Japão realiza ‘International Fleet Review’ em meio a preocupações com a Coreia do Norte

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A BORDO DO IZUMO, Baía de Sagami, Japão, (Kyodo) — A Força Marítima de Autodefesa do Japão realizou uma “International Fleet Review” no domingo (6/11), após a Coreia do Norte disparar mísseis balísticos em um ritmo sem precedentes, com a Marinha da Coreia do Sul participando em meio aos esforços dos dois vizinhos do Leste Asiático para descongelar suas relações.

A JMSDF disse que 18 navios de 12 nações, incluindo Austrália, Canadá, Índia e Estados Unidos, bem como um total de seis aviões de combate franceses e americanos, participaram do evento.

Uma massa de navios e aeronaves se reuniu na Baía de Sagami, na província de Kanagawa, com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida inspecionando as frotas.

A bordo do porta-aviões Izumo da JMSDF, Kishida disse que a Coreia do Norte tem lançado mísseis balísticos, incluindo mísseis balísticos intercontinentais, com mais frequência do que nunca desde o início deste ano.

“A Coreia do Norte disparou um míssil que sobrevoou nosso país”, disse Kishida, referindo-se a um lançado em 4 de outubro. “Nunca podemos tolerar o desenvolvimento nuclear e de mísseis (da Coreia do Norte)”, disse ele.

O primeiro-ministro também disse que o Japão não pode aceitar a invasão da Ucrânia pela Rússia, dizendo: “As tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força, como a invasão da Ucrânia, nunca devem ser toleradas em nenhuma parte do mundo”.

Em uma referência velada contra a China, Kishida disse: “O ambiente de segurança em torno de nosso país, incluindo o Mar da China Oriental e o Mar da China Meridional, está rapidamente se tornando mais severo”, enfatizando a necessidade de se preparar contra qualquer ameaça e prometendo aumentar drasticamente capacidades de defesa do Japão.

O Japão sediou a International Fleet Review pela primeira vez em 20 anos para comemorar o 70º aniversário do estabelecimento da JMSDF este ano. Após o evento, um exercício conjunto focado em missões de busca e salvamento também será realizado no domingo e na segunda-feira.

A participação da Coreia do Sul ocorre no momento em que o presidente Yoon Suk Yeol vem trabalhando para melhorar a cooperação trilateral de defesa com os Estados Unidos e o Japão. Ele adotou uma postura linha-dura contra a Coreia do Norte.

As relações entre o Japão e a Coreia do Sul caíram para seu nível mais baixo em décadas sob o antecessor progressivo de Yoon, Moon Jae In, sobre disputas decorrentes do domínio colonial japonês de 1910-1945 na Península Coreana, incluindo demandas de compensação de sul-coreanos por trabalho de guerra.

A cooperação de defesa entre os dois países – aliados de segurança dos EUA na região – também se deteriorou quando a Marinha Sul-Coreana supostamente travou o radar de controle de tiro em um avião de patrulha da JMSDF em 2018.

O Japão também convidou a China para o evento, disse o Ministério da Defesa. Mas em meio a tensos laços bilaterais, Pequim informou a Tóquio que não participaria do evento naval, embora tenha dito que participará de um Simpósio Naval do Pacífico Ocidental de dois dias a ser realizado em Yokohama a partir de segunda-feira.

O simpósio atrairá oficiais navais de quase 30 países, incluindo observadores, para discutir a segurança marítima, disse o ministério.

O Japão estendeu um convite a todas as nações membros do simpósio naval bienal para participar da “Fleet Review”, mas depois rescindiu seu convite para a Rússia após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro.

FOTOS: @WarshipCam

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Luis Carlos

Enquanto isso no The Wall Street Journal:

‘The conflict in Ukraine has shown that the ability of the United States to deter rivals on the world stage by military force is declining – Wall Street Journal

This opinion was expressed by the head of the Strategic Command of the US Armed Forces, Admiral Charles Richard. He believes that America has little to no ability to contain China. He compared the states to a sinking ship.’

