Intensificação das ações navais chinesas no Indo-Pacífico preocupa região

Em uma demonstração de força que tem gerado tensões na região, a China realizou uma série de exercícios militares que surpreenderam a comunidade internacional e elevaram os alertas em torno de Taiwan e do Indo-Pacífico.
As manobras, que incluem desde exercícios de tiro real até a mobilização de grupos de ação naval, evidenciam uma postura agressiva e o desrespeito a normas internacionais, conforme apontado por autoridades da região.
Exercícios de Tiro Real na Zona Econômica Exclusiva da Austrália
Em um movimento considerado provocativo, o Grupo-Tarefa 107 da Marinha da PLA tem operado dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) da Austrália, registrando a presença de um grupo de ação naval composto pelo cruzador CNS Zunyi (107), a fragata CNS Hengyang (568) e o reabastecedor CNS Weishanhu (887).
De acordo com o chefe de inteligência australiano, Andrew Shearer, “esta é a posição mais ao sul já alcançada por um grupo de tarefa da PLAN” e parte das atividades parecem ter sido planejadas para provocar uma resposta. Shearer destacou que “o maior e menos transparente acúmulo militar desde a Segunda Guerra Mundial permitirá que o PLA opere a distâncias maiores da China continental, com um número crescente de navios, inclusive nas proximidades das nossas águas e céus.”
Na manhã desta terça-feira, o Grupo-Tarefa 107 reingressou na ZEE australiana, operando a cerca de 160 milhas náuticas a leste de Hobart. Essa manobra reflete a crescente capacidade da China de projetar poder militar na região, como ressaltou um porta-voz do governo australiano, que acrescentou: “Nossa visão preliminar é de que essa implantação demonstra a habilidade crescente da China em exercer poder militar e, agora, com uma intenção cada vez maior de fazê-lo.”
Os exercícios não se restringiram a uma única área. Na semana passada, as embarcações aproximaram-se a cerca de 150 milhas náuticas de Sydney e, durante o último final de semana, realizaram dois dias de exercícios de tiro real no Mar da Tasmânia, causando perturbações em voos comerciais.
“Julgamos que Pequim pretende normalizar essa presença, moldar as respostas dos países na região e observar, além de aprender, com nossas reações”, afirmou um representante das autoridades, reforçando a preocupação com as implicações estratégicas desses movimentos.
A contínua atividade naval em áreas próximas à costa australiana intensifica o debate sobre a segurança regional e a projeção do poder militar chinês, levando a comunidade internacional a acompanhar com atenção os desdobramentos dessas operações.
Exercícios Surpresa e Zona de Treino Controversial
Entre as ações mais chamativas, destaca-se a realização de exercícios de tiro real a apenas 40 milhas náuticas da costa de Taiwan, especificamente na área próxima a Kaohsiung e Pingtung. Essa iniciativa, realizada sem aviso prévio, foi duramente criticada por representantes locais, que afirmam que “o PLA violou flagrantemente as normas internacionais ao designar unilateralmente uma zona de treino sem a devida comunicação” – um movimento interpretado como uma demonstração deliberada de força.
Monitoramento Aéreo e Naval em Tempo Real
Até as primeiras horas da manhã (6 a.m., UTC+8), foram detectadas 45 aeronaves do PLA e 14 embarcações da PLA Navy, além de uma embarcação oficial operando nas proximidades de Taiwan. Das operações, 34 sortidas cruzaram a linha mediana e penetraram na ADIZ (zona de identificação de defesa aérea) central e sudoeste de Taiwan, o que aumentou os temores de uma escalada na tensão militar na região. As autoridades locais afirmam estar monitorando a situação de perto e tomando as devidas providências para resguardar sua segurança.
Mobilização Naval e Exercícios Conjuntos no Pacífico
Além dos exercícios próximos a Taiwan, uma ação notável ocorreu entre 10 e 11 de fevereiro, quando um grupo de ação naval composto por sete navios da PLA Navy, liderados pelo navio anfíbio Tipo 075 CNS Anhuio (33), ingressou no Oceano Pacífico Ocidental. Esse grupo, operando a leste e ao sul de Taiwan, parece ter participado dos recentes exercícios de tiro real, demonstrando a amplitude da mobilização chinesa na região.
