UNITAS LXIII: Força-Tarefa Anfíbia Multinacional desembarca em Itaoca (ES)
Treinamento reforçou capacidades de militares de mais de dez países
Como parte da UNITAS 2022, foi realizada no dia 16 de setembro, uma Operação Anfíbia multinacional em Itaoca (ES). A Operação contou com uma simulação de resgate de cidadãos ameaçados do litoral de um país em conflito, por meio de uma incursão anfíbia, realizada por navios e aeronaves da Esquadra e da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE). Na edição anterior, realizada no Brasil em 2019, o desembarque de tropas foi feito na Ilha da Marambaia (RJ).
A Operação Anfíbia é uma operação naval por meio da qual uma Força de Desembarque é lançada do mar, a partir de navios militares, sobre uma região litorânea para cumprir diversos tipos de missões. Uma operação desse tipo também pode ser empregada em tempos de paz para, por exemplo, apoiar uma população que esteja ilhada por ter sido atingida por uma catástrofe da natureza.
Hoje, foram desembarcados mais de mil militares da Marinha do Brasil (MB) e de mais onze países. Previamente, equipes de operações especiais foram deixadas em pontos estratégicos. Da praia, puderam ser vistos veículos de assalto anfíbio e embarcações de aterragem, que se lançaram em terra para desembarcar Fuzileiros Navais brasileiros, dos Estados Unidos, Colômbia, Equador, França, Jamaica, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Dividida em fases, a UNITAS é o exercício marítimo multinacional mais antigo em atividade. Na UNITAS 2022, há representantes de 19 marinhas, um número maior que outras edições e que contou ainda com marinhas dos continentes europeu, africano e asiático. É organizada anualmente pelos norte-americanos e, nesta edição, tem o Brasil como coordenador e país-sede. Na fase de mar, as Operações anfíbias têm como objetivo a coordenação dos esforços da Força Naval com as tropas de Fuzileiros Navais, buscando-se reforçar a capacidade de cumprir, por exemplo, operações reais de ajuda humanitária e de remediação de desastres.
Como reforça o Contra-Almirante Marcelo Menezes Cardoso, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa, “na UNITAS, esse objetivo tem uma dimensão ainda maior, quando consideramos a oportunidade de consolidar essa coordenação com outras marinhas.”
Nesta Operação, todo o comando das tropas foi centralizado pelos Fuzileiros Navais brasileiros, mais precisamente pelo Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) Luís Felippe Valentini da Silva, Comandante da Tropa de Desembarque. Ele deteve, inclusive, o controle operativo sobre as tropas dos Fuzileiros Navais dos EUA. Essa novidade contrapõe-se à organização de anos anteriores, em que as estruturas de comando e controle foram paralelas.
Para o Capitão de Mar e Guerra Valentini, exercícios como a UNITAS são uma excelente oportunidade de aumentar a interoperabilidade – capacidade de trabalhar em conjunto – entre as forças. “Desde a fase de porto, tivemos a chance de trabalhar e desenvolver juntos as ações que foram utilizadas agora. Nesse período, estreitamos nosso relacionamento, entendemos e reforçamos os procedimentos de outros países, para que assim pudéssemos utilizar capacidades complementares para constituir uma força de desembarque”, destaca.
No mar, na terra e no ar
Do mar, todos os Fuzileiros Navais e seus equipamentos desembarcaram de cinco navios da Marinha do Brasil: o Capitânia da Esquadra brasileira, o Navio Aeródromo Multipropósito “Atlântico”; o Navio Desembarque Multipropósito “Bahia” e o Navio Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”, da MB; o Navio Transporte Anfíbio “Mesa Verde”, da Marinha dos EUA; e o Navio Multipropósito “Libertador”, da Marinha do México.
De terra, foi possível observar o desdobramento de uma Força de Desembarque com os seus sistemas de combate, de apoio de fogo, logísticos e de comunicações. Foram empregados os Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf) e os veículos blindados sobre rodas “PIRANHA”, além das novas viaturas UNIMOG, recém-adquiridas pela MB.
