Marinha e Força Aérea, em operação conjunta inédita, levam MANSUP a Fortaleza para exercício com a França

A Marinha do Brasil (MB) realizou, nesta sexta-feira (21), uma ação inédita junto à Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea do Galeão, Rio de Janeiro (RJ). O Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP), de produção nacional, foi embarcado na aeronave KC-390 junto à viatura “ASTROS”, do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais. O armamento será usado durante exercícios que acontecerão na operação “Jeanne d’Arc 2025”, em Fortaleza (CE), em parceria com a Marinha da França.
A interoperabilidade entre a MB e a FAB reforça o constante esforço para o desenvolvimento de tecnologias nacionais de Defesa. Para o sucesso do embarque da viatura “ASTROS” e do MANSUP no avião cargueiro, foram feitas algumas adaptações. O Mestre de Carga da aeronave KC-390, Segundo-Sargento de Aviação Lucas Barradas Assunção Terra explica os cuidados necessários para a garantia da missão: “esse carregamento complexo exige muito da tripulação; teremos que realizar um pouso técnico para abastecimento devido ao peso da carga. O Astros pesa em torno de 24 toneladas e isso exige da tripulação uma antecipação e um briefing para garantir a segurança das amarrações e a chegada adequada no destino”, ressaltou.
Com um alcance de até 70 quilômetros, o míssil é capaz de atingir até 1000 km/h durante o lançamento – uma tecnologia que caminha para projetar o Brasil como referência de inovação em Defesa diante das nações vizinhas. Até então, o transporte do MANSUP havia sido realizado apenas em meios terrestres ou navais. O exercício de hoje completa as possibilidades dos modais utilizados pelo Corpo de Fuzileiros Navais, inserindo a modalidade aérea na rota de Defesa.
O incremento no caráter expedicionário dos Fuzileiros Navais amplia também o poder combatente da Marinha do Brasil. Para o Comandante do Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais, Capitão de Fragata (Fuzileiro Naval) Daniel de Campos Luterman, esse exercício exemplifica a prontidão dos meios navais por todo País: “a possibilidade de empregarmos o MANSUP em qualquer parte de nosso litoral, tanto pelos navios da Esquadra, quanto a partir de plataformas terrestres, robustece o poder dissuasório de nossa Força Naval pelo incremento de sua letalidade e capacidade de causar danos a possíveis forças adversas”, comentou o Comandante.
Para a FAB, essa também é uma importante missão. O piloto da aeronave, Capitão Aviador Israel Amorim Barbosa Leal, que conduz o cargueiro KC-390, vê nesse exercício a relevância da operação conjunta entre as Forças, promovendo a segurança nos mares, na terra e no ar.
A interoperabilidade entre a MB e FAB é muito importante para as duas Forças. O transporte da viatura ‘ASTROS’ com o MANSUP leva a aeronave KC-390 ao seu máximo desempenho; esse transporte é inédito entre as Forças, corroborando para soberania do espaço aéreo e a Defesa Naval”, finalizou o militar.
Jeanne d’Arc
A Marinha do Brasil e a Marinha Nacional da França iniciaram a Operação “Jeanne d’Arc 2025” em 16 de março, no litoral cearense, com objetivo de aprimorar a interoperabilidade entre as Forças e fortalecer a cooperação na Diplomacia Naval. O exercício, que se estenderá até 2 de abril, conta com a participação de diversos meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais de ambos os países.
Durante a operação, serão realizados exercícios como uma Operação Anfíbia focada na Evacuação de Não-Combatentes. A Marinha participa com o Navio Doca Multipropósito “Bahia”, além de veículos blindados e aeronaves de alta tecnologia. Já a França contribui com o Porta-Helicópteros Anfíbio “Mistral” e a Fragata “Surcouf”.
A população de Fortaleza terá a oportunidade de visitar o NDM “Bahia” e conhecer de perto viaturas e aeronaves da Marinha do Brasil nos dias 22 e 23 de março, no Porto de Fortaleza. A visitação, gratuita, ocorrerá das 14h às 17h.
Caráter Expedicionário do CFN
Há 517 anos, o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) cumpre a missão nacional de caráter expedicionário, atuando tanto na Defesa nacional, quanto em ações humanitárias. Com capacidade para operar em prontidão e versatilidade em situações de combate e emergência, o CFN utiliza meios navais, terrestres e aéreos para enfrentar os desafios da proteção da Amazônia Azul e das águas interiores.
