Fragata Defensora inicia missão estratégica na África com participação nas operações GUINEX V e Obangame Express 2025

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A Fragata “Defensora” suspendeu, na manhã de hoje (18), da Base Naval do Rio de Janeiro com destino à costa ocidental da África. O navio da Esquadra brasileira representará a Marinha do Brasil (MB) nas Operações “Obangame Express 2025” e “GUINEX V”, em uma comissão com duração aproximada de três meses.

A missão reforça o compromisso do País com a segurança marítima internacional e com o fortalecimento da presença brasileira no Atlântico Sul.Inicialmente, a Fragata atuará na “Obangame Express”, exercício multinacional coordenado pelos Estados Unidos, que reúne marinhas da África, Europa e norte-americana em ações voltadas para o enfrentamento de atividades ilícitas. O Brasil participa da operação desde 2014 e busca, com isso, aprimorar a interoperabilidade entre as forças e o preparo conjunto para ameaças transnacionais.

Na sequência, o navio dará início à “GUINEX V”, uma iniciativa anual concebida e conduzida pela MB desde 2021. A operação tem por objetivo promover a cooperação com os países da costa ocidental africana, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades locais, a vigilância das águas jurisdicionais e a proteção dos recursos marítimos em uma das regiões mais estratégicas para o comércio internacional.

Durante a missão, a Fragata “Defensora” realizará exercícios táticos combinados, patrulhas navais, inspeção de embarcações e treinamentos com Marinhas amigas. Essas ações não apenas elevam o grau de prontidão dos meios navais brasileiros, como também favorecem o diálogo e a integração com as nações participantes, alinhadas aos princípios da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS).

“O envio da ‘Defensora’ às águas do Atlântico Sul reafirma a prioridade dada pela Marinha do Brasil à cooperação com os países africanos e à estabilidade regional. Trata-se de uma missão de valor estratégico, que projeta o nosso Poder Naval e consolida o Brasil como parceiro confiável e ativo na promoção da segurança marítima”, destacou o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza.

As Operações “GUINEX V” e a “Obangame Express” fortalecem a Diplomacia Naval e a presença estratégica do Brasil em seu entorno atlântico, promovendo ações que convergem com os interesses nacionais. Ambas visam, sobretudo, ampliar as capacidades das marinhas locais para manter a jurisdição sobre as suas águas territoriais e Zonas Econômicas Exclusivas, além de estimular a coordenação com atores extrarregionais comprometidos com a paz e segurança do mar.

O Golfo da Guiné é considerado uma área de elevada importância para o Brasil. Rica em petróleo, gás e outras commodities, a região enfrenta desafios como instabilidade política, falhas na governança marítima e recorrência de atividades ilícitas, como pirataria, pesca ilegal, tráfico de drogas e contrabando. Por integrar o Entorno Estratégico Brasileiro, o fortalecimento da cooperação com os países africanos é considerado essencial para a proteção dos interesses nacionais e a estabilidade do comércio marítimo internacional.

Além do emprego operacional, a comissão inclui um calendário de atividades de diplomacia naval, como recepções a bordo da Fragata “Defensora”, visitas a autoridades locais e intercâmbios técnicos com Marinhas parceiras. Prevista para retornar ao Brasil em julho, a “Defensora” seguirá fortalecendo os laços de cooperação com os países da costa atlântica africana e reafirmando o papel da MB como instrumento de estabilidade regional, de integração entre nações amigas e de projeção dos interesses estratégicos do País no Atlântico Sul.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Bernardo santos

Bom, espero que a marinha tenha meios no futuro para patrulhar essa região. Com a baixa das fragatas e corvetas e apenas 4 Tamandaré contratadas, vai ficar difícil. Vamos torcer para que tenhamos pelo menos 8 fragatas Tamandaré para continuar fazendo esse serviço.

Last edited 4 horas atrás by Bernardo santos
Ivan herrera

Restarão apenas as 4 tamandares , se entregarem as 4 e a corveta Barroso.

Camargoer.

Creio que a F49, cinco Niterói, a V32 e a Barroso V34 estão operacionais. Delas, creio que a V32, F49, F42 e F43 darão baixa em breve junto.

A F41, F44 e F45 vão operar mais tempo

A V34 ainda vai longe.

Então, creio que a F200 e F201 vão navegar junto com a V34 e as três Niterói, reduzindo de 8 para 7 escoltas. Também imagino que as F202 e F203 entrarão em operação ao mesmo tempo que as Niterói remanescentes dão baixa.

Então, serão 5 escoltas…

torcendo para um segundo lote de FCT

Dalton

O que compreendi Camargo é que as 3 Niteróis mais novas, F-43, 44 e 45 serão justamente as últimas a dar baixa pois foram beneficiadas pelo Projeto Fênix.
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Compreendo que a “Defensora” depois de 10 anos inativa deveria permanecer
mais tempo em serviço, mas, necessariamente não é assim, presume-se que ela
será a primeira das 4 “boas Niteróis” a ir, já que a “Constituição” está sendo usada para adestramento e testes, assim como a “Rademaker”.
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Camargoer.

Pois é… como a MB vai ajustando o calendário de baixas ano a ano dependendo do avanço do programa das FCT e do desempenho destes navioa mais antigos, eu acho que dá para considerar uma variação Talvez o importante é notar que a frota vai diminuir, já com a entrada de 2 FCT talvez 3 ou 4 navios vão dar baixa.. e depois, as Niterói remanescentes e V32 também vão dar baixa, sobrando a Barroso operando junto com as 4 FCT novas. Então, é verdade que a MB vai reduzir de 8 navios antigos para 4 navios novos e um… Read more »

Piassarollo

Alguém sabe dizer se numa operação como essa, o navio vai com dotação de guerra nas munições?

EricWolff

Armada, mas com a dotação de paz.
Não confundir com desarmada…

Vitor

Acredito que leva apenas 40 cartuchos de .50 , algumas munições do canhão de pirata e 02 misseis excet de 300 anos no estoque( sebe-se lá vai funcionar ).

Claudio Moreno

Salve senhores camaradas do naval e Trilogia!

Eu admiro muito o projeto da classe Niterói, baseado nas Type 21 da RN.
Lamento profundamente que não tenha ocorrido um continuidade na evolução do projeto (alongamento e maior tonelagem) uma espécie de “Advanced Niterói”.
Lamento mais ainda, que passados 50 anos desde o batimento da quilha da primeira embarcação, nossa indústria naval (por diversos fatores que nem quero perder tempo em escrever), ainda não desenvolve turbinas navais, algo crucial para um projeto nacional.

Sgt Moreno

Vitor

Navio não põe medo a ninguém, só espanta barquinho de madeira de pirata. E se os piratas nâo estiverem c/ lança foguetes ….!Bom p/Tripulação que depois dos 3 meses volta c/ alguns dólares no bolso.