Também estavam posicionadas na área do exercício, uma bateria de lançadores múltiplos de foguetes ASTROS, de fabricação nacional, e uma Unidade Avançada de Trauma (UAT), dotada de recursos de telemedicina, que é capaz de prover atendimento médico aos militares em combate. Do ar, foram empregadas aeronaves da MB, como a de interceptação e ataque AF-1 “Skyhawk” e o helicóptero de emprego geral UH-15 “Super Cougar”, além de aeronaves estadunidenses (helicópteros UH-1Y Venom e o AH-1Z Viper) e do México (helicóptero Mi-17).
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Queria mesmo todas as fotos dos navios participantes, não encontro em canto nenhum. Da mesma forma do exercício.
Nossa força fuzileiros precisa de cobertura aerea embarcada no NA Atlântico, helis de ataque como os empregados pelos EUA neste exercício.
Pra usar aonde? Onde faremos uma operação anfíbia? Temos que parar de querer copiar capacidades estrangeiras que são desnecessárias para nós.
O CFN deveria ter metade dos homens que tem hoje, e não há necessidade alguma de artilharia e carros de combate; os recursos economizados com isto sobrariam para atividades mais importantes e essenciais para a armada.
Venho falando isso a anos… mas eles tem um verdadeiro fetiche por Marines/fuzileiros, os soldados que desembarcam em lanchas e tomam a coisa toda, os “badass” , esse fetiche cega a razão, não adianta perder tempo explicando. O Porta aviões tbm tem esse tipo de fãs embora em bem menos quantidade.
E vc desembarcaria como?
Eu combateria os que querem desembarcar aqui.
Depois de tomada uma área, vc precisa de uma força de desembarco para recuperá-la.
A MB tem obsessão em copiar tudo da US Navy.
Melhor que copiar FAs de Cuba e Venezuela.
O Corpo de Fuzileiros Navais tem muita importância sim para qualquer tipo de incursão dentro de um conflito, porém hoje a doutrina usada pelo país para com o CFM não é expedicionária na prática, justamente pelo contexto de ofensividade que o país tem como virtude nas 3 forças isso não é culpa do CFN, você deve ser mais um daquele que acha que Marinha tem que se restringir ao mar, FAB no ar e EB na terra, acorda irmão isso não é Power ranger não é assunto de defesa, fora que diversos países tem seus Fuzileiros.
ADSUMUS!!!
Não é nada disso. O que vemos e não concordamos é essa necessidade de ter um corpo expedicionário. Essa incrível necessidade de ter capacidade ofensiva e de projeção de poder. Entendo que as Forças Armadas tem como função a defesa do território e do povo nacional.
Carlos concordo com você, a virtude da força tem que está de acordo com o planejamento real do que o país tem como doutrina no momento, porém infelizmente vemos nos comentários aí em cima foi até por isso que eu escrevi o outro comentário, vemos uma tentativa de denegrir a força como se a mesma não tivesse um papel importante nas Forças Armadas, sendo que o CFN não se restringe a tomada de cabeças de praia, o CFN tem papel crucial nos nossos rios da Amazônia e também do Pantanal, além de ser uma força de pronto emprego com alto… Read more »
Concordo plenamente. Também não vejo como obrigatória essa imensa necessidade de projeção.
Então meu amigo. Se durante um conflito, o inimigo toma um área costeira do Brasil, vc retoma com o que?
Retoma atacando aos poucos pelo INTERIOR tentando empurrar o invasor para o mar novamente. O resto é delírio de fanboy, não consigo acreditar que tenha que explicar uma situação tão óbvia pra pessoas, em tese, esclarecidas sobre o tema defesa.
Qual inimigo? Em qual ocasião alguém expulsou uma força desembarcada com outro desembarque?
O quê você escreveu não faz o menor sentido.
Pra fazer o que com essa porcariada toda num cenário onde o Brasil é INVADIDO ??! Vamos desembarcar tropas anfíbias aqui mesmo ? ? !
