Marines ampliam capacidades com NMESIS e ROGUE Fires em estratégia de negação marítima

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NMESIS

O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos começará a receber os primeiros lotes de cerca de quatro dezenas de plataformas móveis de foguetes e mísseis, fundamentais para seus planos de operações dispersas em múltiplas ilhas em apoio à Marinha. Entre agora e março de 2026, os Fuzileiros receberão unidades do novo Sistema de Interdição Naval Expedicionário da Marinha e dos Fuzileiros (NMESIS), que combina o míssil Naval Strike Missile com o veículo tático leve JLTV, capaz de lançar remotamente de maneira semi-autônoma ou autônoma.

O NMESIS foi projetado para proteger embarcações da Marinha e de aliados a partir de posições costeiras, além de oferecer opções combinadas de ataque terrestre e marítimo para as forças conjuntas. Trata-se do primeiro míssil moderno de ataque a navios operado pelo Corpo de Fuzileiros. Em novembro, os primeiros seis sistemas foram entregues ao 3º Regimento Litoral de Fuzileiros, como afirmou Nick Pierce, gerente do projeto NMESIS no Comando de Sistemas do Corpo de Fuzileiros, em entrevista ao Marine Corps Times.

O 3º Regimento Litoral (3rd MLR), baseado no Havaí, foi criado em 2021 como o primeiro deste novo modelo, que integra um batalhão de infantaria reduzido, radares e sensores avançados, além de pacotes de forças de reconhecimento, para apoiar comandantes conjuntos. Desde então, foi formado o 12º Regimento Litoral em Okinawa, Japão, com planos para estabelecer um terceiro regimento rotativo em Guam.

Oshkosh Defense ROGUE Fires

O 12º MLR começará a receber seus seis primeiros sistemas NMESIS em março de 2026, enquanto a escola de artilharia dos Fuzileiros em Fort Sill, Oklahoma, também receberá uma unidade para fins de treinamento. Os sistemas atualmente operacionais no 3º MLR são da versão inicial “Block 0” e serão substituídos por seis sistemas “Block I” aprimorados, com novas capacidades, já a partir do próximo ano.

A nova versão “Block I” eliminará a prática manual de transmissão de dados, conhecida como “swivel chair fires”, substituindo-a por operações digitais que permitem ataques mais rápidos e precisos. De acordo com Pierce, o plano é que o Corpo de Fuzileiros tenha 261 sistemas NMESIS em operação até 2033, fortalecendo consideravelmente sua capacidade de negação marítima.

Em março, a Oshkosh Defense apresentou um novo sistema de lançamento múltiplo de foguetes — o ROGUE Fires — que também incorpora o NMESIS em uma plataforma JLTV com controle remoto. Essa solução proporciona às tropas uma unidade móvel de mísseis completa e reforça a missão dos Fuzileiros de saltar entre ilhas e neutralizar alvos inimigos antes da chegada das forças navais norte-americanas.

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Renato B.

Dá até para imaginar um technical com um desses na caçamba.

Thuran

Melhor que os Urutu

Tutu

Uma pergunta sincera, qual é a necessidade desse veículo não ter a possibilidade de ser “dirigido” de forma convencional?

Esse negócio de operação por controle remoto ao meu ver só acrescenta complexidade…

Bosco

Tutu,
O controle remoto é só para manobrar em algumas situações.
A ideia é que ele fique estacionado em lugar seguro e coberto até ser acionado e aí ele segue sozinho para um lugar pré-planejado.
Após lançar seus mísseis ele retorna sozinho.

Last edited 54 minutos atrás by joseboscojr
Marcelo Andrade

Que gambiarra!!! Prefiro o Astros com o Mansup