Resultado da investigação da Marinha dos EUA sobre o grande incêndio no USS Bonhomme Richard
A seguir estão as investigações do comando sobre o incêndio de 12 de julho de 2020 a bordo do USS Bonhomme Richard (LHD-6) e a Revisão dos Grandes Incêndios. Os dois relatórios foram divulgados em 20 de outubro.
Do Comando de Investigação
Sumário executivo
Em 12 de julho de 2020, um incêndio no USS BONHOMME RICHARD (LHD-6) durou mais de quatro dias e deixou o navio danificado além do reparo econômico. Embora o fogo tenha sido iniciado por um incêndio criminoso, o navio foi perdido devido à incapacidade de apagar o incêndio. Nos 19 meses de execução da disponibilidade de manutenção do navio, repetidas falhas permitiram o acúmulo de risco significativo e uma tripulação inadequadamente preparada, o que levou a uma resposta ineficaz ao fogo. Havia quatro áreas de foco principais para este resultado final:
Condição do material. Durante o período de manutenção, a condição do material do navio foi significativamente degradada, incluindo capacidade de deteção de calor, equipamentos de comunicação, sistemas de combate a incêndio a bordo, equipamentos diversos e acúmulo de material combustível. Para ilustrar a extensão da degradação, na manhã do incêndio, 87% dos postos de bombeiros do navio permaneciam em status de manutenção de equipamentos inativos.
Treinamento e prontidão. O treinamento e a prontidão da Força do Navio foram marcados por um padrão de exercícios fracassados, participação mínima da tripulação, ausência de conhecimento básico sobre combate a incêndios em um ambiente industrial e falta de familiaridade sobre como integrar o apoio aos bombeiros civis. Para ilustrar este ponto, a tripulação falhou em cumprir o padrão de tempo para a aplicação de agente de combate a incêndio no local do fogo em 14 ocasiões consecutivas antes de 12 de julho de 2020.
Suporte do estabelecimento em terra. A integração e o suporte esperados pelo estabelecimento em terra não aderiram aos padrões exigidos. O Centro Regional de Manutenção do Sudoeste (SWRMC) não atendeu aos requisitos associados à segurança contra incêndio e, ao fazer isso, não comunicou o risco à liderança, ao mesmo tempo que facilitou desvios absolutos das diretrizes técnicas. A Base Naval de San Diego (NBSD) falhou em garantir que seus bombeiros civis estivessem familiarizados com os navios da Marinha na instalação, verificar se eles foram treinados para responder a um incêndio a bordo ou praticar efetivamente como apoiar a Força do Navio e, simultaneamente, integrar recursos de ajuda mútua de resposta.
Supervisão. A supervisão ineficaz por parte dos comandantes conscientes de várias organizações permitiu que seus subordinados assumissem riscos absolutos na preparação para o fogo. Uma fonte significativa desse problema foi a ausência de codificação das funções e responsabilidades esperadas por cada organização em sua execução de supervisão.
Comum a todas as quatro áreas de foco era a falta de familiaridade com as principais políticas e requisitos, juntamente com a não conformidade de procedimentos em todos os níveis de comando, desde o nível da unidade até as decisões programáticas, políticas e de recursos.
Um exemplo de como essas áreas de foco combinadas para resultar em níveis inaceitáveis de risco é o status do sistema de aspersão de espuma formadora de filme aquoso do navio.
Em nenhum momento do esforço de combate a incêndios ele foi usado – em parte porque a manutenção não foi realizada adequadamente para mantê-lo pronto e em parte porque a tripulação não tinha familiaridade com capacidade e disponibilidade.
Para ler os documentos em inglês, clique neste link e também neste.
De fato, quando um navio está em manutenção é onde ele fica mais vulnerável a acidentes. Os sistemas de proteção ficam desligados , o pessoal do estaleiro e até terceirizados trabalhando no navio não possuem o treinamento nem a prontidão da tripulação regular para o combate a incêndios ou a incidentes de menor porte.
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Principios de incendio causados por soldadores são infelizmente também muito comuns.
Por maior que tenha sido o golpe de perder um “navio capital” precocemente, tornará mais
fácil aceitar o patamar de 10 grandes navios de assalto anfíbio, do tipo LHA/LHD.
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Originalmente buscava-se 11 deles o que seria alcançado com a incorporação em 2024 do
futuro USS Bougainville (LHA 8) e estendendo-se a vida do USS Wasp até 2029 que seria então substituído pelo LHA 9 ainda sem nome.
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O número de navios anfíbios clássicos da US Navy , LHAs, LHDs, LPDs e LSDs, irá diminuir
ao passo que se terá duas dezenas ou pouco mais de navios anfíbios leves.
Está a contar com o “Batch II” dos San Antonio?
Sim Costa…o número dos “Flight I” na verdade, não deverá passar de 8 unidades, que se somarão aos 11 “Flight 0” já comissionados e outros dois em construção, LPDs 28 e 29 basicamente a mesma coisa, apenas sem os mastros “stealth”.