Meu sonho também seria as Forças Armadas com helicópteros de ataque de respeito, más ponderei e vi a quantidade de helicópteros derrubados na Ucrâni…, muitas coisas novas acontecendo nos conflitos, talvez seja realmente a hora de fazermos perguntas a respeito de doutrinas, acho que as Forças Armadas do mundo inteiro foram pegas de surpresa, com todas essas novas doutrinas…: drones, mísseis portáteis e etc…, acho que às forças armadas devem estar também querendo atualizar as suas doutrinas, com maior uso de mísseis portáteis e drones…, deve ter estudos já nas 3 forças, quanto o uso atual de tanques e helicópteros… Read more »
As “EDVMs” costumavam ter o indicativo no costado juntamente com a sigla mas enquanto esta permanece o indicativo passou para a casa do leme, deve ser algo recente.
.
A “EDVM” é uma versão melhorada das LCMs de último modelo da II Guerra e ainda tenho uma na escala 1:48 de plástico em um diorama simulando desembarque na Normandia
bons tempos !
Em minha modesta opinião a MB/CFN perderam uma grande oportunidade de se adquirir os AH-1 Cobras oferecidos ao EB.
Poderia ser adquirido todas as células oferecidas , criando assim dois esquadrões, um baseado no Atlântico e outro no Bahia.
Por isso mesmo defendo a desvinculação do CFN da MB, se tornando força autônoma como nós estados unidos, com dotação orçamentária, doutrina etc próprios.
deus do çéu…
Porquê???
O CFN não deveria ter mais que 3 ou 4 batalhões de infantaria, não faz o menor sentido gastar rios de dinheiro para ter uma força anfíbia gigantesca que nunca será empregada para a missão fim.
E quem disse que eu falei que ele tem que ter força gigantesca ?
Só falei que em minha modesta opinião, acho que o CFN tem que ser força autônoma.
Quanto ao tamanho dela, concordo que ela precisa ser enxuta e profissional.
Nos EUA, não é bem autônoma.
O USMC, a USNavy e a USCG são subordinados ao Secretário da Marinha.
O USMC é uma força independente desde a WWII, com doutrina, dotação orçamentária etc próprios. Sendo que lá eles consideram ter 4 forças militares. Porém concordo que há grandes diferenças entre Brasil e E.U.A, lá eles possuem grande integração entre todas as suas forças militares, um MD realmente funcional e uma longuíssima experiência em combates, levando a uma administração de forças militares mais eficaz e eficiente. Diferente daqui, que mal mal as forças se intendem, não há integração, nosso MD é mais simbólico do que tudo, não temos experiência alguma em combates modernos (e pelo amor de deus, treino e… Read more »
Não, Foxtrot, não é…..
Muito deles é em comum com a USNavy. Inclusive, como escrevi, são de responsabilidade do Secretário da Marinha, ou seja, como vc expôs, no nível Operacional são independentes, mas no nível Estratégico não são.
Em última instância, não assumem um TO.
No mais, seus intendimentos são por sua conta.
“No mais, seus intendimentos são por sua conta.”
Pois é, mas é exatamente isso que quero dizer.
Talvez tenha me confundido , mas a intenção é que o CFN tenha autonomia na aquisição de equipamentos, doutrina, treinamento etc.
Prezado, a USCG é subordinada ao Homeland Security… abraço.
Perfeito, camarada
Obrigado!
Se tivessem sido adquiridos, seriam BASEADOS em São Pedro Aldeia. E, caso necessário, EMBARCADOS nesses dois navios. Assim como os demais Esquadrões da ForAerNav.
Que seja, mas deveriam ter sido adquiquidos.
Assim como acho que a FAB deveria transferir os MI-35 para o EB (apesar que o ideal mesmo seria os MI-28 Havok).
Vc devia ter parado na parte de basear esquadrões nós navios… Mais heli russo Sério?
Cara você sabe ler ? Ou se faz de desentendido mesmo ? Helicópteros do USMC fica baseados em terra, porém são utilizados onde quando em operação e ou ação de emprego real ? Sim, os helicópteros russos são bons e eficazes e utilizados mundo a fora com eficácia, só aqui no Brasil é que somos incapazes e incompetentes em utilizá-los e mantê-los. Aí deve-se saber o porquê, porque somos incompetentes mesmo ou porque temos que atender interesses alheios aos nossos. Esse papinho da FAB Dee que “Russos não transferem tecnologias, suporte russo é diferente do ocidente ” não cola, ao… Read more »
Péssimo serviço pós venda dos russos e um pesadelo de manutenção para qualquer um, mas nós é que somos “incapazes e incompetentes”.
