Marinha do Brasil atua no combate a crimes transfronteiriços e ambientais no Acre

Navio-Patrulha Fluvial “Amapá” realizou operações interagências ao longo do Rio Juruá, na fronteira noroeste do País
A Marinha do Brasil (MB) incrementou a presença do Poder Naval na fronteira noroeste do País, mais especificamente no Rio Juruá, no estado do Acre. Por meio do Comando do 9º Distrito Naval, a MB realizou operações interagências na região para reforçar o combate a crimes transfronteiriços e ambientais.
O Navio-Patrulha Fluvial “Amapá”, subordinado ao Comando da Flotilha do Amazonas, foi empregado para ações de patrulha e inspeção naval, em cooperação com a Polícia Federal e o Grupo Especial de Operações em Fronteira (GeFron), do Governo do Acre. Dois Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) também operam simultaneamente na região.
O Comandante da Flotilha do Amazonas, Capitão de Mar e Guerra Sandir Antonio de Freitas D’Almeida, explicou que as rotas fluviais são amplamente exploradas por organizações criminosas para várias atividades ilícitas, especialmente para o tráfico de entorpecentes.
“O Rio Juruá é um dos rios que conectam os países andinos aos Rios Solimões e Amazonas, o que facilita o escoamento da produção de entorpecentes até os grandes hubs [centros de atividade], como a cidade de Manaus, por exemplo. A expansão dessas práticas criminosas impacta diretamente na segurança das comunidades ribeirinhas. Nesse caso específico, a Marinha realizou estreita coordenação com o Governo e com Órgãos de Segurança Pública (OSP) do estado do Acre, além da Polícia Federal”, disse o Oficial.
Conforme a Lei Complementar n° 97/1999, cabe à Marinha realizar ações preventivas e repressivas nas águas interiores contra delitos transfronteiriços e ambientais. Essas ações podem ser executadas de forma isolada ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo.
O Comandante Sandir ressaltou que, como previsto na Estratégia de Defesa Marítima, a Marinha busca manter, na Bacia Amazônica, uma postura de cooperação com os OSP para reprimir delitos transfronteiriços e ambientais; e uma postura coercitiva, durante a execução da patrulha naval e do patrulhamento nas Linhas de Comunicação Fluviais (LCF). “Desse modo, protegemos nossas riquezas e cuidamos da nossa gente”, assinalou.
Patrulha naval
O Comandante do Navio-Patrulha Fluvial “Amapá”, Capitão de Corveta Vitor Sucena, observa que, todos os anos, a Marinha envia para a região o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Doutor Montenegro”, que presta assistência básica de saúde às comunidades indígenas e ribeirinhas, durante cerca de quatro meses. Dessa vez, a presença do Poder Naval foi reforçada com o emprego do Navio-Patrulha.
“Essa interação entre a Marinha do Brasil, a Polícia Federal e o GeFron foi fundamental, pois fortaleceu as capacidades de cada instituição. Com esse esforço, nós conseguimos inspecionar, em duas semanas, quase 200 embarcações, e cerca de mil tripulantes dessas embarcações”, acrescentou o Capitão de Corveta Vitor Sucena.
Ainda de acordo com o Comandante, as agências de segurança observaram uma redução no índice de criminalidade na região nesse período, fato que não é comum no carnaval, o que demonstra a eficácia das operações conjuntas entre os órgãos. “O navio possui lanchas que foram empregadas em áreas de difícil acesso e também equipe com cão farejador, o que elevou nossa capacidade de atuação”, complementou.
Assistência Hospitalar
Simultaneamente com as ações de patrulha naval, a Marinha empregou dois Navios de Assistência Hospitalar em áreas remotas do estado do Acre e Amazonas. O NAsH “Doutor Montenegro” realiza atendimentos nas margens do Rio Juruá, desde o mês de janeiro, e o NAsH “Oswaldo Cruz” encontra-se ao longo do Rio Purus desde fevereiro.
O NAsH “Doutor Montenegro”, que realiza a Operação “Acre” entre os meses de janeiro e maio, já realizou mais de 2,1 mil procedimentos médicos, 222 cirurgias pequenas, 22 mil procedimentos odontológicos e 12 mil de enfermagem. Também foram distribuídos mais de 149 mil medicamentos e 2,3 mil kits odontológicos.
Com mais de 800 pessoas atendidas, o NAsH “Oswaldo Cruz” realizou aproximadamente 12 mil procedimentos de saúde durante a Operação. Foram distribuídos mais de 22 mil medicamentos e cerca de 200 kits odontológicos.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Excelente.
A maior ameaça ao Brasil hoje é o crime organizado…a bandidagem está solapando nossa soberania de dentro para fora.
É uma área aonde ninguém, nem a própria MB, liga ou dá a devida importância, mas…qual a situação dos navios-patrulha fluviais?
Fontes? Vozes…
MB mal e mal dá importância pra patrulha oceânica ( é só ver a quantidade de navios pra isso que ela possui, e quantos desse tipo ela comissionou na última década ), mas vai dar importância pra patrulha fluvial sim, confia…
Se não ligasse, a MB não seria um das raras forças no mundo com inúmeros vetores fluviais de grande porte para a guerra e logística, oferendo serviços médicos e dentários de graça rotineiramente. A população local vê os meios da MB como algo que trás melhoras – e de fato trás. O ponto é que a Amazônia legal e seus rios são colossais, não é simples patrulhar e estar ostensivamente sempre, nem no mar nem nos milhares de rios – a Bacia Amazônica tem mais de 1.700 rios. De fato as forças armadas não são referências positivas nos seus gastos,… Read more »
Esse é um tipo de embarcação de baixo custo que DEVERIA ser construída em quantidade para patrulhamento fluvial.
Navio com um canhão de 20 ou 30mm, duas a quatro .50, talvez, um morteiro leve e já estaria de bom tamanho.
Muito das drogas e armas ilegais que entram no país vem pelos nossos rios.
Mas a MB curte um navio velho inglês…
Pela bacia do Amazonas, Pantanal e Rio Paraná, passam muitos ilícitos, drogas, minérios, produtos piratas e acreditem pessoas são traficadas, precisaríamos ter uma marinha muito mais atuante nos rios, temos poucos barcos para isso, a quantidade de droga que entra por barquinhos como este ai ,onde se têm bananas é incontável.
Vamos construir um muro.
Cruz credo, eu vi um barco igual aquele na primeira foto num filme
de época.
putzzzzzzz
Também tive um dejavu de um filme antigo…
BZ ao Comandante e Tripulação do Patrulheiro da Amazônia ! “Patrulhar, proteger e integrar” !
Dos 5 Navios de Patrulha Fluvial (NPaFlu), 2 deles ,”Pedro Teixeira” e “Raposo Tavares” por serem maiores são apelidados de “Napafluzão” enquanto os 3 menores, “Roraima” “Rondônia” e “Amapá” “Napafluzinho”, ao menos é o que consta em uma revista bem antiga que tenho sobre esses extremamente importantes navios.
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Infelizmente não foram construídos mais. Na década seguinte, 1980, foi batida a quilha
do que seria um “Napafluzinho” o “Porto Esperança”, que seria seguido por outras duas unidades, projeto inteiramente da marinha brasileira, mas, as obras não foram adiante.
Sem comparações [descabidas] ou críticas ao navio em si que cumpre sua missão…Mas este contraste ficou interessante.

Captura de tela de detalhe da página do Poder Naval ↓