Cerimônia de batimento de quilha do ‘Dreadnought’, submarino nuclear de mísseis balísticos da Royal Navy

Dezoito anos após o compromisso de renovar o sistema de dissuasão nuclear do Reino Unido, a quilha do HMS Dreadnought foi oficialmente batida, registrando um marco importante na construção da mais poderosa arma da nação.
O primeiro-ministro Sir Keir Starmer conduziu a cerimônia simbólica no estaleiro de Barrow, quase dez anos após o corte do primeiro aço, dando início à montagem da estrutura central do primeiro de quatro submarinos de mísseis balísticos de terceira geração.
Para marcar esse momento decisivo na construção do submarino — e em reconhecimento a mais de 150 anos de construção naval na cidade, sendo 125 deles dedicados à fabricação de submarinos para a Marinha Real — Sua Majestade o Rei concedeu ao Porto de Barrow o título honorário de “Royal”.
Altas autoridades políticas, militares e representantes da indústria naval, além de parte das milhares de pessoas envolvidas no programa Dreadnought, reuniram-se no imenso Devonshire Dock Hall, no moderno complexo de montagem de submarinos da BAE Systems, para uma cerimônia breve.
O evento contou com pompa e cerimônia típicas da Marinha, com banda de cadetes e exibições multimídia que ofereceram uma prévia do que esperar quando o submarino estiver concluído.
Embora o batimento da quilha hoje em dia seja mais simbólico — dado o uso de métodos modernos de construção naval —, representa tradicionalmente o “nascimento” de uma embarcação. O aço do Dreadnought começou a ser cortado há quase uma década, e grandes seções já foram finalizadas.
“O batimento da quilha é considerado o ‘nascimento’ de um navio, e parabenizo todos os envolvidos na Aliança por alcançar esse marco importante na vida do HMS Dreadnought. Estou ansioso para ver este submarino empolgante e altamente capaz entrar em serviço,” declarou o Primeiro Lorde do Mar, Almirante Sir Ben Key.
“Enquanto a Classe Vanguard continua garantindo a nossa dissuasão contínua no mar, a Marinha Real aguarda com grande expectativa a operação dos sofisticados e avançados submarinos da Classe Dreadnought.”
Com mais de 17.000 toneladas, comprimento equivalente a 14 ônibus e uma tripulação de cerca de 130 pessoas, o HMS Dreadnought será o submarino mais avançado do mundo em sua categoria, contando — pela primeira vez — com iluminação adaptativa para simular o ciclo de dia e noite a bordo.
Com vida útil superior a 30 anos, os quatro submarinos dessa classe carregarão o Serviço Silencioso além do centenário da missão número 1 das Forças Armadas britânicas.
Os submarinistas da Marinha Real têm desempenhado essa responsabilidade — a chamada Operação Relentless — 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, desde 1969.
A construção da Classe Dreadnought é um esforço nacional, envolvendo cerca de 30.000 pessoas, desde o projeto até a entrega. A fase de construção das quatro embarcações — HMS Valiant, Warspite e King George VI, que seguirão o Dreadnought — deve durar cerca de 20 anos.
Os submarinos estão sendo construídos em 16 módulos, agrupados em três grandes blocos (“mega units”) e transportados ao Devonshire Dock Hall para montagem. O primeiro mega bloco do Dreadnought foi entregue no outono de 2023.
O Dreadnought deverá iniciar suas patrulhas de dissuasão na próxima década, à medida que os atuais submarinos da Classe Vanguard (o mais antigo, Vanguard, tem 33 anos; o mais novo, Vengeance, 27) forem sendo desativados.
Durante a visita a Barrow, o primeiro-ministro também encontrou membros da tripulação do HMS Agamemnon, o sexto submarino da Classe Astute, atualmente em fase final de construção.
Durante grande parte de sua vida operacional, o “Aggie” fará parte da defesa em camadas do sistema de dissuasão estratégica, que inclui desde aeronaves de patrulha marítima RAF Poseidon até as novas fragatas Tipo 26, helicópteros Merlin Mk2 antissubmarino e diversos sistemas não tripulados e sensores submarinos.
Para reafirmar o compromisso com a dissuasão nuclear — atual e futura — o primeiro-ministro e o Secretário de Defesa, John Healey, acompanharam nesta semana o retorno de um submarino da Classe Vanguard ao porto em HMNB Clyde, após patrulha.
Acompanhados pelo almirante Sir Ben Key, embarcaram na embarcação ao adentrar águas britânicas — o chamado “Dia Zero” — para agradecer aos submarinistas por seus meses de serviço silencioso.
