MANSUP: saiba mais sobre a fase atual e o futuro do míssil antinavio nacional
O Poder Naval teve acesso a uma apresentação da Marinha do Brasil (MB) realizada recentemente sobre o programa Mansup, míssil antinavio de superfície. O objetivo do programa é desenvolver e produzir esse tipo de armamento no Brasil, sem depender de equipamentos estrangeiros. Atualmente, o Mansup está na fase de “produtação” (transformação de protótipo em produto capaz de ser produzido industrialmente) e produção de um lote piloto, assim como de qualificação, com mais alguns lançamentos previstos.
Algumas telas da apresentação acessada pelo Poder Naval mostram premissas e detalhes que, mesmo depois de já termos publicado dezenas de matérias sobre o programa, ainda são ignoradas por vários leitores em seus comentários sobre o míssil. E também apresentam algumas possibilidades de desenvolvimentos futuros que, até o momento, eram apenas especuladas.
Vamos destacar a seguir algumas das telas e comentaremos cada uma trazendo informações de matérias anteriores, de forma que esta possa ser utilizada como mais uma referência aos debates de hoje e de amanhã sobre o Mansup. Para começar, a tela que provavelmente desencadeará mais discussões, sobre as “possibilidades de evolução” vislumbradas pela MB.
Ainda que isso signifique começar a discussão pelo fim, na verdade ela será útil por dialogar com as próprias premissas do desenvolvimento do míssil, que comentaremos depois. A tela já foi mostrada na abertura da matéria, mas repetimos abaixo para facilitar sua análise.
Temos três conjuntos de possibilidades de evolução, e que são conectados entre si: o míssil, os lançadores e os alvos.
Comecemos pelo míssil. Um dos aspectos mais comentados sobre o MANSUP é sua propulsão atual, por foguete. Na verdade são dois motores-foguete, como se pode ver na ilustração. Um de impulsão, com queima rápida e grande empuxo para a fase inicial de voo que dura alguns segundos, compreendendo o lançamento e aceleração do artefato, com dois bocais maiores (vide foto da parte posterior de maquete do míssil, ao lado).
E outro de sustentação, com um bocal central menor que mantém a velocidade de aproximadamente 300 metros por segundo na maior parte da distância de 70km de alcance – ou seja, com queima entre 3 e 4 minutos. O desenvolvimento e produção deste sistema de propulsão está a cargo da empresa brasileira AVIBRAS.
A ilustração mostra a possibilidade de substituir futuramente o sistema de propulsão por um motor a jato, identificado na arte como “turbina” (o que não elimina a necessidade de um estágio inicial a foguete, similar ao motor de impulsão, para lançamento e aceleração inicial). O conjunto mostrando turbina e tanque de combustível é mostrado à esquerda da ramificação que sai do item identificado como “compartimento de ré”, que abriga a parte posterior do sistema de controle (do qual falaremos mais à frente). Esse conjunto é mostrado próximo a um par de asas dobráveis, com maior envergadura que as asas cruciformes relacionadas ao motor-foguete. Isso pode indicar perfis de voo intermediários a altitudes maiores, o que combinado à turbina permitiria alcances bem maiores que os possíveis com motor-foguete.
A seguir, no sentido da parte de vante do míssil, vemos duas possibilidades de cabeças de combate, que são as cargas explosivas do artefato. Uma opção é incendiária, outra é de fragmentação. E por que são possibilidades? Porque ainda não foram testadas nos protótipos disparados. Estes levaram cabeças telemétricas no lugar das de combate, para coletar dados durante todas as fases de voo dos protótipos, ao longo dos lançamentos da fase de desenvolvimento do MANSUP. Como se vê na tela abaixo, o desenvolvimento da cabeça de combate é um dos itens que constam da parte “situação atual do projeto” da apresentação.
Seguindo mais à frente no corpo do míssil, está o compartimento de vante, que compreende parte do sistema de guiagem, navegação e controle do míssil. Tanto este compartimento quanto o de ré (assim como a cabeça telemétrica utilizada nos lançamentos dos protótipos) são de responsabilidade da empresa brasileira SIATT, abrigando computador de guiagem, radaraltímetro, plataforma inercial (esta fornecida pela MB), baterias, atuadores, superfícies aerodinâmicas (profundores) e a interface com o lançador. Mais detalhes na ilustração e nas fotos abaixo:
A parte mais à frente do míssil abriga o autodiretor, equipamento com desenvolvimento e produção a cargo da empresa brasileira Omnisys (que apesar de ser subsidiária da Thales francesa, tem diversos programas desenvolvidos especificamente para a MB, FAB e outras instituições nacionais ao longo de décadas, não necessariamente com tecnologias e equipamentos da matriz). Trata-se do radar ativo que guia o míssil em sua fase terminal, em direção ao alvo.
Recentemente, publicamos matéria sobre a contratação da Omnisys, divulgada em maio deste ano, para “serviços de engenharia para a evolução técnica e produção do radar autodiretor ativo (seeker)“, trabalho que, levando em consideração a fase atual do projeto, está incluído nas atividades de transformação de protótipo em produto industrial e fabricação das unidades que deverão equipar o lote piloto.
Prossigamos para os alvos. Na ilustração das “possibilidades de evolução”, aparecem outros dois tipos de autodiretores, além do Seeker RF (de radar ativo): o Seeker IR, ou infravermelho, que buscam o alvo pela assinatura térmica, como se conhece mais comumente nos mísseis ar-ar de curto alcance, e o Seeker Laser, que aponta para alvos iluminados por um feixe de laser. Essas possibilidades sugerem outras formas de se atingir navios e outros tipos de alvos mostrados na parte inferior esquerda da ilustração de abertura, como instalações militares em terra.
Toda esta fase de “produtação”, como já mostramos em matéria de alguns meses atrás, tem seu gerenciamento a cargo de uma quarta organização (além das já mencionadas SIATT, Avibras e Omnisys), a Fundação Ezute.
Já que falamos de três empresas e uma fundação nacionais envolvidas no desenvolvimento e produção do míssil, faz sentido mostrar uma tela da apresentação da Marinha que fala das premissas do projeto, estando entre elas o desenvolvimento por empresas do Brasil. Muitas das discussões realizadas ao longo de anos por leitores do Poder Naval seriam melhor embasadas se relembrassem das premissas (que foram temas de matérias de anos atrás, mas que acabam sendo esquecidas com o tempo):
O míssil foi pensado desde o início para ser intercambiável e ter as mesmas características físicas e operativas do míssil francês (hoje da empresa europeia MBDA) Exocet MM40, principal míssil antinavio em serviço na Marinha (e também em diversas outras no mundo). Assim, poderia ser instalado nos mesmos lançadores e utilizar as mesmas interfaces do artefato francês. Por conta disso, muitos comentam que seria cópia do Exocet, ou engenharia reversa do mesmo. Não se trata disso, justamente porque o programa busca utilizar materiais, peças e sistemas nacionais, com desenvolvimento por empresas brasileiras. A aparência externa e configuração geral seguem as do míssil francês, mas por dentro os equipamentos são desenvolvidos localmente, de forma a apresentar desempenho, peso e outras características similares.
Esta tela também dialoga com a mostrada abaixo, sobre as fases de desenvolvimento até o presente:
Sobre a primeira etapa, encerrada em 2012, é preciso lembrar que também está relacionada a um esforço de remotorização dos mísseis Exocet MM40 já em serviço na Marinha, com motores-foguete desenvolvidos e produzidos pela Avibras para esta finalidade. Foi em 2012 que se anunciaram os resultados bem-sucedidos dessa empreitada, que contou com o apoio da MBDA quanto ao fornecimento das especificações, sendo o desenvolvimento, a partir delas, responsabilidade da Avibras.
Por outro lado, a experiência acumulada também teve aplicação em outro programa, do Manaer (míssil antinavio aerolançado) que conta com recursos de offset da aquisição de helicópteros H225M (Eurocopter / Helibras) pelas Forças Armadas. Vale repetir trechos de matéria publicada no início de 2020 sobre como andavam os programas naquela época, pouco antes da pandemia Covid 19 afetar cadeias produtivas e cronogramas de programas militares por quase todo o mundo. A matéria foi baseada em comunicação de julho de 2019 do Ministério da Defesa (MD) à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), atendendo a um pedido de informações. Os trechos estão em itálico:
Projeto Missil Antinavio de Superficie (MANSUP)
A etapa de desenvolvimento deu-se com a contratação de três empresas e uma fundação, todas nacionais. A OMNISYS ficou incumbida de desenvolver o autodiretor (seeker); à AVIBRAS couberam os subsistemas asas, calhas, o sistema propulsor e, ainda, a montagem e teste dos protótipos. O sistema de guiagem, navegação e controle (SGNC) e a telemetria ficaram a cargo da MECTRON, posteriormente substituída pela empresa SIATT. À Fundação Ezute coube o gerenciamento complementar realizado com uma equipe de especialistas em cada área de conhecimento necessário ao projeto.
