As sete viagens da Frota do Tesouro chinesa da Dinastia Ming
Zheng He e China Ming governam o Oceano Índico, 1405-1433
Por Kallie Szczepanski
Durante um período de quase três décadas no início do século 15, a China Ming enviou uma frota como o mundo nunca tinha visto. Esses enormes navios eram comandados pelo grande almirante Zheng He. Juntos, Zheng He e sua armada fizeram sete viagens épicas do porto de Nanjing para a Índia, Arábia e até a África Oriental.
A primeira viagem
Em 1403, o Imperador Yongle ordenou a construção de uma enorme frota de navios capazes de navegar pelo Oceano Índico. Ele colocou seu servo de confiança, o eunuco muçulmano Zheng He, encarregado da construção. Em 11 de julho de 1405, após uma oferenda de orações à deusa protetora dos marinheiros, Tianfei, a frota partiu para a Índia com o recém-nomeado almirante Zheng He no comando.
O primeiro porto de escala internacional da Frota do Tesouro foi Vijaya, a capital de Champa, perto da moderna Qui Nhon, no Vietnã. De lá, eles seguiram para a ilha de Java, onde hoje é a Indonésia, evitando cuidadosamente a frota do pirata Chen Zuyi. A frota fez mais paradas em Malaca, Semudera (Sumatra) e nas ilhas Andaman e Nicobar.
No Ceilão (atual Sri Lanka), Zheng He bateu em retirada apressada quando percebeu que o governante local era hostil. Em seguida, a Frota do Tesouro foi para Calcutá (Calicut), na costa oeste da Índia. Calcutá era um dos principais depósitos comerciais do mundo na época, e os chineses provavelmente passaram algum tempo trocando presentes com os governantes locais.
No caminho de volta para a China, carregada de tributos e enviados, a Frota do Tesouro confrontou o pirata Chen Zuyi em Palembang, Indonésia. Chen Zuyi fingiu se render a Zheng He, mas se voltou contra a Frota do Tesouro e tentou saqueá-la. As forças de Zheng He atacaram, matando mais de 5.000 piratas, afundando dez de seus navios e capturando mais sete. Chen Zuyi e dois de seus principais associados foram capturados e levados de volta para a China. Eles foram decapitados em 2 de outubro de 1407.
Em seu retorno à China Ming, Zheng He e toda a sua força de oficiais e marinheiros receberam recompensas monetárias do Imperador Yongle. O imperador ficou muito satisfeito com o tributo trazido pelos emissários estrangeiros e com o aumento do prestígio da China na bacia oriental do Oceano Índico.
A segunda e a terceira viagens
Após prestarem suas homenagens e receberem presentes do imperador chinês, os enviados estrangeiros precisavam voltar para suas casas. Portanto, mais tarde, em 1407, a grande frota zarpou mais uma vez, indo até o Ceilão com paradas em Champa, Java e Siam (atual Tailândia). A armada de Zheng He voltou em 1409 com porões cheios de novos tributos e novamente voltou para outra viagem de dois anos (1409-1411). Esta terceira viagem, como a primeira, terminou em Calicut.
A quarta, quinta e sexta viagens de Zheng He
Depois de uma pausa de dois anos em terra, em 1413, a Frota do Tesouro partiu em sua expedição mais ambiciosa até hoje. Zheng, Ele liderou sua armada até a Península Arábica e o Chifre da África, fazendo escalas em Ormuz, Aden, Mascate, Mogadíscio e Malindi. Ele voltou para a China com mercadorias e criaturas exóticas, incluindo girafas, que foram interpretadas como a mítica criatura chinesa, o qilin, um sinal muito auspicioso.
Na quinta e na sexta viagens, a Frota do Tesouro seguiu praticamente o mesmo caminho para a Arábia e a África Oriental, afirmando o prestígio chinês e coletando tributos de até trinta estados e principados diferentes. A quinta viagem durou de 1416 a 1419, enquanto a sexta ocorreu em 1421 e 1422.
Em 1424, o amigo e patrocinador de Zheng He, o imperador Yongle, morreu durante uma campanha militar contra os mongóis. Seu sucessor, o imperador Hongxi, ordenou o fim das caras viagens oceânicas. No entanto, o novo imperador viveu apenas nove meses após a sua coroação e foi sucedido pelo seu filho mais aventureiro, o imperador Xuande. Sob sua liderança, a Frota do Tesouro faria uma última grande viagem.