De volta à base naval, as autoridades agradeceram também às famílias dos militares, reconhecendo sua resiliência e paciência durante os longos períodos de separação e silêncio.
FONTE: Royal Navy
“quase dez anos após o corte do primeiro aço”
Se a média neste tipo de indústria for esta o Álvaro Alberto ainda vai demorar um pouco…
10 anos pra um país que tem décadas de experiência em fabricação de subnuc’s.
Já pra nós….vixi…
Ainda assim, devemos considerar que o nosso irá deslocar 6K ton, muito diferente das 17K ton desse monstro.
Além disso, o sub Britânico é para transportar mísseis balísticos armados com ogivas nucleares.
A complexidade é totalmente diferente do nosso.
Além do mais serão 4 unidades de uma área que eles possuem domínio pleno.
O Brasil viajou na Maionese em torrar bilhões e bilhões nesse subnuc.
Com esse dinheiro dava pra facilmente ter uns 8 riachuelo e umas 12 fragatas Tamandare. No mínimo!
Caro. O programa nuclear da MB começou décadas antes do contrato dos Scorpenes. Vale a pena lembrar que o CNPq foi organizado por um almirante da MB para coordenar as pesquisas sobre energia nuclear no Brasil logo no pós-guerra.. Depois, o CNPq se tornou o órgão federal de coordenação de toda a pesquisa no Brasil O programa nuclear da MB focou no enriquecimento do urânio e para isso desenvolveu as ultracentrífugas. Este primeiro passo resultou na produção em escala industrial de combustível nuclear.. a ampliação da produção depende da ampliação da produção comercial de energia nuclear, mas isto é outra… Read more »
Sensata?? Meu Deus do céu… Potências como Japão e Coreia do Sul não possuem submarinos nucleares. Entramos em um projeto caro e subdimensionado enquanto não temos uma esquadra apta a proteger o litoral e ZEE brasileira. E pra que?? Pra ter um único submarino nuclear (menos potente que um francês da década de 90), sem doutrina de operação e manutenção do mesmo em pouquíssima quantidade. Em suma, o submarino nuclear brasileiro é o maior exemplo de devaneio e falta de continuidade do almirantado brasileiro. Sonham em ser como a US NAVY e na realidade são piores que marinhas que gastam… Read more »
Japão, Alemanha e Itália não possuem por acordos pós segunda guerra, mas não sei até quando vão sustentar isso devido aos novos ditames da geopolítica mundial. O programa de submarino nuclear é o maior programa de tecnologia da história do Brasil, é muito importante tanto para o âmbito militar quanto para o civil. Um subnuc é um vaso de dissuasão quase sem igual. É importante saber fazer, hoje não há grandes investimentos – similar as grandes potências –, mas ninguém sabe o amanhã. O cenário geopolítico ou de lideranças podem mudar, e o programa de submarinos estará já em desenvolvimento.… Read more »
O Japão já está planejando essa revisão, vai ter que se acertar com os EUA, mas não vai ter outra escolha!
e lá vamos nós.., A MB tinha duas opções.. continuar usando exclusivamente submarinos convencionais de desempenho limitado em um teatro de operações como o Atlântico Sul ou adotar um outro tipo de propulsão com desempenho superior e também mais cara. Além do convencional exitem a AIP e a nuclear. A propulsão nuclear é a mais cara e também que oferece desempenho superior. Os país que podem migraram ou estão migrando para a propulsão nuclear. Caso a MB escolhesse o AIP teria que 1) comprar o pacote fechado. 2) comprar a tecnologia da célula combustível ou 3) desenvolver a tecnologia até… Read more »
Vc esta comparando abacaxi com laranja! São projetos diferentes, inclusive na operação. O deles e um SSBN com 17.000 ton. O nosso e um SSN com 6.000t. Mas achei o tempo de entrega deles muito grande para os padrões deles, ainda mais por ser uma arma dissuasória!
Resta saber se Putin deixará Trump colocar mísseis Trident em um submarino britânico. Tudo pode acontecer.
Desde sempre, os EUA forneceram os Trident… Os ingleses tem participação nesse projeto, pequena, mas tem…
Isso não muda com presidentes…
Não existe mais “desde sempre”. As alianças não significam mais nada. O agente Krasnov está com a caneta na mão, nos EUA.
Devaneio, a aliança Echelon/ Five Eyes, aka império anglo saxao, vai seguir forte.
As contas são faceis de fazer, 4 SSBN dreadnought podem carregar um total de 48 SLBM D5LE2 Trident com 8 Mirvs cada, totalizando 384 Mirvs o suficiente para evaporar da face da terra mais de 200 cidades Russas, o aviso a Putin esta dado.
