Relatório ao Congresso dos EUA sobre Estrutura da Força Naval e Construção Naval
O seguinte é o relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA de 19 de abril de 2023, Estrutura da Força da Marinha e Planos de Construção Naval: Histórico e Questões para o Congresso
O tamanho e a composição atuais e planejados da U.S. Navy, a cadência anual de aquisição de navios da Marinha, a perspectiva de acessibilidade dos planos de construção naval da Marinha, a capacidade da indústria de construção naval dos EUA de executar os planos de construção naval da Marinha e as propostas da Marinha para aposentar os navios existentes tem sido assuntos de supervisão para os comitês de defesa do Congresso por muitos anos.
Em dezembro de 2016, a Marinha dos EUA divulgou uma meta de estrutura de força que exige atingir e manter uma frota de 355 navios de determinados tipos e números. A meta de 355 navios tornou-se política dos EUA pela Seção 1025 da Lei de Autorização de Defesa Nacional FY2018 (H.R. 2810/PL 115-91 de 12 de dezembro de 2017). A meta de 355 navios é anterior às estratégias de defesa nacional dos governos Trump e Biden e não reflete a nova arquitetura de frota mais distribuída (ou seja, novo mix de navios) para a qual a Marinha deseja mudar nos próximos anos.
A Marinha e o Gabinete do Secretário de Defesa (OSD) trabalham desde 2019 para desenvolver um sucessor para a meta de nível de força de 355 navios que refletiria a atual estratégia de defesa nacional e a nova arquitetura da frota, mas não foi capaz de chegar ao encerramento em um objetivo sucessor. O plano de construção naval FY2023 de 30 anos (FY2023-FY2052) da Marinha, lançado em 20 de abril de 2022, apresenta os resultados de três estudos sobre possibilidades para a meta de nível de força sucessora da Marinha. Esses estudos pedem uma futura Marinha com 321 a 404 navios tripulados e 45 a 204 grandes superfícies e veículos subaquáticos não tripulados (UVs).
O orçamento proposto pela Marinha para o ano fiscal de 2024 solicita US$ 32,8 bilhões em financiamento de construção naval para, entre outras coisas, a aquisição de nove novos navios, incluindo um submarino de mísseis balísticos da classe Columbia (SSBN-826), dois submarinos de ataque da classe “Virginia” (SSN-774), dois destróieres da classe “Arleigh Burke” (DDG-51), duas fragatas da classe “Constellation” (FFG-62), um submarino AS(X) e um navio-tanque da classe John Lewis (TAO-205).
O orçamento proposto pela Marinha para o ano fiscal de 2024 também propõe a retirada de 11 navios, incluindo dois relativamente jovens Littoral Combat Ships (LCSs). O plano de construção naval FY2024 de cinco anos (FY2024-FY2028) da Marinha inclui um total de 55 navios, ou uma média de 11 por ano. Dada uma vida útil média de superfície de 35 anos para navios da Marinha (um fator de planejamento que pressupõe que todos os navios da Marinha seriam mantidos em serviço até o fim de suas vidas úteis esperadas), uma cadência média de construção naval de 11 navios por ano, se mantida por 35 anos, aumentaria o tamanho da Marinha para 385 navios em um período de 35 anos (ou seja, na década de 2060).
A Marinha caiu abaixo de 300 navios de força de batalha (os tipos de navios que contam para o tamanho cotado da Marinha e a meta de estrutura de força de 355 navios da Marinha) em agosto de 2003 e geralmente permaneceu entre 270 e 300 navios de força de batalha desde então. Em 17 de abril de 2023, a Marinha incluía 296 navios de força de batalha. A Marinha projeta que, de acordo com a apresentação do orçamento do ano fiscal de 2024, a Marinha incluiria 293 navios de força de batalha no final de FY2024 e 291 navios de força de batalha no final de FY2028.
O plano de construção naval FY2024 de 30 anos (FY2024-FY2053), lançado em 18 de abril de 2023, semelhante ao plano de construção naval FY2023 de 30 anos (FY2023-FY2052), lançado em 20 de abril de 2022, inclui três perfis de potenciais navios de 30 anos e projeções de nível de força de 30 anos resultantes, referidos como PB2024 (orçamento do presidente para o ano fiscal de 2024), Alternativa 2 e Alternativa 3. PB2024 e Alternativa 2 não assumem nenhum crescimento real (ou seja, acima da inflação) no financiamento da construção naval, enquanto a Alternativa 3 assume uma certa quantidade de crescimento real no financiamento da construção naval.
Sob o PB2024, a Marinha aumentaria para um pico de 331 navios tripulados em FY2039-FY2040 e depois diminuiria para 319 navios tripulados em FY2053. Sob a Alternativa 2, a Marinha aumentaria para um pico de 331 navios tripulados no ano fiscal de 2039 e depois diminuiria para 328 navios tripulados no ano fiscal de 2053. Sob a Alternativa 3, a Marinha aumentaria para 356 navios tripulados no ano fiscal de 2042 e continuaria aumentando para 367 navios tripulados no ano fiscal de 2053.