A Sétima Viagem
Em 29 de junho de 1429, o imperador Xuande ordenou os preparativos para uma última viagem da Frota do Tesouro. Ele nomeou Zheng He para comandar a frota, embora o grande almirante eunuco tivesse 59 anos e a saúde debilitada.
Esta última grande viagem durou três anos e visitou pelo menos 17 portos diferentes entre Champa e o Quênia. No caminho de volta para a China, provavelmente no que hoje são as águas indonésias, o almirante Zheng He morreu. Ele foi enterrado no mar e seus homens trouxeram uma trança de seu cabelo e um par de sapatos para serem enterrados em Nanjing.
Legado da Frota do Tesouro
Diante da ameaça mongol em sua fronteira noroeste e do enorme dreno financeiro das expedições, os estudiosos Ming deploraram as viagens extravagantes da Frota do Tesouro. Imperadores e estudiosos posteriores procuraram apagar a memória dessas grandes expedições da história chinesa.
No entanto, monumentos e artefatos chineses espalhados por toda a orla do Oceano Índico, até a costa do Quênia, fornecem evidências sólidas da passagem de Zheng He. Além disso, os registros chineses de várias das viagens permanecem, nos escritos de companheiros como Ma Huan, Gong Zhen e Fei Xin. Graças a esses vestígios, os historiadores e o público em geral ainda podem refletir sobre as incríveis histórias dessas aventuras que aconteceram há 600 anos.
FONTE: ThoughtCo
“Seu sucessor, o imperador Hongxi, ordenou o fim das caras viagens oceânicas.” Como em 1400, navio no mar só da despesa. Navios representam a exposição e a exponencial atividade econômica e comercial dos países. Expansão e domínio. Quando Nixon mostrou a China ao mundo em 1972 poderia ter imaginado que em 2022 os EUA seriam superados pela quantidade? “Diante da ameaça mongol em sua fronteira noroeste e do enorme dreno financeiro das expedições, os estudiosos Ming deploraram as viagens extravagantes da Frota do Tesouro.” Vimos os problemas com a Defesa em Portugal. Como no Brasil, 50% dos recursos militares são… Read more »
Oi, Esteves
Você está se baseando na quantidade de portinholas no costado, mostrada na foto da maquete?
Porque eventualmente atrás delas poderiam estar canhões de calibre maior, por exemplo, do que levava a Santa Maria de Colombo, da comparação.
Precisaria pesquisar quais os tamanhos e pesos de canhões chineses por volta de 1400, assim como o espaço / deslocamento que era reservado para lastro e carga nos navios da frota chinesa, cujos desenhos são bem diferentes dos europeus dos séculos XV e XVI, com os quais estamos mais acostumados.
Poderia, poderia. Mas teria? Um navio com essas dimensões me deu a impressão que feito foi para levar exércitos.
Embora o tamanho seja controverso, provavelmente levava exércitos sim. Mesmo nos séculos seguintes, no caso de navios europeus, que eram bem menores, a tropa a bordo era fundamental tanto para desembarques em terra quanto abordagens. Canhões não eram ainda armas decisivas em grande parte dos combates, que eram versões marítimas de batalhas terrestres: artilharia “amaciava” o inimigo e o combate corpo a corpo, após abordagem, decidia o vencedor. Ainda sobre controvérsias de porte dos navios, e mesmo levando em conta as diferenças de desenho, das linhas do fundo do casco e dos métodos construtivos, frente aos europeus, é questionável se… Read more »
Cabe perguntar a velocidade e a capacidade de manobra de tais navios, e mesmo a capacidade de tais canhões. Os navios portugueses eram o que se tinha no Estado da Arte. E seus canhões era o que se tinha de melhor. Não a toa que eram os portugueses a dominar os Oceanos.
Tem a Batalha naval de Malaca (1513) e muitas outros exemplos de batalhas dos Portugueses contra esses tipo de navios, os juncos.
Mas pelas velas e se as rotas estiverem corretas têm uma grande limitação de navegação. Parecem ser navios de cabotagem do que o de navegação oceânica.
Pois é. Velas feitas com bambus entrelaçados.
Essa semana notíciaram que descobriram prova de que essas expedições chineses aportaram na Austrália.
Vão descobrir muito mais.
