Grupo EDGE e SIATT anunciam acordo com a Marinha do Brasil para mísseis antinavio avançados MANSUP
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As soluções avançadas serão integradas à futura frota de fragatas da classe Tamandaré da Marinha do Brasil
Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos: 20 de fevereiro de 2025 – A EDGE, um dos principais grupos de tecnologia avançada e defesa do mundo, anunciou que a SIATT receberá um contrato da Marinha do Brasil para o fornecimento de mísseis antinavio avançados MANSUP, que serão integrados à sua futura frota de fragatas da classe Tamandaré. O acordo foi assinado na presença de Hamad Al Marar, Diretor Geral e CEO do Grupo EDGE, pelo Vice-Almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, Diretor de Sistemas de Armasda Marinha do Brasil, e Rogério Salvador, CEO da SIATT, durante a Exposição Internacional de Defesa (IDEX) 2025, que está sendo realizada em Abu Dhabi.
O Vice-Almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, Diretor de Sistemas da Marinha do Brasil, disse: “O programa MANSUP é amplamente reconhecido como estrategicamente importante para o Brasil, permitindo que ele crie um legado marítimo sustentável e eficaz. A integração de soluções de ponta, desenvolvidas
localmente, como o MANSUP, nas fragatas da classe Tamandaré exemplifica nosso empenho no desenvolvimento de capacidades nacionais, que atendam demandas globais. A parceria com a EDGE nesse programa tem sido essencial para o nosso sucesso.”
Os sistemas MANSUP (Míssil Anti-Navio Nacional) foram desenvolvidos em conjunto com a Marinha do Brasil e com a SIATT, especialista brasileira em armamentos inteligentes e sistemas de alta tecnologia, na qual o Grupo EDGE tem 50% de participação acionária. Os sistemas MANSUP foram desenvolvidos para atender aos requisitos de defesa da Marinha dos Emirados Árabes Unidos, do programa de fragatas da Marinha do Brasil e para exportação internacional.
Hamad Al Marar, Diretor Geral e CEO do Grupo EDGE, disse: “O co-desenvolvimento do programa MANSUP, líder do setor, é um exemplo perfeito de parcerias internacionais bem-sucedidas que se baseiam na confiança, no compartilhamento de conhecimento e na experiência em um domínio altamente especializado. Estamos aproveitando a enorme experiência e a escala oferecidas pela EDGE, pela Marinha do Brasil e pela SIATT, especialista no domínio, para oferecer soluções sofisticadas adaptadas aos requisitos exatos do usuário final. Além de seu impacto tecnológico, o programa MANSUP também impulsionará o crescimento econômico criando oportunidades de emprego direto e gerando um efeito cascata mais amplo em todo o ecossistema de fabricação do programa.”
Rogerio Salvador, CEO da SIATT, disse: “Este evento mostra a força do relacionamento entre os Emirados Árabes Unidos e o Brasil e representa um marco importante na estratégia de expansão internacional da SIATT. Aproveitando a excelente posição de mercado do Grupo EDGE, nosso objetivo agora é oferecer essa solução para outros países amigos.” A solução MANSUP, equipada com orientação inercial e homing de radar ativo, está sendo submetida a testes na frota naval do Brasil e pode ser eventualmente adaptada para sistemas aéreos e terrestres selecionados. A SIATT, além de desenvolver o sistema de orientação, navegação e controle sistema telemétrico, bem como o sistema de propulsão e a ogiva, é responsável tecnicamente pelos Sistemas de Armas do MANSUP, incluindo a integração em navios e plataformas terrestres.
A EDGE, a SIATT e a Marinha do Brasil também estão empenhadas em finalizar o co-desenvolvimento da variante de alcance estendido MANSUP-ER.
Sobre EDGE
Lançado em novembro de 2019, o EDGE dos Emirados Árabes Unidos é um dos principais grupos de tecnologia avançada do mundo, criado para desenvolver soluções ágeis, arrojadas e disruptivas para a defesa e além, e para ser um catalisador de mudanças e transformações. Ele se dedica a trazer inovações, produtos e serviços revolucionários para o mercado com maior velocidade e eficiência, a posicionar os EAU como um centro global líder para os futuros setores e a criar caminhos claros dentro do setor para que a próxima geração de talentos altamente qualificados prospere.