Clique na capa do documento abaixo para ler o relatório em inglês, no formato PDF.
A marinha dos EUA com tanto dinheiro, e de fato, não vemos tantos navios novos (é uma corrupção e queima de dinheiro enorme). Enquanto no outro lado do planeta os caras fazendo dez vezes mais com metade. Os EUA estão decaindo por conta deles mesmos…
Não dá para dizer que seja corrupção, mas custo do trabalhador americano, com direitos trabalhistas muito maiores. No mais, os investimentos em desenvolvimento de novas tecnologias têm sido relevantes. Posto isso, simplesmente ter uma Marinha maior significa ter custos maiores no futuro.
Sim, a Marinha da China vai continuar se expandindo, mas vai chegar um ponto da curva em que a eficiência irá começar a decair.
No resto, o ser humano é o ser humano em qualquer lugar do planeta: jovens chineses só pensam em jogos virtuais e parte dos novos trabalhadores não querem mais ir para a indústria.
E os jovens americanos só pensam em bancar os guerreiros da justiça social no TikTok.
Entre ambos, com certeza aposto nos chineses para manterem o futuro da nação.
Quando não sabem se são meninos ou meninas, kkkk
“Não dá para dizer que seja corrupção, mas custo do trabalhador americano, com direitos trabalhistas muito maiores.” De onde vc tirou que nos EUA tem Direitos Trabalhistas? Lá em relação a Direitos Trabalhistas é pior que a Cina. e é melhor pesquisar quanto ganham os funcionários de empresas chinesas de construção naval e tecnologia, vc vai ficar surpreso.
Que mané, direitos trabalhistas!
O fato é que as cadeias de suprimentos e escalas de produção dos chineses são muito maiores e mais eficientes que a dos americanos.
Não se iluda.
Os americanos ficaram para trás.
Já saiu reportagem aqui sobre o domínio chinês na construção naval mundial.
A China, em 2022, dominou quase 50% da construção naval mundial.
Mais precisamente 47,3%
Quer competir com ela?
Boa sorte!
Luis Carlos, você já foi advertido mais de uma vez. Respeite os demais ou será bloqueado. Chamar outro comentarista de “mané” não acrescenta nada ao debate.
Este é o último aviso. Leia as regras do blog:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
A China só essa potência porque não respeita os direitos humanos da própria população.
A população trabalha igual escravo porque e o governo que manda em tudo não há liberdade igual nós Estados Unidos, simples assim.
De qual planeta, veio esse sem noção?
Claudio, mantenha o respeito. É perfeitamente possível debater com o outro comentarista sem chamar a pessoa de “sem noção”. Depois o ofendido revida e isso vira uma bola de neve.
Ajudem a manter esse espaço bom para o debate. E se não quiserem ajudar, pelo menos não atrapalhem.
Leiam as regras do blog:
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Fiquei com dúvida sobre a sua lógica. A culpa é do custo do trabalhador americano? Gestão, formação de recursos humanos para o século XXI e geração de interesse desta nova geração, planejamento, uso e aplicação não tem nada a ver? A busca por inovação e novas tecnologias é inerente a forças que querem subir de nível. E isto se aplica a todas as FAs de todos os países.
É preciso levar em conta também que navios necessitam mais manutenção depois dos 20 anos de vida ainda mais quando se quer tirar deles 40 ou 50 anos como no caso dos NAes que precisam passar por modernização de meia vida e reabastecimento dos reatores nucleares o que consome mais de 4 anos e custa bilhões de dólares. . Uma força de submarinos exclusivamente de propulsão nuclear também necessita um grande aporte financeiro bem como a reciclagem dos mesmos depois que dão baixa e apesar de já se ter gasto centenas de milhões de dólares com a reciclagem do ex-USS… Read more »
De Volta às Aulas.
Uma comédia muito divertida de 1986 sobre um milionário empresário da construção civil insatisfeito com o filho, que decide retornar ao colégio.
Em uma das cenas, uma prova sobre custos…se a memória não falha…o empresário somou 5% ao resultado final. Indagado pelo professor que conta era aquela, a resposta foi:
— Corrupções. Todos sabem que pagamos 5% para a corrupção.
