O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e o Submarino Nuclear Brasileiro SN-BR

Submarino Riachuelo - S40
Por Alexandre Galante
Histórico do Programa Prosub
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil surgiu da ambição de longa data do país em dominar tecnologias submarinas avançadas – incluindo propulsão nuclear – para fortalecer sua defesa naval. Já na década de 1970, durante o regime militar, delineou-se o plano de obter os três conhecimentos-chave para um submarino nuclear: o domínio do ciclo do combustível nuclear (Projeto Ciclone), o desenvolvimento de um reator nuclear naval (Projeto Remo) e a capacidade de projetar/construir um casco de submarino capaz de abrigar esse reator (Projeto Costado). Nessa época, governos como os dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo apoiaram secretamente iniciativas para alcançar tais objetivos, marcando o início do Programa Nuclear da Marinha (PNM) em 1979.
Nas décadas seguintes, o Brasil obteve importantes conquistas tecnológicas. Em 1982, engenheiros brasileiros dominaram a técnica de ultracentrifugação para enriquecimento de urânio, utilizando centrífugas inteiramente construídas no país. Foi construído em Iperó (SP) o Centro Experimental Aramar (CEA) para abrigar laboratórios de pesquisa e testes do ciclo do combustível e do reator nuclear. Ao longo de ~20 anos, o Brasil dominou todo o ciclo do combustível nuclear – desde a conversão e enriquecimento de urânio até a produção de combustível – criando as bases para desenvolver um reator naval próprio.
Em paralelo, para ganhar experiência em construção de submarinos, a Marinha encomendou submarinos convencionais alemães Type 209 (classe Tupi) nos anos 1980, construindo quatro unidades no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e capacitando pessoal e indústrias locais. Entretanto, dificuldades econômicas e políticas na década de 1990 desaceleraram o programa nuclear naval, que ficou em segundo plano durante a redemocratização.

O cenário mudou nos anos 2000. A Estratégia Nacional de Defesa de 2008 reafirmou a prioridade de obter um submarino nuclear. Assim, em dezembro de 2008, o Brasil firmou com a França um amplo acordo de defesa – consolidando-se em 2009 como uma Parceria Estratégica – que deu origem ao Prosub. Esse programa, lançado oficialmente em 2010-2012, previa a construção de novas instalações navais em Itaguaí (RJ) e se dividia em duas vertentes principais: (1) construção de quatro submarinos convencionais de tecnologia francesa (classe Riachuelo, derivada da Scorpène) com ampla transferência de tecnologia, e (2) desenvolvimento do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear (denominado SN-BR Álvaro Alberto).
Entre 2010 e 2012, dezenas de engenheiros e oficiais brasileiros foram treinados no estaleiro francês DCNS (atual Naval Group) em Cherbourg, absorvendo know-how de projeto e construção. Nos anos seguintes, infraestrutura industrial de ponta foi criada em Itaguaí, incluindo um novo estaleiro e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), capacitando mais de 60 mil empregos diretos e indiretos na indústria nacional.
Desde então, o Prosub alcançou marcos importantes. O primeiro submarino convencional da nova classe S-BR, o Riachuelo S40 foi lançado ao mar em dezembro de 2018 e incorporado em 2022. Seguiram-se o Humaitá S41 (lançado em 2020, comissionado em 2023) e o Tonelero S42 (lançado em 2022/23). A quarta unidade, Angostura S43 (rebatizado como Almirante Karam), está planejada para 2025. Esses submarinos diesel-elétricos de ~72 m e 1.870 toneladas (submersos) incorporam adaptações à Scorpène francesa para atender requisitos brasileiros, como casco ampliado e lançamento de novos torpedos pesados F21.
Paralelamente, o desenvolvimento do submarino nuclear avançou na fase de projeto e o início das instalações do protótipo do reator nuclear naval (instalação de testes conhecida como LABGENE) no CEA de Aramar, para validar os sistemas de propulsão nuclear antes da construção no submarino. Após resolver desafios tecnológicos e orçamentários, a construção do casco do SN-BR teve início simbólico com o corte da primeira chapa de aço em outubro de 2023, marcando um momento histórico para a Marinha do Brasil.


Acordos com a França
A parceria Brasil-França no âmbito do Prosub foi fundamental para viabilizar o salto tecnológico na construção de submarinos nacionais. Firmada em 2008 e detalhada em 2009, essa cooperação estratégica envolveu um contrato de aproximadamente US$ 10 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões na época). Diferentemente de uma simples compra de prateleira, tratou-se de um acordo de transferência de tecnologia e coprodução: a França (por meio da empresa DCNS/Naval Group) forneceria os projetos e know-how dos submarinos convencionais e assistência no design do submarino nuclear, enquanto o Brasil construiria as embarcações localmente, adquirindo a capacidade industrial autóctone. Incluído no pacote estava também o auxílio francês para projetar e erguer um novo complexo naval em Itaguaí (RJ) – composto por estaleiro, base naval e instalações de fabricação – para abrigar e manter essa futura frota.