Manobras Conjuntas no Mar do Sul da China
Em paralelo às operações próximas a Taiwan, as forças chinesas também conduziram exercícios no Mar do Sul da China (SCS), envolvendo uma variedade de navios de guerra – entre eles o navio anfíbio Tipo 075 LHD 31 Hainan, os navios de desembarque Tipo 071 LPD (989 Changbaishan, 999 Jinggangshan e 985 Qilianshan) e o navio de reabastecimento de guerra Tipo 901 AOE 905 Chagan Lake. As manobras incluíram operações de reabastecimento em curso (UNREP), defesa aérea próxima e operações com helicópteros, inclusive durante o período noturno, evidenciando a capacidade operacional e a versatilidade das forças navais chinesas.
Perspectivas e Implicações para a Segurança Regional
A sequência de exercícios e mobilizações reforça a postura assertiva da China na região do Indo-Pacífico, um cenário que já é considerado volátil devido às crescentes disputas territoriais e rivalidades geopolíticas. Especialistas alertam para o risco de incidentes que possam desencadear confrontos diretos, e reforçam a necessidade de diálogo e cooperação entre os países envolvidos para evitar uma escalada descontrolada dos conflitos.
Enquanto as manobras continuam, a comunidade internacional permanece atenta aos desdobramentos e aos possíveis impactos dessas ações no equilíbrio de forças na região, com Taiwan e seus aliados reforçando a vigilância e as medidas de resposta diante do que consideram uma ameaça à estabilidade regional.
A china esta incrementando a sua força aeronaval, dentro em breve :
6 ssbn type096 18900t
6 ssbn type094 11900t
24 ssgn type095 10500t
24 ssgn type093b 7000t
30 sskn type041 4200t
60 ssk type039 3500t
12 ssk type035 2100t
12 ssk kilo636 3100t
2 cvn type004 112000t
2 cva type003 84000t
2 cvf type001 66500t
6 lha type076 56000t
12 lhd type075 42000t
12 lhp type081 28000t
18 lhd type071 24500t
18 lst type072 14000t
3 aox type898 56000t
6 aoe type901 49000t
15 aor type903 24500t
30 ccg type055 14000t
60 ddg type052 9100t
60 ffg type054 4900t
72 ffl type056 1400t
18 ffl type057 3500t
Até 2049…
O Brasil deveria comprar umas 4 fragatas da China com entrega em dois anos.
O Brasil deve fabricar as suas proprias fragatas, os seus proprios submarinos, ter independência militar e tecnologica ,
Vai demorar uns 50 anos pra isso.
O que o apresentador de reality show vai fazer?
Demitir?
Xi Jinping?
Demitindo cada vez mais funcionários públicos federais americanos. Ele acha que o governo é o reality show dele.
Sei não 🤔
“De boas intenções o inferno já tá cheio”.
Observando o movimento e posicionamento desses navios parecem ser atos provocativos intencionais para desencadear uma Guerra/Conflito.
Vamos aguardar os próximos movimentos 🤷♂️
Então…o Mediterrâneo Estaria desencadeado.
Bom dia Istivis;
No Mediterrâneo o que eu percebi quando em Missão de Paz a área mais conturbada (zona quente) sempre foi pro lado do Oriente Médio pro lado da Europa quando navegando já era mais tranquila.
Agora dizer que o Mediterrâneo está todo desencadeado seria dar a entender que a Europa também está tendo Guerra/Conflito o que não ocorre.
Grande abraço e bom Carnaval pra todo mundo aí do blog 👍🙌🙏
Eu gostei da teoria colocada na matéria. A China quer normalizar isso. Essa primeira assustou os australianos. Daqui a pouco outro GT vai lá. Os australianos dirão “de novo? isso é um absurdo”. E um terceiro: “Outra vez?” lá pelo quinto os australianos estarão dizendo “Ah, são só os chineses de novo”.
