Operação “Jeanne d’Arc 2025” ocorre no litoral cearense até 2 de abril

A Marinha do Brasil (MB) e a Marinha Nacional da França (MNF) deram início, no dia 16 de março, à Operação “Jeanne d’Arc 2025”. Este exercício conjunto acontece até 2 de abril, nas proximidades de Fortaleza (CE), e tem como objetivo aprimorar a interoperabilidade entre as forças, fortalecer laços de amizade e intensificar a cooperação no campo da Diplomacia Naval.

O exercício contará com a participação de meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais da MB, como o Navio Doca Multipropósito (NDM) “Bahia” e os Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), além de navios franceses, como o Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) “Mistral” e a Fragata “Surcouf”. As ações buscam contribuir para a manutenção do nível de adestramento dos meios da Esquadra, além do incremento da cooperação e estreitamento dos laços de amizade entre a MB e a MNF.

Os militares realizarão diversos exercícios, de caráter estritamente militar, como uma Operação Anfíbia (operação naval lançada do mar) na modalidade Projeção Anfíbia com foco em Operação de Evacuação de Não-Combatentes (civis ou membros das Forças Armadas que não estejam envolvidos com o conflito).

Meios envolvidos

NDM Bahia – G40

 

A MB alocou para esta missão o NDM “Bahia” e uma série de veículos e aeronaves de alta tecnologia, como a UH-15 e veículos blindados “Piranha”, “ASTROS” e “JLTV”. Além disso, também estão sendo usadas na Operação duas viaturas blindadas “ASTROS”, nove viaturas de 5 toneladas, 15 de categoria leve, duas viaturas do tipo ambulância com UTI, uma viatura de 5 toneladas do tipo “cisterna” e oito CLAnf.

Entre os recursos da França estão o PHA “Mistral”, a Fragata “Surcouf” e embarcações avançadas como a EDA-R e EDA-S.

Sobre o NDM “Bahia”

O NDM “Bahia”, cujo nome inicial era Siroco na Marinha Nacional Francesa, iniciou suas operações em dezembro de 1998.  O navio já desempenhou missões internacionais de grande relevância, como a humanitária no Haiti, em 2010. Também combateu a pirataria na costa da Somália, em 2013, e teve suas atividades operacionais encerradas, naquela Marinha, em julho de 2015.

Sua capacidade multifuncional abrange desde transporte de tropas e veículos até suporte em operações humanitárias e de socorro a desastres. Possui capacidade para carregar e descarregar, pelo mar ou pelo ar, e para operar com embarcações de desembarque em mar aberto.

Visitação pública

Nos dias 22 e 23 de março, das 14h às 17h, a população de Fortaleza terá a oportunidade de visitar o NDM “Bahia” no Porto de Fortaleza. Além do navio, será possível ver de perto viaturas blindadas e aeronaves da MB.

Serviço

Local: Porto de Fortaleza – Av. Vicente de Castro – Cais do Porto, Fortaleza (CE)
Data: 22 e 23 de março
Horário: 14h às 17h
Entrada gratuita

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Angus

Ganhos inegáveis com qualquer tipo de exercícios ou operações realizados com outros países.

Contudo os Astros já deveriam começar a serem poupados de desgastes prematuros e seu uso ser bem planejado.

Com o quase fim da Avibras logo se tornarão um pesadelo logístico para manutenir (mais do que atualmente).

Vale o mesmo pensamento para o EB.

E nem estou considerando a fabricação de foguetes, quando o estoque existente for utilizado/perder a validade.

DIMAS S. DE SOUZA

Exercicios navais acertadissimos dentro do cronograma naval e em parceria com uma força naval de uma naçao com vetores de dissuaçao nuclear. Naçao esta que chama a atençao como novo lider no conflituoso cenario historico _geopolitico da Europa. Um exercicio bem a nordeste. Comenta_se entre os lideres de la a formaçao de uma Força de Paz. Alguem esta inteirado sobre a aquisiçao do modernissimo navio anfibio / hibrido / multiproposito ingies pelo Brasil ? Talvez ofereçam com bastante CELERIDADE.

Santamariense

Navio moderníssimo?? O Bulwark?

DIMAS S. DE SOUZA

De fato . Quem possui esquadra de desembarque anfibio na vanguarda da inovaçao tecnologica, no Estado da Arte sao os Norte Americanos ( que sustentam uma Cabeça de Praia na raça com uma moderna aviaçao Vstoll embarcada )Franceses , Chineses e tambem o Japao que sempre inova com sua construçao naval militar. O HMS Bulwark ira somar com nossa força de Desembarque Anfibio. Que venha tambem o petroleiro de esquadra multiproposito HMS WAVE para operar com as Fragatas Tamandare.