Com foco na adoção de tecnologias 4IR, a EDGE está impulsionando o desenvolvimento de capacidades soberanas para exportação global e para a preservação da segurança nacional, trabalhando com operadores de linha de frente, parceiros internacionais e adotando tecnologias avançadas, como capacidades autônomas, sistemas ciber-físicos, sistemas de propulsão avançados, robótica e materiais inteligentes. A EDGE converge P&D, tecnologias emergentes, transformação digital e inovações do mercado comercial com capacidades militares para desenvolver soluções revolucionárias adaptadas aos requisitos específicos de seus clientes. Com sede em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, a EDGE consolida mais de 35 entidades em cinco grupos principais: Plataformas e Sistemas, Mísseis e Armas, Tecnologias Espaciais e Cibernéticas, Comércio e Suporte a Missões e Segurança Interna.
Para obter mais informações, acesse edgegroup.
Sobre a SIATT
A SIATT é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) brasileira, com participação acionária do Grupo EDGE, que desenvolve e fabrica sistemas de defesa e segurança, com foco em armas inteligentes. Conta com uma equipe técnica altamente qualificada e com vasta experiência no setor. Destaca-se por sua alta flexibilidade para projetos customizados, soluções inovadoras utilizando componentes livres de embargos comerciais (“ITAR Free”), tecnologia proprietária e abertura para co-desenvolvimento/transferência de tecnologia (ToT).
Ver o MAX e o MANSUP indo em frente é ótimo.
Ainda espero ver o MATADOR tendo o mesmo destino em breve.
Exatamente. O Grupo EDGE poderia comprar tbm 50% da ações da Avibrás.
Seria excelente para todos.
Quanto ao MANSUP, qual versão será?
A com alcance de 70Km ou ER?
70 já é ER.
Não Esteves acredito que o ER chegue em 200KM. Ao menos era o que prometia a Turbo Machine com sua Turbina.
Não sei se a motorização do Mansup ER vai utilizar a Turbina da TM.
Receio que o MTC-300, diante do imbróglio da AVIBRÀS, acabe tendo o mesmo destino do MAR-1 e do A-Darter.
Não entendo a questão do A darter, diferente do piranha esse sim aparentemente era bom.
Claro que entende. A FAB, conhecendo os histórico da Avibrás, de não entregar nada conforme o prometido, resolveu não investir no míssil e comprar algo já pronto (Iris-T) sem qualquer risco.
Isso ou a FAB simplesmente não apoia armamento nacional. A prova disso é o atual cmd da força dizendo que no futuro 390 MPA, o armamento seria o Harpoon, sendo que temos o MANSUP praticamente ponto e o MANSUP-ER em desenvolvimento, como uma família de mísseis nacionais que a SIAAT já disse que tem interesse em desenvolver.
A FAB não apoia armamento nacional? Melhor ler isso do que ser cego! Cada uma!
O MTC-300 tem que receber o dinheiro necessário para seu completo desenvolvimento e entrada em serviço. Quando efetivado, antes do submarino nuclear entrar em operação, será a principal arma de projeção de poder do Brasil.
É extremamente importante o Brasil ter esse míssil operacional e tão logo o tenha, já tem que estar sendo desenvolvido outro com alcance muito superior aos 1500 km.
Essa turma do gerúndio gasta uma boa grana com o social. Míssil integrado…não tem.
No início do mês, os Emirados receberam a visita de 4 navios iranianos, da Guarda Revolucionária e da Marinha, para manobras conjuntas. E decidiram a criação de adidâncias militares nas respectivas embaixadas de um país no outro.
“Bacana” ver a tecnologia do MANSUP no Irã.
“Bacana” mesmo é ver o dinheiro dos nossos impostos indo para o Irã através da tecnologia do referido míssil.
Ué. E os mísseis seriam doados?
Provavelmente pagos, mas era este o objetivo desse programa? Usar dinheiro publico para ter uma empresa vendida para os árabes repassarem a tecnologia aos persas? E vale a pergunta, tem algo que os persas precisem deste míssil?