No componente de submarinos convencionais, o acordo previa quatro unidades da classe Riachuelo (S-BR), derivada da classe Scorpène francesa. A Marinha do Brasil exigiu algumas modificações de projeto, como casco mais longo (71,6 m contra 66,4 m do Scorpène original). Toda a construção dos S-BR – exceto algumas seções iniciais – foi realizada no Brasil, envolvendo estaleiros nacionais (Itaguaí Construções Navais, ICN) e uma cadeia de mais de 70 empresas locais, sob supervisão do Naval Group.
Engenheiros brasileiros trabalharam lado a lado com técnicos franceses, absorvendo conhecimentos em áreas como arquitetura naval, sistemas de combate e integração de sensores. Essa nacionalização progressiva resultou em ganhos industriais e na redução da dependência externa. Segundo dados oficiais, o Prosub já gerou mais de 60 mil empregos diretos e indiretos e incentivou a produção local de diversos componentes navais.

A parceria também compreendeu o desenvolvimento do Submarino Convencionalmente Armado de Propulsão Nuclear (SCPN) brasileiro – o SN-BR Álvaro Alberto. Nesse item mais sensível, a França acordou em assessorar o projeto das partes não-nucleares do submarino (como casco, sistema de combate, propulsão convencional e acústica), enquanto o Brasil se responsabilizou pelo segmento nuclear (reator, seu combustível e integração).

Essa divisão visava respeitar os compromissos internacionais de não-proliferação, já que a França transferiu conhecimento apenas em tecnologias convencionais. Desde 2010, engenheiros brasileiros participam do projeto conceitual do SN-BR com apoio francês, e em 2020 o desenho de arquitetura do submarino foi validado conjuntamente. O Naval Group continua a prestar consultoria técnica conforme necessário – por exemplo, em 2023 o Brasil solicitou extensão do suporte francês para componentes como turbinas e geradores adaptados ao ambiente nuclear, reconhecendo limitações da indústria local nesses subsistemas.

Em termos de resultados práticos, a cooperação tem sido bem-sucedida. Três dos quatro submarinos convencionais já foram concluídos e entregues à Marinha (Riachuelo, Humaitá e Tonelero), todos construídos no país e dotados de modernos sistemas de navegação, sonar, sensores optrônicos, armamentos de última geração (torpedos guiados e mísseis antinavio) e baixo nível de ruído. O quarto submarino convencional (Almirante Karam) está em fase final de construção. Simultaneamente, as instalações de Itaguaí – incluindo um dique seco de grande porte e prédios especializados – estão sendo finalizadas para iniciar a montagem do casco seccionado do submarino nuclear.
Em outubro de 2023, o presidente Lula e o presidente francês Emmanuel Macron participaram juntos da cerimônia do lançamento e batismo do submarino Tonelero em Itaguaí. Durante o evento, o francês celebrou a parceria entre os países no âmbito da Defesa., simbolizando a continuidade da parceria estratégica. Esse intercâmbio com a França, portanto, não só fornece ao Brasil uma frota submarina moderna de imediato, como também deixa um legado de conhecimento que permitirá ao país projetar e construir submarinos futuros de forma independente – um objetivo estratégico de soberania tecnológica almejado desde os primórdios do programa.
Submarino SN-BR (SCPN) – Álvaro Alberto

O SN-BR Álvaro Alberto – também designado Submarino Nuclear Brasileiro – será o primeiro submarino de ataque de propulsão nuclear do Brasil. Ele será a culminação do Prosub e colocará o Brasil no seleto grupo de nações que operam submarinos nucleares. O nome homenageia o vice-almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva, pioneiro do programa nuclear brasileiro.
Tecnicamente, o SN-BR faz parte da família de projeto da classe Riachuelo/Scorpène, porém com casco de diâmetro e comprimento ampliado e seção de propulsão modificada para acomodar um reator nuclear compacto. Segundo dados divulgados, ele terá cerca de 100 metros de comprimento, 9,8 metros de diâmetro (boca) e deslocamento em torno de 6.000 toneladas submerso. Isso o torna significativamente maior que os submarinos convencionais brasileiros (2.000 t) e próximo em porte aos modernos SSN franceses da classe Suffren (≈5.300 t) e britânicos da classe Astute (7.400 t). A tripulação deverá ser de aproximadamente 100 militares, refletindo a necessidade de pessoal adicional para operar o reator nuclear a bordo e sistemas associados.
No quesito propulsão, o SN-BR usará um reator nuclear do tipo PWR (Reator de Água Pressurizada) projetado e fabricado no Brasil. Esse reator gerará calor para acionar turbinas e geradores elétricos, resultando em uma propulsão turboelétrica estimada em 48 megawatts de potência (cerca de 64.000 hp). Diferentemente dos submarinos convencionais, que dependem de motores diesel-elétricos e baterias, o submarino nuclear brasileiro terá autonomia praticamente ilimitada de navegação submersa – seu tempo de patrulha será limitado apenas por fatores logísticos como mantimentos e manutenção, não por combustível. Espera-se que alcance velocidades superiores às dos S-BR convencionais, podendo manter alta velocidade submersa por longos períodos. A profundidade de operação informada é da ordem de 300–350 metros, compatível com os padrões de submarinos de ataque modernos.

