Submarino ‘Arpão’ da Marinha Portuguesa realiza a sua maior viagem no Atlântico Sul

7

O NRP Arpão largou na manhã de 4 de abril da Base Naval de Lisboa para participar na Iniciativa Mar Aberto, no Atlântico sul, até ao início de agosto.

Durante 120 dias de missão o NRP Arpão irá percorrer mais de 13.000 milhas, realizar cerca de 2.500 horas de navegação e visitar dois continentes e cinco países: Cabo Verde, Brasil, África do Sul, Angola e Marrocos, contribuindo para o estreitamento das relações de cooperação militar e diplomáticas entre Portugal e cada um dos países visitados, com especial enfoque nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que este ano se realizará na África do Sul e contará com a presença do Presidente da República.

O NRP Arpão será o primeiro submarino português a realizar uma missão deste tipo, sendo também a primeira vez que um submarino nacional cruza a linha do equador, tendo para isso posto à prova a capacidade logística operacional da Marinha.

A cerimônia contou com a presença do Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, entre outras entidades.

O submarino Arpão tem uma guarnição de 35 militares e é comandado pelo capitão-de-fragata Taveira Pinto.

Gráfico: Diário de Notícias

FONTE: Marinha Portuguesa

Subscribe
Notify of
guest

7 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Willber Rodrigues

O azar de Portugal é que são apenas 2 subs, pra uma ZEE que não é nem um pouco pequena…

Dalton

Uma terceira unidade foi cancelada. A marinha portuguesa por uns poucos anos já chegou a operar com 4 submarinos no início da década de 1970 até um deles ser vendido para o
Paquistão em 1975, então, esperava-se que os 3 remanescentes eventualmente seriam substituídos por outros 3, mas, o orçamento não permitiu e os dois adquiridos o foram debaixo de forte suspeita de corrupção.

Zé Rato

Portugal ganhou algumas capacidades com estes submarinos, mas infelizmente a Marinha também foi perdendo outras. Se não me engano e a minha memória ainda funciona, por volta de 1998 houve um golpe de estado na Guiné-Bissau, com umas semanas de guerra civil e intervenção militar de países vizinhos. Na altura, a marinha portuguesa enviou para lá 3 navios, uma fragata, uma corveta e um navio reabastecedor polivalente, para alimentar a logística dos outros dois navios. Essa pequena frota, com os helicópteros da fragata a trabalharem muito, serviu para resgatar cidadãos estrangeiros de várias nacionalidades, para distribuir ajuda humanitária e para… Read more »

joaosilva

Na altura divulgou-se a noticia que a frota estava a chegar e a Capital Bissau ficou deserta. O povo fugiu com medo dos Portugueses (que vinham para os ajudar!) Pessoalmente acho que a nossa Armada deveria ter 2 fragatas para as missões da OTAN tradicionais e 2 ou 3 fragatas diferentes adaptadas para operações em África, equipadas com hangar para 2 lynx ou 1 Merlin, canhão de 127mm para apoio de fogo de longo alcance, hospital, duas grandes lanchas para utilizações diversas assim como espaço de carga para transportar ajuda humanitária ou um destacamento de forças de manutenção de paz.… Read more »

Willber Rodrigues

Mas isso é a mesma situação da grande maioria das marinhas do mundo.
Quando a oferta abundante de material semi-novo pós-guerra Fria cessou, e com o crescente aumento dos custos de qualquer navio e armamentos, quase todas as Marinhas do mundo diminuíram de tamanho, até a USNavy.

Otto Lima

A título de esclarecimento, na Marinha Portuguesa, praças são apenas os cabos, marinheiros e grumetes. Os sargentos formam uma categoria à parte.

Underground

Curiosidade: é comum o pessoal fazer limpeza de cracas em navios, mas nunca vi fazerem em submarinos. Mais: e nesses submarinos que recebem emborrachamento?