O gráfico baixo feito por Damien Salmon mostra as operações com porta-aviões da Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA Navy), em dezembro de 2022 e abril de 2023.

Segundo o CDR Salamander, os chineses têm um longo caminho a percorrer na curva de aprendizado na condução de operações de porta-aviões. Mas estão evoluindo, seguindo um caminho cuidadoso, constante e de longo prazo.

A geografia não favorece a República Popular da China. Para chegar ao Pacífico aberto, os navios chineses precisam passar por três não amigos; Taiwan, Japão e Filipinas – e então, quando o fazem, eles têm os americanos em Guam.

Os chineses estão construindo a maior marinha do mundo e suas ações nos últimos 30 anos correspondem ao seu ambiente estratégico. Abaixo do gráfico, um vídeo do canal estatal chinês CGTN chamado “Geração Águas Azuis”.

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Dalton

Um pequeno erro de digitação no primeiro paragrafo …onde se escreveu ” 2002″ o correto é 2022.

Velho Alfredo

É muito importante para a China desenvolver plenamente sua capacidade em Porta-Avioes se ela realmente quiser ser o que se propoe a ser. EUA, Franca e GB tem utilizado esse meio desde a II GM pra ter essa capacidade plena hj, e creio q a GB nao a tenha da mesma forma mais. Pousos e decolagens noturnas, em mau tempo, com o estresse do combate… ter o feeling de quando lancar uma operacao sob condicoes adversas ou nao… Ou seja, conquistar experiência operacional desse recurso. A Russia, q ha muitos anos tem esse meio, quando foi operar na Siria, viu… Read more »

Esteves

Propõe ser.

Acho que a China não quer sair de lá. Quer mostrar poder lá mesmo.

No One

No caso russo, o desdobramento do Kuznetsov foi essencialmente propagandistico. Ficou mais que evidentemente as limitações do CVBG russo e em geral das suas forças de projeção e oceânicas. Carência de pilotos, falhas frequentes dos cabos de parada, propulsão moribunda e o estado geral do navio que encontrava-se em condições extremamente duvidosas reduziram o número de surtidas . A ala aérea, já bastante diminuta ( 10/12 caças, além das limitações de peso das aeronaves), teve que operar a partir da base de Khmeimim, na Síria. Os PAs não são todos iguais nas capacidades; nem todo mundo consegue ter um PA;… Read more »

Erick Barros

Estratégica e historicamente, porta-aviões não são fundamentais para os russos.
A área de atuação para eles, e que são as mais importantes do Mundo, são Europa e Ásia.
E ees têm fácil acesso a esses dois territórios por terra.

Machado

O plano original da Rússia era possuir 04 porta aviões. Acho que eles nunca vislumbraram porta aviões CATOBAR. Diferente dos norte americanos, eles não tem doutrina de projeção de poder além mar por serem uma civilização terrestre. Para eles, o porta aviões é mais para defesa da frota. Outra, para eles os porta aviões são apenas grandes alvos para seus poderosos mísseis e submarinos.

Dalton

Pegando um “gancho” no seu comentário machado, cito o que disse Kruschev: ” Os americanos tem uma poderosa frota de NAes – ninguém pode negar isso. Admito que tenho um certo desejo de ter alguns em nossa marinha, mas, simplesmente não temos os meios para fabrica-los.” . Isso foi na década de 1960, mas, na década seguinte surgiram os NAes híbridos da classe Kiev que seriam seguidos pelos dois que se tornaram o “Almirante Kuznetsov” e o “Liaoning” e que seriam seguidos por NAes do tipo “CATOBAR”, mas, a URSS chegou ao fim antes disso. . A Rússia, mais de… Read more »

Guilherme Lins

A velha mentira repetida desde sempre… Os soviéticos construíram dois navios da classe kuznetzov e estavam a desenvolver o projeto 1153 Ulyanovsk, eles sabem bem das capacidades de um porta-aviões. Se não os têm hoje, é por pura e simples incapacidade mesmo, tanto técnica quanto financeira.

Cristiano de Aquino Campos

A marinha Russa, sempre priorizou os submarinos, todos os demais meios navais de longo alcance deles, se destinavam a dar apoio a força de submarinos. Por isso seus Cruzadores eram prioritariamente projetados como navios de ataque anti-navio e com forte defesa anti-aérea de longo alcance. Seriam o núcleo de uma frota de defesa de navios de apoio logístico para os submarinos nucleares numa guerra nuclear. Suas forças de desembarque anfíbio e composta até hoje, em navios modernos, de navios de pequeno porte para uso em mares interiores como o Baltico, mar negro, e as suas ilhas no Pacífico e mar… Read more »

Dalton

Pegando um gancho no comentário, a prioridade russa continua sendo os submarinos mas há também a necessidade de se ter alguma projeção em águas azuis, no momento limitada em questão de tamanho às fragatas classe Almirante Gorshkov deslocando 5400 toneladas carregadas e enquanto não se inicia a construção de uma versão de maior tamanho moderniza-se o que se pode como os “velhos” Udaloys da década de 1980. . Os navios anfíbios russos são de fato “pequenos” deslocando menos de 5000 toneladas carregados, mas não são modernos e sim da época da URSS principalmente da década de 1970 a exceção sendo… Read more »

leonidas

a razão dos russos não terem porta aviões e uma marinha realmente compatível a uma superpotência se refere a certos pontos: A geografia não foi boa com a Rússia, todas as suas saídas para o mar estão sobre controle da Otan, No Báltico, no Mar Negro e mesmo no Ártico além do fato que ele congela metade do ano. Outro ponto é que ao contrário dos EUA nação capitalista que em decorrência disso faz sua potencia financeira através de comércio amplo com baixos valores de frete (devido a garantia de proteção da US Navy) a URSS além de ser herdeira… Read more »