Se bem me lembro a frota mongol que iria invadir o japão e foi destruída pelo famoso tufão conhecido como Kamikaze levava forças de cavalaria para a invasão das ilhas japonesas. Tem um livro ótimo que conta essa história, acho que o título era Como a Natureza mudou a história.
Ele era mais um palácio flutuante para a nobreza da frota, do que um navio de guerra puro, tanto o e que eles evitaram confronto em duas ocasiões!
Abordagens, grandes escaramuças. Navios construídos para levar até a China o resultado dos comércios e das batalhas. Os espanhóis também vieram pilhar e saquear, mas ficaram. Fizeram colônias e países. Tomaram posse até da religião. Os chineses Tiveram como foco mostrar ao imperador o resultado do esforço marinheiro. Ok, espanhóis também. Mas existe uma América Espanhola e não existe nada igual que a China tenha feito…porque foram gente dos interiores em guerra com mongóis (?) ou porque eles não se abriram ao mundo como os editores mostraram na matéria sobre a Guerra do Ópio. Outra barreira foi o idioma. Conquistar… Read more »
Esse era o navio capitania, e frota do tesouro tinha muitos mais navios, menores e mais manobraveis. Ele foi pensado para ser literalmente um palácio flutuante!
Não sei se a quantidade e o tamanho dos canhoes fariam alguma diferença por essa época. Canhões maus eficientes foram a ser desenvolvidos pelos portugueses.
Pois é.
Estou ainda a entender as ad vantagens desse navios chineses enormes.
Justamente para o que se propõe levar carga e suprimentos para viagens em que se poderia passar messes sem ver terra firme, viagens em que não precisariam desembarcar ficando abordo e recebendo autoridades a bordo, um navio capital.
https://marsemfim.com.br/china-potencia-maritima-do-seculo-xv/
Construção naval modular. Cidades flutuantes. Por que não conquistaram o mundo?
Justamente por conta destas viagens, eles viram que o restante do mundo pouco acrescentaria a china, e como são isolacionistas, simplesmente deixaram para la. coisa que pagaram bem caro depois quando sofreram a serie de conquistas nos seculos seguintes.
Que série de conquistas? Estamos a falar do século XVI.
Perderam alguma influência mas também nunca tiveram essa preocupação de dominar os seus mares. Estavam eram preocupados em manter o seu império e conquistar outros.
Conquistas falo das conquistas pelos ingleses e japoneses 200 e alguns anos depois destas navegações, perda de territórios para a Russia antes, etc. quanto a conquistar outros impérios a China nunca foi uma potencia expansionista pouco se aventuraram para alem de suas fronteiras com exceção da dinastia yuhan ” mongol” momento de maior expansão territorial, mais não foram os chineses foram os mongóis em fim.
O maior momento de expansão territorial da China foi durante a Dinastia Han e mais tarde durante a Dinastia Qing. A Dinastia Yuan(Mongol) não adicionou muito território, a China apenas herdou alguns territórios invadidos pelo Imperio Mongol.
Concordo com o Sérgio, desconfio que não gostaram do que viram e acharam melhor se fechar no seu mundo. Ter inteligência não significa ter visão.
Exato!!!!
Esteves pode ir pra China pesquisar mais sobre isso tudo. Descobrir quais forças se opuseram à expansão naval chinesa em 1400.
Mas…vai ter historiador sem história pra contar. E Esteves não quer deixar nenhum historiador a ver navios.
Vai lá Esteves! Baita tema pra pesquisar. E como os navios não existem mais pra outros ficarem a ver navios, pode ir de consciência tranquila!
Gosta de frango?
Tu já comeu pato laqueado? Viu como eles pegam o pato temperado, brilhoso de vermelho e…e…enfiam ar no c* do pato pra assar?
Fica um pato laqueado enorme. Eu não sei o que os chineses ou com o que os chineses alimentam aqueles frangos enormes. Da vontade de experimentar frango frito crocante chinês.
Aqui no Brasil…frango frito não vinga. Brasileiro não come com as mãos, exceto lanches. E o frango frito crocante que fazem aqui não é bom como parece ser o frango frito crocante feito na China.
Esteves mandou a ex pra China. Quicou. Bateu e voltou.
Que azar.
O uso do bambu na construção civil chinesa oferece um indício interessante sobre a qualidade estrutural dessas embarcações.
