Marinha dos EUA comissiona o destróier USS Daniel Inouye (DDG 118)
PEARL HARBOR, Havaí – A Marinha dos Estados Unidos comissionou no dia 8 de dezembro o USS Daniel Inouye, em homenagem ao antigo senador dos Estados Unidos pelo Havaí e condecorado veterano da Segunda Guerra Mundial.
Inouye e outros nipo-americanos foram inicialmente impedidos de se alistar para o serviço depois que o Japão atacou Pearl Harbor. Depois que a política foi alterada, sua unidade de soldados nipo-americanos se tornou uma das mais condecoradas, com Inouye ganhando a Medalha de Honra e, agora, um destróier de mísseis guiados com seu nome.
Os militares restringiram a participação no evento devido aos esforços de mitigação do COVID-19 e transmitiram a cerimônia online. Entre os presentes estava o secretário da Marinha Carlos Del Toro, que fez o discurso no dia 7 de dezembro, no 80º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor.
“Não existe um nome mais adequado para este navio do que o senador Daniel Inouye, que lutou contra os nazistas nas linhas de frente e fortaleceu nossa defesa nacional no Congresso”, disse Del Toro na cerimônia de comissionamento. “O senador Inouye sempre servirá como referencial para nossos militares e para mim pessoalmente.”
O destróier de mísseis guiados classe “Arleigh Burke” ficará baseado em Pearl Harbor, no estado natal de Inouye.
Inouye foi o primeiro nipo-americano a servir no Congresso quando foi eleito para a Câmara em 1959, ano em que o Havaí se tornou um estado. Ele ganhou a eleição para o Senado três anos depois. Quando ele morreu aos 88 anos em 2012, tinha servido quase 50 anos no Senado, mais do que qualquer pessoa na história americana, exceto o falecido Robert Byrd da Virgínia Ocidental.
Inouye desempenhou papéis importantes nas investigações do Congresso dos escândalos Watergate e Irã-Contras e serviu como presidente do poderoso Comitê de Apropriações.
Na Segunda Guerra Mundial, Inouye serviu no 442nd Regimental Combat Team do Exército, uma unidade composta principalmente por nipo-americanos que é uma das mais condecoradas da história dos Estados Unidos.
“Depois que o presidente Roosevelt tomou a decisão de permitir que nipo-americanos se apresentassem, ele e milhares de outros se voluntariaram para esse serviço e se arriscarem porque acreditaram na América quando a América não acreditava neles, e por isso estavam dispostos a lutar para lutar”, disse o filho de Inouye, Ken, na cerimônia.
Inouye recebeu a Medalha de Honra por seu heroísmo ao liderar um ataque contra um ninho de metralhadoras na Itália. Ele perdeu o braço direito quando foi estilhaçado por uma granada de mão alemã.
“Geração após geração de bravos asiático-americanos e ilhéus do Pacífico tornaram nossos militares e nosso país mais fortes, mas não podemos realizar totalmente o legado de Daniel Inouye até que todos os americanos se sintam bem-vindos e valorizados nas forças armadas de nossa nação”, disse Del Toro: “Devemos recrutar, reter, orientar, educar e promover o melhor de nossa nação. Isso inclui todos os Daniel Inouyes que nosso país tem a oferecer. ”
O USS Daniel Inouye pega emprestado seu lema – “Go For Broke” (Tudo ou nada) – do 442nd.
Com mais de 8.165 toneladas, o navio de 155 metros pode facilmente ultrapassar 30 nós de velocidade e pode enfrentar navios inimigos, submarinos, mísseis e aeronaves. Seu sistema de combate usa computadores poderosos e um radar em fase para rastrear mais de 100 alvos. Também é equipado com capacidade de defesa contra mísseis balísticos.
FONTE: Military.com
NOTA DA REDAÇÃO: O primeiro navio da classe, USS Arleigh Burke (DDG 51), foi comissionado em 4 de julho de 1991. Com o descomissionamento do último destróier da classe “Spruance”, o USS Cushing, em 21 de setembro de 2005, os navios da classe “Arleigh Burke” se tornaram os únicos destróieres ativos da Marinha dos EUA, até a chegada da classe “Zumwalt” em 2016. A classe “Arleigh Burke” tem a produção mais longa para qualquer combatente de superfície da Marinha dos EUA após a Segunda Guerra Mundial, com 75 navios lançados e mais 16 navios contratados ou em construção.
