Novo navio de apoio antártico já tem nome: ‘Almirante Saldanha’
A entrega do novo navio polar à Marinha do Brasil está prevista para 2025
Após pesquisa e estudos realizados pela Marinha do Brasil (MB), o futuro Navio de Apoio Antártico (NApAnt) teve seu nome escolhido: “Almirante Saldanha”.
O NApAnt reduzirá o tempo de reabastecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), em função dos guindastes com maior capacidade de carga e manobra, e será melhor equipado para o lançamento de acampamentos e terá maior autonomia para ampliar o apoio às pesquisas.
O novo navio substituirá o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” e terá recursos técnicos mais modernos como o sistema de navegação e de controle, que permitirão maior aproximação do navio com a praia para desembarque de pessoal e material, em segurança.
O NApAnt “Almirante Saldanha” será o segundo navio da MB que ostentará o nome desse personagem histórico. O primeiro a levar esse nome foi o Navio-Escola “Almirante Saldanha”, incorporado em 1934 e convertido em Navio-Oceanográfico em 1966, equipado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para formar os primeiros oceanógrafos do Brasil.
A homenagem refere-se ao Contra-Almirante Luiz Philippe Saldanha da Gama, nascido no Rio de Janeiro em 1846, que ingressou na MB em 1861. Em sua carreira naval destacou-se em diversas oportunidades como na Campanha do Uruguai (1864-1865) e na Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870).
Ele foi Comandante da Corveta “Parnaíba”, na sua viagem ao Estreito de Magalhães e Costa da Patagônia para observar a passagem de Vênus pelo disco solar, um grande feito em 1882.
Sua viagem de estudos e observações astronômicas no extremo sul da América é considerado marco das ações brasileiras na região austral.
Foi ainda Comandante do Cruzador “Almirante Barroso” na viagem de instrução de 1886 e Diretor da Escola Naval, a partir de 1892.
Também participou da Revolta da Armada (1893) no Rio de Janeiro. Por fim, tombou heroicamente na Batalha de Campo Osório, em Sant´Ana do Livramento (RS), onde ele perdeu a vida montado em um cavalo e ferido com uma lança no peito, em 1895, durante a Revolução Federalista (1893-1895).
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Falando nisso, no mês que vem, deve ir pro mar o Almirante Oscar Viel, o Navio Antártico que está sendo construído no Chile e deverá participar da sua primeira missão operacional até o final de 2023.
Interessante este navio da Armada do Chile, apesar de estar classificado para gelos de até 1m de espessura, é um autêntico quebra gelo. Diferente do navio brasileiro, que salvo engano, não possui classificação de quebra gelo.
Esse NApAnt TEM sim requisitos de quebra gelo (tanto que isso ta escrito no Edital) . Ele tem capacidade de trabalhar na área da base no período de formação de gelo, por isso a especificação do casco é PC6. O gelo que ele vai quebra é do tipo B, que pode ter até um ano de formação e pode variar de 30cm até 2 metro de espessura e esse é todo o gelo que ele pode encontra perto da EACF, não tem motivos pra ser melhor que isso. . Chile tem base lá dentro da península e do continente e… Read more »
Ok, obrigado pelo esclarecimento
Olá Henrique, fiquei curioso com as operações do Chile serem muito maiores do as nossas, poderia por gentileza exemplificar ?
Obrigado.
Amigo, pesquise, o Chile tem base no interior da Antártida, onde faz frio de matar, a logística é 1000x maior, a base brasileira está numa praia, muuuuuito longe do polo Sul, é mais uma colónia de férias para militares.
Essas são as bases chilenas, 4 delas são permanentes, apenas O’Hoggins encontra-se no continente e mesmo assim na península que tem o clima mais ameno. A maior concentração de estações de pesquisa se encontra lá ou nas ilhas próximas, inclusive é a parte da Antártica mais visitada por embarcações de turismo .. As outras bases chilenas são sazonais, ativas apenas no verão. Menos ênfase, colega. A Terra do fogo ( território chileno) fica a 1000 km de distância do continente . Antes de falar de logística, sabes qual a distância que os brasileiros precisam percorrer para estar lá? A questão… Read more »
Até porque se um dia o tratado da Antartica ruir e países começarem a reclamar soberania sobre o continente gelado, quem serão Brasil e Chile na fila do pão?
Chile estará bem à frente do Brasil nessa fila, sem a menor dúvida.
“menos ênfase”?
Chile tem um programa permanente de manter pessoal lá, com suas famílias, permanentemente, há décadas. Já há muitos chilenos que nasceram lá. Não é uma colonização propriamente dita, mas o período que passam lá entre uma ida e outra ao continente é muito maior que a dos brasileiros, por exemplo.
“é um autêntico quebra gelo. Diferente do navio brasileiro, que salvo engano, não possui classificação de quebra gelo.”
Acho que o Navio da MB tem classificação sim.
