Militares da Marinha Real Australiana concluem treinamento nuclear nos EUA em marco histórico do AUKUS

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Em um marco significativo para a parceria trilateral AUKUS, oito marinheiros e cinco oficiais da Marinha Real Australiana (RAN) concluíram, em abril de 2025, o rigoroso programa de treinamento da Unidade de Treinamento de Energia Nuclear (NPTU) da Marinha dos Estados Unidos, em Charleston, Carolina do Sul. Essa conquista representa um passo crucial para a Austrália na preparação de sua futura frota de submarinos de propulsão nuclear.

O treinamento, iniciado em outubro de 2024, abrangeu disciplinas como física nuclear, tecnologia de reatores, matemática e princípios de engenharia, preparando os militares australianos para operar sistemas nucleares complexos a bordo de submarinos. Atualmente, a RAN opera submarinos da classe Collins, de propulsão diesel-elétrica, e essa formação marca a transição para a operação de submarinos de ataque com propulsão nuclear.

O Comodoro Daniel Sutherland, comandante da Força de Submarinos da RAN, destacou a importância da qualificação nuclear para os marinheiros australianos: “Esta graduação marca um avanço significativo para nossa Marinha. Ter oficiais e agora marinheiros qualificados em energia nuclear naval é fundamental para atingirmos nosso objetivo de operar submarinos de propulsão nuclear armados convencionalmente.”

O acordo AUKUS, firmado entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, prevê a entrega de três submarinos da classe Virginia à Austrália na década de 2030, seguidos por uma nova classe de cinco submarinos de ataque nuclear na década de 2040.

Além do treinamento técnico, os marinheiros australianos também participam de programas de integração com tripulações da Marinha dos EUA, adquirindo experiência prática essencial para a futura operação dos submarinos australianos. Desde 2023, a Austrália tem enviado militares para treinamento em instalações norte-americanas, incluindo a Escola de Energia Nuclear e a Escola de Submarinos em Groton, Connecticut.

Essa colaboração reforça os laços estratégicos entre os países do AUKUS e representa um avanço significativo na capacitação da Austrália para operar submarinos de propulsão nuclear.

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Emmanuel

A marinha australiana está enfrentando “desafios” significativos com a modernização de sua frota.
Manter os submarinos classe Collins já está sendo uma tarefa estapafúrdia, agora, imagina uma frota de submarinos nucleares.

Submarino nuclear não é para quem quer comprar e sim para quem pode manter. Coisa que uma marinha do Atlântico Sul NÃO TEM condições de fazer.