Em termos de armamentos e sensores, o Álvaro Alberto será convencionalmente armado, ou seja, não carregará armas nucleares (em consonância com a política brasileira de não proliferação). Ele virá equipado com seis tubos de 533 mm de diâmetro na proa, aptos a lançar torpedos pesados guiados (como o francês F21), mísseis antinavio (por exemplo, o MBDA SM39 Exocet, lançado via torpedeira) e também minas navais quando necessário. O estoque total de armas transportadas deverá ser similar ao dos Scorpène – em torno de 18 torpedos/mísseis no paiol, configuráveis conforme a missão.
Além do armamento principal, o SN-BR contará com sofisticados sistemas de combate e sensores integrados. Isso inclui um conjunto sonar de longo alcance para detecção de navios e outros submarinos, sonares laterais e rebocados para vigilância discreta, periscópios optrônicos/eletrônicos de última geração e suites de guerra eletrônica e comunicação por satélite. Os computadores de comando e controle (provavelmente derivados do sistema francês SUBTICS já usado nos S-BR) permitirão à tripulação analisar o cenário tático e engajar ameaças com eficácia, mantendo o submarino furtivo e ciente do ambiente ao redor.
A empregabilidade operacional do Álvaro Alberto será vasta e alinhada às dos SSN (Submarinos de Ataque Nuclear) de outras marinhas. Suas missões principais incluirão a guerra antissuperfície e antissubmarino, patrulhando extensas áreas marítimas e caçando navios ou submarinos inimigos com grande alcance e persistência. Adicionalmente, poderá atuar como plataforma de inteligência sigilosa, coletando dados de comunicações ou monitorando movimentações de frotas adversárias. O submarino nuclear brasileiro também oferecerá capacidade de projeção de força, podendo lançar mísseis de cruzeiro contra alvos em terra ou no mar distante (caso o Brasil venha a adquirir/desenvolver esse tipo de armamento).

Essa habilidade de ataque a longa distância, comum em submarinos nucleares de potências como EUA e França, ampliaria o poder de dissuasão brasileiro. Outra função de destaque será a inserção/extração de forças especiais: com seus compartimentos espaçosos e possibilidade de permanecer submerso próximo à costa inimiga por longos períodos sem ser detectado, o SN-BR poderá desembarcar e recolher comandos em operações secretas. Em síntese, o Álvaro Alberto será um meio naval versátil – combinando furtividade, alcance global e poder de fogo – que excede em muito as capacidades dos atuais submarinos diesel-elétricos da Marinha do Brasil.

Comparativamente, quando entrar em serviço o SN-BR colocará o Brasil em pé de relativa igualdade tecnológica com as maiores marinhas do mundo. Apenas seis países operam hoje submarinos de propulsão nuclear (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Índia), todos eles potências militares de primeira grandeza. O Álvaro Alberto, com ~6 mil toneladas, será mais leve que os SSNs americanos modernos (classe Virginia, ~7.800 t) e que os russos (classe Yasen, >13.000 t), porém maior que os antigos SSNs franceses Rubis (2.700 t) e próximo em tamanho aos novos Suffren franceses e Astute britânicos. Em termos de capacidade, deverá apresentar desempenho semelhante ao dos SSNs contemporâneos em silêncio, sensores e alcance.
Uma vez incorporado, o Brasil será o sétimo país no mundo a dominar a tecnologia necessária para construir submarinos nucleares – um feito inédito entre nações do Hemisfério Sul. Vale notar que, ao contrário de potências nucleares que equipam alguns submarinos com mísseis balísticos nucleares, o SN-BR será um submarino de ataque convencional, destinado à superioridade naval regional e não ao papel estratégico de dissuasão nuclear intercontinental.

Propulsão Nuclear do SN-BR: Tecnologia, Vantagens e Impacto Estratégico

A propulsão nuclear do SN-BR é o aspecto mais transformador e desafiador do projeto. O reator nuclear naval brasileiro – do tipo PWR (reator de água pressurizada) – foi desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) ao longo de décadas, com base na experiência acumulada no Programa Nuclear Paralelo da Marinha. Conhecido pelo código RENAP-11 (Reator Naval de 11 MW) em seus estágios iniciais de concepção, esse reator será testado em terra no protótipo LABGENE para garantir sua segurança e desempenho antes da instalação no submarino.
A principal característica é a utilização de combustível de urânio enriquecido (provavelmente em nível intermediário, 5–20% de enriquecimento U-235), capaz de sustentar uma reação nuclear controlada que libera enorme quantidade de energia térmica. Essa energia será convertida em eletricidade para mover um motor propulsor elétrico acoplado a um eixo e hélice especial (ou futuramente um pump-jet). Diferentemente de um motor diesel, o reator não consome oxigênio, permitindo que o submarino permaneça submerso por períodos praticamente ilimitados. Além disso, o reator pode funcionar por anos antes de necessitar reabastecimento de combustível nuclear, garantindo raio de ação global ao navio.
As vantagens táticas e estratégicas da propulsão nuclear são inúmeras. Primeiramente, um submarino nuclear pode manter altas velocidades submersas por longos intervalos, o que lhe dá mobilidade superior – pode deslocar-se rapidamente de um teatro de operações a outro ou perseguir grupos de batalha inimigos sem precisar emergir. Em segundo lugar, a autonomia é imensamente ampliada: enquanto um submarino convencional precisa emergir ou “snorkear” periodicamente para recarregar baterias (expondo-se à detecção) e tem sua patrulha limitada a algumas semanas, o SN-BR poderá permanecer meses submerso em patrulha contínua.