O treinamento constante e a busca por inovações, como é o caso do MANSUP, garante uma atuação eficaz do CFN em conjunto aos navios da Esquadra, desenvolvendo a segurança nacional e oferecendo suporte em calamidades públicas. As missões humanitárias, como as realizadas recentemente, demonstram o compromisso da Força com a paz e com a população brasileira.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Ué, não sabia que o MANSUP já tinha sido integrado ao ASTROS.
Sabia que tinha um conceito e que isso estava em estudo, mas não sabia que isso já tinha sido feito.
Muito legal isso, tanto essa integração do MANSUP com o ASTROS quanto essa integração FAB, 390, CFN e MB.
Excelente.
O conceito foi testado há pouco tempo e já foi integrado…parece que têm coisas demais que não sabemos….
Uma boa ideia seria deslocar as unidades de Astros dos FN para o mesmo local onde estão sediados as baterias do EB.. isso otimizaria a manutenção e treinamento… o Kc390 é permite deslocar as baterias para onde for necessário.. é impossível fazer uma cobertura de toda a costa brasileira com Astros.. se é que isso faz sentido…
Faz mais sentido a FAB ter um esquadrão de Gripens que também esteja capacitado para operar mísseis antinavio e que possa, em caso de necessidade, se deslocar para qualquer base aérea ou aeroporto costeiro
Não seria mais lógico manter baterias fixas na costa como alguns países na Europa fazem ?
E manter essa capacidade de mobilidade também ?
Ex: Em caso de combate já teria baterias em operação, ao invés de ter de transportar até o local ?
Quando tiver em número suficiente para isso é o lógico a se fazer, mas até lá tem que manter em um local e levar para onde for necessário!
momento para o Exército reativar a artilharia de costa com pelo menos uma bateria astros mansup.
coloca no PAC
não ponto fixo é um alvo em Potencial…a vantagem é justamente ser movel, podendo emergir quando necessário em pontos estratégicos.
Ele disse “e manter essa capacidade de mobilidade também”, entendi que tanto o sistema fixo quanto o móvel seriam utilizados simultaneamente, seria o ideal …
A costa brasileira é imensa… Nem.os EUA teriam condições de fazer uma “muralha do Atlântico”.. até porque nem isso funcionou.
Conflitos são um resultado de uma escalada… Nenhum país tem condições de fazer um desembarque em dois ou três pontos da costa brasileira simultaneamente..
Por isso o transporte tático é importante.. o Kc390 levará o que for necessário para o local onde for necessário
“Uma bateria de mísseis e foguetes do sistema ASTROS é integrada pelos seguintes componentes: 6 AV-LMU, 3 AV-RMD, 1 AV-UCF, 1 AV-OFVE, 1 AV-PCC, 1 AV-MET e, futuramente, 2 AV-UAS. Um grupo de mísseis e foguetes, composto por três baterias de mísseis e foguetes (Bia Msl Fgt) e uma bateria de comando e serviços (Bia CSv), completa o sistema 1 AV-PCC” Fonte: Wikipedia Para essa idéia de mobilidade ser útil num combate, acredito que precisaríamos de muito mais Kc390. Nessa configuração são necessários 6 Kc para as lançadoras, e acho que só cabe uma remuniciadora por avião, então mais 3,… Read more »
Com certeza, seria. Ainda mais com o desenvolvimento da nova versão do MANSUP se aproximando dos 200 KM. O deslocamento de bases afastadas da costa pode desperdiçar um tempo que nós dificilmente teremos. Mesmo porquê, com tão poucos aviões, dificilmente a FAB terá a supremacia aérea.
Famoso Gripen m?
Não é necessário. Basta operar a partir de bases em terra e carregar um míssil anti navio.
Acho que basta o Gripen E/F qualificado para operar um míssil antinavio que possa ser reabastecido para aumentar o raio de ataque.. os argentinos fizeram isso e os australianos começaram a fazer isto agora
Os australianos já faziam Camargo com o míssil “Harpoon” integrado aos Hornets e Super Hornets.
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O novo míssil tem maior alcance e carga bélica.
Opa.. legal..
a ideia continua boa
Dalton sabe informar quais outros mísseis o Brasil tem com capacidade anti navio ?
Acho que o Brasil tem o exocet MN40, lançado de navio, tem o AM39 lançado de helicóptero e agora o SM39 lançado de submarino.