Foi prevista para a etapa de desenvolvimento, além da produção de toda a documentação do trabalho realizado, a fabricação e testes de três protótipos. Até o término dessa etapa, os protótipos serão lançados e os dados atinentes aos respectivos voos, transmitidos pela telemetria embarcada, serão devidamente gravados e analisados.
A etapa de desenvolvimento se encerra logo após o lançamento do terceiro e último protótipo do MANSUP, previsto para 2019. A partir de então, serão iniciadas as contratações para que os protótipos sejam aperfeiçoados, transformados em produtos mais confiáveis, mais fáceis de fabricar e testar e, ainda, mais baratos. Essa transformação é chamada de “produtação”, ou seja, a transformação de protótipo em produto.
Os aperfeiçoamentos serão validados por meio de avaliações técnicas e operacionais, às quais serão submetidos os mísseis do primeiro lote, cujo fornecimento será contratado entre o final do corrente ano e o primeiro trimestre do próximo (2020).
Além de prover divisas, a exportação do MANSUP permitirá a continuidade da produção do produto, uma vez que a demanda histórica da MB não seria suficiente para manter as linhas de produção ativas.
Projeto Míssil Antinavio Nacional lançado por Aeronaves (MANAER)
O desenvolvimento do MANAER ocorrerá de forma análoga ao do MANSUP. Foi iniciado em 2014, com a contratação da AVIBRAS para absorver a tecnologia de fabricação do motor foguete do míssil Exocet AM39-B2M2. A transferência de tecnologia (ToT) pela fabricante do míssil, MBDA-France, está sendo custeada por créditos de offset, provenientes do contrato entre a FAB e o consórcio Airbus Helicopter/Helibras, para a aquisição dos helicópteros H225M.
Posteriormente, após a ToT ter logrado êxito, terão início as contratações para o desenvolvimento do MANAER, nos mesmos moldes do adotado pelo MANSUP.
O desenvolvimento e a fabricação no País, desse tipo de armamento inteligente, criam empregos diretos e indiretos nas diversas instituições envolvidas e permite obter um alto emprego da capacitação nacional nas respectivas áreas. Contribuem, também, para garantir a soberania nacional e mitigar a perda de divisas na importação de sistemas, possibilitando a expansão de mercado da Indústria de Defesa Nacional.
Ainda sobre etapas, vale lembrar que há pouco mais de 2 meses, em 29 de abril, a Marinha do Brasil divulgou nota à imprensa sobre o andamento da atual Etapa 3. Entre as principais informações, estavam o atingimento de 60% da transformação em produto do SGNC (Sistema de Guiamento, Navegação e Controle) e de cerca de 90% do sistema de telemetria. Também informou que para este ano estão previstos dois lançamentos de teste, além de abordar uma característica do projeto: o modelo de arquitetura permite que potenciais modernizações sejam realizadas em dois anos – e isso provavelmente dialoga com a tela que mostramos no início da matéria, sobre as possibilidades de evolução. Falando na tela, há mais um item que faltou abordar:
E vamos aos lançadores. Tanto navios quanto aeronaves e viaturas terrestres estão ilustrados na tela sobre as possibilidades futuras. Para essa variedade, é preciso ter capacidade de produzir nacionalmente os equipamentos do sistema de lançamento: os lançadores propriamente ditos, consoles, sistemas computadorizados, interfaces etc. Estes são ilustrados na tela acima – a qual mostra, ainda que como exemplo, um suporte de lançador capaz de abrigar até quatro casulos de mísseis (oito no total, com uma estrutura do tipo voltada para cada bordo). Seria muito interessante que, no programa das fragatas classe “Tamandaré”, esta configuração fosse adotada, pois ainda que normalmente se levasse menos mísseis (em tempo de paz) a instalação de mais casulos seria rápida em caso de necessidade. Mas isso é apenas opinião deste editor.
Como se está na fase de “produtação” do Mansup, é sempre bom lembrar que um produto precisa de embalagens novas – ainda que seja intercambiável com a infraestrutura já adotada na MB para o Exocet MM40, é preciso de novos casulos para abrigar os mísseis nos lançadores dos navios, e contendores para abrigar esses casulos em condições ideais de armazenamento e transporte. Isso é tema de outra tela da apresentação, abaixo, que também inclui as “almofadas” que prendem o armamento em seu casulo, além da interface em sua parte posterior:
Como vimos nos parágrafos grafados em itálico mais acima (da comunicação do MD à CREDN em 2019), a viabilidade futura do programa depende em grande parte de exportações, pois a demanda da Marinha não permite, a princípio, manter uma linha de produção aberta por muito tempo. Assim, o desenvolvimento do sistema de lançamento, casulos e contendores para o míssil são iniciativas importantes não só para equipar navios e outros meios lançadores das próprias Forças Armadas do país quanto de potenciais clientes externos.
No caso dos itens para armazenamento do míssil, é evidente que serão necessários para qualquer país comprador, mas outros itens, como o sistema de lançamento (consoles etc) também pode ser uma necessidade de países que já sejam operadores atuais de Exocet – afinal, ainda que o Mansup tenha sido criado para compatibilidade com sistemas já existentes dedicados ao míssil francês, estes podem ser antigos e necessitar de troca, entre outras necessidades possíveis.
Numa das últimas telas da apresentação à qual tivemos acesso, aparece um mapa-mundi com diversos países assinalados, sob o título “viabilidade do projeto”. Optamos por não mostrar essa tela aqui, mas podemos afirmar que há países de quase todos os continentes considerados potenciais compradores. Boa parte está na América do Sul, mas há potencial também na África, Oriente Médio e Ásia, segundo a Marinha – o que não é nenhum segredo (a não ser os países específicos, que não mostramos aqui), pois em sua maior parte trata-se de regiões que, por décadas, adquiriram diversos equipamentos militares de origem brasileira, com muitos países também operadores de Exocet.
VEJA TAMBÉM:
Deixa ver se eu entendi…Estamos insistindo em um míssil obsoleto, com alcance na faixa dos mísseis antinavio de primeira geração, de cerca de 40 anos atrás, quando os atuais estão na faixa dos 300 km+, é isso mesmo?
Então se nossos navios forem atacados por meios armados com mísseis modernos não teremos condições de revidar, já que estes estarão fora do alcance dos nossos, e nem de nos defendermos do possível ataque, certo?
Na boa, pra quê, então?
“com alcance na faixa dos mísseis antinavio de primeira geração” Cançado, a bem da verdade, a primeira geração do Exocet (MM38) era limitada ao horizonte radar, cerca de 40km. O alcance do Mansup é da geração seguinte (MM40), de cerca de 70km. “Na boa, pra quê, então?” Olha, eu tenho algumas críticas a esse projeto, especialmente a demora, que faz perder um pouco o bonde das oportunidades. Mas com as premissas do projeto (desenvolvimento todo nacional) o fato é que não dá pra pular etapas com transferência de tecnologia ou importação de componentes importantes, então é preciso desenvolver o míssil… Read more »
Quando lançado por Helicóptero ou por Aeronave o Alcance vai aumentar consideravelmente.
A princípio pode aumentar por conta da velocidade inicial, tanto que a versão aerolançada geralmente é menor e menos pesada por conta dessa vantagem, o que por outro lado ajuda a aeronave lançadora a ter mais alcance levando menos peso do que se fosse a versão maior (ou a carregar mais mísseis, ou mais tanques externos etc). Porém, se o perfil de aproximação e lançamento do míssil pela aeronave é a baixa altitude, com uma subida de algumas dezenas de metros para uma última “visada” do radar para transmitir os dados ao míssil, a distância não é muito grande, é… Read more »
Nesse caso o helicóptero ficaria mais exposto. Então não pode subir muito e tem que lançar rápido. Certo?
