O Grupo de Ataque de Porta-Aviões (CSG) da Marinha Francesa retornou ao porto de Toulon em 25 de abril de 2025, encerrando a missão “Clemenceau 25” após cinco meses de operações no Indo-Pacífico. A missão envolveu cerca de 3.000 marinheiros e abrangeu uma variedade de exercícios navais multinacionais, reforçando parcerias estratégicas e demonstrando o compromisso da França com a segurança marítima internacional.

Durante a missão, o porta-aviões nuclear Charles de Gaulle liderou uma força-tarefa composta por três fragatas, o navio de reabastecimento Jacques Chevallier e um submarino de ataque nuclear. O grupo colaborou com escoltas de nações aliadas, incluindo Itália, Estados Unidos, Grécia, Portugal e Marrocos, além de contar com o apoio de aeronaves de patrulha marítima Atlantique 2 baseadas temporariamente em países como Djibuti, Indonésia, Filipinas e Singapura.

A “Clemenceau 25” destacou-se por sua participação em exercícios de grande escala, como o “La Perouse 25”, que reuniu forças navais de nove países para aprimorar a segurança marítima nos estreitos estratégicos da Indonésia. Outro destaque foi o exercício “Pacific Steller”, realizado em fevereiro, que envolveu mais de 100 aeronaves e três porta-aviões das marinhas francesa, americana e japonesa, promovendo interoperabilidade em operações de alta intensidade.

Em março, o grupo participou da 42ª edição do exercício “Varuna” com a Marinha Indiana, marcando a primeira vez que o porta-aviões indiano INS Vikrant integrou-se a esse treinamento conjunto. Além disso, a missão permitiu o desenvolvimento de novos pontos de apoio logístico em locais como Lombok (Indonésia), Subic Bay (Filipinas), Darwin (Austrália) e Okinawa (Japão), expandindo a capacidade de sustentação das operações francesas na região.

Ao longo de 150 dias, o grupo realizou aproximadamente 2.500 catapultagens, 100 reabastecimentos no mar (incluindo 20 para navios estrangeiros) e percorreu cerca de 40.000 milhas náuticas, equivalente a quase duas voltas ao mundo. A missão reforçou o compromisso da França com a liberdade de navegação e a cooperação internacional em segurança marítima.

O retorno da missão foi marcado por uma nota de pesar: o falecimento do suboficial Léo Soulas, integrante do grupo aéreo embarcado desde novembro de 2024. A Marinha Francesa expressou condolências à família e aos colegas do marinheiro, reconhecendo sua dedicação exemplar ao serviço.

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2 Comentários
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Dom Lazier

só de ler Clemenceau, eu já fico traumatizado.

Dalton

Por que ?