Muito poder.
Design diferente dos navios europeus e seus mastros “furtivos”.
Monstro do mar, só um desses já vale mais que toda marinha brazuka.
E adivinhem da onde saiu os materiais pra construção desse monstro de guerra? Dica: Ele não pode ser feito sem coisas como o nióbio! rs
Coisa de quem tem vista curta e mente pequena! menos…..os EUA são há superprotencia única. o Brasil é um país exportador de gado.
Tome cuidado que esse monstrinho também não pode ser feito sem coisas como as “Terras Raras”, viu.. 😉
Pode sim, o nióbio é uma alternativa mais barata ao titânio e outras ligas, por isso é amplamente usado, se deixar de ser barato sempre tem essas opções.
Um excelente exemplo de projeto desenvolvido pensando em crescimento e atualização futuros.
O desenho básico praticamente não mudou em 30 anos.
O planejamento do final dos anos 60 dizia que a Marinha necessitava de 28 fragatas, para proteger o tráfego marítimo brasileiro em uma nova batalha do Atlântico, em caso de guerra do Ocidente contra a União Soviética. Com o preço estimado para as fragatas de US$ 25 milhões por unidade no valor da época, a Marinha calculava que poderia comprar 10 navios. Mas as fragatas acabaram ficando mais caras (US$ 40 milhões por unidade) com todo o equipamento escolhido, então só foram comprados 6 navios. Um destróier classe Spruance na época custava US$ 80 milhões a unidade. F40 aos Quarenta… Read more »
Galante, uma “Oliver Perry” custava na época mais de 100 milhões de dólares então um “Spruance” não poderia custar “apenas” 80…estou sem tempo de procurar mas em uma revista antiga que tenho lembro de um valor acima de 300 milhões na década de 1970.
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Um Spruance hoje facilmente ultrapassaria 1 bilhão de dólares.
Minha referência é do próprio livro sobre os Spruance, Electronic Greyhounds. Esses preços eram no início dos anos 70, depois foram aumentando rapidamente em espiral. Nos anos 80 uma Niterói valia US$ 250 milhões.
Aumentaram rapidamente mesmo…a revista que acabei de encontrar uma
T&D de 1983 cita que dos iniciais 120 milhões em 1970 passou para 338 milhões em 1977 e quase 500 milhões em 1983 !!
Provavelmente em razão da crise do petróleo em 1973 quando o barril passou de 3 dólares para 12 dólares fazendo explodir os custos mundiais.
Sim e desvalorização do dólar e custo cada vez maior dos sofisticados sistemas de bordo.
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Como o Galante apontou um “Spruance” custava o dobro de uma Niterói, 80 milhões contra 40 milhões, isso no final da década de 1960 9 e isso confirmou-se pois ele citou 240 milhões para uma Niterói na década de 1980 enquanto a revista que tenho citou quase 500 milhões para um Spruance em 1983.
Muitos incidentes com Navios e Subs,não esta na hora de rever a relação
ponto de solda x equipe anti incendio?Que tal aumentar a equipe de incendio em 30%?
Novas tecnologias de controle?
O Senador Inouye tentou trazer para seu Estado, Havaí, um NAe, não tanto pensando na dispersão deles e sim mais praticamente no aquecimento da economia e geração de empregos que milhares de tripulantes, pessoal de apoio mais familiares trariam e ele foi desapontado pela última vez ao saber que o USS Carl Vinson após modernização na costa leste seria baseado em San Diego em 2010. . A marinha tinha e tem várias razões para não basear um NAe no Havaí, como por exemplo a necessidade de criar toda uma infraestrutura, levar toda uma Ala Aérea junto, as áreas de treinamento… Read more »
Este navio nao é furtivo. Qual a vantagem de aplicar um designer obsoleto? Nao seria a hora de padronizar toda a frota pelo designer do LCS ou Zumwalt?