Isso permite cobertura persistente de áreas de interesse e confere imprevisibilidade à sua posição. Outra vantagem é a carga útil: reatores nucleares fornecem mais energia, possibilitando levar mais equipamentos e armamentos sem comprometer o desempenho. Por exemplo, o SN-BR poderá abrigar sonares mais potentes, sistemas de combate redundantes e eventualmente lançadores verticais de mísseis de cruzeiro no futuro. Por fim, a capacidade de dissuasão de um submarino nuclear é elevada – apenas a suspeita de sua presença numa área marítima força potencias oponentes a empregar consideráveis recursos para localizá-lo. Assim, um único SSN em patrulha pode vigiar vasta extensão oceânica e manter eventuais ameaças em estado de alerta, contribuindo para a negação do uso do mar pelo inimigo.
Entretanto, os desafios e custos de implementar essa tecnologia no Brasil também são significativos. Do ponto de vista técnico, projetar e construir um submarino nuclear é considerado um dos empreendimentos de engenharia mais complexos que existem – comparável ao desenvolvimento de naves espaciais. Exige excelência em múltiplas disciplinas: engenharia nuclear, naval, mecânica de precisão, eletrônica, metalurgia especial (para o vaso do reator e casco resistente), entre outras. O Brasil investiu décadas e recursos substanciais para atingir a maturidade necessária.
Ainda assim, alguns componentes sofisticados tiveram de receber apoio externo, como turbinas capazes de operar no ambiente radioativo e geradores elétricos específicos, cuja manufatura local ainda não atingiu o nível requerido. Além do desafio tecnológico, há o fator econômico: a construção de um SSN é dispendiosa tanto na implantação quanto na manutenção. Estima-se que o SN-BR Álvaro Alberto custe alguns bilhões de dólares (valores entre US$2.4 bi e US$7 bi são citados, dependendo do escopo considerado), incluindo desenvolvimento, infraestrutura e construção – um investimento pesado dentro do orçamento de defesa brasileiro.
Os cronogramas também sofreram atrasos por restrições orçamentárias em certos períodos (por exemplo, cortes de verbas federais em meados da década de 2010 postergaram etapas do LABGENE). Adicionalmente, treinamento de pessoal é crítico: tripular um submarino nuclear requer especialistas em operações de planta de propulsão atômica, o que demanda a formação de engenheiros e oficiais em cursos prolongados, muitos em cooperação com marinhas experientes (como a francesa e talvez a americana em aspectos de segurança). A segurança nuclear é outro ponto de atenção – protocolos rigorosos de segurança e resposta a emergências nucleares precisam ser estabelecidos para a operação do reator tanto em terra quanto no mar, garantindo que o submarino possa operar sem riscos de vazamentos ou acidentes radiológicos.
No panorama geopolítico e estratégico, a entrada em serviço do SN-BR trará mudanças perceptíveis no equilíbrio de forças regional. O Brasil será o primeiro país da América Latina a dispor de um submarino de propulsão nuclear, o que certamente elevará seu status militar perante os vizinhos. Essa capacidade conferirá à Marinha do Brasil um alcance de dissuasão muito maior no Atlântico Sul, uma região até então livre desse tipo de vetor naval. Com o SN-BR, o Brasil poderá patrulhar e proteger efetivamente a chamada “Amazônia Azul” – sua zona econômica exclusiva de 4,5 milhões de km² rica em recursos (petróleo do pré-sal, pesca, biodiversidade) – contra possíveis ameaças, sejam elas estatais ou de atividades ilegais, reforçando a soberania nacional sobre essas águas.

Além disso, um submarino nuclear aumenta a capacidade de proteção das linhas de comunicação marítima e rotas comerciais vitais no Atlântico, contribuindo para a segurança do comércio brasileiro e internacional na região. Por outro lado, os países vizinhos encaram com atenção esse salto qualitativo da Marinha do Brasil. Embora Argentina e Chile não demonstrem intenção de perseguir um programa similar (até por limitações econômicas e tecnológicas), a posse de um SSN brasileiro pode provocar certa assimetria de poder na América do Sul, gerando pressão para equilíbrio diplomático.
Organizações internacionais e tratados de não-proliferação acompanharam de perto o Prosub, mas vale ressaltar que ele não fere o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) – o acordo permite submarinos com propulsão nuclear desde que não haja armamento atômico a bordo. O Brasil permanece comprometido em não desenvolver armas nucleares, concentrando seus esforços apenas no uso pacífico (e militar convencional) da energia nuclear.

No âmbito extra-regional, a obtenção de um submarino nuclear também projeta o Brasil a um novo patamar de defesa, potencialmente reforçando suas credenciais para pleitos internacionais (por exemplo, a busca por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU). De fato, ao comissionar o Álvaro Alberto em meados da década de 2030, o Brasil se juntará a um clube exclusivo dominado pelas grandes potências desde a Guerra Fria.
Junto da Austrália – que anunciou planos de adquirir submarinos nucleares via acordo AUKUS – será um dos poucos países não dotados de armas nucleares a operar um submarino nuclear de ataque. Isso estabelece um precedente importante e poderá inspirar outras nações emergentes a buscar capacidades similares no futuro, caso disponham dos meios.
A propulsão nuclear do SN-BR trará ao Brasil um salto qualitativo em poder naval, aumentando significativamente sua capacidade de dissuasão e vigilância no Atlântico Sul. Ao mesmo tempo, impõe a responsabilidade de gerenciar essa poderosa ferramenta com prudência, assegurando que seu uso contribua para a estabilidade e paz regionais. Se bem-sucedido, o programa do submarino Álvaro Alberto inaugura uma nova era para a Marinha do Brasil, consolidando-a como uma força de águas azuis com alcance global e garantindo a proteção dos interesses marítimos brasileiros no século XXI.