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De fato, necessita de algum estudo.
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Fico pensando se um pau ferro teria uma qualidade estrutural mais eficiente que a madeira europeia.
Isso me lembra de Brasil e Portugal tentando refazer uma caravela para o centenário do descobrimento e “descobrindo” que alguns segredos de sua construção se perderam com o passar dos séculos.
São juncos. Foram juncos. Bambuzal.
E se os navios chineses atuais são mais aparência que poder real?
Possível, afinal não deram a sorte de encontrar um conservado, como aconteceu com os vikings.
E qual foi a expedição naval chinesa que pode ter chegado aqui no Brasil antes dos europeus?
Chineses chegaram no Brasil antes dos portugueses
Quem mais será que pisou nessas terras por via naval antes do portugueses (sem hipóteses conspiratórias)? Chineses? Fenícios? Egípcios? (estes últimos não tinham tradição marítima, mas, tem aspectos culturais nas Américas que remetem à cultura egípcia).
Qualquer que tenha vindo antes dos portugueses foi comido. Esse é um dos motivos para nosso isolamento e a deferência dos espanhóis aos portugueses pelas terras hoje nossas.
Cinco milhões de canibais.
os vikings chegaram antes, no canada. Talvez os polinesios no Chile. Mas tem uma coisa esquisita com portugueses e espanhois. Diferente dos dois primeiros q eram exímios navegadores, Portugal e espanha não eram ninguém na ordem do dia antes de descobrir a america. Portugal quando descobriu o Brasil era um feudo que ganhou um butim gigante dos árabes durante a Reconquista, nada além disso. Onde é hoje espanha e portugal pertencia aos árabes. Portugal e espanha, dois feudinhos (espanha era 2 na verdade) se juntaram e expulsaram os árabes da peninsula, pouco antes da descoberta da america, poucos anos mesmo.… Read more »
Sobre os escandinavos e polinésios, hoje não restam dúvidas.
Sobre a questão islâmica, certamente Portugal e Espanha sabiam de algo previamente sobre a América, mesmo que de forma muito nebulosa, e guardaram como segredo de Estado. Resta saber, se um dia descobriremos algo sobre, ou os segredos se perderam no véu do tempo.
Que a Terra era redonda, isso já se sabe desde o séc VI AC. A questão é que o Rei de Portugal sabia que a Índia estava a uma distância muito maior do que Colombo afirmava mas também sabia que havia algo pelo meio…
Os mulçumanos após 8 séculos de domínio na península Ibérica construíram universidades, bibliotecas, levaram o conhecimento da matemática, química, uso de armas de fogo, navegação, etc. Por isso saíram em 1492 e em 1500 portugueses e espanhóis iniciavam a conquista das Américas. Navegadores mulçumanos atravessavam o oceano Índico há muito tempo, por isso Indonésia, Malásia, etc são países mulçumanos. Os canhões mulçumanos que o Império Otomano usou para conquistar boa parte da Europa foram a vanguarda da artilharia moderna, tinham o cano fundido em uma só peça, dando mais poder de fogo e precisão, os canhões europeus eram feitos com… Read more »
Começou falando do Mito de Andaluzia, não existe evidência histórica de que era tão bom assim, em 1415 Portugal já era totalmente livre e já tinha iniciado as grandes navegações, tanto que antes de 1500 já tinham chegado nas Índias, e dominariam totalmente o comércio no Índico nos anos seguintes. Sobre os canhões a comparação é entre os canhões de bronze e os primeiros canhões de ferro, que eram feitos em anéis devido a qualidade do material, e se quer comparar assim, Portugal desenvolveu canhões de bronze carregados pela culatra, o que lhes dava uma cadência de disparo 6X maior… Read more »
Os árabes quando conquistaram a península Ibérica, tirando os nobres locais, a maioria dos nativos moravam nas florestas. Mito da Andaluzia…rsrsrs
Poderia citar a fonte de sua afirmação?
Já que a evidência histórica mostra o oposto, como a “Cronica de 754”.
