O exercício naval AMAN 2025, sediado no Paquistão, representa uma das mais ambiciosas iniciativas multilaterais na área da segurança marítima global. Realizado bienalmente desde 2007, o AMAN tem como tema “Together for Peace” e visa fortalecer a cooperação entre as marinhas de diversos países, promover a interoperabilidade e demonstrar um compromisso coletivo contra ameaças como terrorismo, pirataria e crimes marítimos.

Contexto e História

Desde sua primeira edição, o AMAN tem evoluído em escala e complexidade. Iniciado em 2007, o exercício tem reunido navios, aeronaves, unidades especiais e observadores de nações de diferentes regiões. Ao longo dos anos, a participação internacional cresceu consideravelmente, evidenciando a confiança da comunidade global na liderança da Marinha do Paquistão no domínio marítimo. A edição de 2025 marca a nona iteração do exercício, contando com a participação de mais de 60 países, um salto em relação às edições anteriores que reuniram cerca de 50 nações.

Objetivos e Estrutura do AMAN 2025

A principal missão do AMAN 2025 é promover a paz e a estabilidade nas águas do Mar Arábico, facilitando o intercâmbio de conhecimento, experiências e práticas de segurança entre os países participantes. Os objetivos do exercício incluem:

  • Interoperabilidade: Melhorar a comunicação e a coordenação entre as marinhas, através de manobras táticas, simulações de busca e salvamento e demonstrações de contra-terrorismo.
  • Cooperação Multilateral: Fortalecer os laços diplomáticos e militares, possibilitando a troca de informações estratégicas e a realização de diálogos que envolvem líderes e especialistas do setor naval.
  • Promoção da Segurança Marítima: Abordar desafios emergentes, como o uso de tecnologias inovadoras, a proteção das rotas marítimas e a defesa contra ameaças assimétricas.

O exercício está estruturado em duas fases: uma fase de porto e uma fase no mar. Durante a fase de porto, são realizados seminários, debates operacionais, eventos culturais e apresentações profissionais que permitem a integração dos participantes. Já a fase no mar foca em exercícios práticos, como operações conjuntas, demonstrações de tiro real e uma revisão internacional da frota, permitindo testar e aprimorar as táticas em situações simuladas de combate à pirataria e ao terrorismo.

Participação Internacional e Significado Estratégico

A edição de 2025 é considerada a maior até o momento, com a presença de navios de países como China, Estados Unidos, Japão, Rússia, Turquia, entre outros, além de nações africanas e representantes de diversas regiões. Essa ampla participação reforça a importância do exercício como plataforma de cooperação global, evidenciando o desejo comum de manter os mares seguros e promover uma ordem marítima baseada na paz e na estabilidade..

Além disso, a introdução do AMAN Dialogue, uma conferência estratégica paralela ao exercício, oferece um espaço para líderes e comandantes discutirem desafios contemporâneos, como a influência de tecnologias emergentes – incluindo sistemas autônomos e inteligência artificial – na segurança marítima, além de explorar oportunidades para a promoção da economia azul e do desenvolvimento sustentável nas regiões costeiras.

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Marcelo Andrade

O que? Um exercicio juntando China, Russia e EUA? Nem é Primeiro de Abril!

Santamariense

E o Irã também. No texto fala em navios russos, mas não vi nenhum na foto. E também tem o Japão. Deve ter tido outros, mas não lembro de nenhum outro exercício que juntasse todos esses países.

Gabriel

Pois é kkkkk

Imagina o briefing pré-missão:
finjam que estão combatendo um ao outro
ênfase no finjam, em breve poderá ser real kkkk

Kayron

Leia a parte do texto aqui:

“promover a interoperabilidade e demonstrar um compromisso coletivo contra ameaças como terrorismo, pirataria e crimes marítimos.”

Dalton

Significativa a participação do USS Lewis B Puller (ESB 3) baseado no Bahrain já que é um navio construído visando missões de baixa intensidade como combate à pirataria e ajuda humanitária, bem dentro dos objetivos do Exercício, liberando navios anfíbios e combatentes de superfície para outras missões.
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A US Navy tem 5 deles e um último que encontra-se em construção e será entregue em 2026.