Read more »

Felipe

Infelizmente hoje nada no horizonte além destes 5 submarinos do Prosub e as 4 Tamandaré.

Felipe

Pelo histórico razoável pensar que compraram 30 a 40 torpedos F-21

Felipe

Ao menos uns 30 torpedos mk48 haviam sido adquiridos para os U209 , uma média de 6 pra cada submarino, e para as escoltas a média era de 6 a 8 mísseis. Pouco mas em tempos de paz garante uma pronta resposta. O mesmo com os caças , 100 mísseis Meteor a FAB adquiriu pensando em 36 Gripen E/F, no passado adquiriu 120 mísseis Pyton 3 para os Mirage e F-5 (2 mísseis pra cada caça). Enfim o coberto é curto, compramos torpedos e mísseis franceses para a classe Riachuelo , não creio que a quantidade distoe muito.