Novo estudo da frota da Marinha dos EUA pede 373 navios de guerra, detalhes são secretos
O PENTÁGONO – A Marinha dos EUA discretamente divulgou uma nova avaliação confidencial sobre o número de navios que o serviço precisa para cumprir suas missões ao redor do mundo ao Congresso no início deste mês. O relatório pede uma força de batalha de 373 navios – 75 a mais do que na frota atual.
Apelidado de Battle Force Ship Assessment and Requirement, o projeto de lei de autorização de defesa do ano fiscal de 2021 exigia que a Marinha gerasse o relatório e o entregasse diretamente ao Congresso.
“O relatório de Avaliação e Requisitos de Navios da Força de Batalha da Marinha (BFSAR) determinou que uma força de batalha de 373 navios é necessária para atender às demandas futuras de campanha e combate. A reportagem é sigilosa e foi submetida ao Congresso”, diz um comunicado do serviço prestado ao USNI News.
Fora do total da frota, o serviço não forneceu um resumo não classificado da estrutura de força. Em anos anteriores, a FSA incluiu um resumo não secreto das quantidades necessárias para cada tipo de navio da força de batalha da frota.
O novo relatório é o mais recente de uma longa série de revisões da estrutura de força desde 2016, já que o serviço e o grande Pentágono lutaram com a composição da futura frota.
A exigência do projeto de lei foi projetada para que o relatório contorne o Gabinete do Secretário de Defesa e vá diretamente ao Congresso, disseram várias fontes legislativas ao USNI News. O OSD (Gabinete do Secretário de Defesa) assumiu um papel mais ativo na elaboração da estrutura de força da Marinha sob o ex-secretário de Defesa Mark Esper e a liderança sênior continuou envolvida no processo de estrutura de força.
Em fevereiro, a Marinha lançou um plano de construção naval de longo alcance que estabeleceu três versões diferentes de uma força de batalha em 2052, dependendo do número de recursos alocados ao serviço. A primeira opção renderia uma força de 316 navios no ano fiscal de 2052, a segunda renderia 327 navios no ano fiscal de 2052 e a terceira renderia 367 navios.
Esses seriam apoiados por plataformas não tripuladas emergentes que ampliariam o alcance dos sensores da Marinha e aumentariam o poder de fogo além de seus navios e submarinos tripulados.
Com essas adições, a frota pode crescer para 500 cascos ou mais, disse o chefe de operações navais, almirante Mike Gilday, antes do lançamento do navio de longo alcance em comentários durante a conferência WEST 2022, co-organizada pela AFCEA e pelo U.S. Naval Institute.
A revisão mais recente segue a última revisão da Estratégia de Defesa Nacional, que refina a abordagem do Pentágono para combater a China no Pacífico e a Rússia na Europa. Grande parte dos detalhes do NDS atualizado é confidencial, com o Gabinete do Secretário de Defesa divulgando um resumo de duas páginas dos objetivos gerais.
A estrutura de força passará por mais ajustes antes que outra revisão seja lançada ainda este ano.
“Espera-se que a Marinha conclua um segundo BFSAR ainda este ano, que refletirá novo trabalho analítico, mudanças no design da força e os impactos da Estratégia Nacional de Defesa de 2022 divulgada em março na futura estrutura da força de batalha da Marinha”, diz o comunicado da U.S. Navy.
FONTE: USNI News
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Esses 373 seriam navios classificados como “grandes combatentes” não? algo como Fragatas, Destroyers, Porta Aviões, Submarinos e etc correto?
Nesse total se de fato será alcançado como no total atual 299, estarão/estão incluídos os
numerosos navios logísticos e de apoio que são tripulados por civis complementados por um destacamento militar na maioria dos casos que operam diretamente com a chamada Força de Batalha enquanto navios que operam indiretamente como navios oceanográficos
não são incluídos.