Seu comentário, inteiro, está errado. Nunca que o Califado saudita que me esqueci o nome agora ficou 8 séculos na Península Ibérica. Quando Roma cai, os godos começam a tomar conta de tudo, começando pela península itálica e se expandindo para leste e oeste. Sendo a expansão para oeste, chamada de expansão visigoda. Portanto, até a conquista de parte da Península Ibérica pelo califado muçulmano no século 8, a península Ibérica era governada pelos descendentes de Odorico. O Califado durou cerca de 2 séculos apenas. Não tem nada de “canhões muçulmanos”, isso você tirou da sua cabeça. O uso da… Read more »
China já usava bem antes. Tem uma gravura de um soldado chinês bombardeando um samurai com uma granada durante a invasão mongol do Japão kkk Granada de mão, canhão manual e flecha explosiva a China usava desde o século XII até pq foram eles q inventaram a pólvora.
Eram fogos de artifício que eram usados como granada.
Não há provas de que foram usadas, mas eles de fato as tinham.
Os chineses não tinham a menor ideia de como usar a pólvora militarmente, o uso dela como fogo de artifício para assustar era uma tentativa, porém, nem eles levavam a sério. Ao ponto deles comercializarem a pólvora durante séculos, sem nenhum problema.
Eram granadas com pavio e corpo de cerâmica, tem gravura da época, com estilhaço e tudo. Fogos de artificio a China usa desde o século I rs. Veja, 5.000 anos de civilização meu garoto kkk os americanos só tem 200 e poucos anos como nação, estão agora em crise existencial com Trump ameaçando botar fogo no país por causa de um programa com uma GP kkk A China é eterna.
Eterna fome, com raros momentos de exceção.
Muito do que os foi usado na Europa séculos mais tarde foram na verdade trazidos pelos arabes, turcos e mongois, que por sua vez trouxeram de China e India.
Se você excluir China e India da história do mundo, o vázio será GIGANTESCO.
Foi achada uma granada em Israel da era das cruzadas, estando entre os séculos 11 e 13. A china usava granadas desde o século 9.
Os mongóis usavam muito essas granadas nas suas campanhas e pelas datam batem com as tentativas deles de conquistarem o Levante e o Egito.
Vc diz que meu comentário está errado…
Vc diz que os árabes invadiram a península Ibérica no século VIII e durou 200 anos ?
Saíram em 1492… só fazer as contas…como eu disse, seus comentários são uma piada…
A Reconquista foi no século XXI.
Século XI, saiu um X a mais
O califado de Córdoba durou apenas dois seculos, mas não quer dizer que o fim do califado foi o fim do domínio mulçumano da peninsula ibérica. Ouve muitos estados sucessores após a queda do califado que eram bastante ricos e prósperos na época (mais prósperos que os estados cristãos que viviam ao norte da península). A “reconquista” pode ter começado no século XI, mas como o colega mencionou logo acima somente em 1492 que o ultimo reinado mulçumano foi expulso da Espanha.
Uso da pólvora como arma de fogo foi criado na China
A Ásia sempre foi o centro do mundo, a Europa e os EUA assumiram a liderança nós últimos 200 anos, e agora o poder voltou para a Ásia. Seus comentários são cômicos, vc diz que tudo foi inventado em alguma civilização européia, etc, ninguém liga pra todas essas insanidades que vc diz, não fazem diferença nenhuma, só servem pra fazer outros rirem rsrsrs
Na verdade o centro do mundo sempre mudou de lugar ao longo da história, mas a Europa se tornou o centro do mundo a partir do século 16.
Tem muita coisa que foi inventada pelos europeus, por exemplo a Bombarda, armas de pederneira e de percursão, táticas, etc…
O que os chineses usavam como arma de fogo era o canhão de mão, que não causou o mesmo impacto que as armas de mecha européias.
A Europa é o centro do mundo desde o Mundo Clássico e não deixou de ser até o século XX.
A China jamais foi o centro do mundo. Jamais foi o centro da Ásia e, se quer foi o centro do sudeste asiático.
Houve um curto período na história onde ela poderia ter sido o centro da Ásia, mas não foi.
A China é muita hypada, a galera precisa receber conhecimento para parar de falar essas coisas.
Eu não estava me referindo a China, como centro do mundo, sua maior influência ficou fechada no extremo oriente, principalmente ligada a Coréia e Japão, eu estava me referindo aos povos do crescente fértil, que podemos dizer que foram o centro do mundo até a sua conquista pelos gregos, a partir do século 16 a Europa não tem mais nenhum outro lugar capaz de desafia-la como o centro do mundo.