Tem o Pingouin..
O Mansup ainda não está operando.. ainda que esteja sendo testado em lançamento real
MM40 – lançado das Niterói, Júlio de Noronha, Barroso e Rademaker;
AM39 – lançado dos AH-15B da MB;
SM39 – em implantação nos submarinos classe Riachuelo;
Penguin – lançado dos SH-16 da MB;
Harpoon – lançado dos P-3AM da FAB.
Futuramente, o MANSUP irá substituir os MM40.
Gripen M seria para operar embarcado.
O gripen já opera RBS 15 aos pares. Na concepção o ataque anti-navio foi prioridade.
Já houve lançamento, inclusive com matéria aqui no Naval:
https://www.naval.com.br/blog/2024/12/18/marinha-do-brasil-lanca-missil-antinavio-mansup-a-partir-da-viatura-astros/
Noticia top d+
o FAB 2855 Fez escala na BA , Acaba de chegar no CE
https://www.flightradar24.com/ZEUS55/3990f0fe
Olá, Bueno…neste momento está reabastecendo e a carreta do míssil está fora da aeronave
Sensacional. Finalmente uma notícia boa.
E a Avibrás sendo dada aos Árabes,legal
Mil vezes isso a falir, pelo menos ainda vai estar produzindo e gerando empregos e desenvolvendo no país!
Que entreguem de uma vez ,se comprarem o projeto do Astros ou até o míssil pra eles deixa , melhor que falir
???? E o que a Avibrás tem a ver com isso??
O sistema Astros que lança o Mansup é de projeto e fabricação da Avibras!
Essa integração aí que você vê só deu certo porque a SIATT assumiu o processo.
Se tivesse na mão da empresa mencionada provavelmente não estaríamos vendo o missel no veículo nesta década.
Não é torcida contra. É a constatação com base no histórico da empresa mesmo.
Do ponto de vista cético, o que importa é o Estado e as FA serem atendidas a contento e no prazo.
Ajuda em muito o planejamento.
Existem outras questões, talvez, a Avibrás quisesse apenas o seu míssil no ASTROS e não de uma outra empresa “concorrente”(quem sabe??). Aí veio a “quase falência” que jogou a Avibras no que está hoje. Ainda bem que a Marinha e o CFN que colocou o MANSUP no ASTROS coisa que interessa também aos Árabes. Enfim um gol olimpico de placa.
Bela demonstração de força e ainda mostra a capacidade de nossa indústria de defesa KC-390, Astros II e Mansup, pena que a Avibras esta passando por um processo de falência mas espero que se reerga!
A situação da empresa não se deve por falta de capacidade tecnológica e sim falta de competência administrativa, ao que parece.
Espero ter a oportunidade de ver ele explodindo alguma coisa… São muitos vídeos só do lançamento, mas nunca mostra a eficiência da explosão
One question,não daria para o Astro ter ido no Bahia?
Daria, mas, é preciso criar alternativas de transporte para cenários inusitados, navios são “lentos”, a velocidade de cruzeiro do “Bahia” é de uns 15 nós e nem sempre poderá estar disponível seja por estar em manutenção ou empregado em outra região/missão.
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Nesse caso específico, é importante também aproveitar o curto período que os navios franceses permanecerão no nordeste já que possuem exercícios e visitas previamente agendados com os EUA.
Mansup no Astros para exercicio com a França, nao gosto disso, pque nao faz exercicio com o as forças brasileiras mesmo!!!! Pra mim querem tirar algum proveito disso
Acho que a intenção foi pra dar uma provocadinha nos franceses mesmo rsrsrs.
Vc não sabe né kkkkkk a Blackstorm árabe já tá ajudando a Avibrás,que os árabes comprem mesmo ,melhor que falir ,daqui a pouco a Avibrás vai ser toda árabe até o Astros
O ASTROS 3 tem o dobro da capacidade do 2 e ainda não foi adquirido por nenhum país. Já passou da hora de comprarmos e ajudarmos a Avibras. Num país sérios já teríamos uns 100 lançadores do Astros pelo menos (hoje temos 38 EB + 6 MB).
O MTC300 precisar ser salvo se a Avibras falir e repassado a Siatt junto o projeto do Astros ao EB.
ASTROS 3 Só existe no projeto , não tem produto e nem um prototipo ! tudo parado com a indefinição da AVIBRAS
Detalhe para a suspensão pneumática do veículo.