Referências:
- Documentos oficiais da Marinha do Brasil sobre o Prosub.
- Publicações acadêmicas sobre o desenvolvimento de submarinos nucleares.
- Artigos de defesa e segurança internacional abordando o impacto estratégico do SN-BR.
- Reportagens de jornais e sites especializados em tecnologia militar e naval.
- Informes governamentais sobre o andamento do LABGENE e infraestrutura naval em Itaguaí.
- Registros históricos sobre o Programa Nuclear da Marinha desde os anos 1970.
- Estudos comparativos entre submarinos nucleares de diferentes marinhas e o projeto do SN-BR.
Esquece essa coisa de submarino nuclear e coloca esse dinheiro em mais navios da classe Riachuelo que é mais futuro.
Os almirantes tomaram um susto ao ver o custo de manutenção dos Riachuelo (coisa que já deveriam ter uma noção, já que combinado não é caro), saiu até aqui no site…
Eu vi.
Se um diesel-elétrico é difícil de manutenir, imagina um nuclear. Então que se esqueça submarino nuclear e compra mais diesel-elétrico.
Pois é. Tu viu. Tu Tivesse lido e compreendido parava de escrever_____
EDITADO
Quais? Aonde estão as planilhas de operação e manutenção dos submarinos diesel elétricos com motores e geradores diesel alemães e mais de 100 baterias francesas + motor elétrico principal francês X submarinos com propulsão nuclear sem baterias, sem motor diesel-elétrico, sem geradores alemães que acompanham os motores diesel, sem MEP e sem quilômetros de cabos instalados em submarino diesel-elétricos?
Aonde?
Como tu fala besteira, fera.
Você adora pedir coisas que não dá e ainda fala três quilos de caquinha.
Esteves tem que voltar a tomar o remedinho.
Crítica precisa de fundamento.
Escrever que “viu” sem apresentar nenhuma fonte ou estudo ou planilha de manutenção, é desonesto.
Viu o que?
A MB merece críticas. A MB não merece comentários desqualificados.
Que fonte você apresenta para os seus devaneios?
As vozes da sua mente dodoizinha?
A propósito, entre manutenção e é desonesto não tem vírgula.
Viu o quê, e não viu o que.
Aprende a escrever primeiro para falar alguma coisa, até porque de desqualificado já basta as suas asneiras.
Como disseram abaixo:
Ja teve matéria do PN mostrando que o almirantado B já “tomou um susto” com o que será preciso desembolsar pra operar Scorpéne.
Imagine num eventual dia em que esse subnuc estiver pronto…
Já deixem várias UTI’s, desfibriladores e ambulâncias na porta da sala de reuniões do almirantado.
Morte certa.
kkkkkkkkkkkkk
Ou pergunte a Rússia como ela consegue? Afinal, eles estão tão atrasados e e mais incompetentes que nós! Talvez eles tenham como fazer ToT dessa mágica.
Depois que começou não tem como parar, energia nuclear não aceita cambiarras , não aceita erros. Hoje eles tem que dar o pulo deles
Bom dia, exatamente por isto é outra despesas quê se paga Impostos!!!
O certo seria nem ter começado essa insanidade. O Brasil deveria sim, num mundo perfeito, dado suas dimensões territoriais, econômicas e posição de líder regional possuir submarinos nucleares, mas a questão é que os governantes e a MB não estão preparados para lidar com isso. O orçamento da MB é muito mal administrado e o que sobra não mantém direito nem os meios disponíveis que temos hoje, que dirá um submarino nuclear. Além disso, o Brasil nunca teve e nem terá tão cedo um projeto de país com investimento contínuo em programas grandes como esse, independente de governo A ou… Read more »
Parabéns pela matéria Galante, bem abrangente e detalhada! Não dá para desistir agora, falta menos de 15% – gerador e parte das obras de infraestruturas da base nuclear! A verdade é que toda a marinha é sempre a defesa mais dispendiosa entre todas as forças e no Brasil é ainda mais caro pois pagamos o preço de não saber fazer – “know how” Um ex. com o preço de uma fragata média bem armada capaz de escoltar um PA custa na casa de 4,5 bilhões de reais, com esse valor daria para montar uma cavalaria com 20 tanques com aproximadamente… Read more »
Perfeita colocação!
Errando, aprendemos mais.
Temos profissionais e precisamos qualificar muitos ainda! Viva a indústria naval Brasileira!!!!
Escolas, incentivo para formar e qualificar jovens!!!!
Concordo com vc
Redundância de informações.
Sempre tive severas críticas a MB e a esse programa, mas, se vamos REALMENTE continuar com isso, já passou da hora desse projeto, como um todo, parar de ser proneto “apenas” da MB, e ser um projeto DE ESTADO.
Por ser um “projeto da MB”, ele.sempre esteve atrelado a verba do MD, que sempre sofreu com cortes, contingenciamentos e defasagem de valores, já que quase tudo das 3 FA’s é importado em dólar.
Fazer com que esse projeto seja um projeto DE ESTADO seria infinitamente mais útil do que ficar pedindo 2% do PIB pra Defesa.
Com essa grana daria para colocar os radares Gaivota em funcionamento com os OTH100, com baterias ASTROS 2020 + (MANSUP ER), somados a mais Tamandares, mais Sub´s Riachuelo, colocar SABER M60 / SABER M200 mais um sistema de defesa aérea
Somos umas das poucas nações que controem submarinos e daqui a pouco o nuclear também…
Vai ser uma virada de chave com certeza…