Aí começam a chegar os pesqueiros chineses que, como sabemos não respeitam ZEE de ninguém, e quando os australianos pensarem e fazer algo, tem um GT com um cruzador, dois destróieres e quatro fragatas escoltando os pesqueiros.
Um repórter pergunto a Trump: e o Aukus? Ao qual ele questinou: Auks, o quê?
Achei que era Biden que não estava bem bem da cabeça, mas parece que esse outro também não.
Bela embarcação? é type oquê?
Type 055.
Eu só queria duas Type 055 na MB.
Queria. Mas querer não é poder.
O grupo de 3 navios → um navio de abastecimento, 1 destróier Type 055 e uma fragata Type 054A .
A mídia online chinesa diz que o exercício naval foi feito a pelo menos 200 milhas náuticas(cerca de 370 quilômetros) a partir do litoral Australiano.
Evidente que foram lá ”retribuir as gentis visitas” e exercícios que Austrália, EUA, Japão, etc…volta e meia fazem próximos da China.
Se não estou enganado, algum tempo atrás também estiveram navegando e fazendo exercícios distantes umas 200 ou 300 mn de Guam
Não fazem exercícios de tiro real dentro da ZEE de outros países. Águas internacionais são águas internacionais e existe direito de passagem. A China que reinvidica um Mar Territorial que simplesmente contradiz o que diz a UNCLOS, da qual por sinal a China é signatária, mas que desrespeita sempre.
Aí tem duas versões…Austrália dizendo que foi 150 ou 160 mn e chineses 200 mn [fora da ZEE]. Mas parece que tem uma pegadinha na narrativa desta matéria, onde se diz que os navios chineses ”operaram” a 150 e 160 mn da costa. Depois fala dos exercícios de tiro real no Mar da Tasmânia [ feitos a pelo menos 200 mn da costa australiana [ fora da ZEE ] , onde está situado o quadrado vermelho no mapa desta matéria [entre Austrália e Nova Zelândia] Já na distancia de 150 e 160 mn, ”operando”, se refere a passagem dos navios… Read more »
Se foi passagem, aí os Chineses podem passar por onde quiserem desde que respeitem as 12MN de águas territoriais, sem problema. Até menos, se for um estreito dividido por mais de um país ou acesso à águas internacionais do outro lado ou mesmo rota direta, em linha reta para um porto específico em país de águas limítrofes. Australianos, Americanos, quem quer que seja, podem acompanhar, vigiar, monitorar, mas nada mais do que isso.
Te respondi e o comentário foi publicado diretamente,
mas quando fiz uma correção e pequeno adendo no texto, aí caiu em Awaiting for approval: Spam…
ZEE é obra de ficção.
Nós temos a ZEE também além das 200 milhas territoriais parece que são somadas mais 20 Milhas 👍
E os E.U.A. não reconhecem as 200 mn como ZEE, exceto quando lhes convém, não estou defendendo a China, mas acho que as leis internacionais só funcionam quando de interesse de potência A ou B.
”O primeiro -ministro australiano Anthony Albanese e o primeiro -ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, reconheceram que a China agia de acordo com o direito internacional, de acordo com o relatório da Reuters”
Os EUA, ao contrário da China, não são signatários da UNCLOS. E sinceramente acho um grande erro. Deveriam assinar e ratificar isso logo de uma vez.