Rafael Oliveira

Foguetes são simples.

Bem provável que se o EB abrir uma licitação apareçam várias empresas, inclusive nacionais, aptas para vender os foguetes usados no Astros.

Angus

Rafael não é bem assim.
Enfim…

Nilo

A Mac Jee, pode substituir a Avibras na fabricação de foguetes para o Astro, com folga. Está aí uma empresa que poderia absorver a Avibras

Rafael Oliveira

Muita gente que comenta aqui pensa que a Avibrás é uma MBDA em termos de tecnologia e não é nem de longe isso. Vários países fabricam foguetes similares ao Astros e alguns fabricam foguetes melhores. E nem vamos falar de mísseis. A MacJee fabrica foguetes menores e contratou engenheiros e técnicos da Avibrás, sendo bastante crível que tenha condições de fabricar os foguetes do sistema Astros. Por outro lado, não vejo nenhuma necessidade de a MacJee absorver a Avibrás, pois estará absorvendo mais problemas (milhões em dívidas) do que soluções (nenhum contrato ou produto de excelência no mercado global). Melhor… Read more »

Nilo

Que lembro, fala do CEO da.Mac Jee, demonstrou interesse, na Avibras, se tem competência, como tem demonstrado, o Estado pode entrar em parceria com aporte financeiro, as soluções de engenharia e administração ficando por conta da Mac Jee. A Avibras já está quebrada. Mais vc toca em um ponto importante, mesmo com produto com possível defasagem tecnológica, não é menos importante, a exemplo do nosso míssil anticarro nacional.

Jadson S. Cabral

O problema não é desenvolver o fogue em sim, creio eu, mas tem acesso a integração. A Avibrás, mesmo falida, continua dona da tecnologia. A massa falida da Avibrás permitia alteração e integração de outros armamentos em um sistema que pertence a ela?
Eu nem sei como a SIATT disparou um mansup de uma vitória astros, segundo eles sem nenhuma alteração, nem mesmo violando a “garantia”. Provavelmente só usaram a plataforma como suportem mesmo, mas o console que controla o lançamento foi externo.

Rafael Oliveira

1 – Se a Avibrás falir tudo que ela possui deve ser leiloado, bastando comprar projetos e patentes;

2 – Não é vedado ao dono do produto (EB e MB) fazer alterações ou integrações nele, ainda mais se ele ou outra empresa desenvolverem isso por conta própria. Só pensar nas modernizações do F-5 e do M-113, por exemplo. Então a massa falida não poderia proibir adaptações ao Astros.

3 – Não duvido que o lançamento do Mansup pelo Astros tenha sido com o próprio console deste. Uma pena não termos esses detalhes.

DIMAS S. DE SOUZA

Senhor Nilo como vai ? E raro no site um debate que envolva plataformas de defesa terrestre , no caso o famoso Sistema de Saturaçao de Area Astros e seus diversificados foguetes , agora com foguetes de mais de 300 Km de alcance com capacidade de aniquilar uma cidade e toda a sua infraestrutura com multipla descarga ( segundo o EXERCITO BRASILEIRO ) . A SIATT nos surpreendeu fazendo _ o lançar o MISSIL MANSUP dando indicios do sistema ser possivelmente. enganjado como um Sistema de Defesa de Costa. Vejo que o horizonte do sistema ASTROS e promissor . Torcemos… Read more »

Top Gun Sea

O NDM Bahia passou por uma extensa revisão recente. A MB vai mostrar aos franceses que está cuidando bem do Jovem Siroco. É uma pena que não deu para fazer o mesmo com o A12 São Paulo que já se encontrava como um idoso caquético. A classe mistral ainda faz brilhar os olhos dos almirantados e eu ainda acho que será num futuro não muito distante o próximo navio porta helicóptero ou multiproposito ou porta drones – se houver chances de comprá-lo a MB inventa uma aplicação para ele rsrsrs, afinal, ele já está com 18 anos de lançamento e… Read more »

Last edited 26 dias atrás by Top Gun Sea
Dalton

A fragata Surcouf – e também a “Guépratte” – não recebeu as mesmas melhorias que as outras 3 da classe La Fayette permitindo uma extensão de vida de 5 anos, portanto deverá ser retirada de serviço em 2027 com 30 anos.

Mauricio Autorino Veiga

Se isso ocorrer será uma oportunidade para a MB e com certeza já estão conversando sobre isso!!!

Dalton

Penso que não, afinal seria um combatente de superfície de 30 anos que não recebeu atualizações – a marinha nunca adquiriu tais navios com 30 anos – e pouca coisa acrescentaria justamente quando se terá pelo menos duas das 4 novas fragatas em serviço por volta de 2028.