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Então a princípio a US Navy perderá 12 “LSDs” apesar de que os 4 últimos mais se assemelham a um “LPD” internamente sendo substituídos por um número menor de “LPDs”.
podiam vender o casco pra alguém que queira e tenha dividendos para repara-lo, isso se o casco em si não foi afetado pela alta temperatura gerada nesse incêndio.
não foi falado isso ,apenas que não seria $ reforma-lo
Seria possível reforma-lo, mas, seria caro demais, coisa de bilhão de dólares conforme publicado então tornou-se inviável para a US Navy e não há outra marinha no mundo que
pudesse arcar com os custos, caso fosse colocado à venda.
Olá Elcimar. Talvez a USN venda o caso por US$ 0,01 para ser desmantelado, como fez com os velhos porta-aviões. È mais razoável considerar a encomenda de um navio novo do que refazer um navio tão danificado.
O desmantelamento Camargo, já está ocorrendo no Texas para onde foi rebocado após ter sido vendido pela bagatela de 3,66 milhões de dólares.
Olá Dalton. Surpreendente. O casco foi vendido por um valor mais alto que os dois porta-aviões e até mais alto que o A12. Que cosa.
Penso serem coisas diferentes. A US Navy é que acabaria pagando pelo reboque e desmantelamento dos dois cascos gigantescos então chegou-se a um acordo que a empresa, parceira da US Navy em negócios, os teria de graça, um centavo cada, para formalização do contrato e lucraria com a reciclagem do que fosse aproveitado.
Muito sério.
E vai com certeza mudar os procedimentos de controle de avarias, estabelecendo novos paradigmas na Marinha Americana. Perder um navio dessa importância e porte por algo que poderia ser evitado, fica difícil explicar.
Mesmo sendo USNAVY, foi um prejuízo colossal.
Sendo o incêndio criminoso como parece ter sido o caso, teria sido difícil evitar e mesmo que o navio tivesse sido menos atingido por conta de melhores procedimentos ainda assim
se teria uma conta salgada de centenas de milhões de dólares além da necessidade de se providenciar espaço e mão de obra para os reparos que poderiam ser melhor utilizados
em outros navios aguardando na fila.
Dalton.
Eles realmente afirmam que o incêndio foi criminoso. E dizem que o navio foi perdido devido a uma incapacidade de apagar.
Foi descoberto o criminoso, e a motivação ?
Sim, o suspeito não passou pelas provas para ser um “Seal” e essa insatisfação o levou a começar a falar mal da marinha…certamente não bate muito bem da cabeça e embora alegue inocência é bem possível que ele vá fazer companhia ao operário que incendiou o “Miami”.
O que mais tem hoje em dia é doido.
E eles parecem normais. Quando um cara diz. Da forma mais serena e calma. Com o ar e jeito de sábio compenetrado. Que tem todos os motivos para não tomar uma vacina. Alegando conhecimento vindo das alturas celestiais, que esta pode ter um chip liquido que pode robotiza-lo.
Um desse pode receber uma mensagem do além e tocar fogo num prédio ou um navio.
Olá Palhares. Segundo uma pesquisa da Fiocruz,89,5% dos brasileiros têm intenção de tomar a vacina contra a Covid19. No ínício de outubro, 60% da população adulta do Brasil está completamente vacinada (mais que nos EUA que estão em 49%). A população brasileira é melhor que a sua elite.
Professor Camargo.
Com certeza.
Concordo em grau e gênero. Pessoal trabalhador e sempre pronto a ajudar, facilmente motivavel. Infelizmente a nossa elite intelectual /financeira/ administrativa e mediocre tanto a esquerda como a direita.
Pois é, está se tornando comum as matérias contarem o milagre mas não dizerem o nome do santo, recentemente a PF prendeu o chefe da quadrilha que traficava em aviões da FAB, tb não disse quem é, só se sabe que mora em Brasília.
No caso americano acho que não querem dar palco para maluco dançar e incentivar outros. Já no caso brasileiro, querem é abafar mesmo, os criminosos devem ter foto com várias “autoridades” e agora ninguém quer ser visto sorrindo ao lado de bandido.
E lá está o relatório em acesso público… Para quem quiser ver, o relatório está com acesso público. Incrível, não?
As lições para a prevenção estão lá nas recomendações.
Nunca existe uma única causa, podemos ter uma causa principal, nesse caso o incêndio criminoso, mas sem os outros fatores que cooperaram o tamanho do incêndio e dos danos poderiam ser bem menores.
Olá Fábio. Fiquei curioso sobre o significado de “incêndio criminoso”. Será que foi criminoso porque alguém queria causar um mal para a USN ou criminoso porque as regras de segurança foram desrespeitadas ou ignoradas?
As regras não foram desrespeitadas Camargo ao menos não se viu nada de muito diferente do que se tinha até então e incêndios são comuns e combatidos.
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Aparentemente um marujo insatisfeito causou o incêndio da mesma forma que um operário sofrendo de ansiedade/depressão, causou um incêndio no USS Miami quase dez anos atrás e os reparos também foram considerados inviáveis e o mesmo foi inativado e descomissionado precocemente.