Allan Lemos

Normal, impérios erguem-se e caem. Assim como os EUA tiraram a supremacia do UK, a China tirará a deles eventualmente, depois será a vez dos chineses perderem esse posto e assim por diante.

Dalton

O Almirante comentou que o nível de dissuasão contra à China é que parece um navio afundando não que os EUA estejam afundando visto por alguns como um comentário exagerado e/ou incitando maiores investimentos ao que já está em andamento
para os próximos anos tendo o Pacífico como prioridade.

Red Pill - 红色药丸

Foi-se o tempo em que eles colocavam suas banheiras cheias de aviãozinho em qualquer mar, hoje mal põem no Golfo pérsico, visto que até o Iran já possui meios possíveis de os inutilizarem. China então nem se fala, iriam operar a 4000 Km da costa pra se garantir, sendo mil km o raio de combate do F-35…

Neural

Imagino um ataque de saturação com drones e mísseis. Dezenas de drones estilo Shahed-136 e mais uns mísseis estilo kh-101ou até mesmo Exocet. Acredito que, se bem feito, grupo de batalha nenhum resiste.

Last edited 2 anos atrás by Neural
Marcelo

Shahed 136 só ataca alvos fixos, com a posição enviada à ele (latitude e longitude).

Carlos Campos

até colocarem um FLIR nele

Dalton

O Golfo Pérsico nunca foi o melhor lugar para um NAe estar e houve ocasiões
quando a tensão parecia escalar que eles permaneciam no Mar da Arábia mas fora isso sempre entravam no Golfo para a tripulação relaxar alguns dias.
.
O Irã pode afundar um NAe a hora que quiser, resta saber se compensará !

Red Pill - 红色药丸

Gostei da resposta. Complementando, eu me referia a por o navio nestes locais em tempo de guerra propriamente dita mesmo.

Luis Carlos

Prezado Dalton.

Investimentos pressupõem fonte de recursos próprios ou endividamento.
Não creio que esse seja momento apropriado para os EUA e o resto da Europa para um movimento nesse sentido.

Dalton

Não sei se viverei o suficiente para ver os EUA entregarem o Pacífico Ocidental
à China como muitos preveem Luis, de qualquer forma o que se está vislumbrando é o fortalecimento das forças americanas no Pacífico mesmo às
custas da presença em outras áreas.

Pedro Fullback

O que me assusta é a fragata da classe MMF japonesas, mal foram lançadas e já estão de prontidão para o combate.

Hcosta

Mas penso que foram lançadas sem vls’s, estando prevista a sua integração.

Dalton

Participar de uma parada naval como aconteceu por exemplo com o submarino Riachuelo não significa que unidades recém comissionadas estejam devidamente certificadas, isso exige mais tempo, no caso da marinha japonesa e outras cerca de 12 meses de testes após o comissionamento.

Nativo

O Japão possui um das mais modernas e poderosas marinhas do mundo e sem viajar com submarino nuclear.

Allan Lemos

Falsa equivalência. O Japão é um país pequeno, consequentemente seu mar territorial também é.

Alexandre Galante

O Japão não é um país pequeno, tem 126 milhões de habitantes e depende do mar para sobreviver.

Wagner Figueiredo

Cade as da classe Murassame? Já estão sendo reparadas p nossa MB ? Rsrs .sonho

Thiago A.