Esse chassi da Tatra (e todo conjunto que vem nele) é só rivalizado pelo equivalente da Mercedes Benz.
Tecnologicamente falando, muitos especialistas apontam que os componentes do primeiro são melhores. Mas ambos são referências.
o chassi do ASTROS era Alemão mais foi vetado. Aí partiu-se para o tatra 815 a partir do MK6.
Uma dúvida.
O MANSUP ER poderia ser empregado pelo EB, com a eficiência necessária, como alternativa ao AV-TM 300 (ninguém sabe, ninguém viu)?, em que pese ter sido projetado para outros fins.
se o mansup ER tiver a capacidade de atingir alvos terrestres (gps, tercom ou outro tipo de guiamento para alvos estáticos) sim. inclusive mísseis antinavios com capacidade de ataque terrestre são uma grande ameaça a defesa área pois o perfil de voo sea skiming faz eles voarem abaixo dos radares. A Rússia usa o sistema Bastion para ataques terrestres e a Ucrânia adaptou o neptune para ataque terrestre inclusive. Modernos misseis antinavio tem essa capacidade, RBS15, NSM se não me engano.
Pois é….

Para isso é só colocar os lançadores, não precisa do caminhão
Cabrunco o sistema astros já está disparando o mansup hahahaha
É sempre bom ver o Brasil com armas novas. Porém, pelo tamanho do litoral brasileiro, um sistema desses, para ser eficaz, deveria ser adquirido em grande quantidade, algo impraticável. Russia utiliza sistemas como esse, o Bal e o Bastion, o ultimo adquirido pela Venezuela. Mas a Russia utiliza em mares fechados e no extremo oriente. Irã tbm utiliza, é adequado para o golfo pérsico. China utiliza pois espera um conflito no estreito de Taiwan e nas cadeias de ilhas. EUA ignoram esse tipo de coisa devido ao seu massivo poder aéreo. Mas o Brasil? Com um litoral desse tamanho e… Read more »
Ok, legal, mas 24 toneladas pra carregar dois mísseis? A viatura 6×6 pesa 10 toneladas vazia, carregada de foguetes, 14 a 16. O MANSup pesa uma tonelada e o lançador vai saber Deus quanto pesa – o conjunto pode chegar a pesar, chutando, umas 4-6 toneladas. Como essa viatura chegou nas tais 24 toneladas? Vai dizer que é sobrepeso da tripulação?
Segundo catálogo da Tatra, um chassi HMHD 815-7 6×6 tem curb weight de 10 toneladas e um payload de até 19 toneladas. Faz sentido que o caminhão pese menos do que a sobrecarga máxima admissível, na ordem de 1/3-1/2 do peso máximo/total veicular (29 toneladas). Levando em conta a cabine (com blindagem leve) e tudo que tem dentro mais a superestrutura lançadora (e mecanismos associados) carregada de foguetes, há referência de que o AStRoS II Mk6 atinja 20 toneladas. Mas 24 toneladas, como reportado, com dois míseros MANSup (0,8 toneladas por míssil, com tubo lançador, talvez 1,6-2 toneladas, que é… Read more »
serve sim….o moskva foi afundado com 02 mísseis neptune…01 míssil já neutraliza uma embarcação, deixar fora de operação. Isso já pode ser colocado no planejamento do inimigo como um óbice. A Marinha russa se afastou dos mares o alcance do missil neptune para preservar seus navios, uma vez que os lançadores são moveis não se sabe onde estarão.
KC 390 transportou o PANDUR 8X8.
https://www.youtube.com/watch?v=CI74ZIcavb0
O Pandur II pesa de 17 a 22 toneladas. O KC-390 pode transportar até 30 toneladas. Quando eu falei em 8×8 era sobre um hipotético AV-VLM sobre o chassi Tatra 8×8 que é da classe de até 40 toneladas. A propósito, por quê os veículos médios táticos 6×6 e 8×8 americanos (incluído o HiMARS que pesa bem menos que o AStRoS) são mais leves que os similares europeus?
Impressionante que eles colocam “INEDITO” para algo que deveria ser normal entre as forças. Da impressão que cada uma das forças não se comunica com a outra, sempre se precisar, tem que pedir favor. Pelo amor…as forcas devem ter organizado entre si, um grupo de ação rápida em caso de ameaças. A velharia das forcas armadas é o que deixa nosso país nas carroças.
Dá a impressão mas é exatamente isso que ocorre kkkk