Sim, o perfil de ataque é voar rente às ondas até a distância no limite do horizonte radar do navio e só subir rapidamente para iluminar o alvo, com o radar da aeronave lançadora, por poucos segundos, voltar ao perfil rente às ondas, lançar o míssil para as coordenadas obtidas do alvo e dar meia-volta. O míssil seguirá para as coordenadas recebidas antes do lançamento e, na fase terminal, vai ligar seu próprio radar. Praticamente como fizeram os aviões que atacaram navios atingidos por Exocet em combates reais, como os que atingiram o Sheffield e a Stark (as missões tem… Read more »
Os anos 80 estão na moda, Stranger Things tá aí pra provar. Bom já é um começo, uma longa caminhada exige o primeiro passo que diga-se de passagem sempre damos e deixamos o resto do caminho para outro dia. Espero que isso aí de em algo que possa ser usado no século 21.
Gordo, Acho que boa parte dos comentaristas fica muito focado no alcance conferido pelo motor-foguete pra caracterizar esse míssil como arma que parou nos anos 80. Se trocar por uma turbina e o alcance mais que duplicar, o modo “supertrunfo” de analisar as coisas vai ficar feliz. Como se a parte eletrônica relacionada a guiagem, navegação, radar ativo etc fosse feita de componentes dos anos 80, ou conceitos de arquitetura de sistemas dos anos 80. Mas qual é o núcleo de um míssil antinavio? Qual é a parte principal que pode receber outras linhas de programação e ser adaptada a… Read more »
Lembrando que os Suecos desenvolveram no passado distante os modelos Rb04 (1962) e Rb08 (1966), com 32 e 70km de alcance, respectivamente. Hoje o RBS15 tem mais de 250km.
Tem que começar de algum lugar, não é mesmo?
O RBS-15 mk4 têm 300km alcance.
Esse termo produtacao que doe de ler. Nunca encontrei este termo em nenhum livro de desenvolvimento de produto ou tecnologia, quiçá algo parecido do inglês. Parece a junção de samba e love.
É uma palavra ruim de doer mesmo.
Nós EUA o GAO, desde 1999 estabeleceu uma “lei” que proíbe a contratação em série de produtos que embarcam componentes cuja tecnologias que ainda não demostraram confiabilidade, por órgãos federais como DoD, DoE NASA….. Isso entrou em vigor após o GAO demonstrar quando isso acontece, se joga dinheiro fora. Me parece que este projeto não demonstrou nível de confiabilidade suficiente para entrar em produção.
Ao usar este tipo de terminologia, não alinhada as referências técnicas tradicionais dos framework de desenvolvimento trás perda de credibilidade técnica, Eu acredito que as equipes de desenvolvimento não usam este termo. Me parece um termo inventado por algum gestor para dar algum migué. Agora como querer vender, exportar algo que não se sabe o nível de confiabilidade atual? Uma referência técnica de fase mais plausível é apresentarem quais são os níveis de TRL e MRL já alcançados. É nesses termos que o GAO estabelece que seja feita a prestação de contas para a sociedade nos EUA.
Verdade, “trás” muita perda de credibilidade…
Vou lá “atraz” pra rir um pouco.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sim, “doe” muito, é uma coisa muito “doéda”…
Obs: doéda de doença mesmo, e não de “doedice”, quando a pessoa é louca, “doeda”.
As forças armadas russa estão usando misseis da de cada 60 em diante na guerra como voce ve como obsoleto esse tipo de armamento ?
Fora o fato que é de produção nacional e pode ser atualizado ao longo dos anos vide exemplo do tomahawk americano que é atualizado até hoje …
Tão pouco as informações publicadas pelo fabricante são as reais capacidades do armamento, como se essa informação não fosse guardada a sete chaves. Lembrando que o Exocet modernizado pelo Brasil com motor nacional, já tinha alcance maior que o original. Só quem vai saber será o usuário que comprar. A França informou aos ingleses como anular as espoletas dos seus Exocet por rádio frequência, segundo os relatos de um coronel argentino em palestra na ECEME. Por isso segundo ele, impactavam e não explodiam. O míssil que atingiu o HMS Sheffield não explodiu, os danos foram pequenos, o motor continuou queimando… Read more »
As forças armadas Russas são uma piada, não dá pra levar a sério..
Sério? A Ucrânia e a Europa inteira estão rindo, junto aos EUA, não?
Se estão rindo não sei, mas que tem muita gente chorando na Rússia pelos seus mortos, pode ter certeza. Mortos pela incompetência do exército Russo e seus muitos generais camaradas barrigudos….
A Rússia sstá utilizando mísseis ar-sup antinavios obsoletos, de combustível líquido, ceguetas, contra alvos civis sobre terra, que não são apropriados a atingir alvos de ponto sobre terra. Claramente configura desespero de causa e um crime de guerra.
São mísseis com alinda alguma relevância na luta antiporta-aviões mas são completamente inúteis do ponto de vista militar quando utilizado contra alvos em terra.
Claro, como o psicopata quer só causar pânico para forçar a rendição ele não se importa onde esses mísseis ridículos atingem.
Olá Bosco. Fico com aquela impressão que os russos estão aproveitando para limpar os galpões e arsenais. Pode ser mais barato lançar sobre os ucraniano que desmantelar nas oficinas dos arsenais. O que acha?
Iraque, um milhão de mortos.
Quando a Russia mata é crimem de guerra, quando é US é dano colateral jaja.
Reclama com o Saddan, ele invadiu o Kwait lembra??
Estão Utilizando sim MÍSSEIS da década 60 ou 70 mas não estão desenvolvendo esses mísseis agora como Nós.
Não compare mísseis RUSSOS com Brasileiro não.
Tem que começar de algum lugar… ninguém construiu um de 5000km ja de primeira…
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e fique feliz que ao menos há um míssil antinavio nacional… vc poderia ta reclamando que o Brasil não tem e ta comprando da Europa
É isso que alguns teimam em não entender, queriam que o Brasil desenvolvesse um míssil de cruzeiro stealth com centenas de quilômetros de alcance logo de primeira, é como que alguém que não domina matemática básica querer aprender como se resolve uma integral. Não é assim que as coisas funcionam no mundo real. O Mansup não é o suprassumo da tecnologia mas tem o seu valor, principalmente na questão do aprendizado.
Sim. Apenas penso que ele deveria estar sendo desenvolvido para ser utilizado em corvetas de 2500ton que deveríamos
estar construindo no mínimo umas 15. Enquanto que as nossas 10 novas Fragatas de 6000ton da primeira linha seriam equipadas com mísseis Harpon ou Exocet Block III.
“…e nem de nos defendermos do possível ataque, certo?””
A defesa não tem nada a ver com o alcance dos mísseis antinavios.
O que não poderemos é contra-atacar, mas a defesa se baseia nos sistemas defensivos.
Em tese poderíamos nos defender de todos os mísseis lançados contra nós e nos aproximarmos o suficiente para lançarmos os nossos “pernas curtas”.
Lembrando que a argentina quase moeu a marinha inglesa apenas com bombas de queda livre da segunda guerra, luta-se com o que tem.
Se você leu a materia, viu que o missil depois de pronto, pode rápidamente evoluir para duas mototizações e 3 tipos de sistema de guiagem. Essa primeira versão vai ser a básica/mais barata e por isso construida em maior número.
Pense numa situação de guerra, sentenas de misseis com 70km montados em lanchas ou lançados de terra. Lembrar e o Moskva se realmente foi atingido por missil, foi a menos de 70km da costa.
Excelente, Nunão… cabe ressaltar que a capacidade de empregar N mísseis a bordo depende dos canais disponíveis… e simplesmente trocar os cabos para outro míssil seria apenas uma solução de fortuna… abraço a todos.
Obrigado, XO. Há quanto tempo! Quando te vi da última vez foi na ocasião de tirar algumas das fotos que estão nesta matéria, rsrsrs Sobre os canais, de fato existe essa limitação, mas espero que tanto os canais quanto as interfaces para potenciais evoluções estejam previstos no projeto da Tamandaré – afinal, há muito tempo que o padrão para sistemas do tipo é de ter no mínimo dois lançadores quádruplos. Ainda que o sistema de combate seja modular, acho que não seria muito inteligente economizar em número de canais e interfaces, dado que toda a área à meia-nau é passível… Read more »
Fala, Nunão… muito tempo mesmo… sigo acompanhando o trabalho da Trilogia, mas minha fase operativa acabou, estou lidando com papel demais por ora… espero que saia a configuração com mais canais mesmo, excelente comentário… abraço.
Boa navegação entre a papelada, XO…
Hahaha… é o que temos… abraço.
Olá XO. Bom ter notícias suas. Um forte abraço sempre com admiração.
