Asas rotativas na Marinha Russa
Clique nas fotos abaixo para ver o Kamov Ka-27 Helix, helicóptero embarcado russo para ASW (anti-submarino) e missões utilitárias. Apesar de feio, o Ka-27 é bastante elogiado pela facilidade de controle de voo e por sua robustez. Ele possui radar de busca, equipamento MAGE (ESM) e sonobóias. Pode levar 4 torpedos ASW ou cargas de profundidade. O peso máximo de operação da aeronave é de 12,6t, a velocidade máxima é de 250km/h e o alcance é de 800km.
Esse sistema coaxial contra-rotativo é um dos 5 usados por helicópteros em resposta ao torque promovido pelo rotor principal Os outros são: sistema “convencional” (rotor principal mais rotor de cauda ou “fan”), duplo em tandem (ex: Chinook), Notar (ex: MD900), sistema interengrenado (ex: K-Max). Outros sistemas foram testados mas nunca passaram de protótipos. Esse sistema é pesado e complexo em relação ao sistema convencional, mas tem a vantagem de ter as pás dos rotores menores que um equivalente em peso, além de não ter o rotor de cauda que ocupa espaço e é fator de acidentes, principalmente em áreas limitadas… Read more »
A versão naval do cupuaçu voador!
Já houveram ka-32 operando na Amazônia. Inclusive foram bastante elogiados.
Por quê o Brasil não comprou helicópteros desse modelo?
Beleza não põe a mesa.
RJ
Eu lembro de ter lido na RFA as memórias de um piloto de testes da FAB que voou o modelo nos testes na Amazônia. A única coisa que ele reclamou foi que o compartimento de passageiros/carga era muito pequeno e especialmente quente, dois fatores que realmente derrubam qualquer pretensão de se comprar um helicóptero utilitário para operar na Amazônia. Veja que a maioria dos compradores de helis russos prefere o Mi-17, justamente por ter uma cabine de carga maior.
elen de ser bem feio eu gostei do bixim parece bem robusto
Cruz credo… isso é que é um helicóptero extremamente horrível.
Para guerras, beleza não se põe na mesa. rsssss.
Ô bixo esquisito…
Caro Bosco,
Já que demonstrastes conhecimenot, aproveito para que me respondas, se possível, qual é a diferença entre o sistema “coaxial contra-rotativo” e o “sistema interengrenado”. Eu sempre achei que o sistema dos helicópteros Kamov e Kaman fosse o mesmo.
SDS
Vale salientar que muitos outros sistemas foram testados em helicópteros mas nunca foram produzidos em escala comercial como o sistema de ciclo quente e o sistema de rotores duplos lado a lado (V-12).
O conceito de rotores duplos lado a lado é usado apenas no V-22 quando no modo “helicóptero”, mas ele é um convertiplano e não um helicóptero.
Outros sistemas anti-torque estão sendo estudados para os “helicópteros compostos”, que parecem vão sair das pranchetas na próxima década, finalmente.
correção: “sentidos” e não “sintidos”
Marcos,
o sistema coaxial tem apenas um único eixo e dois níveis de conjunto de hélices, um mais baixo e outro mais acima girando em sintidos opostos, já o sistema interengrenado como do Kaman tem 2 eixos distintos com uma ligeira inclinação entre eles, que permite que as pás das hélices dos “dois” rotores se entrecruzem.
(www.aviation-central.com/helicopters/images/ahc1d-st.jpg)
Um abraço meu caro.
Se eu não me engano, o sistema de rotores duplos lado a lado era utilizado no Mil Mi-12
http://en.wikipedia.org/wiki/Mil_Mi-12
[ ] s
Pode até ser bom, mas eta coisa feia
Tomcat,
é o V-12 que me referi entre parênteses.
Ele nunca foi produzido comercialmente. Como o próprio Wiki menciona, só foram feitos 2.
Mas vale ser lembrado como uma sexta forma de resolver o torque.
Existem várias outras,como o sistema de ciclo quente que sopra o “ar” drenado das turbinas para dentro das pás dos rotores expulsando-o sob pressão pelas pontas, fazendo-as girar sem que haja o efeito de torque. Também não teve sucesso comercial ainda, mas como muitos outros sistemas talvez o vejamos no futuro em ‘aeronaves compostas”.
Caro Bosco
Obrigado pelo esclarecimento.
SDS
legal as fotos e as explicações. mas ele é bom na função ASW?
Na realidade, para que não se cometa injustiças, houve um helicóptero produzido em série na década de 60 (se não me engano) que usou como anti-torque um sistema que eu erradamente intitulei de “ciclo quente”. Foi o Djinn, se não me engano de origem francesa. Ele usava uma turbina para forçar o ar por ductos dentro das pás do rotor que sai nas pontas. Tal arranjo prescinde de um sistema anti-torque. Vários sistemas semelhantes foram testados nas décadas de 40, 50 e 60, usando esse principio. Alguns tinha combustores nas pontas das asas (ramjet ou pulsojet). Agora há uma tendência… Read more »
A rigor não podemos chamar de “anti-torque” um sistema de rotores que não produzem o efeito “binário” na estrutura do helicóptero. Ou seja, o sistema de rotores duplos coaxiais, o de rotores duplos em tandem, o de rotores duplos lado a lado, os rotores duplos interengrenados e os sistemas de “ar” soprado nas pás, não produzem o efeito de torque, portanto não precisam de um sistema “anti-torque”. O único sistema de rotor que produz tal efeito é o de rotor único ligado ao motor por uma caixa de engrenagem. Para se contrapor a esse efeito, uma força igual e em… Read more »
[…] Marinha da Índia já operar nove helicópteros Kamov para ASW, operados a bordo do NAe Viraat e das fragatas classe […]
[…] deste ano, quando o navio realizava seus testes de mar. As pás do rotor do helicóptero orgânico Ka-27 Helix atingiram o navio, danificando-o levemente. A aeronave acabou caindo no […]
Gostaria de saber como funciona o sistema de rotor coaxial contrarotativo com asas rotativas de 2 níveis…
Gostaria de ter um desenho ou esquema. Quero apenas entender como conseguem os giros contrarios de um mesmo motor…Ja tentei desenhar mas ainda não consegui como seria o ideal. Sei que nos Estados Unidos, Japão, existem motores pequenos para transporte de uma pessoa…. Existe esses motores no Brasil para venda?
Obrigado por quem puder me responder.
Obrigado
Antonio Marmo Oliveira Santos.