Vou me intrometer de enxerido que sou . O fato é que Japão passou por uma situação bem peculiar, uma derrota terrível que limitou suas ambições, constantemente monitorado e fiscalizado tanto pela opinião pública interna, quanto pela comunidade internacional. Se os EUA sinalizarem o apoio e abertura para essa empreitada… Poderiam até avaliar a possibilidade ( um debate que já corre no país) Provavelmente será uma decisão em concerto com o aliado, precisam avaliar se seria útil ou não. Eu acredito que não, porque os atuais meios são complementares as capacidades do aliado, e as principais ameaças estão muito próximas… Read more »

Carlos Campos

 opinião pública interna,””” também acreditava nisso, mas o Partido que governa o Japão não tem nada de pacífico, só sabem que se saírem da linha os EUA para eles

Hcosta

O Japão tem uma zona económica exclusiva maior que o Brasil.
https://www.economiaazul.pt/blogue/2021/1/13/zee-ranking-paises-com-maiores-zonas-economicas-exclusivas-zee

Mas o importante é a sua área de atuação.
No seu Ocidente, mares fechados e muitos problemáticos, mas no seu Oriente a imensidão do Pacífico…

Luis Carlos

O Japão é um anão político, diplomático e militar.
Possui ainda, muita relevância econômica e tecnológica
Mas, enfrenta um longo processo de estagnação econômica e até tecnológica que pesou em um sua situação no cenário internacional.

Alexandre Galante

Pode ser anão político, mas militar não é, mesmo gastando apenas 1% do PIB com Defesa tem Forças Armadas respeitáveis.

Hcosta

No entanto é a 3ª economia do mundo.
Quem me dera que o meu país estivesse estagnado na mesma posição do Japão…

Luis Carlos

Pois é.
Na década de 80 estava voando.
Era para ser a número 1.
Hoje, dependo dos critérios, é a quarta maior.
Quem não se lembra das tradings japonesas, Marubeni. Mitsui e outras?
Os bancos, o Dai-Ichi Kangyo chegou a ser o maior do Mundo.
As eletrônicas, Toshiba, Hitachi, Panasonic, Sony e etc, sendo destronadas pouco a pouco pelo chineses.
Os exemplos são muitos do que foram no passado e do que hoje são.

Mars

E eu acrescento: É uma ilha com poucos recursos naturais que foi devastada na segunda guerra mundial e hoje é a 3ª maior economia do mundo. rs

Velho Alfredo

Quem é potência econômica não é anao politico.
Além disso, também tem elevado poder militar, o q também o retira da condição de anao politico.

Luis Carlos

Um País que até hoje possui tropas de ocupação em seu território e só permite, por determinação estrangeira, ter apenas forças de defesa seria o quê?
Gigante pela própria natureza?

Dalton

A “ocupação” terminou em 1952 e os EUA passaram a fazer pressão para a remilitarização do Japão que fracassou por conta do pacifismo e Constituição reinante e só poucos anos atrás foram feitos avanços mais significativos por conta de uma Coreia do Norte cada vez mais beligerante, ascensão chinesa e a Rússia de sempre. . O que existe é um aprofundamento da parceria estratégica já que EUA e Japão sozinhos não darão conta de tantas atribuições na região daí a necessidade dos EUA manterem forças militares próximas de áreas passíveis de confronto. . Países da OTAN também possuem militares americanos… Read more »

Nativo

Falso raciocínio, de quem não se preocupou se quer em conferir a quantidade e qualidade dos meios navais dos dois países.

Allan Lemos

Ninguém aqui está comparando a a quantidade e a qualidade dos meios navais dos dois países, o que eu falei, em outras palavras, foi que você está errado tanto ao insinuar que a necessidade ou não de ambos operarem um submarino nuclear seria a mesma quanto ao supor que a situação da MB estaria melhor sem o desenvolvimento de um.

Os teatros estratégicos do Japão e do Brasil são completamente diferentes.

Nativo

As necessidades do Japão em operar um submarino nuclear, sao muito maiores do que as nossas, só não o fazem porque os EUA não deixam.
E nossa marinha só não estaria melhor se o caráter dos líderes da marinha for mesmo a de fanfarrões.