Obrigado, Camargo, atento sempre aos seus comentários que sempre somam… abraço…
Olá XO. O sentimento é recíproco.
Boa sorte.
Espero que tudo de certo.
E que seja vendido o máximo possível no exterior pois vi uma live de um General aposentado dizendo que companias de defesa não existem para gerar lucro.
Me pergunto então se o ilustríssimo general acha mesmo que as Forças Armadas sozinhas conseguem comprar produtos brasileiros em quantidade suficiente para que valha o investimento privado e que a empresa não quebre (vide tanque Osório).
Querem a verdade? A coisa mais certa a se fazer seria ter pego toda a grana do Mansup e ter investido no MTC-300
A Siatt desenvolveria a eletrônica para fazer a variante antinavio. É juntar o útil ao agradável.
Os slides da Marinha são belíssimos. Quem ai não lembra das escoltas de 6 mil toneladas, navio de apoio deslocando 20 mil toneladas, projeto de porta-aviões, segunda esquadra, submarinos (cadê o primeiro? anos de atraso para entrar no setor operativo), Gripen Naval e blá blá blá?
Pura piada!
Marcos,
Desconheço slides da Marinha sobre Gripen naval. Pode compartilhar algum? É sério, tenho curiosidade caso exista.
Não me lembro de slide, mas se eu não me engano havia uma maquete de um PA equipado com o Gripen.
Tinha, mas a maquete não era da Marinha.
o que importa não é o “dono” da maquete, mas publicar material como se favorável estivesse ao projeto.
Essa eu não entendi.
Pô voce inventa história, pedem provas e agora voce ainda teima?
já se dizia, em alguns locais………”Em fevereiro, um grupo de técnicos da empresa SAAB, visitou a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM) com o propósito de apresentar o estudo técnico inicial de viabilidade das aeronaves Sea Gripen, com relação a execução do projeto das modificações necessárias para a adaptação das aeronaves Gripen NG para a operação embarcada no porta-aviões São Paulo.” Ou seja, mesmo ou não apresentando em “slides”, a MB manteve essa conversa do Gripen Naval, notoriamente navegando na maionese.
Marcelo,
Eu estou curioso pra ver slide da Marinha com Sea Gripen, pois, como nunca vi, é algo que tenho curiosidade caso exista.
Já apresentações que empresas de defesa fazem deste ou daquele projeto pra qualquer força, eu já vi de monte.
Sem desmerecer as apresentações e seus conteúdos que sempre podem revelar alguma coisa, mas o que me despertou a curiosidade foi o Marcos ter sugerido a existência de slide da Marinha com Sea Gripen. Se ele viu, gostaria também de ver.
Acho incrível a quantidade de projetos de “modernização” de equipamentos antigos das forças armadas ou de desenvolvimento/TOT pelos quais pagamos uma fortuna mas que NUNCA tem escala, não resultam nem na construção de larga escala nem em exportação. Ou é fruto de uma falta total de visão, ou tem gente se beneficiando de negócios que acabam sendo ruins pro país. Coincidência, mal planejamento ou é planejado?
ta bom.. dai os navios a marinha iriam usar o exocet da França ou outros estrangeiros… blz né
Radar alemão, torpedos americanos, canhão italiano, míssil antiáereo ingles, etc, etc
Mas o problema é o míssil antinavio francês
Xô te falar, vão ter vááááááários equipamentos made in França nos navios
Com o míssil, menos um item pra ficarmos dependentes. Num possível conflito, o radar estará no navio, fixo, sem precisar de reposição, assim como o canhão, os sensores…
Agora míssil antinavio, se acabar, poderemos produzir rapidinho em casa, sem depender de ninguém.
Eu entendi o que você quis dizer, mas veja pelo lado positivo.
Olá Marco. Interessante ponto. Aviões suecos, helicópteros franceses, navios alemães, torpedos dos EUA, etc etc.. tudo para combater o inimigo interno com cidadania brasileira…
Inimigo é inimigo… interno ou externo.
Essa é boa. Mais outra tese sobre o inimigo interno.
Olá Esteves. Para combater o “inimigo interno” só é preciso um “pau de arara” e um “fio desencapado”. Esse negócio de submarino moderno, avião moderno, míssil moderno… desperdício.
Sim, quando não se planeja sobre inimigos externos, ou vive-se servindo aos interesses corporativistas salariais, sobrasse apenas bater na população, não atoa a própria ESG afirmou que as FAs seriam incapazes de fazer frente a França.
Caro Velame. Quem é o inimigo interno? PCC? ou o que?
Não é minha função dizer quem é o inimigo, existe gente muito qualificada para isso. A minha função é combatê-lo.
Os corruptos e corruptores são os inimigos internos.
Matéria top, parabéns. É bom ver que a MB pensa em evoluir o produto, espero que não fique apenas na fase de estudos, um míssil de uso naval capaz de atacar alvos em terra daria ao Brasil uma capacidade única na região. Também seria interessante estudar a possibilidade de uma versão lançada por baterias costeiras se não for mais barato adaptar o MTC-300 na mesma função.
Espero que parem de subestimar o Mansup, não é um Brahmos da vida mas tem a sua utilidade e todo mundo tem que começar de algum lugar.
Achei interessante a possibilidade de no futuro surgir uma versão com o seeker IR. Em comparação com o radar ativo, é mais “furtivo” por não alertar sistemas ESM/MAGE, além de ser imune aos sistemas ECM. Por outro lado, é mais afetado pelas condições climáticas. Uma possibilidade interessante seria usar o Mansup com as duas versões (radar ativo e IR) combinadas, de modo que uma cobriria as deficiências da outra. Também gostei das possíveis plataformas de lançamento, onde é mostrado o Astros. Com a evolução tecnológica e popularização dos drones, que agora podem fazer a designação de alvos OTH, o uso… Read more »
seria ideal dupla guiagem, mas que eu saiba o Brasil não produz sensores IR.
Motor foguete ” pronto ” em 2012 e 10 anos após ainda estamos desenvolvendo o míssil. Entendo que um projeto deve ser faseado, mas tanto tempo assim?? Mais quantos anos pra ficar pronto e operacional?? Será que quando esse missel for prontificado, terá algum valor militar???
Ricardo, O motor foguete foi resultado de outro programa, a remotorização dos mísseis Exocet já existentes da Marinha. Em todo programa, o ideal é combinar tecnologias já dominadas com outras a dominar, assim não se vive o pesadelo de tudo estar em desenvolvimento ao mesmo tempo, com problemas em cascata. Equilibrar sistemas que aignifiquem inovação com outros no estado da arte e outros ainda estado da arte comprovado – neste último caso, o motor-foguete. A parte eletrônica é a mais complicada de partir do zero (ou quase do zero) mesmo, e demorou mais. Eu acho que demorou demais, infelizmente. Os… Read more »
Entendo Nunão, obrigado pelas explicações.. acho que é desânimo da minha parte mesmo. Como disse uma amigo mais acima, o importante é começar…mas já começamos tantos projetos e não terminamos quase nenhum…sou apenas um entusiasta que acompanha os assuntos militares desde a década de 80 e vi muita pouca coisa começar e terminar, mas enfim vamos torcer. Abraços
O MAN SUP tem a cara do Exocet, usa motor de Exocet, tem desempenho de Exocet e é compatível com sistema de lançamento do Exocet… Mas não é um Exocet! Criaram um míssil trans, rsrsrs. . Agora, falando sério: A ideia de ter um míssil com diferentes sistemas de orientação, para diferentes alvos, é louvável e etc. Mas na minha opinião, dentro da conjuntura deste projeto, temo que isto pode represantar um desvio de foco e provável desperdício tempo e dinheiro. É claro que é muito bonito ver os desenhos dos desejos e das “possibilidades”, onde surgem caminhos interessantes de… Read more »
“Só que para um país que tem um paiol de munições pífio, será que é melhor ter mais míssil antinavio orientado por radar e capacidade de emprego terrestre, ou dispersar sua grana comprando diferentes variantes do mesmo míssil, que impõem limitações a cadeia de engajamento de navios inimigos?”
Para qualquer resposta…não dá pra considerar 10 anos para iniciar e outros 10 para concluir um produto de 20 anos anteriores aos 10 anos iniciais.
Não faz sentido. É outro Álvaro Alberto.
Essa cópia do MM40 vai ter só 70 km de alcance?