MMerlin

Porque uma fragata seria uma oportunidade se estão sendo construídas outras em próprio território nacional e que devem entrar nos próximos anos?

LucianoSR71

Surcouf – quando vejo esse nome me lembro logo do submarino cruzador projetado ainda na década de 1920 que tinha 2 canhões de 8″ além de levar um hidroavião. Acho que ideia ‘melhor’ que essa só os submarinos ingleses classe K movidos a vapor.

Dalton

É como diz o ditado: ” De boas intenções o inferno está cheio”. Os britânicos também empilharam um canhão, até maior, de 12 polegadas na classe “M”.
.
Coincidentemente o “M 1” assim como o “Surcouf” colidiram com navios mercantes perecendo toda a tripulação.

LucianoSR71

É como diz o ditado: ” De boas intenções o inferno está cheio” – e nesses casos, de engenheiros também, rs.

Camargoer.

Ahhh.. lembrei de alguns colegas que estranhavam que os exercícios da MB sempre eram feitos entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio…

No One

E eu ainda estranho, porque o ideal é isso aqui:

comment image

Heli

Da ultima vez estavam ancorados aqui em frente a Beira-Mar, muito imponente o navio francês, pintura parecia que tinha ido num lava jato, ele também chamou atenção por ser alto. Vou amanha ver se estao por lá.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Muito BOM a marinha brasileira fazer exercícios lá para o nordeste…, um que ajuda os franceses a economizar combustível até aqui embaixo…, kkkkk…, e outra que melhora a visão da sociedade quanto a marinha sair aqui do eixo sudeste e sul… Tirar esse estigma de marinha carioca ou esquadra carioca…, kkkkkkk Acho que a marinha deveria criar essa segunda esquadra lá no nordeste mesmo aos poucos…, para irem acostumando com a doutrina e aos poucos irem encaixando os meios navais lá no nordeste e a parte de recursos humanos *parte burocrática* irem acostumando via sistemas em vez de pessoalmente… Hospitais…,… Read more »

Henrique A

Os navios da MB de cada classe podem ser contados com os dedos de uma mão e você vem me dizer em 2a esquadra? Não temos nem a 1a!

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Kkkkkkkkkk…

É então…

A intenção é ter o que temos e espalhar…, kkkkk

Abraço

No One

É o ideal, é o que se deveria fazer, é o planejado… Mas a MB não tem os recursos necessários

Paim

Os almirantes não querem sair do rio de janeiro, ficar longe de um bom samba
, chopp gelado e um bom churrasco.
Belas morenas, pra quem gosta, etc etc
Não sei porquê se concentra a quase totalidade da esquadra no Rio de janeiro.

Jadson S. Cabral

Não sabem os almirantes que aqui no nordeste tem forró do bom, comida boa, cerveja congelando pra espantar o calor, cachaça da melhor qualidade e, pra quem gosta, belas loiras.

Last edited 26 dias atrás by Jadson S. Cabral
No One

O hilário é que os entusiastas/ foristas observam o que uma marinha com a M maiúscula faz para proporcionar um treinamento de respeito para os próprios cadetes, cruzando o Atlântico, tocando vários continentes e familiarizando com diferentes cenários, mas ainda assim acham estranho quando questionamos porque a MB quase não sai do Brasil, ou pior do sudeste, para fazer grandes exercícios….

Trágico e cômico ao mesmo tempo.

Esteves

A MB quase não sai do Brasil porque não tem orçamento para sair do Brasil.

Bruno

“Jeanne d’Arc 2025” nas Costas brasileiras, que p**** é essa ?!?! Nome do exercício é estrangeiro dentro do nosso território ?

Dalton

A missão Jeanne d`Arc” é um desdobramento anual da marinha francesa assim chamada
em homenagem ao cruzador de mesmo nome, que era usado principalmente como navio escola para cadetes. Com a retirada dele de serviço em 2010, a marinha continuou a missão empregando os 3 LHDs classe Mistral que revezam-se na função.
.
O nome da missão não muda nem poderia mudar toda vez que o “Grupo” visita um país.

Bruno

Entendi.

Last edited 26 dias atrás by Bruno
Guizmo

Meu pai tem umas fotos dele, visitando o “Jeanne D’Arc”, quando visitou Santos nos anos 60. Que navio bonito, elegante

Dalton

Concordo e o predecessor dele de mesmo nome, da década de 1930, que também tinha a função de Navio Escola em tempo de paz cujo modelo em metal
tenho, também era bonito.

Henrique A

A missão é deles, a MB foi convidada.

Last edited 26 dias atrás by Henrique A
Augusto José de Souza

Os navios franceses não irão abrir para visitação em Fortaleza? Seria uma oportunidade unica