Devagarinho a galinha enche o papo…
Não adianta reclamar…
Sabemos os políticos que temos e a nossa cultura não ajuda também…
Na verdade é 20% da população e olhe lá que têm conhecimento das coisas…
O resto…, tá tomando cerveja e assistindo o seu joguinho de futebol…, que ferva…
Abraço a todos…
“Devagarinho a galinha enche o papo”.
A galinha vai morrer de fome.
Kkkkkkkkkk
Emmanuel vc como a maioria aqui, acomodados, com uma análise rasa,, não percebe a importância do projeto SubNuc, continua a falar asneira.
Nilo o problema é aqui, os caras não tem competência pra mexer com algo muito sério e depois que ligar aquilo não tem como desligar. E nem ligou ainda e já estão colando as placas
Sim, é preciso entender que temos informações limitadas, até mesmo pela postura tradicional da MB, e agrava o fato de ser a aérea nuclear sensivel. Temos algumas comentaristas aptos que nós auxiliam na compreensão, seja no âmbito de engenharia naval, nuclear ou orçamentária, mas há comentaristas que, e se falando do projeto SubNuc com os franceses, não conseguem entender a importância e o tamanho da abrangência, dos reflexões sobre outras aérea na formação de conhecimento e mão de obra altamente especializada. Problemas existem para ser resolvidos, isso é gestão, mas o “vira lata” se arroga ao direito, de ir contra… Read more »
“Devagarinho a galinha enche o papo…”
E, pra essa ÚNICA galinha encher o papo, o resto das galinhas morrem de fome, e a granja entra em falência.
Brilhante…
Não construímos submarinos, nós montamos submarinos… Quase nada ali é nacionalizado
Caro.
Uma empreiteira também “monta” uma casa, Um padeiro também “monta” pão. Um alfaiate também “monta” um paletó. Um gráfica também “monta” um livro.
E qual vai ser essa “virada de chave”?
Vamos virar uma Marinha potência?
Vamos conseguir suprir as outras diversas demandas de outras embarcações atualmente e futuramente pendentes?
Os problemas orçamentários irão acabar?
“Devagarinho a galinha enche o papo…” Meu querido, o SN-BR é sim importante, mas a questão é a prioridade dos governos, do que adianta ficar adiando sendo que temos a Lei Rouanet que leva mais de 16,9 Bilhões de Reais em 2024, também temos a publicidade do governo que quer “investir” 3,6 Bilhões de Reais em si mesmo, temos o maior imposto de IVA (28%) do MUNDO, superando a Suécia de 25%, e não estou vendo as ruas da Suécia, os Hospitais, Escolas, Educação, Salários, etc igualmente da Suécia. Entre outras coisas, como 75% do exército gasta com pessoal, pensões… Read more »
Com o DINHEIRO gasto para um submarino nuclear, que desde a década de
70…. .. poderíamos ter uma esquadra com 40 navios modernos…sacrificou se todo o poder naval com gastos em porta aviões capengas …. e gastos em infra-estrutura para submarino nuclear…..resultado hoje…. nada temos….
Não mesmo. Fazer as contas direito aí amigo
Se for patrulha e corveta…quem sabe.
Desde o final da década de 70 que começou essa saga, um verdadeiro elefante branco.
Enquanto vai o dinheiro para o ralo, a Marinha parece mais uma Guarda Costeira; é aquela “querer dar um passo maior que perna”, faz o dever de cada primeiro, depois sobe o degrau. Sempre projetos mirabolantes, difícil enxergar a realidade, por isso estamos eternamente atrasados, um país continental, com muito dinheiro, porém mal administrado.
Fácil pedir 2% do PIB, difícil é fazer o dever de casa e ter racionalidade com o dinheiro público.
A falha do programa esta em nao possuir um projeto alternativo que minimize riscos. Se o país tivesse um programa secundario de reatores de baixa potencia AMPS, poderia sobreviver reducao de orcamento sem riscos de continuidade. Com o AMPS, caso faltar grana para o Alvaro Alberto, voce retarda o projeto mas encomenda mais unidades Riachuelo com a secao do plug do AMPS. Teria um ssk hibrido com velocidade de patrulha e eyerna e contínua nuclear. Bastaria o primeiro com esta secao, e depois a cada reforma dos restantes vice iria instalando. Os custos de estrutura de manutencao ja estariam amortizados… Read more »
Nenhum país construiu esse submarino ainda, só a China pretende mas parece que a China ta construindo todo tipo de embarcação pra teste… tao construindo também sub convencional com AIP e baterias de litio, mistos de navios de desembarque anfibio e PAs.
O certo seria o país ter focado anos atras em reatores pra energia eletrica, mas prum país que nao da conta de terminar Angra 3 fica dificil imaginar qual o futuro que esse tipo de energia teria no Brasil.
Antes de tudo, É falta de grana, dinheiro, prata, seja para nacionalização de uma peça, seja para desenvolver um equipamento.
A MB /Brasil decidir comprar mais 2 SBR, conseguiria produzir sem ajuda da França?
Já contribuiu 4 com transferência de tecnologia , para construir + 2 conseguiriam comprovando esta transferência ?
Não. Muito pouco foi nacionalizado. Não se está investindo nem em desenvolvimento, nem em nacionalização de componentes
Entendi, então a vantagem que o Brasil terá em ter trocado de tecnologia de Submarino Convencional Alemão para o Frances é o acesso a construção de um casco resistente para propulsão Nuclear?
