Esquadrão HA-1 se prepara para ensaios em voo que estabelecerão os parâmetros de operação aérea a bordo das Fragatas “Tamandaré”

A Marinha do Brasil (MB) realizou a instrumentalização do helicóptero AH-11B Super Lynx, no Comando da Força Aeronaval, em São Pedro da Aldeia (RJ). A atividade foi conduzida pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (EsqdHA-1), com apoio do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira (FAB). Participaram da ação engenheiros, pilotos de ensaio e militares especializados das duas Forças.

Ocorrida em fevereiro, a instrumentalização consiste na instalação de sensores, cabos, módulos de aquisição de dados e outros equipamentos de medição a bordo da aeronave. Esses dispositivos permitem registrar informações precisas durante os ensaios em voo, como velocidade do vento, acelerações, atitudes da aeronave e forças exercidas sobre sua estrutura. O objetivo é coletar os dados necessários para a elaboração do envelope de vento — documento técnico que define os limites seguros de operação do helicóptero em convés de navios, considerando aspectos como direção e intensidade do vento relativo.

Essa fase é fundamental para a futura operação do AH-11B a bordo da Fragata “Tamandaré”, primeiro navio da nova classe de escoltas da Marinha. As informações obtidas garantirão que pousos e decolagens ocorram com segurança, mesmo sob condições meteorológicas e operacionais desafiadoras.

“A chegada das fragatas da Classe ‘Tamandaré’ vai trazer uma nova realidade para a nossa Esquadra, e o helicóptero AH-11B precisa estar pronto para operar com total segurança nesses navios. Esse trabalho com o IPEV é essencial para garantir que as condições de pouso e decolagem sejam bem definidas e seguras. É muito importante ver essa integração entre Marinha e Força Aérea funcionando na prática, com cada profissional contribuindo para que nossas aeronaves operem com eficiência desde o primeiro dia”, explicou o Comandante do EsqdHA-1, Capitão de Fragata Luiz Carlos Aguirre de Souza Filho.

Sobre a Aeronave

O AH-11B Super Lynx é um helicóptero de esclarecimento e ataque, com capacidade para operar embarcado em diversos navios da Esquadra. Equipado com sensores modernos, radar, FLIR e armamentos como mísseis e metralhadoras, o Super Lynx pode ser empregado em missões, como esclarecimento, guerra antissuperfície, patrulha naval e apoio aéreo aproximado.

A atividade reforça o compromisso da MB com o desenvolvimento técnico-profissional dos militares, a modernização dos meios e o contínuo aprimoramento da doutrina de emprego do binômio navio-aeronaves.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Santamariense

Oito Super Lynx seriam modernizados, mas o número foi reduzido para 6. Foram recebidos até agora 5 aeronaves modernizadas (N-4001, N-4003, N-4004, N-4005 e N-4010). O sexto e último exemplar, que ainda está em modernização na Inglaterra, é o N-4012. Os trabalhos de modernização começaram em Yeovil, Inglaterra, em 2015, no exemplar N-4001. Hoje, 10 anos depois, ainda não recebemos o sexto exemplar modernizado.

Burgos

Infelizmente as coisas nas FFAAS estão indo a conta gotas 🤷‍♂️
Lamentável 😞
Quero ver a MB lançar um projeto de modernização em substituição aos 48% da frota que irá de baixa 🤔
Daqui a mais alguns anos, a derrocada vai começar 😰

Dalton

Foi anunciado 40%, não 48% – o que é muito também – 6 meios da Esquadra e 29
Distritais, mas, pode ser que alguns meios possam ter suas vidas estendidas ou mais ainda estendidas.
.
O lado bom é que para vários desses meios que serão retirados, substitutos já estão entrando em serviço ou entrarão até 2028.

Last edited 3 dias atrás by daltonl
Faver

Este vetor tem capacidade ASW? Não estaria na hora de pensar no wildcat?

Alexandre Galante

Sim, têm capacidade ASW vetorado. Após a modernização nossos Super Lynx ganharam motores do Wildcat, por isso ganharam o apelido de Wild Lynx.