Bastam 10 das maiores ogivas nucleares russas para transformar em pó toda a Grã-Bretanha.
Fio isto não e uma discussão de quem tem mais ogivas… E uma questão de que o planejamento Inglês a dissuasão deles pode fazer um estrago muito grande na Mae Rússia… Claro que o contra ataque vai ser terrível e que no final não haverá vencedor. Mais isto faz com que ambos os lados pense se vale a pena ou não aperta o botão do disparo. Esta e a questão…
A conta é fácil.
O Reino Unido tem +ou- 225 ogivas nucleares.
Aproximadamente 160 ativas.
Agora é só fazer a conta correta.
Levando em consideração que o número de ogivas por míssil é variável e apenas o Reino Unido e você sabem qual é esse número, poderia nos passar essa informação ou é sigilo?
Sem falar que nunca todos os 4 “SSBNs” estarão em serviço ao mesmo tempo. . Com um certo “sacrifício” há sempre 1, algumas vezes, principalmente quando são novos e necessitam de menos manutenção, por um curto período de tempo pode haver 2 ao mesmo tempo, mas, normalmente, apenas 1 que terá quando muito 12 mísseis a bordo com 3 a 4 ogivas para cada míssil, ou mesmo mais provavelmente 8 mísseis com 5 ogivas cada, 40 ogivas. . Ainda é muita coisa, mas, muito longe de 384 “MIRVs” sendo que os britânicos não possuem esse total de ogivas operacionais e… Read more »
Verdade.
Acho que tem uma matéria aqui do ano passado falando dos 4 parados.
Pensei a mesma coisa quando for no início terá uns 2 ativos.
Mais sempre pensei que operava com metade dos mísseis do total.
Só olhar os custos de construção e manutenção dos novos submarinos nucleares mundo afora para TER CERTEZA que essa ideia da MB de ter um navio desses é uma loucura.
E a galera acha que o Brasil tem que ter submarino nuclear.
Se os gastos com o Riachuelo já deram um susto no almirantado, submarino nuclear será o último prego do esquálido orçamento da Marinha.
Alguém tem que ter coragem e PARAR esse devaneio da MB.
Afundaram um PA com amianto porque nao tinham condiçao de lidar com o material toxico, aí compram Scorpene sem AIP porque é muito caro (o Chile tem Scorpenes com AIP por sinal) e querem um submarino de ataque nuclear, é muita contradição. Nao acredito que nenhum politico interrompa esse devaneio, mas também vao manter a banho maria e cortando os investimentos sempre que o descontrole dos gastos publicos apertar.
EDITADO:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão.
O Chile tem dois Scorpenes feitos na França como propulsão convencional. Nenhum deles tem AIP.
Exatamente
Kkkkkkkk, o Brasil não tem condições de manter uma estrutura adequada nas 03 forças, qto mais adquirir um submarino nuclear e manter suas manutenções em dia., acorda gente somos um projeto de país, aqui a corrupção é o melhor produto de exportação que temos, o que não falta é bandido de terno e gravata. Kkkkkkk, nunca teremos respeito de outros países com esse nível de gente que temos na política e nos partidos políticos, ( digo quadrilhas políticas principalmente as de direita).
“A língua é o chicote do corpo , o calado sempre vence”😏
Olha proselitismo político aí gente !!!🤔
Típico palavreado de quem fala com profundo conhecimento de causa e experiência comprovada. Deve viver disso…
EDITADO:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão.
O proximo SSBN Russo é cópia desenvolvida dos Dreadnought, a classe Arcturs com 19200T de deslocamento, 12 SLBMs Bulava, 2 Drones Submarinos, e muitas outras tecnologias futuristas
Os britânicos possuem cerca de 50 mísseis “Trident II” incluindo os que normalmente estão nos EUA para manutenção e cerca de 120 ogivas nucleares disponíveis – outras 100 estariam na “reserva” – isso faz com que cada SSBN atual transporte menos mísseis que a capacidade total de 16, 12 mísseis cada um ou um mínimo de 8 com em média 4 ogivas nucleares permanecendo 4 ou 8 silos vazios conforme decisão tomada uns 10 anos atrás. . Os futuros “SSBNs” britânicos terão “apenas” 12 silos ao invés de 16, número mais adequado para essa política, mas, especula-se que 8 mísseis… Read more »
O governo britânico já anunciou que está aumentando o número de ogivas nucleares disponíveis.
E em média são 40 ogivas em cada submarino em patrulha.
Enquanto isso a China testa secretamente o SSBN Type096, já foi lançado aos mares de forma discreta, officialmente lá para 2028 quando começar a produção em serié.