Demorando deste tanto tempo , pelo menos os Submarinos alemães o Brasil já conseguia produzir sozinho, ou estou enganado?
O submarino alemão também somos incapazes de prodiluzir sozinhos.
Há milhoes de componentes num submarino que são importados prontos. Sem estes componentes não se constrói um submarino. E não nacionalizamos estes componentes.
Na prática a transferência de tecnologia envolve alguns aspectos críticos, principalmente no que se refere à sermos capazes de manter os submarinos.
Para construir um sozinho, muita coisa ainda seria necessária
Transferência de tecnologia de manutenção…. Aí sim ,bela amarração aos donos da tecnologia, sistemas de armas etc
O submarino nuclear de ataque é a única arma que realmente pode nos dar alguma dissuasão no mar.
Está faltando 1 bilhão por ano? Quanto de pessoal precisamos cortar para ter este dinheiro? É isto que deveria estar sendo pensado.
De resto, a Marinha precisa mesmo é de OPVs, patrulha e vigilância de nossas águas.
Tamandarés mal armadas, sem cobertura aérea, não tem valor militar algum
A MB ainda ta pensando na Falklands quando o HMS Conqueror afundou o Belgrano.
O mundo ta mudando, a guerra do futuro será decidida por drones e IA. EUA, UK, Austrália, China, Japao estão investindo em drones submarinos. Imagina a Amazonia Azul ao inves de patrulhada por um alvaro alberto e 4 scorpene, fosse patrulhada por 10 scorpene e 100 drones submarinos de grande porte.
Esperar que um sub nuclear apenas, que vai ser o que a MB vai ter dinheiro no final, vai dar conta de defender a ZEE brasileira é impossível.
https://youtu.be/_-kZpxUf_ys
Eles não entendem isso.
É pedir demais.
O Prosub é uma sucessão de erros que bem demonstram a nossa incapacidade e incompetência no desenvilmebto de armamentos tão estratégicos. E para completar, firmamos parceria com a potência menos confiável do planeta, a França. Aproveitando? Quanto nosncobtribuintes já gastamos nesse esqueleto burocrático chamado “Prosub”?
Potência menos confiável do planeta a França…. Claro. EUA com sua postura são mais confiáveis?! Senta lá Márcia. Cada maluco….
Precisa comprar um espelho rsrs
Sou militar da reserva do EB, Precursor Paraquedista, sai do EB devido aos baixos salários e fui para a PM. Fui para a reserva ano passado. Vi nos 14 anos de EB muita coisa ser planejada e comprada pelas Forças Armadas, mas nenhuma deu segmento. Posso falar da Corveta classe Barroso que tinha projeto de X e acabou com Y. Nos submarinos da classe Tupi ocorreu a mesma coisa. Na Força Aérea com o projeto AMX A1, agora com a novela do Gripen. No EB posso falar de experiência pessoal. Tínhamos menos paraquedas que o necessário na Brigada Paraquedista. Armamento… Read more »
Parabéns, é dessa lucidez que precisamos.
se vai ser em 2034 ou 2040, tanto faz, mas que fique pronto algum dia. Muito melhor do que parar no meio do caminho…
Of course, porque perder 20 bilhões de reais no ralo quando se pode perder 40? Que politico brasileiro poderia desperdiçar essa chance. Numa Marinha que falta tudo menos gente…
meu amigo, estamos em um ponto de não retorno, um ponto de inflexão. na minha humilde opinião, vamos perder muito mais se pararmos…
Os prognóstico para o Programa são angustiantes, motivo, desde a nova constituição o Brasil não apresenta nenhum Presidente que tenha dado relevância a projetos estratégicos da indústria bélica nacional, os projetos existentes são usados como meio para se promoverem ou como barganha política, a verdade é que não falta quem jogue terra, a exemplo do projeto cachimbo. Neste governo não espero que seja diferente, a militância iludia até aqui de todos esses governos apenas reverberam tolices, na prática resultados débeis, prorrogação, ausência de recursos, a exemplo do programa S50, que virou VLM, que virou RATO, que virou VLM1 e agora… Read more »
Sempre existe a possibilidade de parar, se o produto no fim nao compensar nem mais um centavo é melhor parar o quanto antes… perder 40 bilhões é pior que perder 20. E outra, nessa história desse submarino, quem disse que a Ag de Energia Atomica vai autorizar o Brasil a operar essa embarcação. Imagina o pepino que tá sendo empurrado pros anos 2040. Energia nuclear é importante, tem q se continuar pesquisa e quem sabe desenvolver uma industria de SMRs no país. Mas esse submarino vai levar tanto tempo que quando estiver ativo talvez nao seja da importância que a… Read more »
Tem como diminuir o impacto deste modelo que a MB está seguindo. Basta não parar. Investe no reator, mas de forma pingada. Fecha quase toda a torneira. Contrata a construção de mais dois SBR para manter alinha de produção e o estaleiro com pedido. Esse é principal. Isto, numa cadência mais lenta que os quatro primeiros. Até lá, provavelmente todos os detalhes técnicos e contratuais do SNBR estariam alinhados. Seria preciso de mais detalhes do processo, distribuição de orçamento, gastos com pessoal, contrato com fornecedores, avaliação de multas contratuais, etc. etc. e etc. de outras informações para uma análise mais… Read more »