Queimar dinheiro é com eles mesmos,seja em projetos mal nascidos ou dispendiosos… Basta ver o filme sobre o veiculo de combate bradlley… O Pentágono está tentando colocar em produção um novo veículo blindado para substituir o envelhecido M113. O objetivo principal era um veículo que pudesse levar as tropas de combate para a batalha da forma mais rápida e segura possível. Então, quando o projeto foi finalmente estabelecido, alguns generais decidiram que queriam que o Bradley Armored Personnel Carrier também pudesse realizar missões adicionais. Portanto, um canhão maior foi adicionado, o que o tornou maior. Como era maior, tornou-se mais um alvo, então uma… Read more »
Fato que a capacidade de produção naval e industrial norte americana, não chega nos pés da chinesa no atual momento. Um orçamento descomunal, que em boa parte vai para corrupção! Estoques de munições baixos, aviões bilionários que só servem para atacar rebeldes de sandálias e Toyotas. Navios como LCS, Zuwalt, F35, bilhões desviados. Nem adianta mimimi que existe trabalho escravo na China, que essa daí já tá velha
Existe corrupção na China também e por conta de uma menor transparência não se sabe se tudo o que eles fazem por lá é tão melhor assim e/ou existam estoques ilimitados seja do que for e por exemplo, em armas atômicas estão bem distantes dos EUA e Rússia. . A existência de “LCS” e “Zumwalt” já foi explicada inúmeras vezes, destinavam-se a outro tipo de guerra e adversário, era o que se vislumbrava 20 anos atrás quando até mesmo se passou a encomendar apenas um submarino (SSN) por ano até que pouco mais de 10 anos atrás voltou-se a encomendar… Read more »
O erro é comparar os orçamentos militares em dólares americanos. A conversão pelo câmbio não demonstra o real poder de compra da moeda chinesa. O PIB chinês do ano passado foi de U$ 19 tri enquanto o dos EUA foi de U$ 25 tri. Porém quando olhamos para o PIB PPP a China atingiu U$ 33 bi em 2022. Ou seja, a China produz 73% mais do que o câmbio indica. A grosso modo os militares chineses possuem um orçamento militar com capacidade de “adquirir” 73% mais do que o valor em dolar americano indica. Isso é quase o dobro.… Read more »
São opções. Os EUA desistiram de manter uma indústria naval, passando a comprar navios da Coreia, China, Japão, etc. Só restaram alguns estaleiros navais militares. Com isso perderam escala e os custos subiram. Mas foi uma escolha, com o investimento indo para indústrias mais rentáveis. À medida que a China cresce e o custo da mão de obra aumenta, indústrias deixam o país e vão para locais com menor custo. No momento a produção de roupas já está indo para Bangladesh, Índia, Tailândia e Indonésia. Com o tempo, o enriquecimento da população e o envelhecimento populacional, outras indústrias tendem a… Read more »
“o que eles divulgam”. Você acredita cegamente no que divulga a autocracia chinesa? E já começaram a fazer navio de guerra com bateria tbm, já que é o país que mais se beneficia dessa intubação mundial na indústria automotiva?
Não se usa mais a designação LAW (Light Amphibious Warship) mas LSM (Medium Landing Ship). Aqui:
https://news.usni.org/2023/04/14/report-to-congress-on-navy-medium-landing-ship
Deveria ter estudos aprofundados para melhorar de fato o uso desses bilhões de dólares. Otimizar o uso do dinheiro, seja nos EUA ou na China é algo extremamente chave nos dias atuais. Pelo texto foca-se mais na quantidade de meios. Será que só ter subnucleares compensa!? A recarga/desmantelamento leva muitos bilhões embora.
Você…seria capaz de dizer porque eles fazem essas coisas sem aprofundar os estudos?
É claro que existem leis trabalhistas nos EUA. O movimento sindicalista norte-americano apareceu formalmente em 1827, 3 anos após surgir na Inglaterra. Algumas diferenças com e entre a legislação trabalhista brasileira. EUA: férias definidas pelo empregador, inexistência de aviso prévio na demissão e inexistência de fundo de garantia que no Brasil já serve pra comprar. Na China como nos EUA existe previdência social, salário mínimo federal, hora extra, semana de 40 horas. A diferença fundamental é que o governo chinês reconhece somente um sindicato enquanto nos EUA são quase 150. E o sindicato que o governo chinês reconhece é ele… Read more »
Pois é, será que há sequer fóruns como esse daqui na China? Indivíduo falando em grandeza de um país onde não há grandeza no indivíduo daquele país.
Assim como existiram surtos construtivos navais no Brasil, também existem surtos de comentários. É uma onda. As vezes tsunamis. Afastam ao mesmo tempo que aglutinam outros semelhantes.
“Se eles seguissem sua proposta diminuíriam seus custos, além de poder ganhar mais dinheiro vendendo belonaves novas para nações amigas. Eles sequer usam submarinos convencionais, apenas nucleares. O mercado de venda de navios e submarinos é dominado pelos europeus, russos e agora chineses.”
Pérola.
Os americanos preferem DEIXAR DE LUCRAR a arriscar-se a criar uma potência “regional” (que seja) ao sul do Rio Grande!
O Canadá só não os faz sentir-se ameaçados porque sua população é de menos de um oitavo da população dos EUA!
Existem motivos para os norte-americanos considerarem os canadenses como ameaçadores?
Fronteiras, línguas e idiomas, raças, religiões, comidas, frio, gente, sociedades, representam uma expressão única…ainda que nos negócios existam divergências. São 2 mãos pegando em uma maçaneta.
Deixar de lucrar. Os EUA têm programas de transferência de meios e fazem vendas. Mas…decidem para quem.
1st test of naval BMD (ballistic missile defence) interceptor from a ship by drdo and Indian navy