Cara sua visão de historia e um pouco deturpada. Ouve duas grandes civilizações que exerceram influencia nas respetivas extremidades do continente Euroasiático, os greco-romanos no Ocidente e os Han no extremo Oriente. Não ouve “centro” do mundo até o inicio da idade moderna. Verifique a arquitetura, os costumes e sistema políticos e culturais do extremo oriente e verá que todos foram influenciados direta ou indiretamente pelos Han e palas dinastias posteriores. Muitos povos asiáticos nunca ouviram falar de Roma ou da Grécia por séculos, como eles poderiam ser o centro do mundo desde os tempos clássicos analisando por esse lado?… Read more »
Uso da pólvora como arma de fogo foi criado na China só na sua cabeça, porque é consenso comum, em qualquer literatura de história no mundo, inclusive na China, que a arma de fogo foi criada pelos Bizantinos, que hoje você chama de turcos.
São dois povos totalmente diferentes, os Romanos do Oriente (eram assim que eles se chamavam, não de bizantinos) são descentes de uma mistura de latinos e gregos (predominantemente gregos), os turcos otomanos são eram povos nômades originados da Ásia central que migram até a Anatólia e de lá começaram a formar o seu império.
Uso da pólvora como arma de fogo foi criado na China
Aperfeiçoado pelos árabes e depois pelos otomanos.
Império Otomano era cultura mulçumana, escravizaram foi milhões de europeus cristãos ortodoxos que foram vendidos no Oriente Médio e na África.
Vc mora no Brasil e quem manda no Brasil e no mundo é a China, vc goste ou não, todas essas insanidades que vc está dizendo, etc, não fazem a mínima diferença.
Ne mim a China não manda. Na na nina não.
Não sabia que os Romanos do Oriente foram pioneiros no uso da pólvora. Você deve ter confundido com famoso fogo grego utilizado por suas embarcações desde o século VII, era um composto onde sua composição foi perdida, mas até onde se sabe não tinha pólvora como base.
No século XV os otomanos tinham as melhores armas de fogo terrestres, canhões monstruosos como o famoso “Bombarda Turca”, o primeiro dispositivo de artilharia da historia que conseguiu abrir um brecha nas muralhas de Constantinopla.
Exato.
Portugal, apesar das ‘habilidades’ em questões marítimas, teve seu brilho no quesito das grandes navegações.
No quesito militar não era grandes coisas.
Já a Espanha teve relevância em determinados períodos, principalmente no Século XVI onde foi considerada a maior força europeia, mas, posteriormente, no confronto com as potências europeías foi derrotada e entrou em decadência
Expulsar os Muçulmanos do comércio no Índico é pouca coisa?
Derrotarem armadas a milhares de km’s do seu território? Conquistarem os principais portos de comércio?
Poucas centenas de Homens contra milhares e ganhar domínio comercial sobre um Oceano não é um feito militar ?
Leia mais sobre o assunto…
q isso vc ta sendo injusto com caras como o Afonso de Albuquerque kkk o terríbil. E tem uns 2 países imitando a estratégia dele no índico até hoje hein kkk Fazendo a mesmíssima coisa q ele fez 500 anos atrás. Falando em decadencia, o Terço espanhol (e sua imitação portuguesa) dominaram os campos de batalha da europa por quase 200 anos. A mesma infantaria americana que venceu os iraquianos em 1 mês na guerra do golfo, colou as placas com os talibãs 20 anos depois rs a desculpa foi “engajam a gente no limite do alcance efetivo das armas… Read more »
Terços espanhóis? Homem de cultura.
Que isso, Portugal durante um curto espaço de tempo fez coisas incríveis no campo de batalha.
Afonso de Albuquerque, um dos maiores comandantes militares que o mundo já viu.
Aljubarrota, uma das batalhas mais impressionantes da Idade Média e maior derrota espanhola até hoje.Entre outras …
Portugal se estabeleceu nos lugares mais remotos do planeta de maneira pioneira, muitas vezes enfrentando sociedades avançadas, não foi trocando espelho. Foi na base do mosquetão, quase sempre.