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Pelas normas históricas apenas navios de 1000 toneladas para cima são incluídos mas
estuda-se a possibilidade de alterar esse padrão a medida que navios e submarinos
não tripulados pequenos sejam incorporados.
Querem combater a China,mas estão se borrando do medo das armas hipersônicas.
Nas últimas duas décadas a USN parecia estar meio perdida no que queria para o futuro. Talvez agora que decidiram focar na China eles finalmente consigam montar e seguir um plano coerente.
Com uma missão clara é muito mais fácil seguir um planejamento mais coerente, de fato.
Os EUA realmente vinham fazendo uma c@gada atras da outra por anos, e muito disso se deve ao fato de que a anos, não havia um oponente a altura, então podiam se dar ao luxo de fazer muita besteira, por que ainda assim teriam uma força e principalmente uma Marinha bem acima das demais… Mas os tempos agora são outros, a China se tornou uma ameaça real e os EUA sabem disso, e já se notam mudanças bruscas de atitudes, As Fragatas Constellations por exemplo: Pegaram um projeto dos melhores e colocaram os melhores radares e sistemas e armaram ela… Read more »
Nelson, me lembra bastante o cenário durante a WWII, e vai até uma pergunta sobre isso pois tenho bastante dúvida.
A quantidade de meios navais durante aquela guerra era absurda, tanto que existe diversos registros em fotos mostrando imensas formações seja em patrulha nos mares ou em assaltos Anfíbios, gostaria de saber de vocês se a indústria hoje em tempos de paz porém com uma possibilidade de guerra em vista teria fôlego para construir tantos meios em tão pouco tempo.
Havia uma quantidade enorme de estaleiros muitos dos quais foram adaptados para construção de pequenos combatentes de superfície, navios e embarcações anfíbias e navios auxiliares além do mais navios e aeronaves eram relativamente
baratos quando comparados aos de hoje.
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Então os estaleiros acabaram sendo gradualmente fechados restando apenas um punhado onde há apenas um capaz de construir NAes e fazer a modernização de meia vida dos mesmos, outro capaz de construir os grandes navios de assalto anfíbio, dois que constroem os “Arleigh Burkes” e assim por diante então não há
como aumentar significativamente a construção.
Dalton, você acredita que a tecnologia pode substituir essa quantidade por qualidade atualmente ?
Penso que hoje se usa a premissa do combate em longevidade, se detecta um navio a milhas de distância e se executa um lançamento na mesma proporção, até mesmo os assaltos Anfíbios estão diferentes em pouca quantidade de soldados, uso de artilharia em demasiado para aí sim a projeção de terra, porém os meios ficam a milhas de distância.
Não me parece haver outra solução André, pois não dá para se ter qualidade e quantidade significativa ao mesmo tempo por conta dos enormes custos de aquisição e manutenção. . Os chineses ainda não sabem e talvez nunca precisem saber, por conta das necessidades futuras a dor de cabeça e custos de se ter por exemplo 11 enormes NAes nucleares, 9 Alas Aéreas, centenas de aeronaves extras para reposição e treinamento daí comparações serem difíceis pois necessidades podem ser diferentes também. . Dizem que Stalin cunhou a frase, “quantidade tem sua própria qualidade” se foi ele ou não, o que… Read more »
Repare também que que essa noção que temos das grandes frotas da Segunda Guerra levam em conta já uma mobilização completa do parque industrial americano. Em 1939 a USN tinha 15 Encouraçados, 5 porta-aviões, 18 cruzadores pesados e 19 cruzadores leves. Repare que não são números muito diferentes de hoje em dia e, se considerarmos a capacidade ofensiva de navios atuais, nem se comparam (compare um Encouraçado da época com um Submarino da classe Ohio, por exemplo. Ou mesmo um Porta-aviões da época com um atual…). E já em 39 nós falamos de uma USN em franca “corrida armamentista” com… Read more »
Perfeito a abordagem Dalton e Luiz Blower, me esclareceu bastante.