No One

A premissa foi sensata, já a conclusão foi incoerente. A lógica não é o SSN ou o PA, pelo contrário, o raciocínio é o ssn E (+) o pa . Há dialética e nexo entre as funções de ambos os meios. São complementares. O problema reside no fato quepara ter um PA realmente efetivo, custa caro- extremamente caro- ainda mais um supercarrier. Dezenas de vezes mais caro para ter uma ferramenta completa e funcional. Nesse sentido, se os seus recursos são limitados e as prioridades são inúmeras, o custo benefício do SSN é mais atrativo, mas se o seu rival… Read more »

leonidas

velho, vou pedir para vc especificar exatamente onde ocorreu a incoerência pois sinceramente me perdi nas suas considerações, de modo que não consegui definir exatamente se você aponta uma incoerência por não ter entendido algo no meu post ou por ter entendido mas discorda …

No One

Você elencou várias razões que justificam e explicam o hiato entre a marinha russa e a US Navy. São compreensíveis, Moscou è prevalentemente uma potência terrestre, raramente alcançou um poder naval expressivo, capaz de ir além do seu quintal. Observe-se por exemplo a segunda guerra mundial, enquanto os alemães gastavam rios de recursos no atlântico, a atuação russa sobre os mares foi quase inexpressiva quando comparada com os outros protagonistas da guerra. A exceção foi na guerra fria sob Gorshkov, que defendia a necessidade de ter uma marinha de águas azuis: a frota soviética cresceu exponencialmente, não só nos números… Read more »

leonidas

Ah ok, mas na verdade minha ressalva sobre a capacidade de sobrevivência de um PA apesar de ter relacionado os Soviéticos é no sentido de ressaltar que a funcionalidade deles se dá em tempos de paz em ambiente controlado (contra um adversário mais fraco) e não necessariamente como sendo um dos motivos que pesou na escolha soviética até porque eles estavam a caminho de fazer a mesma saga chinesa com o Kusnetsov.
Valeu pelo retorno!

carlos mendes

Disse isso a 4 meses e nossa a clake ficou agitada contra. ” Pousos e decolagens noturnas, em mau tempo, com o estresse do combate… ter o feeling de quando lançar uma operação sob condições adversas ou não…” Sem isso não estão nem próximos dos EUA nesse quesito.

Angelo

Poderio de respeito, se não na qualidade, na qtidade pelo menos…..rsrsrsrs

Allan Lemos

Quem disse que não tem qualidade?

Wellington R. Soares

Com certeza os produtos da China possuem qualidade, até porque lá é o centro fabril do mundo. Aqui na loja que trabalho, só para você ter uma ideia, todos os discos de corte, seja de ferro, concreto ou porcelanato são de fabricação chinesa, isso que trabalho com várias marca (cortag, wurth, bosch, thompson). Ao longo dessa últimas décadas as principais empresas do mundo instalaram suas fabricas na China e quem trabalha nelas são os Chineses. Além do trabalho em si, foi transferida muita tecnologia e conhecimento para eles. Talvez se comparar esse porta aviões com algum dos EUA, eu acredito… Read more »

Wellington R. Soares

Só dei um exemplo de discos, mas acaba se aplicando na maioria dos produtos, furadeiras, serra mármore, etc….

Heinz

Quando eu lembro que a pouco tempo atrás os chineses estavam pedindo para nós ensinarmos a eles o uso de porta aviões…. E agora eles são essa potência, é de chorar

Dalton

Há um pouco de exagero nisso Heinz porque o “São Paulo” não estava operacional quando houve essa tratativa muito incipiente, na verdade depois de 2004 se não me falha a memória ele nunca mais operou com aeronaves de asa fixa e pouco coisa com helicópteros. . O que se veiculou de forma modesta na época é que os chineses eventualmente poderiam fornecer os recursos para que o “São Paulo” voltasse a tornar-se operacional e assim poderem usufruir da expertise brasileira de operar um NAe “CATOBAR” já que estava dentro dos planos chineses vir a ter um na década de 2020… Read more »

Macgaren

Vamos exportar para eles agora o expertise em logistica.

Fabricio Lustosa

E o Biden disse, esses dias, que vai tentar a reeleição…ele devia é tentar se manter de pé, a questão de saúde deplorável do mesmo, dada a avançada idade, é notável. Se Trump conseguir se candidatar ano que vem, tem uma chance grande de ser eleito. Não a toa a perseguição contra o mesmo – e viva os EUA! Judiciário sério! Instituições que funcionam! Tá sertu… Sendo eleito Trump, os olhos dos EUA se voltam novamente para confrontar a China e vai ser interessante como ele vai tratar a questão ucraniana, considerando ainda os bilhões e bilhões (empréstimos que vão… Read more »

Manus Ferrum

Acredito que a marinha chinesa está treinando visando uma guerra naval aonde os aviões são o lado ofensivo e as embarcações, pelo menos as de superfície, são o lado defensivo.

Tutor

E pra quem lembra que há uns 10, 12 anos atrás tinha uma “putênfia” que estava meio que ensinando os chineses a operar porta-aviões!!
Devemos rir ou chorar?

Last edited 1 ano atrás by Tutor
Bosdesniavranka

Alvos…

João Gomes de Moura neto

Acho que os chineses não vão investir em porta aviões mais na frota de rápida ação que tem mais rápido reação e defesa.