É o que eu acho tb
Insistir em um erro não faz um acerto.
Adoro news sobre o nosso SSN. Parabéns!
Chamar algo que nao existe “nosso” seria igual eu discutir sobre o “meu” Porsche que existe na minha cabeça apenas…kkkkkk
Nunca saberemos de fato as inúmeras dificuldades técnicas pra se levar adiante este projeto. Particularmente, não acho que Submarino Nuclear seja para uma Marinha como a nossa, um projeto desse porte e custo, leva a uma série de restrições em outras áreas. Como se falava na Esquadra, o Sub Nuclear destrói toda nossa própria Esquadra, sem lançar um torpedo. O retrato deste projeto está aí, uma Marinha com meios de superfície, basicamente de segunda mão, a Marinha ainda ter como principais navios as Fragatas Classe Niterói, com mais de 50 anos em atividade. É o preço que se paga, da… Read more »
O Brasil deveria lançar um submarino a cada dois anos e ter um frota de 10 ou mais. Quando completarem 20 a 25 anos, começa a vender, mesmo a preço de banana, pois o ganho é em domínio de conhecimento e tecnologia, empregos. O mesmo para navios de superfície. A estratégia mais óbvia p/ o país se desenvolver nesse campo.
A gente dominou o ciclo de produção de energia nuclear antes da assinatura do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e a tecnologia de produção de submarinos avançados por conta desse projeto, então um enorme gasto inútil de recursos, como volta e meia vejo um site vizinho defendendo, não foi.
Agora, que tem sido mal planejado e executado, infelizmente tem sido e isso é fatal em quadro de escassez.
A tecnologia de enriquecimento de urãnio e produção de combustível nuclear não é proibido pelo TNP, assim como o TNP não proibe a propulsão nuclear mesmo que para meios militares..
O TNP é sobre bombas
O problema do Sub Nuclear é que o grau de enriquecimento do Uranio necessário pro reator fica acima dos 20% estipulados pela agencia de energia atomica para signatários do TNP, ou o Brasil receberia de um outro país (França) ou uma serie de medidas para garantir que uranio altamente enriquecido no país nao fosse desviado para bombas. Esse é potencialmente o mesmo problema da Australia, a diferença é que eles tem os americanos do lado deles.
Meu caro explica isso melhor, vc da a entender que estamos fabricando um reator que precisará importar o urânio para ser eficiente e que a o esforço de criar infraestrutura para produção interna do combustível é inútil. É isso?
Existem 3 tipos de combustível nuclear. até 20%, entre 20~85% e acima de 85%. Para fazer uma bomba é preciso de combustível acima de 85% de U-235 para que ocorra a reação em cadeia rápida o suficiente para causar a explosão. A grande quantidade de U-238 em combustível abaixo de 20% absorve uma grande quantidade de nêutrons, impedindo que ocorra a explosão. O teor de enriquecimento depende da quantidade de centrífugas colocadas em linha. A fábrica de Resende produz combustível com 4% para as usinas de Angra 1 e 2. Pelo que lembro, a MB terá uma linha em Aramar… Read more »
Criar um submarino nuclear com tecnologia 100% nacional não é uma coisa fácil, ninguém repassa esse tipo de tecnologia e os outros países fazem de tudo para atrapalhar. Apesar de toda a dificuldade estamos avançando, pode demorar mais vamos conseguir!
Os indianos receberam know how dos russos.
Assim como os Australianos dos americanos e nos dos Franceses, ninguém aqui procurou um parceiro que não tenha experiência em produzir submarino nuclear.
O bom é que a cal tá barata 🙏
É como digo, temos Forças Armadas de brechó, compramos e investimos como tal. O Negócio é a picanha.
Agora é a picanha da Faria Lima, quando tiver próximo a eleição é a picanha do pobre.
Uma vez li uma reportagem que dizia que esse SubNUC, iria incorporar a tecnologia das nossas centrifugas, ou seja, o eixo do navio iria ser eletromagnetico, ele deveria “flutuar” dentro do sistema, da mesma forma que as paletas das centrifugas “flutuam” sem nunca encostas no sistema, isso seria usado para redizir ainda mais o ruido do Sub. mais a ideia não deve ter seguido a diante, ja que nunca mais ouvi falar disso.
O que a corrupção não faz com um programa militar…
Quanto a possibilidade do Brasil se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU em virtude de possuir um submarino com propulsão nuclear, isso é impossível, uma vez que a Índia tem a muito mais tempo e não faz parte, depois inúmeras outras nações tem a mesma pretensão. Talvez a única chance de conseguir tal feito foi no final da guerra se Presidente Getúlio Vagas tivesse essa visão.
Concordo. Inexiste relação entre um submarino de propulsão nuclear e um assento permanente no CS, ainda que o CS precise ser reformado
O reator é de 48 MW térmicos (grosseiramente, apenas um terço ou um quarto dessa potência chega no motor elétrico). A motorização elétrica, desenvolvendo uma fração
da potência do reator, realmente não poderia deslocar o charuto a velocidades superiores, característica desejavel em SSNs 🧐. Mas sem as turbinas, o sub tá morto 😵. Precisa abrir um novo programa pra domínio da tecnologia das turbinas 😉.
Lá vai barão… 😂