O submarino da Armada Colombiana ARC Tayrona participou do Diesel-Electric Submarine Initiative (DESI) 2022, um exercício multinacional de guerra antissubmarino com nações parceiras regionais, na costa leste dos Estados Unidos, informou a Armada Colombiana no final de agosto. O submarino da classe 209, construído no estaleiro Kiel, na Alemanha, partiu de Cartagena, na Colômbia, até a Estação Naval de Mayport, na Flórida, para participar da 12ª versão do exercício.

Durante 72 dias, o ARC Tayrona e seus 43 tripulantes interagiram com unidades de guerra naval do Brasil, Itália e Estados Unidos em um exercício destinado a treinar tripulações, trocar experiências e testar capacidades de guerra antissubmarino entre submarinos de propulsão nuclear e submarinos diesel-elétricos. O DESI é uma iniciativa que começou com o U.S. Fleet Forces Command em 2001. A Colômbia participou do exercício desde 2004, informou a Armada Colombiana.

Nesta ocasião, os marinheiros colombianos testaram suas capacidades operacionais por meio de manobras evasivas, corrida silenciosa e operações especiais. Pela primeira vez, os participantes realizaram um exercício de evacuação aeromédica para fortalecer as habilidades de resgate das tripulações.

“[Participar desse tipo de exercício] é de extrema importância para a Colômbia, pois através da operação DESI a interoperabilidade entre ambas as marinhas [Colômbia e EUA] é fortalecida, contribuindo para o entendimento mútuo [e] padronização de procedimentos e protocolos da OTAN”, disse à Diálogo o vice-almirante Juan Ricardo Rozo Obregón, comandante da Força Naval do Caribe da Armada Colombiana. “O treinamento das tripulações participantes em doutrina e tática de guerra submarina e antissubmarina também é fortalecido.”

A unidade colombiana treinou com unidades importantes das marinhas participantes, entre elas: o porta-aviões USS George H.W. Bush, o submarino nuclear USS Oregon, o destróier ITS Caio Duilio, da Marinha Italiana, e o submarino Tikuna, da Marinha do Brasil. As tripulações também realizaram Exercícios de Treinamento de Unidades Compostas (COMPTUEX), cuja missão era localizar, neutralizar e derrotar as forças submarinas hostis que representavam uma ameaça, disse a Armada Colombiana.

O ARC Tayrona também treinou em manobras para detectar ativos inimigos com a participação da aeronave de patrulha marítima multimissão P-8, e em busca, rastreamento e detecção de unidades submarinas.

“A operação DESI é realizada como parte dos acordos de cooperação binacionais dos governos que, por meio de suas respectivas marinhas, se traduz em operações de treinamento internacional do mesmo nível das operações UNITAS, PANAMAX e RIMPAC”, disse o vice-almirante Rozo. “O programa [DESI] aumentou o nível de treinamento de oficiais de tripulação de submarinos e suboficiais, na condução de exercícios que são feitos com os grupos de batalha dos porta-aviões participantes, unidades de superfície, submarinos e aeronaves com capacidade antissubmarino, bem como o treinamento que é feito em terra na Base Naval Submarina Kings Bay [Geórgia] em simuladores para controle de danos, controle de fogo e realidade virtual da ponte de comando e uso do periscópio.”

FONTE: Diálogo Américas

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Dalton

Houve especulação de que o “Tayrona” e o “Pijao” incorporados em 1975 portanto entre os mais antigos submarinos em operação poderiam vir a ser ser substituídos pelos dois submarinos brasileiros colocados na reserva, “Tapajó” e “Timbira” embora se desse como mais provável a compra pelo Peru, mas, no fim, nada de concreto aconteceu. . A marinha colombiana além dos 2 antigos “209” conta com 2 “206” costeiros adquiridos de segunda mão da Alemanha alguns anos trás pouco mais jovens que substituíram os 2 “submarinos de bolso” mantendo-se os mesmos nomes e embora haja intenção de substituir todos os 4 submarinos… Read more »

Fernando Vieira

Seria uma boa hora para o pessoal da ICN mandar um vendedor pra Colômbia e fazer uma oferta de uns S-BR para eles. Um lote de quatro subs manteria aquele estaleiro e o pessoal ocupado por mais alguns anos…