Revista Naval com navios da Marinha do Brasil e de Marinhas estrangeiras no Rio de Janeiro
O evento faz parte das comemorações pelo Bicentenário da Independência e da Esquadra brasileira
Assim como a Parada Naval e Aeronaval, que aconteceu no dia 7 de setembro na orla da cidade do Rio de Janeiro (RJ), a Revista Naval, realizada hoje (10), também é um evento tradicional. Ela enriquece e estreita os laços de amizade entre a Marinha do Brasil (MB) e as Marinhas amigas participantes, trazendo um significado muito importante nas comemorações pelos 200 anos da Independência do Brasil e 200 anos da Esquadra Brasileira.
Sobre os eventos comemorativos, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos ressaltou ontem, em seu discurso para os Comandantes das Marinhas amigas, que “a partir de seu batismo de fogo, na Guerra da Independência, a Marinha do Brasil atuou decisivamente em diversos episódios ao longo desses 200 anos de história, cujo legado é uma Nação livre, soberana e unida em uma só língua e uma mesma cultura”.
O Comandante da Marinha destacou, ainda, que o Brasil não possui questões contenciosas com seus vizinhos ou com qualquer outra nação do mundo, que zela pela defesa da paz, pela autodeterminação dos povos, pela igualdade entre os Estados e pela solução pacífica de conflitos, sendo estes alguns dos princípios fundamentais consagrados em nossa Constituição. “É esta Nação que testemunha neste momento o encontro de diversas marinhas e guardas costeiras das mais variadas regiões do mundo. Hoje, mais do que nunca, podemos vivenciar esse confortante sentimento de amizade e união que me fazem ter, ainda mais, fé no potencial das nossas Marinhas como instrumentos de promoção da cooperação entre as nações, em prol da paz, da segurança e da prosperidade de todos”, concluiu.
Revista Naval
Vinte e três navios participaram da Revista Naval, na Baía de Guanabara, sendo onze brasileiros e doze estrangeiros. Os navios, alinhados em formatura de duas colunas, foram passados em revista pelo Presidente da República, que estava embarcado no Navio-Patrulha Oceânico “Apa”. Seguindo uma tradição naval, as tripulações dos navios fizeram sete “vivas” ao Presidente, que consistem em uma forma de continência e saudação à autoridade que se aproxima dos navios. Além disso, três caças AF-1 e uma aeronave UH-15 “Super Cougar” com a bandeira nacional sobrevoaram a formatura. Ao final, houve uma salva de 21 tiros.
“Este evento tem especial importância, pois remonta aspectos históricos e patrióticos para a sociedade brasileira, além de estreitar os laços que unem as Marinhas. Em 1922, por ocasião das celebrações dos 100 anos da Independência, ocorreu a Revista Naval que contou com navios das Marinhas da Argentina, Estados Unidos, Japão, Portugal e do Reino Unido”, disse o Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante André Luiz Andrade Felix.
Na coletiva à Imprensa realizada hoje, o Comandante da Marinha destacou que “esse evento demonstra o bom relacionamento e a importância que o Brasil possui perante as outras nações do mundo. E a Marinha do Brasil tem um papel muito importante nessa diplomacia, chamada de diplomacia naval”. Sobre a Revista Naval, ele explicou que “é um ato de deferência dos navios amigos para uma autoridade importante de um País. Em geral se faz isso para o Presidente da República. Em 1922, por exemplo, o Presidente Epitácio Pessoa esteve a bordo do Cruzador ‘Barroso’”.
Além do Navio-Patrulha Oceânico “Apa”, dos três caças AF-1 e da aeronave UH-15, os navios e meios da MB que participaram da Revista Naval foram: Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”; Navio-Doca Multipropósito “Bahia”; Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”; Navio-Veleiro “Cisne Branco”; Fragata “Liberal”; Fragata “União”; Navio Hidroceanográfico “Cruzeiro do Sul”; Navio Oceanográfico “Antares”; Navio-Patrulha “Maracanã”; e Submarino “Riachuelo”.
Já os navios das Marinhas amigas que participaram foram: Navio-Patrulha Oceânico Polivalente ARA “Piedrabuena” e ARA “Libertad”, da Marinha Argentina; Navios-Patrulha (CNS) “Le Ntem” e “Lasanaga”, da Marinha de Camarões; Fragata FF-19 “Almirante Williams”, da Marinha do Chile; Navio de Transporte Anfíbio USS “Mesa Verde” LPD-19 (Classe San Antonio) e Navio Destroyer USS “Lassen”, da Marinha dos Estados Unidos; Navio-Patrulha Oceânico HMS “Forth”, da Marinha Real Britânica; Navio Multipropósito ARM “Libertador”, da Marinha do México; Navio Multipropósito “Elephant”, da Marinha da Namíbia; Navio-Escola da Armada Portuguesa N.R.P. “Sagres”; e Navio de Salvamento e Pesquisa “Vanguardia”, da Marinha do Uruguai.
UNITAS LXIII
O Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Arthur Fernando Bettega Corrêa afirmou que, após a Revista Naval, os navios já se deslocarão para a fase de mar para a realização da operação UNITAS, que tem duas fases. “A fase de porto se encerrou ontem e agora iniciaremos a fase de mar, que ocorrerá por cerca de dez dias com adestramentos de operações navais, segurança marítima, busca e salvamento, entre outros, promovendo a interoperabilidade entre todas as marinhas que estão participando”.
Sobre a UNITAS, o Secretário da Marinha dos Estados Unidos, Carlos Del Toro destacou, durante a cerimônia de abertura realizada ontem, que é um privilégio ver as fortes parcerias entre as nações participantes do exercício. “Nossos marinheiros e fuzileiros navais têm orgulho de servir com homens e mulheres que vestem as roupas de suas nações. Estamos comprometidos em ficar lado a lado para defender rotas marítimas, proteger nossos territórios soberanos e impedir possíveis agressões”.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Este exercício mostrou o quanto estamos defasados!
Ainda utilizamos o velhíssimo A-4 Skyhawk,aposentado pelos EUA em 1998!
Aproveitando, um pensamento meu que gostaria de saber a opinião de vocês: o Brasil nem tão cedo terá outro Porta Aviões. O que vocês acham de, ao invés de aeronaves que não tem onde embarcar, o Brasil investisse em defesa baseada em terra? Teriam os problemas logísticos, óbvio, a MB só tem uma base aeronaval, etc.
Ontem tomei café da manhã no meu intervalo admirando as belonaves na Baía de Guanabara. Alguns aí poderiam ficar, como o USS Mesa Verde, o USS Lassen e o HMS Forth (Classe River 2) , que é o irmão mais novo da Classe Amazonas (River 1).
Fiquei surpreso positivamente com a silhueta do ARA Piedrabuena (Gowind) ao longe. Me pareceu menos esquisito do que julguei por fotos!
Vi todos esses navios quando da decolagem da ANV no Santos Dumont sábado pela manhã.
Pena que não tava na janela pra poder tirar fotos e enviar aí pra vcs no blog.😫
Obs: recebi alta hospitalar e já tô em casa com a família 👍
Saúde!
Que bom que tudo correu bem com seu PMG, Burgos! boa recuperação! abs
Valeu Galante !!! TMJ !!!
Forte abraço!!!👍
“A resistência baiana decidiu a unidade nacional”, acrescenta o historiador Tobias Monteiro.
Viva a Marinha do Brasil.
Como esta a regata internacional da nossa independencia
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