GUERRA FRIA: Fragatas antiaéreas classe ‘Suffren’ da Marinha Nacional francesa
As fragatas antiaéreas (Frégate de Défense Antiaérienne) da classe “Suffren” foram navios de primeira linha da Marinha Francesa, projetadas para proteger uma frota contra ameaças aéreas, navios de superfície, submarinos e, em menor grau, fornecer poder de fogo contra alvos terrestres. Eles foram os primeiros navios franceses a serem construídos especificamente como fragatas de mísseis guiados.
Os dois navios foram projetados como escoltas para os porta-aviões da classe “Clemenceau” e eram semelhantes em conceito ao destróier britânico Type 82. A designação de classe francesa é FLE 60.
A arma principal eram os mísseis superfície-ar Masurca, disparados de um lançador duplo no convés da popa, com 48 mísseis no paiol. O Masurca, que tinha velocidade de Mach 3 e alcance de 34 milhas (55 km), podia interceptar alvos aéreos até uma altitude de 30 mil metros (98 mil pés).
A direção de tiro era feita através do radar 3D DRBI 23 alojado em um enorme radome sobre a superestrutura.
As armas antissubmarino incluiam um sistema de mísseis antissubmarino Malafon (13 mísseis no paiol) e lançadores de torpedos. Mísseis superfíce-superfície Exocet foram instalados em 1977-79.
Ambos os navios foram modernizados com a instalação de novos eletrônicos no início de 1990, com Suffren o primeiro a passar pelo processo entre 1989-90, seguido por Duquesne entre 1990-91.
Os dois navios da classe foram batizados em homenagem a almirantes franceses. Três navios foram inicialmente planejados com mais navios em segundo lote, mas as restrições orçamentárias causadas pela construção dos submarinos de dissuasão nuclear fizeram com que o programa fosse encerrado em somente dois navios.
Navio | Indicativo visual |
Construtor | Batimento de quilha | Lançamento | Entrada em serviço |
Baixa |
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Suffren | D602 | Arsenal de Brest | 21 dezembro 1962 | 15 maio 1965 | 20 julho 1967 | 2 abril 2001 |
Duquesne | D603 | Arsenal de Lorient | novembro 1964 | 12 fevereiro 1966 | 1 abril 1970 | 2007 |
Características gerais | |
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Tipo | Fragata |
Deslocamento |
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Comprimento | 158 m |
Boca | 15.50 m |
Calado | 7.25 m |
Propulsão |
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Velocidade | 34 nós (63 km/h) |
Embarcações a bordo | 1 × EDL 700, 1 × EDO, 1 × 10-seat EFRC, 1 × 10-seat EFR |
Tripulação | 360 homens, incluindo 23 oficiais. |
Sensores e sistemas |
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Guerra Eletrônica & despistadores |
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Armamento |
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Nota | Navios da classe incluem: Suffren e Duquesne |
Vídeo da Duquesne – D603, lançamento e operação
FONTE: Wikipedia; seaforces.org
O texto não está correto onde se lê…” Mísseis superfíce-superfície Exocet foram instalados em 1977-79 no lugar do Malafon.” Há fotos onde se é possível ver ambos os
armamentos com os lançadores de “Exocet” instalados a ré e acima do Malafon.
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Valeu Dalton, corrigido. Abs!
Observando os sistemas de lançamento de mísseis das embarcações antigas, fica visível a revolução dos vls.
Belíssimo navio, aliás, como vários da França na época, como Georges Leygues, Cassard (que já comandei online aqui no grupo kkk faz tempo!) e o cruzador Colbert. isso pq a Marine ainda tinha os elegantes Clemanceau e Jeanne D’arc, enfim, tinha seu próprio padrão de armas, canhões de 100 mm, torpedos de 550 mm, mísseis, etc.
Concordo, sempre achei muito bonitas as classes de navios franceses dos anos 70 e 80. Quando era moleque, o Jeanne D´Arc era um dos meus favoritos
Só para gerar polêmica… Rsrs
O ” D” de Destroyer/ Contratorperdeiros no indicativo visual, o seu deslocamento de quase 6.000 t ( isso lá na década de 60!) , o
sucessor que herdou seu lugar foi/é a classe Horizon…
Uma curiosidade é que o filho mais velho do De Gaulle comandou a Suffren, durante o governo do pai.
Isso é um claro indicativo da importância do navio.
Ou um claro indicativo de nepotismo… depende do referencial rsrsrrs
Mas uma coisa não elimina a outra: o navio era tão importante, que o “zéro-un” teve a distinção de comandá-lo.
Verdade!
A força área brasileira já é comandada à três gerações pela mesma família já virou uma dinastia .😂😂😂
Para que serve é o que tem dentro dessa esfera ?
Está no texto André que copio aqui ” A direção de tiro era feita através do radar 3D DRBI 23 alojado em um enorme radome sobre a superestrutura.”
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A “esfera” ou melhor “radome” é um domo ou cúpula para proteger à antena do radar que
fornece dados para o sistema de mísseis Masurca instalado a ré do navio.
Obrigado Dalton, realmente não tive tempo de ler o texto, eu ficava sempre curioso sobre essa “esfera”, lembro de ter visto diversas vezes uma no antigo A12 da MB aqui no AMRJ.
Bem lembrado André, a cúpula do “A12” abrigava uma antena de radar de controle de aproximação de aeronaves.
Muito bom vídeo explicativo.