Ele é furtivo sim. Superfícies verticais angulares, proa e popa elevados, há até uma analogia com uma banana e o próprio mastro também tem um certo grau de furtividade mantendo-se dentro de um preço razoável já que há necessidade de muitas unidades. . O Zumwalt e o LCS foram pensados para serem mais furtivos até porque esperava-se deles ao menos no início que fossem operar principalmente mais próximos da costa de potenciais inimigos. . O grau de furtividade do “Arleigh Burke” ainda é considerado satisfatório e uma nova safra já está a caminho na forma do Arleigh Burke Flight III,… Read more »
Obrigado.
Além do que o Dalton disse, a função do Zumwalt era ataque terrestre, a do LCS guerra costeira e dos Burkes escoltar os porta-aviões. Então não faz muito sentido as escoltas dos PA’s serem furtivas uma vez que os porta-aviões com certeza não são. Quero dizer que se você não puder deixar um PA tão furtivo quanto uma Burke, pra quê deixar a Burke ainda mais furtiva? A defesa aérea e o controle do mar é feito por aviões furtivos, o ataque terrestre por bombardeiros furtivos e mísseis balísticos. Já paises sem PA precisam da maior furtividade possível nas fragatas… Read more »
Eu adoro essa classe de navios. É um pé de burro, um cavalo de guerra. O que você precisar ele faz, se não foi feito para aquilo, dá um jeito. Acho um excelente projeto. Tanto é que se a marinha americana quiser fazer paridade à chinesa, o melhor caminho seria aumentar o ritmo de fabricação dessa classe pois ela tem condições de responder a tudo que os chineses colocam na água.
Verdade Fernando, mas, existem limitações. Para a maioria das nações um navio de 9000 toneladas é um sonho de consumo, mas, a US Navy precisa de coisa ainda maior porque mesmo o Arleigh Burke III não trará significativa geração de energia e capacidade de resfriamento, painéis fixos grandes o bastante para tornar o SPY-6 mais eficiente, etc. . O Arleigh Burke III deslocará quase tanto quanto um “Ticonderoga”, mas este último justamente por usar mais alumínio na gigantesca superestrutura tem maior espaço interno que o torna ideal para a função de navio comandante da escolta de um NAe. . Os… Read more »
Não existe nenhum cruzador em projeto ou nada semelhante para substituir os Ticonderoga?
O que eu quis dizer é que o Arleigh Burke é espinha dorsal da Marinha Americana, mas claro que ela precisa de navios maiores mas em números menores. Mesmo no jogo Batalha Naval temos mais destroyers do que cruzadores.
O que parece existir Fernando é uma tentativa de se abolir o termo “cruzador” que parece cada vez mais ter menos sentido. . O futuro DDG(X) será maior que o “Ticonderoga” , mas, ainda assim, ao menos por enquanto não se está usando o termo cruzador para o programa. . Então em um mundo onde não haja diferença entre cruzador e destroyer, e para facilitar se usa o termo “grande combatente de superfície” para unidades maiores e ou mais complexas se terá um número menor deles e se aumentará o número dos chamados “pequenos combatentes”, os LCSs, fragatas e pequenos… Read more »
Será que essa informação procede? Deslocar a mais de 50 nós de velocidade não é tão simples assim.
O texto menciona “mais de 30 nós”, então pode ser, não lembro, que o texto estivesse errado e foi corrigido após sua observação.
Um Burke a 50 nós teria um número de Froude de 0,63, o que o colocaria como um casco de planeio e não de deslocamento. O limite de Froude pra cascos de deslocamento é conhecido e igual a 0,4 – o que no caso dos Burkes corresponde a pouco menos que uns 32 nós. Qual é o problema se se quisesse fazer um Burke planar sobre a água? Não daria pra colocar nele motores com a capacidade necessária.
EUA sabe construir navios de guerra facilmente! Brasil não! E não é só por conta de dinheiro…
Belíssima nave!
Navio de guerra com cara de navio de guerra. Marcial, impetuoso.