Portsmouth, Reino Unido — O porta-aviões HMS Prince of Wales, navio-capitânia da Royal Navy, partiu em 22 de abril de 2025 para liderar a Operação Highmast, uma missão de oito meses que representa o maior desdobramento naval britânico do ano. A operação visa reforçar a presença do Reino Unido no Indo-Pacífico, demonstrar apoio aos aliados e afirmar o compromisso com a segurança marítima global.

A Carrier Strike Group 25 (CSG25), comandada pelo comodoro James Blackmore, é composta por cerca de 2.500 militares no início da missão, incluindo 2.100 britânicos, 200 noruegueses e contingentes canadenses e espanhóis. Durante a operação, esse número deve aumentar para mais de 4.500, com a participação de forças adicionais em exercícios conjuntos.

Além do HMS Prince of Wales, a força-tarefa inclui o destróier HMS Dauntless, as fragatas HMS Richmond (Reino Unido) e HMCS Ville de Québec (Canadá), o navio-tanque RFA Tidespring e os navios noruegueses HNoMS Maud e HNoMS Roald Amundsen. A bordo do porta-aviões, estão previstos até 24 caças F-35B Lightning II, helicópteros Merlin e Wildcat, além de drones e outras aeronaves de apoio.

A Operação Highmast inclui exercícios com mais de 40 países, abrangendo o Mediterrâneo, Oriente Médio, Sudeste Asiático, Japão e Austrália. Entre as atividades planejadas estão a participação no exercício da OTAN Neptune Strike 25 e manobras conjuntas com forças navais da Itália, França, Austrália, Japão, Índia, Singapura, Malásia e Estados Unidos.

O secretário de Defesa do Reino Unido, John Healey, destacou que a missão “exemplifica nosso compromisso inabalável com a segurança e estabilidade de nossa nação”. Ele acrescentou que “a Royal Navy está demonstrando que a defesa do Reino Unido é forte, moderna e pronta para enfrentar as ameaças de hoje e de amanhã”.

A partida do HMS Prince of Wales foi acompanhada por milhares de familiares e apoiadores ao longo do porto de Portsmouth, marcando o início de uma missão que reforça a posição do Reino Unido como líder em operações navais internacionais e seu compromisso com a ordem internacional baseada em regras.

FOTOS: Royal Navy

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Emmanuel

O F-35B foi um grande erro da marinha britânica.
Se fosse para investir num porta-aviões desse porte e caça de 5ª geração, então que utilizassem o modelo C.

Dom Lazier

Uma vantagem também seria poderem usar Awacs nos PA com catapulta.

Bosco

Há outras duas vantagens em se utilizar um PA com catapultas. A primeira é poder embarcar aeronaves de reabastecimento e a segunda, essa não explorada ainda apesar do grande potencial, é poder lançar mísseis cruise de grande porte a partir das catapultas. Um drone como o XQ-58,lançado de catapulta com um kit de rodas descartável, adaptado para um missão suicida (unidirecional) poderia lançar uma carga de 1 tonelada a cerca de 5000 km, rompendo qualquer estratégia de A2/AD chinesa. Mais de 100 poderiam ser empilhados em um PA classe Nimitz sem muita dificuldade, que seriam abastecidos no convés com combustível… Read more »

Last edited 9 minutos atrás by joseboscojr
Dalton

Bosco caso não tenha visto o “Osprey” pode reabastecer aeronaves e não precisaria de catapulta então não necessariamente uma aeronave de reabastecimento necessitaria ser um jato e precisar de catapulta e um F-35B com pouco combustível no retorno poderá pousar verticalmente não precisando aguardar uma aeronave que esteja a sua frente para enganchar.
.
https://simpleflying.com/how-v-22-osprey-extend-range-marine-fighter-jets/
.
E como você provavelmente já sabe os britânicos inventaram uma forma de permitir que o F-35B retorne ao Nae com praticamente toda a carga executando
uma curta corrida ao pousar o “Rolling Vertical Landing”.

Dalton

O F-35C só “agora” está entrando em serviço muito lentamente na US Navy não para substituir o “Super Hornet” e sim complementa-lo enquanto os britânicos não tinham outro avião e não poderiam esperar pelo F-35C, aliás, nem todos os 48 F-35B já foram entregues e estamos em abril de 2025. . E o F-35C necessita de catapulta para decolar e maquinário e cabos de retenção para pousar além de outras coisas e isso teria encarecido não só à aquisição mas manutenção também, teria sido impossível um segundo NAe por exemplo, então da forma como está normalmente se terá um Nae… Read more »

Dom Lazier

Tenho fontes do governo que o Brasil vai comprar esse porta aviões ai.

FERNANDO

Vem nenen tem espaço pra vc na MB
Ainda vai ser nosso!

Leandro Costa

Espaço aonde? Não cabe nem no orçamento, e espero que nem em surto psicológico de Almirante.

George A.

Não era esse que seria vendido?

Hamom°

Até semana passada havia 4 porta-aviões da US Navy nesta região do Indo-Pacífico [incluindo Japão e Mar Vermelho], com o Prince of Wales serão 5 porta-aviões [se todos permanecerem lá] de países membros da OTAN nesta área…

Last edited 1 hora atrás by Hamom°
Dalton

O USS George Washington baseado no Japão está preparando-se para sair na sua primeira patrulha anual em maio, mesmo assim, todo NAe baseado no Japão é contado como “ativo” mesmo quando passando por manutenção de rotina entre janeiro e abril do ano e por ser baseado no exterior, isso tende a confundir um pouco. . O “Harry Truman” finalmente será substituído pelo “Gerald Ford”, mas poderá haver uma lacuna de algumas semanas entre a saída de um e a chegada do outro e o USS Carl Vinson também já está no limite, daí que provavelmente será substituído pelo “Nimitz” que… Read more »