Explica isso para China, Índia, E.A.U, Países da África e quase metade do globo que utiliza equipamentos Russos.
Mas realmente o Brasil dever ser a “regra que confirma a excessão”.
Algumas perguntas, quantos vezes você negociou com os Russos? Quais equipamentos deles você comprou e operou ? Te negaram suporte logístico ? Ou só está repetindo o que implantaram em sua cabeça ? É só mais “gado” do rebanho ?
Me explica aí, quais suas qualificações para dar com tanta afirmação tal depoimento?
Ele disse “Cobra” não Sabres.
Pois é, ele não sabe ler.
Eu deveria ter uma Ferrari, mas tenho uma Captur…
Será que não tem ?
Eis a questão !
Precisa conhecer um pouco mais o funcionamento interno interno das FFAA antes de criticar. Já percebi nos seus comentários que não conhece quase nada.
A crítica construtiva é salutar para qualquer ramo que deseja melhorar.
Porém ao que parece, esse não é o caso de nossas FAAs.
Elas devem estar atendendo muito bem as necessidades de um número diminuto.
Então para que mexer em time que está ganhando ?
Porém espero que nunca entremos em guerra com alguma nação um pouco mais capaz, pois será triste, horrível e vergonhoso (adivinha para que lado).
Amigo, existe uma série de dificuldades em migrar de equipamento padrão OTAN (que é o que habitualmente se usa na região) ao padrão Russo ou Chino. A começar pela doutrina de trabalho, equipamentos de aferição etc. Tudo isto demanda dinheiro e principalmente, temo e treinamento.
Concordo, porém vim com desculpa mal lavada como as que a FAB dão é de amargar.
É insultar a inteligência de quem tem senso crítico e pensa por si só.
Vir, não “vim”. Pra criticar também tem que saber português.
Cada vez mais fico impressionado com o despreparo de nossos oficiais, e você tem me confirmado isso a cada debate nosso (se é que é oficial mesmo).
Como muitos aqui no fórum, na falta de argumentos técnicos críveis partimos para coisas sem noção.
Realmente estamos lascados no Brasil !
Saber o português é o básico. Não, não sou Coronel Aviador. Comprei o diploma pelo Mercado Livre.
x2
Não sei se o Bahia comporta um esquadrão de Cobra.
É bom treinar esse tipo de ação, porque pode acontecer de termos que participar de missões assim mundo fora, MAS, só de vez em quando.
Motivo: a chance de isso ocorrer (Brasil agir fora em ataque à outro país) é quase zero. E a realidade é que, é muito provável que em futuro tenhamos outros desembarcando assim por aqui, do nós desembarcando assim fora.
O foco principal, e quase que total, nesse tipo de teatro de ação deve ser como se defender disso aí.
Brasil agir fora em outro país não é quase zero, é ZERO mesmo!!
A nao ser que tu mude a constituição.
Primeiro: cá entre nós, se tem uma coisa que não vem sendo respeitada nesse país é a tal da Constituição; seja pela não garantia de direitos básicos nela expressos, ou pelos desmandos que vem sendo feito por certos ministros com decisões para lá de tendenciosas.
Segundo: essa questão de não agir fora é subjetiva, pois, se essa ação fora for interpretada como uma ação de defesa, pode ser feita sem problemas. E outra, se por força maior as Forças Armadas resolverem agir fora, quem irá impedir? Um pedaço de papel entregue por um Oficial de Justiça? kkkkkkkk
É por aí…
Se quiser agir, ok. So nao sei como haha
No nosso entorno estratégico, temos muitos brasileiros e empresas. Não só nele.
Não foi uma nem duas vezes onde já quase tivemos de tirá-los da África.
Hj, infelizmente, dependendo do caso, teremos de fazer combinadamente.
O exercício foi muito bom por isso.
É possível também, o emprego assim em caso de desastre natural. Termos de ajudar brasileiros e não brasileiros em cenário de caos, inclusive de segurança.
Não há nada na Constituição q proíba isso, muito pelo contrário.
Sds
Bah, de novo essa teoria furada