Lamento mas muita coisa errada. Portugal começou as descobertas em 1415 com a conquista de Ceuta, quase 100 anos antes da criação de Espanha. E muito antes já tinha consolidado o seu território continental. Portugal desenvolveu instrumentos náuticos, baseados em desenhos Árabes e estes baseados em inst. Gregos e outros, mas foram muito aperfeiçoados com a experiência e o conhecimento. Os Árabes não viajavam por toda a costa de África, haviam rotas terrestres e por mar nunca se afastavam da terra e por isso não conseguiam ultrapassar muitos obstáculos, como o cabo Bojador, muito próximo das Canárias. A razão era… Read more »
Chineses e árabes estavam muito, muito a frente de portugueses e espanhóis, que por sinal até hj não são considerados realmente Europa pelos europeus do Norte. Gregos não dominavam quase nada em navegação, árabes e chineses sim.
Devo lembra-lo que enquanto os gregos já construíam trirremes e navegavam pelo Mediterrâneo, os Árabes viviam no deserto, quase nômades e os chineses tinham sua navegação mais restrita aos seus rios.
E indo para o século 15 não havia nada no mundo que se compara-se a uma Nau portuguesa.
Os fenícios ensinaram os gregos…
Errado, varios povos do mediterrâneo tinham conhecimentos naúticos, os fenícios são um dos que mais se destacaram, mais pela distância de suas navegações do que pela tecnologia de seus navios.
Existe a teoria de que os chamados Povos do Mar, eram gregos, mais especificamente de um dos grupos entre os minóicos e micênicos.
Wilson, especula-se que os povos dos mares eram anteriores aos gregos (não eram minóicos e nem micênicos), uma serie de grupos nômades que migraram do norte da Europa para a região do Egeu e posteriormente para o Levante e o norte da Africa. Eles foram responsáveis pela extinção de diversas sociedades da idade do bronze (inclusive os micênicos).
Seus descendentes misturadoras com os sobreviventes das sociedades da idade do bronze se desenvolveram nas sociedades pré-clássicas do mundo grego.
Conseguiu em duas frases não apresentar qualquer argumento e ao mesmo tempo realçar o quão importante é ter algumas bases de conhecimento para falar sobre algum assunto…
Por sinal, a porrada que os Árabes/Muçulmanos/Mamelucos/Persas e muitos outros levaram nas batalhas Navais no Índico e no Mediterrâneo só demonstram a sua grande superioridade naval…
Sim, os portugueses derrotaram diversos mulçumanos no oceano Índico, Árabes, Otomanos e Persas… Mas foram os mulçumanos no Norte da África em 1571 em uma aliança de marroquinos e otomanos que esmagaram o exército português levando Portugal a entrar em um declínio que dura até hj…rsrs
Grande exemplo da superioridade naval dos Árabes…
Não tem nenhum mistério. Quem tinha dinheiro bebia tecnologia da fonte, e a fonte naquela época estavam nas repúblicas e principados italianos. O Reino de Portugal importou muita mão de obra italiana e muito português foi estudar e trabalhar para aqueles reinos e principados. E isso transformou o Reino de Portugal. Só depois que o Reino de Castela bebeu da mesma fonte através de não de obra portuguesa e italiana (na época não existia “italiana”, era genovês, milanês, veneziano, sciliano etc). Após a Reconquista os lusitanos entraram em um período de muita rivalidade com os Reinos que falavam o casteliano.… Read more »
Mas uma piada, repito, teus comentários são cômicos…rsrsrs
Mengao,
Se quer debater feito gente grande, as suas ponderações são muito bem-vindas.
Mas se a postura continuar como a deste último comentário, nível trollagem quinta série do fundamental, melhor parar por aí antes que piore.
Você está enganado, D. Mauel criou a Escola de Sagres e a Universidade de Coimbra ainda nos 1200.
Uma biblioteca pequena dentro de um convento com um Padre gastando saliva. Universidade de verdade, na Europa, nessa época só em Al Andaluz sob o patronato islâmico.
Nem lá, reconhecidamente as primeiras universidades modernas surgiram na Alemanha no século 16, no contexto da reforma protestante.
Al-Andaluz ou Andaluzia, tem muita propaganda disseminada e toda a evidência histórica aponta para um cenário totalmente diferente.(sabia que cristãos pagavam o Dobro de impostos do que um islâmico).
Coimbra realmente é muito antiga, mas há menções à universidade em Túnis que, ironicamente, são mais antigas que o termo Universidade, que veio de algum lugar da Itália eu acho.