“Como vimos nos parágrafos grafados em itálico mais acima (da comunicação do MD à CREDN em 2019), a viabilidade futura do programa depende em grande parte de exportações, pois a demanda da Marinha não permite, a princípio, manter uma linha de produção…” O produto está para mudar de fase deixando de ser um protótipo. Quando for um produto acabado, testado, certificado, homologado, precificado, garantido, podem começar a prospecção. Depois dos prospect’s saberão quantas propostas e interessados. Da mesma forma que contamos com offset’s dos franceses também ofereceremos vantagens competitivas e preços atrativos. Financiamentos para países com crédito no SERASA. Seguros… Read more »
“ Embraer e…?”
No caso de armamentos para exportação, das empresas que ainda existem (Engesa era a mais experiente, mas faliu) tem a Avibras, a CBC, Taurus e mais uma ou outra sobrevivente da época “áurea” de exportação de armamentos, nas décadas de 1970-80.
CBC, Taurus…mercado diferente. Armas pessoais…pistolas. Avibras vende o que e pra quem?
Em quais mercados a Avibras tem penetração…já é fornecedor…pode agregar o míssil ao portfólio atual…não precisa chutar lata…tem uma carteira de clientes…sabe reagir e tem caixa para afastar investidas de concorrentes.
Preço. Quem define preço é o concorrente. O produtor ou vendedor define custos e margens de operação. Quais e quem são os concorrentes?
Engesa é aquela do Osório?
“ Engesa é aquela do Osório?” Sim. Antes de falir, abria a porta pra entrada de outras empresas de vendas de outras armas, pra empreiteiras que fizeram obras na África, Oriente Médio e por aí vai. Sobre menção a CBC, Taurus, muitas vezes o interesse num tipo se armamento puxava outro. O país tal comprava um blindado, juntava no pacote munição de fuzil e canhão, granadas, minas, foguetes.E vice-versa. Até uniforme e coturno cabia nos pacotes de vendas daquela época. Nos anos 70 o Chile comprou aqui um pacote de armas que dava pra equipar uma divisão inteira, de uma… Read more »
Doutor Fernando.
Esse negócio tinha a VW, petróleo, os Passat…outra época.
O que fizemos nos anos 1970…é de lá, né. Hoje existem outros competidores, outro cenário…
Esteves
Negócios existem o tempo todo. Mudam o tempo todo. Dei exemplos do passado pra exemplificar isso e mostrar que o tipo de coisa que cada empresa vende pode complementar com outra, quando você questionou que uma era arma leve, e tal e coisa.
Variedades de arranjos possíveis valem pra ontem e hoje.
Tá.
Eu entregaria esse míssil, se ficar pronto, se tiver preço e capacidade de entregas, reposição, garantias…pacote pronto…Esteves entregaria esse míssil para a Embraer…se a Embraer tiver interesse na comercialização do míssil.
Qualquer outra empresa vai bater lata. Feiras, convenções, exposições, reuniões…
O Exocet afundou X navios? O MANSUP?
Se ele estivesse no lote piloto poderíamos mandar uns para a Ucrânia. Se ele afundasse uns navios russos era só montar a banquinha.
Alguém afirmou que os franceses afundaram o Moskva.
Tem outra coisa enquanto estou entendendo o que o Bardini comentou abaixo e sendo repetitivo,
Tem roupa de Maria, tem cabelo de Maria, usa maquiagem de Maria, vai com sapatos de Maria…mas por dentro é Manoel.
Eu não entendi a vantagem competitiva disso. Conta pro cliente que é todinho francês mas por dentro não é.
Como assim?
Acho que você tem que ler a matéria de novo.
Tenho não. Internamente pode ser. Para vender fora…”estes podem ser antigos e necessitar de troca, entre outras necessidades possíveis.”
Fatalmente.
Uma vantagem, do ponto de vista de exportação, de ser totalmente compatível com o francês mas sem componentrs franceses é que o país comorador passa a ter opções. Um país que hoje utiliza o exocet, caso passasse a sofrer algum tipo de embargo da França poderia adquirir os misseis no Brasil sem ter que gastar um grande tempo substituindo equipamentos e doutrina, desta forma o míssil brasileiro se torna uma opção melhor para este possível comprador que outro missil mais moderno mas que demandaria anos de implementação. Pense no caso da guerra das Malvinas, a Argentina tinha um pequeno número… Read more »
Os países que operam o Exocet tem componentes, conhecimento, mão-de-obra, história, logística, reposição, franceses. Dentro, os componentes não são os mesmos. Esse fato faria o possível comprador continuar com o que tem ou substituir por outro produto de outro fornecedor descompativelmente, apostando nos turcos, por exemplo. Saberemos o que será verdade se e quando acontecer. Embargo da França. A França tem investimentos bilionários no Brasil. O Carrefour é o maior empregador no Brasil. A França está cooperando no Álvaro Alberto. Depois da França, o grupo Casino enxerga o Brasil (Grupo Pão de Açúcar, Casas Bahia) como o segundo maior mercado… Read more »
Simplificando muuuuuittto, é como aquelas capsulas genéricas que podemos usar no nexpresso.
Vc vende um produto similar compatível com os sistemas do produto referencia do mercado.
Ele deve ser, espero neste caso, que obviamente seja mais barato que o concorrente, operacionalidade similar (que demanda menos tempo de preparação das equipes, mesmas ferramentas e dispositivos, caso possuam).
Desperdício de dinheiro público.
“Ainda que isso signifique começar a discussão pelo fim…”
Contando história pelo rabo.
Não é motor-foguete?
Rabo de foguete.
Um dia…um dia Esteves passa na frente do Doutor. Um dia.
Esqueci, também.
Parabéns pela produção da postagem. Muito boa.
Aprimorar é duro mas desenvolver meu amigo, ah, aí o bicho pega. Espero que essa equipe de técnicos opere um milagre e consiga forncecer algo funcional, poderia ser até de menor alcance, mas funcional.
Particularmente gosto da ideia de baterias costeiras equipadas com mísseis anti-navio, quem sabe não ganhe uma escala aqui com essa ideia.
Sobre exposições, podemos focar em países com mares fechados, no oriente médio 70km já tá bom demais, além disso esse míssil tem que ser barato, um Cascavel que voa, não é o melhor, mas faz o trabalho barato.
Verdade, quem faz munição mais barata tem chance de garantir mais munição e isso faz muita diferença. O caso da Ucrania mostrou a validade de uma boa artilharia de costa. E mesmo que não impeçam um ataque já tornam um desembarque muito mais perigoso.
Qual país por exemplo ia se interessar em comprar isso? Vou chamar de isso pq sinceramente é um dos projetos mais medíocres da FA , um projeto que teria sua utilidade em um contexto a 30 anos atrás, comprar essa coisa aí seria a mesmo de um país deixar de comprar um bom míssil com um alcance infinitamente maior pra comprar uma velharia dessas, pra título de comparação seria alguém se interessar em comprar um cascavel da vida. Isso só atesta a incompetência do corpo de engenharia belica brasileira. Mesmo não sendo em específico dessa área de engenharia, eu sei… Read more »
Disse Gabriel Ferraz, um ixxpexialista de primeira que com certeza sabe mais que engenheiros, técnicos, almirantes e as empresas envolvidas no projeto…
Os tais armamentos de “última geração” brasileiros são uma verdadeira e grande piada. Como entusiasta do setor militar, acompanho os projetos de armas nacionais desde 1985, na esperança de que poderíamos ter artefatos no minimo razoaveis: missil anti-tanque MSS 1.2 de 1986 e ainda na fase de protótipo, misseis piranha 1 e 2 de desempenho sofriveis, missil ar-ar A-darte de curto alcance de 5° geração projeto brasileiro-sul-africano, que o FAB invertiu uma grana preta e cadê os misseis que iriam armar os nossos Grippens, o tal do estupendo Armadillo lança-foguetes-pockets que há seis anos não sai do modelo estático de… Read more »
Parabéns ao canal pela Matéria informativa. É algo importante o míssil ter guiagem infra-vermelha e a laser, acredito que com o amadurecimento ao longos dos anos da competente engenharia mecânica brasileira o problema do alcance será amenizado.Na minha humilde opinião, creio que uma evolução natural no míssil é o dotar de um sistema de geração de energia independente conectado a um emissor de ondas eletromagnéticas que possam ser usadas como “sonar” para ajuste de guiamento do míssil após lançamento pelo computador de bordo , ajustando sua trajetória para evitar defesas antiaéreas e navais e até mesmo morte de inocentes/civis em… Read more »
Excelente o escopo de evolução do projeto, tem tudo para se tornar uma das melhores armas do arsenal da MB, pena que a evolução é lenta por conta do fluxo de capital a conta-gotas.