Dalton

O Japão prefere ter um número maior de grandes submarinos convencionais, a meta de 22 + 2 exclusivos para treinamento foi alcançada, divididos em dois esquadrões localizados em bases diferentes e ao contrário dos submarinos americanos já se encontram em suas áreas de patrulha assim que saem de suas bases. . O que o Japão pagaria por um submarino nuclear equivaleria a pelo menos dois grandes convencionais com todo o armamento a bordo. . Da mesma forma se os EUA voltassem a ter grandes submarinos convencionais isso reduziria o número de nucleares além de criar problemas na área de treinamento… Read more »

MestreD'Avis

O Japãp tem 130 Milhões de habitantes e tem a 8ª maior zona económica exclusiva do mundo…Como é que o seu mar territorial é pequeno???

Japão 4,5 Milhões de Km2 vs Brazil 3.8 Milhões de Km2…

Carlos Campos

tu já viu como o Japão é comprido? se colocar ele no mapa do Brasil vem do norte até quase o sudeste.

Nemo

O sonho de projetar poder com porta aviões sem grupo compatível e navios de desembarque sem locais para desembarcar e sem apoio viável. A MB precisa repensar tudo.

Jagdverband#44

Linda foto hein. Lembrei-me daquela foto dos anos 30, mostrando uma BB row deles.

Henrique A

A marinha japonesa tem toda essa enormidade de navios imponentes e ainda assim tem um efetivo de 50 mil enquanto a nossa briosa não tem 1/4 disso mas tem um efetivo de 80 mil. Tem muita coisa errada na MB.

Dalton

O Japão tem uma Guarda Costeira em separado, uma força muito menor de equivalentes dos nossos fuzileiros navais, uma necessidade muito menor de meios e pessoal em rios inclusive prestando assistência médica, meios de pesquisa independentes, etc. . E a “marinha japonesa” é apoiada por mais de 20 unidades da US Navy permanentemente baseadas no Japão sem contar outros meios, contribuindo para a patrulha das águas territoriais, dissuasão contra possíveis adversários e mesmo ajuda em casos de desastres como terremotos, etc. . Até acho que se poderia reduzir o efetivo da marinha brasileira que dizem já estar sendo feito de… Read more »

Ten Murphy

A questão é a proporcionalidade. A Guarda Costeira Japonesa tem 13 mil efetivos e 455 navios. A Marinha do Brasil inteira tem 80 mil efetivos e 250 navios, essa é a questão. Só a guarda costeira deles já tem quase o dobro da nossa marinha inteira. Sobre a nossa necessidade de mais efetivo devido a hidrografia maior, temos apenas 5 vezes mais área de água que eles, incluindo costa e águas interiores. Eles tem 4 vezes maior área costeira, 7 mil contra 29 mil deles, o que faz a diferença hidrográfica ser muito menor do que parece comparando apenas extensão… Read more »

Dalton

Um Corpo de Fuzileiros Navais razoavelmente grande é uma “carta na manga” já que podem fazer mais do que um conscrito do exército podendo atuar em várias regiões de um país imenso como o Brasil e não devemos esquecer que pontos fracos de outras nações são cobertas muitas vezes pelos EUA. . Comparar efetivos é complicado dadas as necessidades diferentes dos países acordos militares com outras nações, melhor tecnologia permitindo tripulações reduzidas, maior número de civis trabalhando em funções administrativas e/ou de manutenção, etc. . Com certeza dá para “enxugar” o efetivo só não penso que seja muito por conta… Read more »

Ten Murphy

Boa.

Velho Alfredo

Prezado Sem dúvida, a nossa MB está “gorda”, principalmente fruto da imposição da criação de uma segunda esquadra no NE…. Depois de concursado, é muito difícil dispensar, mas a MB, pelo q sei, tem trabalhado nisso, mas é difícil judicialmente e politicamente. Perceba, q quem inventou de termos a segunda esquadra ganhou a eleição novamente. Mas, há algumas observações, sem querer aprofundar. E já lembrando q nem sempre dados geograficos puros, sem análise, mostram a realidade. 1) somente 20% do território japones é habitável. Isso impacta por demais onde se deve ter fiscalização de guarda costeira. 2) CFN não necessariamente… Read more »

Ten Murphy

Excelente.