Oi Camargo.
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Meu comentário mais acima explica sua dúvida.
Olá Mk48. Então foi criminoso no pior sentido. Que coisa triste. Felizmente, ninguém se machucou ou morreu decorrente do incêndio provocado por este inconsequente.
???
To achando muito engraçado os posicionamentos dos foristas nessa matéria.
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Se fosse um navio da MB certamente ja teriam uns 200 comentarios metendo o pau, como de hábito, quando se trata da MB.
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???????
Olá Mk48. Acho que o relatório da USN é devastador para a própria USN. Espero que a MB aprenda com o erro da USN em relação ao risco de incêndio em seus navios. Seria trágico a MB perder um navio e seria muito mais trágico se ocorressem mortes ou feridos. Acho que os alagamentos do S22 e com o S40 foram terríveis e as mortes e feridos nos acidentes dentro do A12 foram horríveis, mas foram de outra natureza. Creio que a MB não teve nenhum grande incêndio em um de seus navios. Espero que continue assim.
Sim!
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Presenciei vários quase acidentes no AMRJ, na época dos Oberon.
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Pessoal de estaleiro e terceirizados fazendo manutenção em submarinos docados.
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Graças a Deus não houve nada mais sério.
Voce deve padecer de TDI.
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Procure ajuda prifissional.
Coitado…
Amigo, até para lacrar aqui vc precisa fazer mais que isso.
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Bom domingo
Parece que tu é que não percebeste, o relatório fala em acto criminoso incêndiário mas incompetência da USN no treinamento das tripulações, para combaterem o incêndio eles próprios e a ajudarem os bombeiros cívis, bem como falhas ao nível da cadeia de comando no combate ao incêndio, por falhas no equipamento de combate, mal utilizado ou inútil.
Não.
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Seu “comentário” é mais uma bobagem que infelizmente temos que ler.
Pela quantidade de negativação em todos os seus “comentários”, fica claro que você é que não entende sobre o que escreve.
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Bom domingo pra vc.
Na verdade ninguém nunca iria ver um relatório desses por aqui.
Tanto nos acidentes com navios, quanto em quedas de aviões e helicópteros, sempre existem relatórios dos acidentes.
Aqui até hoje nunca apareceu uma foto daquele A-4 que se chocou com o outro, ou se encontra relatório de acidentes, é sempre alegado alguma besteira de sigilo e segurança nacional, e não divulgam nada
A tradução está estranha. Muitos termos confusos.
“O treinamento e a prontidão da Força do Navio foram marcados por um padrão de exercícios fracassados, participação mínima da tripulação, ausência de conhecimento básico sobre combate a incêndios em um ambiente industrial e falta de familiaridade sobre como integrar o apoio aos bombeiros civis. Para ilustrar este ponto, a tripulação falhou em cumprir o padrão de tempo para a aplicação de agente de combate a incêndio no local do fogo em 14 ocasiões consecutivas antes de 12 de julho de 2020.” “uma tripulação inadequadamente preparada, o que levou a uma resposta ineficaz ao fogo.” O texto ficou claro. A… Read more »
Recentemente aconteceram as colisões dos destroyers por treinamento ineficaz dos processos de navegação, aí vem esse incêndio onde se observa falhas nos treinamentos e integração das equipes de combate. Já pensaram então se esse incêndio irrompesse com o navio no meio do oceano em comissão? aí sim teria sedo trágico.
Circunstâncias diferentes…
Na verdade não Roosevelt, pois a tripulação estaria toda a bordo os equipamentos contra incêndio estariam operantes além de não haver muitos empecilhos no transito de pessoal
como obstáculos causados por equipamento utilizado na revitalização do navio e/ou material
exposto que aumentasse as chamas e coisas assim.
Cui Bono, ou seja, se o navio pega fogo os construtores de navios dos EUA são os que sairão ganhando, pois este ao invés de aposentado iria ser atualizado, como os fabricantes de navios da classe América devem ter ficados furiosos com a não aposentadoria deste.
Paciência !!!
Agora é desmanchar, reciclar ♻️ esse metal todo e construir outra belo nave pq essa daí, já era !!! ?♂️
US NAVY está se tornando a us navy. viva pro russos e chineses.
Visite San Diego e mude seus conceitos
Quanto ao tempo de testes, até que enfim o Labgen ficou pronto.
Parabéns a MB por esse grande marco nacional.
Já outros têm dificuldades constrangedoras, ao nível da interpretação de textos.
Exatamente Rui.
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Esse bobão só quer tumultuar.
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Esse tipo de relatório é uma coisa que eu acho admirável nos americanos. Deu errado? Investigaram e publicaram um relatório dizendo onde, por quê e quem foram os responsáveis. Sem passar a mão na cabeça ou inventando fingimentos insossos para proteger a imagem da instituição ou dos amiguinhos poderosos.
Não acho que sejam perfeitos, mas é esse tipo de postura que explica como eles chegaram tão longe.