Possibilidades de evolução contando com alvos em terra? Turbinas e asas dobráveis? Me parece estar indo bem de encontro com o MTC. Será que no futuro, com o MTC pronto, o próximo MANSUP será mais uma “versão antinavio” do MTC do que uma evolução do projeto atual, aproveitando basicamente o seeker (melhorado, claro)? Talvez até no futuro ambos se fundam em um só produto?
Interessante também o seeker IR, laser e a possibilidade de atingir radares. Isso poderia implicar no aproveitamento do conhecimento gerado pelo MAR-1, MSS1.2 e A-Darter?
O quadro , pra mim, não é tecnicamente correto. Ogivas de fragmentação e incendiária? Ora! Um míssil antinavio porta geralmente uma ogiva semiperfurante combinada com uma espoleta de impacto/atraso, que é adequada para penetrar as placas de navios e explodir dentro e também contra vários tipos de alvos em terra. Incendiária? rssss Já quanto às opções da cabeça de busca, o que faz lá um seeker “laser”? Um míssil cruise antinavio ou contra alvos em terra geralmente atua de modo autônomo, não tendo nenhum iluminador na área que possa prover a fonte de um laser designador. A tia da cantina… Read more »
Pensei nisso mas não arrisquei para não levar paulada. Míssil incendiário?
É igual os termos adotados para os seekers. RF podia muito bem ser RA (radar ativo). RF pode dar a impressão errônea que é “antirradiação.
E IR poderia ter sido IIR, já que basicamente não há mais lugar para seekers “buscadores de calor” pura e simples e se generalizou as câmaras de formação de imagem térmica, muito mais capazes.
Os painéis militares brasileiros são horríveis. Nível de amadores. Quando eram sobre o submarino nuclear então, era de dar dó.
Uma pena.
Interessante que nos lançadores não colocaram submarinos
Submarino é uma versão adiante. Por enquanto é superfície-superfície.
Duas versões adiante pelo menos. Depois do mar-mar, vem o ar-mar, que já teve programa anunciado. Quanto a um modelo lançado de submarinos, essa área ainda é muito nova para a Marinha, os primeiros mísseis do tipo comprados (SM-39) foram agora, para a classe Riachuelo. Já a experiência com misseis antinavio lançados de navios e helicópteros já tem décadas acumuladas. Não me surpreende que versão lançada por submarinos nem apareça na tela de possibilidades de evolução. Se for pra investir em míssil lançado de submarino, acho que o mais prioritário seria uma versão do MTC 300. E isso depois da… Read more »
Acho válidas as premissas de desenvolvimento nacional dos componentes. E ainda apoio totalmente a ideia de aproveitar o que puder ser aproveitado do Exocet. Eleva o número de potenciais operadores que poderão se adaptar ao míssil “sem nenhuma dor”
Melhor coisa que ví nessa matéria ( excelente, aliás ) foi que o projeto já é feito pra ter upgrades feitos facilmente a cada 2 anos, além de ser compatível com o Exocet, um míssil com muitos utilizadores ao redor do mundo.
Esse é o tipo de coisa que abre possíveis portas no mercado internacional. Mas fiquei curioso pra saber quais seriam os países compradores em potencial.
Pois é.
Potenciais compradores. Quantas unidades/conjuntos. Preço não se conta…mas já, previsão de faturamento ou tamanho de mercado em certos países, poderiam mostrar. Quanto querem faturar com o produto?
Eu ficaria surpreso se a MB realmente comprasse o MANSUP em quantidade decente, e não a conta gotas a cada 10 anos, que dirá se ela realmente consegui-se exportá-lo….
Amadores. Esteves demitiria todos.
Pois é. Lembro de uma informação (pública) do Sipri que, na época do final da construção da Barroso, foram comprados 8 novos mísseis Exocet MM40 (que se somaram ao estoque já existente de MM40 para as classes Niterói e Inhaúma então em serviço). A Barroso tem 4 lançadores, as maquetes e ilustrações da Tamandaré também costumam mostrar só quatro (a diferença é que na Barroso não há espaço pra mais, mas na Tamandaré tem). Pela lógica de adquirir no mínimo o dobro de mísseis em relação aos lançadores instalados, pode-se chutar que o lote de Mansup para as quatro fragatas… Read more »
Dúvida.
Na montagem dos sistemas de combate, operar 4 ou 32, há diferença? O navio tem certa capacidade para fornecer energia ao CIC. Instalar mais que o previsto altera a capacidade do backbone e do troughput do CIC?
Esteves, há diferença sim, como explicitado nos comentários trocados com o Fernando XO nesta matéria. O sistema de combate deve ter canais para todos os mísseis (isso inclui os antiaéreos também) assim como o número de lançadores. Sobre 32, não me referi ao total num navio, mas a um chute sobre o total a ser encomendado para os quatro da classe Tamandaré, e mencionei o caso da Barroso, que tem dois lançadores duplos e o Sipri informa a compra de oito MM40 à época da entrega do navio. Em geral, em tempos de paz, os navios da MB operam com… Read more »
Agora entendi a conversa com o Xará. Isso obrigaria um dimensionamento expansionista da geração de energia favorecendo a tomada de decisão…de 4 para um X limite.
Gordura eletrônica. Havendo espaço físico.
Bom como observações, posso citar. 1- para quê instalar turbina no Mansup e outros sistemas de guiamento de fim de curso (Laser, IR etc), se poderíamos fazer isso no MT-300 em sua versão naval ? Não seria mais adequado usarmos a mesma plataforma do MT-300 para uma “família” de mísseis ? Deixando o Mansup cumprir seu objetivo, que foi capacitar ao país desenvolver tecnologias para esse tipo de armamento 2- A falta de integração de nossas FAAs. O giroscópio é fornecido pela MB. Ora bolas, todos sabem dos excelentes resultados da FAB no desenvolvimento e fabricação de giroscópios a fibra… Read more »
Incrível, negativaram teu lúcido comentário.
Tem gente que negativa o comentarista, por hábito, porque integra a torcida adversária.
Eu posso discordar de um monte de coisas que o Paulo Brics escreve, mas desta vez o comentário dele não tem nada de divergente daquilo que eu penso.
Enquanto não forem capazes de fornecer estimativa de faturamento…
Isso é premissa para vender qualquer produto.
— Doutor (o chefe chamava o Esteves assim), quanto o senhor vai vender?
Saliva e historinhas não colavam. Esteves tinha que sentar com o gerente da conta, o Excel, o Trade e produzir um comprometimento assinado de no máximo 2 páginas colocando o c* na reta. Números. Bons números.
Gerente de conta ou RAM existia porque havia uma conta. Lá atrás, Esteves havia transformado um prospect em uma conta.
Mimimi e Powerpoint não colam no mundo real.
Míssil incendiário. Como é que o Esteves deixou passar essa. Se o Bosco que é o Bosco não sabe o que significa…Esteves foi pesquisar.
— Sua pesquisa retornou sem resultados.
Historiadores. Esteves precisa ficar mais esperto.
Ogiva de míssil desse porte tem que ser multifuncional. Não é necessários fazer como os orcs que dizem que colocam diversos tipos de ogivas em seus poucos e mirrados mísseis. Uma ogiva tem que ser mais versátil possível (efetiva contra vários alvos), causar o mínimo de dano colateral e obedecer as normas internacionais. Estão fora por conta das normas internacionais: ogiva dispersoras de submunições/minas ogivas químicas ogivas biológicas ogivas incendiárias A ogiva mais versátil é a semiperfurante, que consiste em um composto alto explosivo envolto em uma carapaça de aço. Combinada com opções de espoleta permite que exploda no ar… Read more »
Normas. Li em algum lugar que não é toda e qualquer munição que exportamos que pode ser classificada como dentro das normas. Bombas e/ou munição incendiária e essa cabeça de guerra do MANSUP. Também recordo que essa opção seria por “golpe de sorte”. A cabeça de guerra falha e a cabeça incendiária pode iniciar um incêndio dependendo se, o estrago da abertura ocorrer no paiol ou atingir outra munição no navio inimigo. Fragmentação. Cabeca de guerra com munição fragmentada está fora das normas já que o primeiro item é ogiva dispersora de submunições. Logo…as duas cabeças de guerra estão fora… Read more »
Esteves, As munições denominadas de pré-fragmentadas (ou de alta fragmentação) não são proibidas. Elas explodem e lançam “fragmentos” , junto com os estilhaços da carapaça de aço. Isso magnifica o efeito antipessoal e antimaterial. As de “fragmentação” (ou cluster, ou em cacho, etc.) devido ao termo inglês é que são proibidas. No Brasil se adota o termo “dispersora de granadas”. Elas são proibidas porque 2 a 5 % costumam falhar e não explodem e podem ficar “vivas” por décadas e vitimarem civis muito tempo depois do fim do conflito. Por exemplo, se uma bomba lançar 200 submunições (granadas) de 4… Read more »
Grato.