Gente, era só para debater saudavelmente sobre as venturas marítimas de povos da antiguidade e suas possíveis presenças aqui no “Novo Mundo”, aproveitando-se das cartas náuticas e relatos escritos chineses que podem indicar o conhecimento por partes deles da América, algo relacionado ao tema da matéria.
Momento vergonha alheia. Não há nenhuma prova de que os navios da Frota do Tesouro eram assim tão grandes. As ilustrações não chinesas indicam que não eram. Criar um maquete com um navio gigantesco e colocá-lo ao lado da Santa Marina causa vergonha alheia. Para comparar as capacidades de alguma dinastia chinesa com as capacidades da República de Veneza, República de Gênova, Reino de Portugal, Reino de Aragão e Castela ou do Império Bizantino no século XV, é necessário muito esforço e exercício de imaginação. Por mais que a China queira, não, definitivamente não dá para fazer qualquer tipo de… Read more »
Nas dinastias Ming e Qing utilizaram construção modular em madeira.
Poderiam ter usado técnicas idênticas na construção naval considerando a observação do Nunão que seria quase impossível sustentar navios (juncos) feitos com madeira?
Comprimentos de 70 ou até mais de 100 metros como dizem…em madeira?
https://www.archdaily.com.br/br/950004/da-antiguidade-aos-dias-de-hoje-sistemas-modulares-na-arquitetura-tradicional-chinesa
O jeito que tem é ir ver. Pesquisar lá. Ver não vai dar porque não sobrou. Mas tem quem defenda essa tese que usavam construção modular nesses juncos enormes.
Esteves, bom dia.
Acho que você vai gostar deste artigo:
http://www.icm.gov.mo/rc/viewer/30027/1887
“ O JUNCO CHINÊS: DO ESBOÇO DE UMA CRONOLOGIA À CRONOLOGIA DE UM ESBOÇO”
Fala dos navios gigantes e da controvérsia. Não exatamente da “construção modular” que você defende, mas de outras técnicas que poderiam superar o limite ocidental dos cerca de 100m de comprimento para navios de madeira.
Muito obrigado 😀
Pena que essa reflexão está mais localizada no século XVI.
Não diz nada sobre construção modular. Esteves e minhas teses mirabolantes. Ainda assim…para chegar às medidas que estão citadas no texto e construir sem máquinas e prensas viradeiras…ok, o bambu é flexível, precisavam de muita mão de obra.
Mas tem os compartimentos, alojamentos, dizem que em alguns navios havia até cultivo…hortas. Moradias.
Materiais compósitos…naqueles anos. Quem diria. Não à toa essa gente lança tantos navios. É DNA.
Preferia estar numa nau, muito manobrável, canhões com maior alcance, com uma tripulação experiente, ou num desses juncos?
Em Malaca (1513) foram 10 naus e outros navios mais pequenos contra 40 a 60 Juncos e outros navios menores transportando 10 000 soldados.
Portugal não perdeu nenhum navio.
São bons navios, muito resistentes, mas têm as suas limitações.
Tiveram. Sem dúvida.
https://www.naval.com.br/blog/2022/02/02/nemesis-a-canhoneira-britanica-apelidada-pelos-chineses-como-o-navio-do-diabo/
Não tenho conhecimento estrutural, fico na mão de vocês e leio com atenção.
Mas nos textos do Marco Polo de fato da a entender que havia algum tipo de inovação estrutural nesse sentido.
Agradeça ao Nunão. Paciência de Jó.
Falou o antiamericano do Mengao
Não sou antiamericano
Só não sou bajulador…
Tem um episódio daquela série Inventos da Antiguidade que fala da frota de Zheng He. Embarcações impressionantes de qualquer modo.
Destinados a grandeza desde o início!!!
O ato de jogar fora de forma voluntária a oportunidade de um futuro brilhante foi a coisa mais brasileira que os chineses fizeram em toda a sua história kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Boa Mirão, kkkkkkk
No excelente livro “1421: O Ano em que a China Descobriu o Mundo”, o ex comandante de submarino inglês Gavin Menzies detalha essa epopéia chinesa. Detalhe: eles estiveram no Brasil, 100 anos antes de Portugal. E existem provas disso.
PS: outro detalhe interessante, é que no livro o autor prova que Portugal só resolveu “descobrir” o Brasil, depois de ter acesso a mapas criados nessas expedições de Zheng He.
Vale a pena a leitura!
Excelente matéria!!!