Last edited 2 dias atrás by Alexandre Galante
Santamariense

O Super Lynx, agora Wild Lynx, opera com torpedos leves Mk46 para ataque antisubmarino. Em dezembro passado foi feito o primeiro lançamento de um Mk46 por um Wild Lynx, durante a Operação Lançamento de Armas V. Para ataque antinavio, usa o míssil Sea Skua, mas acredito que esse míssil tenha sido desativado na MB, tanto que estão buscando um novo míssil para equipar esses helicópteros. Contra ameaças assimétricas e apoio de fogo, utiliza uma metralhadora .50 FN M3M.

Augusto José de Souza

Como esse helicóptero é britânico,existe a possibilidade de negociarem mais unidades para virem junto ao Albion e Bullwark?

Santamariense

Tu leu meu primeiro comentário aqui neste tópico? A MB cortou a modernização de 8 exemplares para 6. Então, como e para que iriam comprar outros dos britânicos?? Se fosse para fazer isso, que modernizassem os 8 previstos inicialmente e não os 6 que de fato serão. A MB possui 12 exemplares do Super Lynx. Desses, iria modernizar 8 (agora, 6). Então, se quisessem mais exemplares, bastaria modernizar os outros 6 que não passarão pelo processo de modernização.

Jadson S. Cabral

Eu concordo, mas esperar lógica da MB é muita coisa.
Só não compram porque não têm dinheiro, ou porque acham que o que têm é suficiente, ou porque outras cosias são mais prioritárias no momento.

Rommelqe

Lastimável é gastar os parcos recursos liberados na operação/manutenção dos A4s em detrimento dos Super Lynx, muito mais eficazes e necessários para a defesa da “Amazônia Azul”

Renato

Manter o esquadrão de A4 ativo é outra importante má alocação de recursos pela MB. Quantos mais wild linx a MB poderia comprar ou modernizar com os recursos que hoje gasta com um esquadrão de meia duzia de jatos obsoletos operando de uma base terrestre?

Jadson S. Cabral

Estou confuso. Esses helicópteros já operam nas FCN, não é? As FCN não são semelhantes as FCT em tamanho e velocidade? Digo, ao menos dentro do envelope de operação em que os helicópteros da MB já operam? Seahawks, Wild Lynx, Super Gatos, Esquilos… por que teriam que instrumentalizar toda a aeronave para obter dados para operar nas FCT? Seria por questões de comunicação, datalink, IFF? É a eletrônica que precisa ser ajustada?

Leandro Costa

Vão determinar qual melhor envelope de vôo para operações seguras nas FCT. Quais velocidades, ângulos, onde que a superestrutura faz sombra, onde tem vento, quais velocidades do navio, qual nível de mar, etc. Com isso documentado você pode passar para as outras aeronaves fazerem os ajustes em relação à suas próprias dimensões, pesos e potências.

Santamariense

Exato. Eu só não entendi o motivo dessa instrumentalização já estar sendo feita, visto que ainda vão meses e meses até a Tamandaré ser entregue ao setor operativo.

Leandro Costa

Meu chutômetro diz que isso deve fazer parte dos testes de aceitação do navio antes que ele passe ao setor operativo. E de qualquer maneira, acredito que a MB tenha pressa hehehehehe

Santamariense

Sim, os testes serão feitos na fase de aceitação do navio, com certeza. Mas, eu falo justamente pelo prazo, visto que a aeronave vai ficar pronta bem antes do navio entrar em período de testes de mar. Mas, melhor se adiantar do que se atrasar…hehehe

Last edited 2 dias atrás by Santamariense
Sérgio Cintra

Tem-se que gerar biblioteca de dados dos “instrumentos”, então usa-se com os meios (ex.: as Niterói) que se tem hoje – outros sensores de outros equipamentos – para estabelecer comparativos e determinar os novos protocolos para aplicação nos parâmetros operativos a serem registrados.
Para se ter ideia das mudanças de sensores, anteriormente se efetuava o balanceamento do rotor principal do Super, com um sensor aplicado no bico da aeronave e no Wild, já esta incorporado nos sistemas da aeronave.