Algumas duvidas sobre o MANSUP…
Ele poderia ser lançado em terra ?
Se sim com a mesma precisão e alcance ?
Por exemplo em silos “costeiros” devidamente posicionados ?
Seria útil em uma realidade de escassez de escoltas
Vide matéria.
“E vamos aos lançadores. Tanto navios quanto aeronaves e viaturas terrestres estão ilustrados na tela sobre as possibilidades futuras. Para essa variedade, é preciso ter capacidade de produzir nacionalmente os equipamentos do sistema de lançamento: os lançadores propriamente ditos, consoles, sistemas computadorizados, interfaces etc. Estes são ilustrados na tela acima…”
Tem viaturas na imagem.
Mísseis em silos são mísseis balísticos. Bastante maiores. Mas isso não tem com a MB.
Os EUA estão colocando o NSM em lançadores (inclusive autônomos)… Minha duvida é se nesse primeiro momento seria possível, coloca-lo para lançar de uma plataforma, do ASTROS por exemplo, ou será necessário alguma modificação
Aí é outro assunto.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Astros_II#Foguetes
Nelson,
Sem dúvida será possível. O MANSUP será transportado e lançado a partir de navios por um lançador fixo inclinado e não haveria problema algum em lançá-lo de lançadores terrestres móveis.
Agradeço Bosco e ao Esteves pelos esclarecimentos… De fato acho que o Brasil ganha muito com esse tipo de projeto
Em matérias anteriores do PN abordaram o engajamento compartilhado ou cooperação dos meios de combate incluindo aviões, navios, veículos terrestres e satélites.
Sim eu até lembro de algumas ilustrações e matéria sobre, mas minha duvida é se já virão preparado para isso desde sua entrega inicial ?
Now, mar-mar. Depois ar-mar. Depois submarino. Marinha é do mar.
Parabéns pelo continuo desenvolvimento deste projeto. Um dos poucos que temos real noticia no Brasil. Desmerecer esse projeto, é desmerecer a nossa própria capacidade de criar algo. Mas existe um grande problema que ainda não mostra sinal de solução. A efetiva continuidade do projeto já na fase de produção. Afinal a própria marinha fala que sem vendas externas, não há demanda. Infelizmente, não acredito numa sobrevida desse projeto. Somos uma nação que culturalmente, abandona as coisas, por ser muito trabalhosas, ou por interesses obscuros. Mas o fate é esse. Não somos uma nação séria que realmente tem um pensamento de… Read more »
“transferência de tecnologia (ToT)”
Oficiais brasileiros tem certeza que o pagador de impostos é o ser mais acrítico sobre duas pernas afinal em 2022 isso ainda é aceito com naturalidade mesmo após histórico das FFAA.
Pergunta de quem é ignorante no assunto: normal tornar esses detalhes das partes do míssel públicas? Não deveria ser algo confidencial?
Somos todos…cuidadosos.
Wagner, as informações apresentadas não são confidenciais, são bem genéricas e simples.
O que deve ser confidencial são dos detalhes dos componentes e suas reais capacidades e quantidades.
E mesmo assim, não são nada que os Grandes (EUA, Rússia, China, Europeus) já não saibam ou não tenham como estimar.
A MB decidiu por um míssil antinavio que não fosse compartilhado com o EB e com a FAB por motivos históricos?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Armada
É uma boa tese. E não precisa passar 5 anos na Inglaterra.
Não, Esteves. Já deu tempo de ficarem em paz e fazerem centenas de exercícios conjuntos e outras coisas desde então.
Eu trato da Revolta da Armada na minha Dissertação de Mestrado. Criou mais desavenças dentro da própria Marinha do que entre ela e outras forças.
Estava Está precisando reler vosso mestrado. Historicamente, a MB não é lá muito de boa com progressos progressistas preferindo tradições conservantes das instituições com suas elites. Com.
Que falta fazem os analistas.
“Porém, antes mesmo que as tropas governamentais enfrentassem as forças rebeldes, as Forças Armadas (o Exército e Marinha) depuseram o presidente Washington Luís e formaram uma junta governativa composta pelos generais Tasso Fragoso e Menna Barreto e pelo almirante Isaías Noronha. Em novembro de 1930, os militares transferiram o poder governamental para o gaúcho Getúlio Vargas, o líder político do movimento conspirador e golpista….”
Sei não. Mas não sei mesmo. Ainda procurando o inimigo interno?
Esteves,
Acho que já está desviando demais do assunto…
Mansup definitivamente não é um armamento para inimigo interno.
Da um bom spinup. Não é. Mas…
Nunão, por falar em outro assunto, você mencionou muito bem sobre o atual estágio das turbinas de tecnologia nacional, e foi bem lembrado. Seria ótimo termos um artigo atualizando a quantas andam as turbinas nacionais 🙂
Quem critica o MANSUP por causa do alcance deve viver num mundo onde o poste mija no cachorro. A aquisição militar funciona no sentido da doutrina de emprego para a compra, não da compra para a doutrina de emprego. Não faz sentido algum que a MB lance uma licitação para a compra de um míssil anti-navio hipersônico com mil quilômetros de alcance e – depois de adquirido – vá pensar em como e onde irá empregar o armamento. Quando vamos discutir sobre as especificações de um armamento, é preciso que, primeiro, se elenque quais serão as ameaças que ele –… Read more »
Bruno, O problema de se desenvolver um míssil fora dos padrões atuais é que não irá ter cliente estrangeiro interessado, se limitando às FAs brasileiras, o que é sinônimo de “quantidade reduzida”. Isso aumenta o custo de aquisição de modo exponencial. Um outro “problema” da “perna curta” do míssil diz respeito a que o navio irá operar com um helicóptero orgânico que em tese é capaz de designar alvos a mais de 200 km de distância. Tirando um enfrentamento contra uma nação ou coalizão dotada de porta-aviões e aviões AEW, que nem merece ser analisado, um míssil perna curta nos… Read more »
Tudo que apresentam gera emprego e será exportado.
As críticas referem-se ao conjunto. Isoladamente, uma ou outra crítica foi relevante e/ou insistente quanto ao alcance. A abordagem para exportação que viabilizaria todo o resto…escala, evolução, independência, continuidade, custos locais…enfim, todo o programa, é um exercício imaginativo.
A competência marinheira não foi abordada porque deveria e deve estar, bastante acima da liquidez dos comentários.
Segue o enterro.
“ Isoladamente, uma ou outra crítica foi relevante e/ou insistente quanto ao alcance.” Esteves, As criticas ao alcance do Mansup não podem ser analisadas com base apenas nos comentários desta matéria. Elas são acumuladas há anos e anos, matéria após matéria. Outros aspectos costumam ser totalmente negligenciados pois 90% das críticas são só sobre o uso do motor-foguete. O que é uma lástima porque empobrece o debate, pois as críticas ao longo de todos esses anos poderiam focar outros aspectos. Sobre exportações para viabilizar a continuidade do programa para além das entregas para a MB, o foco é em países… Read more »
Doutor, Espera um bocadinho. Aqui é um negócio, um ponto de entusiastas, um blog para curiosos, um site especializado em Defesa, um palco para debates cumprindo o desejo dos editores no desenvolvimento de uma mentalidade de Defesa no Brasil. Hoje, Esteves leu poucas críticas quanto aos 70 km. Em outras postagens Esteves leu mais. Também é verdade que persistem críticas quanto a propulsão do míssil e a essa somam-se as críticas sobre os 70 km. Troca-se a propulsão aumenta o alcance. Criticas são feitas por comparação. Não precisa ser especialista para comparar o desempenho de mísseis anti navio. O Poder… Read more »
Esteves, não viaja na maionese.
Você escreveu, em resposta a outro comentarista, que viu poucas críticas ao alcance. Eu te falei que isso foi hoje, elas são muitas, e que são tão repetitivas que obscurecem outras discussões. Só isso.
O resto, e essa bobeira sobre “do alto do doutorado” é pura viagem sua.
Sim. Umas 12, hoje. Já foram mais. Mostra que os debates estão surtindo efeito. Os debatedores estão compreendendo a situação do alcance e da propulsão.
