Países Baixos avançam para compra de mísseis Tomahawk em acordo de US$ 2,19 bilhões com os EUA

WASHINGTON, 25 de abril de 2025 – O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar para os Países Baixos envolvendo mísseis de cruzeiro Tomahawk e equipamentos relacionados, em uma operação avaliada em aproximadamente US$ 2,19 bilhões. A Agência de Cooperação em Segurança e Defesa (DSCA) notificou oficialmente o Congresso norte-americano sobre a transação.
O acordo prevê a aquisição de até 163 mísseis Tomahawk Block V All Up Rounds (AURs) e 12 mísseis Tomahawk Block IV AURs, além de até 10 sistemas de controle Tactical Tomahawk Weapons Control Systems (TTWCS) e dois mísseis de telemetria Block IV. A compra inclui ainda terminais de comunicação via satélite, sistemas de transmissão segura, dispositivos de segurança de comunicação, suporte técnico e logístico, treinamento, manutenção, peças de reposição e outros serviços de apoio.
Segundo o Departamento de Estado, a venda visa fortalecer um aliado da OTAN, contribuindo para a estabilidade política e o progresso econômico da Europa. “A proposta de venda melhora a capacidade dos Países Baixos de enfrentar ameaças atuais e futuras, fornecendo armamento de longo alcance capaz de neutralizar ameaças emergentes”, afirma a nota oficial.
Os mísseis Tomahawk, fabricados pela RTX Corporation, são reconhecidos por sua precisão e alcance, permitindo ataques de superfície a longa distância com grande margem de segurança para as forças operacionais. A integração desse sistema não deverá alterar o equilíbrio militar na região, segundo avaliação do governo norte-americano.
A implementação do acordo não exigirá o deslocamento de representantes adicionais dos EUA para os Países Baixos, e não haverá impacto na prontidão de defesa americana. O contrato prevê ainda requisitos de offset, cujo detalhes estão incluídos em anexo no processo de notificação ao Congresso.
Esta aquisição reforça a modernização das forças armadas holandesas e amplia a capacidade de dissuasão da OTAN em um contexto de crescente tensão geopolítica na Europa.