Essa “parceria” com a EDGE me deixou com uma pulga atrás da orelha….
qual o nível de autonomia da SIATT e do Brasil nas vendas dos mísseis? o governo Brasileiro pode bloquear uma venda que não nos interessa? o governo dos Emirados pode bloquear uma venda que nos interessa? os árabes podem vender para qualquer sem o nosso ok? acho que ninguém explicou isso.
Espero que alguém aqui tenha se preocupado com isso….
Prezado, existe legislação específica no MinDef sobre essa questão, além dos termos de contratos e acordos… cordial abraço.
Prezado a empresa não foi “vendida”, permanece como EED… além disso, existe regramento quanto à tecnologia embarcada… cordial abraço.
Será que quem negativou nossos comentários entendeu a ironia do “bacana”, entre aspas?
Ou será que não está nem aí para a possibilidade de uma tecnologia desenvolvida no Brasil ser passada para o Irã?
Não tem nada de inovador nesse míssil que não exista a 20 ou 30 anos. Fique em paz.
Provavelmente é o contrario. Os Emirados devem estar comprando tecnologia iraniana para desenvolvimento de seus misseis, visto que os iranianos possuem sistemas muito mais complexos e de maior alcance do que o MANSUP.
Passagem para os Emirados Árabes Unidos (executiva), US$ 7,800
City tour pela cidade de Abu Dhabi, US$ 200
Ver a MB indo ao exterior assinar um contrato para comprar um equipamento que ela desenvolveu, não tem preço.
Tem sim. Você acabou de descrever. Mas faltou as hospedagens em hotéis luxuosos e os jantares de outro planeta.
Essa é a MB que teve coragem de fazer vídeo dizendo que não têm privilégios.
Mostre a fonte. Escrever besteira ainda pode, aproveita
E uma Feira internacional onde varias comitivas militares visitam. O mesmo ocorre aqui na LAAD, comentario desnecessario. Alias, de onde vc tirou esses valores?
Longe de mim querer defender mamateiro, mas isso só acontece porque o governo e os nossos empresários “patriotas” não investem na BID Brasileira.
Anos de desenvolvimento com o dinheiro público para no momento da compra ter que ir até as “arábias” para assinar o contrato.
Precisou de uma empresa estrangeira entrar no negócio para sair algo do papel, se é que o míssil esta aprovado mesmo. Uma situação é comprar algo da indústria nacional, mesmo que seja obsoleto, outra é comprar material obsoleto de indústria estrangeira.
O míssil continua sendo nacional. Só tem dinheiro estrangeiro mesmo, porque nacional é que não ia ter.
Exato, pois se depender de nossos Governos não saia nada disso. A Embraer foi um milagre.
Vamos pegar o MAA-1 que é um caso bem documentado ele é de 1978, foi passado para a DF Vasconcellos em 1983, a empresa quebrou. Aí no final dos anos 80 quem quebrou foi o estado brasileiro, a equipe foi para o Iraque. A Mectron foi fundada em 1993, em dificuldades vendida para a Odebrecht em 2011, quebrou de novo em 2016, foi vendida para a Elbit. Em 2015 foi criada a SIAAT, em 2023 sem dinheiro se fundiu com o grupo EDGE. A questão central é a seguinte: Em algum momento o MAA-1 (o mesmo vale para o MSS.12… Read more »
Basta ver a idade dos Urutus e Cascavéis… aqui nada de nada é prioridade, alias, apenas os salários.
O míssil é nacional, foi desenvolvido aqui, está sendo adquirido pela MB. Tudo certo, bacana…e não estou sendo irônico. Mas, chamar o MANSUP de avançado é um tanto quanto exagerado. O desempenho dele é o mesmo dos Exocet MM40 block I, que existe há mais de 30 anos.
Concordo. É igual o SECOM do EB fazendo parecer que o Max é o ATGM mais p*ca das galáxias, o que não é verdade.
Ele é 100% nacional, podemos produzí-lo sem riscos de embargo e podemos evoluir o mesmo, e é isso que devemos comemorar.
De resto, é ufanismo barato.
Exatamente!