A concentração maior, hoje, foi na idade do projeto. Quanto a repetição sobre, o texto poderia ter alertado que não é necessário.
Todo mundo que quer entender, entendeu.
Outra coisa que passou.
Quem poderia ter iluminado as imagens com as “cabeças de combate”? Quem quiser saber sobre, está na resposta dada ao Esteves. Mas não dá pra debater porque é informativa.
Bosco. Quantos Boscos existem? Esteves conhece 1 Bosco. Bosco explica; se tiver complemento, Bosco complementa.
Tira o Bosco, tira o Bosco pra ver o que fica.
É uma pena que não teremos navios para lança-los…
Um míssil com as mesmas dimensões do Exocet, com upgrade de tecnologia embarcada, com alto índice de nacionalidade e desenvolvido domesticamente. Ótimo. Arma consagrada na sua categoria e com grande chance de se tornar um sucesso de exportação para qualquer operador do Exocet, aproveitando as estruturas existentes. Não entendo as críticas. Tbm já desenvolvemos vetores com alcance de 300 a 900 km de alcance, cobrindo outro cenário. A gte não se livra do complexo de vira lata mesmo…. parabéns ao empreendimento
Isso está na tua cabeça. Sacuda…sacode, da 3 pulinhos e repete.
— Comigo ninguém pode.
Hoje não foi um bom dia para o Esteves. Apanhou da fofinha…ela não quer mais saber de treinos e apanhou do Doutor Fernando.
Ligo não. Deixo uma homenagem ao Mansup.
https://youtu.be/B_0TOCR_OIk
É isso ai Brasil. O importante é saber fazer e ter poder de fogo, independência. Aliás, vamos desenvolver um caça na faixa do T.50, M.346, Yak.130, para treinamento, ataque leve ao solo, ataque naval, etc… e aprender ainda mais. Assim como fez com o KC. 390 aproveitando alguma coisa dos E. Jets. Sugiro peguem um AMX e “quebrem a cabeça” e criem algo novo. Até como aprendizado. Precisamos. Se a Suécia entrar para a Otan, poderemos ter problemas com o Gripen. A guerra já é basicamente o emprego de mísseis de todos os tipos, drones, inteligência em tempo real (… Read more »
O mansup agora é ‘modular’. Não só sua propulsão mas tb sua guiagem e ogiva podem ser substituídos gerando assim (sub)versões do mesmo. Mas como a arquitetura em si do míssil não é modular significa que de fábrica já sairão todas as suas configurações finais. Já serão fabricados por exemplo versões com guiagem ativa e ogiva perfurante para uso anti-navio e outra com seeker laser e ogiva de fragmentação (para uso contra bases aéreas???). Um terceiro com guiagem IR (com intuito de ser menos identificável??) mas com alcance diminuto? Isso é outro conceito dos anos 70-80 onde tinha-se diferentes versões… Read more »
“ Um terceiro com guiagem IR (com intuito de ser menos identificável??) mas com alcance diminuto?” Não entendi. Por que o alcance seria menor por causa do autodiretor IR? O autodiretor é apenas para a fase terminal, nos últimos km antes do alvo. Toda a trajetória antes disso é igual ao de uma versão com autodiretor por radar ativo. “ Imagina uma Tamandaré com seus incríveis 4 mansups, digamos 2 na versão anti-navio e 2 na versão de ataque terrestre. O navio ficou mais flexível ou menos? Não dá pra trocar em alto-mar…” Se a ideia for capacidade de atacar… Read more »
Nunao, o problema como vc sabe é que o alcance do sensor IR é bastante inferior ao do radar ativo que ele está substituindo, então por mais que a fase inicial e o disparo possa ser feito a mesma distância, o tempo q levará até o míssil de fato engajar por si só o alvo vai ser superior, e embora evidentemente a velocidade dos alvos não seja elevada ela tb não é negligenciável. O que acontece se o navio se mover demasiadamente e estiver ou fora do alcance ou do ângulo que o sensor IR pode rastrear? O míssil será… Read more »
India-Mike, É bom lembrar que o NSM – de emprego tanto antinavio como contra alvos terrestres) tem sensor IR passivo, de imageamento, e seu alcance divulgado é maior que o do Mansup atual e semelhante ao que pode vir a ser um Mansup com turbina. https://www.kongsberg.com/globalassets/kongsberg-defence–aerospace/2.1.-products/defence-and-security/missile-systems/190916_missile_brochure_electronic_version.pdf Então tecnicamente não vejo óbice à possibilidade de um sensor IR em míssil desse alcance, mas lembro que essa é uma discussão de possibilidades futuras. Tanto as plausíveis e as pouco plausíveis. Fiquemos com as plausíveis. Concordo que antes de tudo é preciso desenvolver e entregar o míssil básico, mar-mar, depois versão aerolançada (e… Read more »
Realmente o NSM é um bom exemplo. É claro q ele tem tb um conjunto de outros sistemas de navegação como GPS que inclusive lhe garantem a capacidade de ataque ao solo, mas que tb nada impede que possam fazer parte de um Mansup ‘MkIII’. Muita coisa é possível, mas como vc disse essa é uma discussão do plausível. E o meu ponto começou muito mais filosófico q qq outra coisa, contra a pretensa ‘modularidade’ que aparenta ser representada nesse slide. Mas como não assisti a apresentação onde esses slides foram mostrados me falta contexto para saber exatamente como essas… Read more »
O problema é o alcance. Nenhum míssil em desenvolvimento ou desenvolvido recentemente tem um alcance tão curto. Como justificar um gasto em desenvolvimento de tecnologia já ultrapassada? O mundo entrou na era dos mísseis hipersônicos e das armas a laser. Qndo o MANSUP estiver operacional, já estaremos atrasados 50 anos.
Essa abordagem do alcance foi exaustivamente debatida. Cansativamente.
Bom dia
Acompanho a trilogia a anos mas é a primeira vez que escrevo!
Um dúvida!
Na apresentação aparece uma turbina, já existe essa turbina no Exorcet antigo, ou só no Block 3?
Bem-vindo aos comentários, Vinicius.
Só no MM40 Block 3 a turbina foi incorporada. Lembrando que na França os primeiros Block 3 eram basicamente MM40 do inventário que foram remotorizados, e só os lotes seguintes do Block 3 tiveram mais aprimoramentos para explorar outras vantagens do maior alcance conferido pela turbina, por exemplo, a maior flexibilidade de emprego.
Pois é se no novo Mansup está aparecendo com turbina na apresentação e o único míssil nacional que eu saiba que usa turbina é o MT300 que pode ter alcance de mais de 300km, porque a discussão sobre os 70km?
Desculpe mas não estou entendendo!
Porque no Mansup isso é uma possibilidade de evolução. O motor atual é foguete, que permite alcance de cerca de 70km.
Lembrando que o MTC 300 ainda não é um míssil em fase de produção, até onde sei.
Então temos tecnologia para fabricar um mansup de mais de 300km!???
A questão é não pular etapas do desenvolvimento do míssil visto que estamos fabricando tudo praticamente do zero e em alguns casos com boicote de alguns equipamentos por parte de certos países, EUA por exemplo!
Correto?
Na minha humilde opinião até agora só vi motivos para elogiar o projeto!
Não se fábrica um Tomahawk do zero da noite para o dia!kkkkkk
“Então temos tecnologia para fabricar um mansup de mais de 300km!???” O míssil é de menor porte e peso que o MTC 300, então não creio que levará combustível para esse alcance, numa eventual atualização futura com turbina no lugar do motor-foguete. A princípio, um Mansup com turbina teria alcance próximo ao do MM40 Block 3, que é da classe de 200km: https://www.mbda-systems.com/?action=force-download-attachment&attachment_id=16367 Mas pra isso precisa, antes de tudo, finalizar o míssil do jeito que está sendo desenvolvido, com motor foguete e 70km de alcance. Depois partir para a versão aerolançada. E depois para uma versão com turbina, que… Read more »
kkkkk, ri demais com as “diretas” no texto sobre os comentários.
Fuzis e punhais/facas e baionetas são usados até hoje.
Mas o problema é “uma arma da década de 80”.
Brasil não será derrotado por invasão estrangeira ou armas obsoletas…
é ridículo pensar que hoje 18/07/2022 descobrimos que o míssil esta com desenvolvimento atrasado por conta de fata de repasse para compra do combustível para os navios ….
POR CONTA DE COMBUSTIVEL !!!!!! parabéns governo federal