Interessante são que os grupo Surface Action Group: Westpac 1x Type 075 1x Type 071 1x Type 052D 1x Type 052DL 1x Type 054A 1x Type 054A+ 1x Type 903 (AOR de 25.000t) As type 052D são equivalente aos AB a versão L tem convoo maior, as type 054A são de uso mais geral e a versão + tem capacidade ASW maior robusta (com somar rebocado) equivalente às A200 (Ta mais para uma Tamandaré mais armada quando se olha a propulsão). Aqui parece que estão pronto para a batalha. O Scs 1x Type 075 3x Type 071 1x Type 905… Read more »
Um “AOE” como os 2 chineses e os 2 dos EUA são melhor empregados acompanhando NAes até por conta de serem mais velozes que um “AO”. . Até uns 10 anos atrás a US Navy tinha 4 “AOEs”, mas, por conta de serem caros de manter e operar 2 passaram para a reserva e durante alguns anos foram bem mantidos para serem reativados se necessário, mas, já não é mais o caso. . Os 2 em serviço operando com a US Navy estão baseados na costa leste com o USNS Artic (T-AOE 8) fazendo parte do Grupo do USS Harry… Read more »
A partir da próxima década poderemos ter problemas parecidos no Atlântico Sul, já que não exercemos nossa responsabilidade de fazer dele nosso quintal. Quando a China começar a construir bases militares ali pelo Golfo da Guiné, veremos (espero que não…) o que é bom pra tosse. Se eu que sou leigo tenho ciência disso, então a MB sabe os pormenores.
4 + 4 prováveis Tamandarés e 4 Riachuelos é muito pouco em relação ao possível trânsito de destróieres, porta-aviões e submarinos nucleares pela região…
Bom dia;
Vc esta se esquecendo que para o Atlântico Sul tem a IV frota da USN.
Qualquer ato hostil nessa região eles podem ser acionados também.👍
Só acrescentando Burgos que à Área de Atuação da IV Frota é ao redor da América do Sul/Central. A maior parte do Atlântico Sul , portanto à África Ocidental – e boa parte da Oriental – é responsabilidade da VI Frota e quaisquer navios na área estarão sob à administração dessa Frota.
Sim sim 👍
Esqueci de consultar o infográfico antes de escrever.
Valeu Dalton !!!
Obrigado por detalhar melhor o meu comentário
O que também não é bom, o ideal é que a nossa MB tenha capacidades independentes de coibir as ameaças no Atlântico Sul, proporcionar presença e deterrência. Do Cabo de Boa Esperança até Dakar. Confiar demais em determinados “aliados” , não é uma boa jogada . Tê-los é bom, mas poder projetar força em autonomia nessa area è ainda melhor.
È bom deixar claro quem dá as cartas e ditas as regras, os demais são hóspedes que necessitam consultar a opinião do anfitrião.
Seria necessária uma base naval do outro lado do Atlântico já que navios de patrulha relativamente pequenos teriam que ser permanentemente baseados nela, além de aeronaves, talvez um par de fragatas também já que cruzar o Atlântico todo o tempo seria desgastante/ ineficiente e exigiria um grande número de unidades fazendo um rodízio. . Do jeito que está e por enquanto não há necessidade de mais, Brasil e EUA enviam eventualmente um navio para consolidar relações e fazer treinamentos. . Na Espanha há um DESRON com 5 unidades que receberá uma sexta ano que vem além de um esquadrão de… Read more »
Curto muito o design daquele navio da imagem. Acho muito top!
Têm que se preocupar mesmo. Imagina as Filipinas, Tailândia e Taiwan como devem estar, vendo as decisões do Governo Trump, isolando os EUA do mundo. Se Trump está tratando a Europa desse jeito, imagine países periféricos… como deve estar o governo desses países ao ver os EUA largando a mão da Ucrânia e se aproximando os russos?
China vai fazer o que bem entender agora, já sabe que o Laranjão no máximo vai “negociar paz com dignidade”.
EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.
uai é a livre navegação que eles tanto pregam passando pelo seu quintal…
Expansão militar chinesa a duras penas, com muito esforço e dedicação, para não ter que lamber as b…las do presidente americano da vez: preocupação.
Completo domínio econômico, militar e tecnológico de um único país que gasta quase 1 trilhǎo de dólares anuais em defesa: alívio.
Estas são as matérias que vemos na mídia do G7.
E estas são as sensações que conseguiram incutir em grande parte dos autointitulados “patriotas “ brasileiros, gente que não se importa em instalar bases estrangeiras no país, muito menos comprar tudo e não desenvolver nada em questão de defesa. Como se em um conflito as prateleiras estivessem sempre abertas. O resultado é que até hoje não conseguimos lançar satélites.