Em tudo caso, o Brasil pode-se valer do apoio da ARCh caso precise deoperações em gelos mais resistentes.
Certo, obrigado pelo esclarecimento
Muito bom, esses navios de apoio são excelentes para o desenvolvimento de pesquisa da nossa Marinha. Eu só acho que a nossa marinha deveria ter mais navios de apoio logístico para auxiliar a nossa esquadra, atualmente ela só tem um…
“Eu só acho que a nossa marinha deveria ter mais navios de apoio logístico”
Navios com classificação ice o Brasil não precisa mais do que o Almirante Saldanha. Mesmo por que os encarregados de prestar apoio de emergência nessa região são os navios da ARA e da ARCh.
Este navio me parece adequadamente dimensionado ás necessidades de operação da MB na Antártica. Se algum dia por um ou outro motivo o Brasil precisar de mais, tem a quem recorrer.
Navio da Armada do Chile
Porque esse navio tem seu valor de construção tão superior a outros de tamanho igual ou até maior. Muito curioso um exemplo, o RRS Sir David Attenborough navega com uma tripulação de 30 e o navio brasileiro 69 tripulantes. O Navio de Apoio Antártico (NApAnt) terá dimensões de 93,9 metros de comprimento, 18,5 metros de largura, calado de seis metros e autonomia para 70 dias. Com propulsão diesel-elétrica, o navio terá uma tripulação de 95 pessoas, incluindo 26 pesquisadores. A quick guide to the RRS Sir David Attenborough The vessel is 129m-long (423ft), has a 24m (79ft) beam and weighs… Read more »
Se eu não estou equivocado, o custo estimado do NApAnt é de 750 milhões de reais. O navio britânico que você colocou como exemplo custou mais de 200 milhões de libras, em reais daria o valor de quase dois NApAnt.
Correto. O navio da MB foi cotado em reais.
se pegar a media da libra que é tipo uns ~6 reais vc compra o napant e ainda sobra dinheiro pra compra metade de uma nova estação ou quase dois Criosfera
Sim, quanto mais avançada é uma economia mais barato é logisticamente desenvolver tecnologia.Por outro lado, o custo com recursos humanos sobe
https://www.bbc.com/news/uk-england-essex-63628208
Link sobre o RRS Sir David Attenborough.
Um muito obrigado à Gloriosa e Histórica Marinha Brasileira.
Ahh sim, o nome correto é Luiz Philippe de Saldanha da Gama
Pequena correção, Saldanha da Gama era de Campos dos Goytacazes e não do Rio de Janeiro.
Exato e obrigado pela lembrança. ABRAÇÃO
Lembrando , algumas informações sobre
NApAnt:
Velocidade Econômica: 12 nós
Deslocamento: 5.880t
Comprimento: 93,9 m
Boca Moldada: 18,5 m
Calado: 6,0 m
Autonomia: 70 dias
Propulsão: Diesel-elétrica
Volume dos porões: 1.964 m³
Hangar: Para 2 aeronaves de porte médio
Geração de energia: 3 Diesel geradores de 4.416 KW cada
Classe Polar : PC6
Custo: 750milhões de reais.
* custo perfeitamente em linha com os demais, nada fora do normal, pelo contrário foi até mais barato.
* tem sim classificação de quebra-gelo, PC6 .
E os quatro NPa 500, cujo primeiro era para ter sido entregue em 2012, como ficou?
é só 2, o Maracanã e Mangaratiba.
o Maracanã parece que foi entregue em setembro e agora está nos testes ou está atracado no Arsenal terminado alguma montagem de equipamento (o que bate com cronograma da construção de navios). O Mangaratiba ainda ta em alguma parte do processo de construção
.
os outros dois$ devem e$tar “navegando” em algum bol$o de alguma pe$$oaCom base na sua informação fui pesquisar. Mangaratiba ainda vai unir seções e “previsão ” de entrega para dezembro de 24.
Esses navios patrulha já deixaram de ser uma novela, está mais para uma série, uma Vila Sésamo…
Pequenino navio (como sempre) para operações de apoio à base brasileira na Antártida.
quer um oasis of the seas pra fazer a logística de uma base de 60 pessoas?
Tem quase 6 mil ton. de deslocamento. É um navio enorme.
Para vc ter como referência, as fragatas Tamandaré terão menos de 3,4 mil Ton. de deslocamento.
Pode ser um bom navio. Mas que é bem feinho, isso é.
Juscelino. Como esse projeto não serve para nada mesmo ( vários ficarão irritados e contestarão veementemente), a não ser torrar dinheiro de uma ex-marinha de guerra, seria louvável que o navio fosse adaptado para turismo austral. Certamente ganharíamos bastante dinheiro para ajudar a reconstruir a esquadra, que ora não existe mais. Caminhamos sempre no sentido anti-horário.
Quebra-gelos não costumam ser navios de belas linhas.
Eu participei de duas viagens no NOc Almirante Saldanha.