Eu penso que tudo é uma questão de necessidade… Os navios de hoje são muito mais tecnológicos e possui muitos sistemas que nem se sonhava na época, ou seja os navios na época eram muito mais simples de construir… Porém a tenologia de construção também melhorou significativamente, por exemplo hoje você consegue cortar uma chapa de aço com laser com precisão incrível em segundos… então eu vejo isso como uma questão de “demanda” se os EUA se virem em uma guerra com um oponente como a China, com certeza colocariam muitos outros estaleiros a disposição e com tecnologia de ponta… Read more »
E pensar que já tiveram 500 navios durante a Guerra Fria… Antes de mais nada, devemos agradecer à Vladimir Putin por enriquecer os três blogs de defesa com narrativas fantásticas e divertidas todos os dias. Antes de 24.02 as notícias eram tediosas, muita notícia da MB, uma baixa aqui outra ali, seja de que marinha, exército ou força aérea que fosse. Até os comentários eram por demais polidos, ao invés das torcidas organizadas de agora. Então, Putin fez abrir a torneira e aí a razão dá passagem ao delírio. E já começa bem: aumentar a frota americana, passando das previsões… Read more »
Arthur, os russos também estão tendo que lidar com o envelhecimento de seus navios uma das medidas sendo estender a vida dos “Udaloys I” da década de 1980 já que não estão construindo grandes combatentes de superfície e com o engavetamento dos planos de construção de navios ainda maiores há planos para uma fragata de tamanho aumentado
da classe Almirante Gorshkov, mas, isso levará anos ainda.
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A espinha dorsal da marinha russa é formada por pequenos combatentes de superfície
das décadas de 1980 e 1990.
Que sonhem!
Querer não é poder.
Só quem está com ‘bala na agulha’ para isso atualmente é a China.
PARABÉNS! ótima análise. Os EUA são o país mais individado… eles ainda tem mentalidade da onda de crescimento da dec. de 90… só isso ingênuo ou tendencioso aposta neste país falido!
Não tem como competir com a China não, a não ser que mudanças estruturais sejam feitas. Trabalhador Americano cumpre horário, mas é conversador, se comunica mal com os superiores, e tem a cultura de chutar um emprego por ser fácil obter outro. Os Engenheiros Brasileiros são melhores de serviço que os de lá, pois dão mais o sangue. Os orientais tem cultura de colméia e vivem pro trabalho, mas não são criativos e são cabeça dura. Única opção é enxugar os direitos trabalhistas e poder empregar engenheiros de outros países livremente, pra catapultar esses projetos. E soldadores, técnicos, escaladores, desenhistas,… Read more »
Está faltando dinheiro, larjan, cascalho para todos.
E com os EUA não é diferente.
E a tendência é piorar bastante.
Tirando a China que mantém um saudável orçamento, o resto do Mundo anda claudicando.
Principalmente Europa e EUA.
Só uma pergunta: A China dá informações fiáveis de seu orçamento?
Desculpa é que sou maluco mas não sou burro.
Números, números… o que me deixa chateado é que em plena era da great power competition tem quem pense em retornar às CoIn (operações de contrainsurgência) do período anterior, só que algo ajustadas. Vai ser o inferno na Terra. Bem, tem quem diga, e não de ontem, que o mundo todo está sob a pressão de uma enorme CoIn (econômica e política ainda mais que militar) só que sem nenhuma insurgência. Absurdo atroz que acompanha a longa marcha da vaca pro brejo.
Isso sim é uma Marinha que dá orgulho de se ver. Quanto poder fogo !
Independente de gostar ou não dos EUA, não tem como admirar uma força dessa.
Se tivermos 1% do poder de combate deles já é muito.
no mínimo deve vir mais 1 novo porta aviões do gerald ford, para 12 futuros não os 11 atuais, sendo 3 destacados para o indo-pacifico serão suficientes para dissuadir?