Marinha Real Britânica: primeira Type 31 vai ganhando forma na Escócia
Fotos da fragata HMS Venturer, em avançado estágio de construção no estaleiro Babcock em Rosyth (Escócia), foram divulgadas pela Marinha Real Britânica por ocasião da chegada dos primeiros tripulantes às instalações
Na quarta-feira passada, 12 de julho de 2023, a RN (Royal Navy – Marinha Real Britânica) divulgou uma série de fotos do atual estágio de construção da primeira fragata Type 31, a HMS Venturer. Apesar de ser a líder desta nova classe de cinco fragatas, a Venturer não dá nome à mesma que é chamada pela RN de “Inspiration class”, ou simplesmente “Type 31 Frigate”.
O nome desse grupo de navios, “Inspiration”, ou “inspiração” homenageia tanto a engenhosidade de seus projetistas quanto os feitos relacionados aos nomes destinados à classe, pois já batizaram embarcações que fizeram história na Marinha Real. Caso por exemplo do nome Venturer, que foi um submarino da Segunda Guerra Mundial que se notabilizou por afundar com um torpedo um submarino inimigo, quando ambos estavam submersos. Os outros navios da classe receberão os nomes Active, Formidable, Bulldog e Campbeltown.
Já sobre a engenhosidade, a explicação da Marinha Real é que a nova estratégia de construção de navios, assim como a encomenda dos mesmos, segue um caminho diferente do passado, colocando agora a indústria e a Defesa para trabalhar lado a lado.
As fotos do navio em avançado estágio de construção (cerca de 20 imagens, das quais selecionamos algumas para esta matéria) foram divulgadas juntamente com uma publicação sobre a chegada de seus primeiros 9 tripulantes, de um total que vai ultrapassar 100 pessoas. Esses precursores têm a tarefa de já se preparar para pôr o navio em serviço, conhecendo seus detalhes enquanto ainda é construído, começando também a escrever o manual de operação da classe.
Após o fim da construção, cada um dos cinco navios passará por um período de atualização de capacidades sob a responsabilidade do Ministério da Defesa, assim como provas de mar, até a entrada em serviço na Marinha Real.
A fragata HMS Venturer teve sua construção iniciada em setembro de 2021, e deverá deixar as instalações do estaleiro Babcock, na cidade escocesa de Rosyth , daqui a um ano.
Além das cinco fragatas Type 31, consideradas de “emprego geral”, a Marinha Real está construindo a classe “City” (Type 26) de oito unidades, cuja suíte de armamentos e sensores é mais sofisticada e voltada principalmente à guerra antissubmarino (ASW).
Ainda assim, a classe “Inspiration” não será desprovida de novidades sofisticadas: ela será a primeira a operar novos radares 4D na RN. Como armamentos principais, as fragatas Type 31 terão um canhão Bofors 57mm Mk3 e dois Bofors 40mm Mk4, cujo contrato de aquisição com a BAE Systems (cinco do primeiro tipo e dez do segundo) foi anunciado em outubro de 2020, com entregas esperadas para 2023 e 2024. Os canhões são fabricados em Karlskoga, na Suécia.
Os navios também serão equipados com o sistema Sea Ceptor de mísseis superfície-ar e poderão embarcar um helicóptero Wildcat ou Merlim. O projeto também inclui baias para abrigar três lanchas, com emprego em ações antipirataria, antinarcóticos e de assistência. Há provisão para um espaço de 119 metros cúbicos para acomodar até seis conteineres de missão de 20 pés, permitindo aos navios modificar ou aprimorar suas capacidades para se adaptarem a mais de um tipo de missão.
No caso dos cinco navios da classe “Inspiration”, espera-se que sejam capazes de cumprir missões de segurança marítima em qualquer lugar do mundo onde a presença de um combatente de superfície da Marinha Real seja necessária, o que vai desde missões de combate ao tráfico de drogas no Caribe à presença no Oriente Médio, operações com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Mediterrâneo, assim como missões de coleta de inteligência e de ajuda humanitária.
As fragatas Type 31 de emprego geral complementarão as Type 26 de emprego antissubmarino e os destroieres antiaéreos Type 45, ao mesmo tempo em que liberarão das tarefas de segurança marítima estas duas outras classes, mais especializadas, que assim poderão se dedicar mais às tarefas para as quais foram projetadas.
Ainda segundo a RN, todos os cinco navios da classe já estão em algum estágio de construção nas instalações de Rosyth, com o casco da futura fragata HMS Venturer se destacando no galpão de montagem.
Principais características da classe “Inspiration”, ou Type 31:
- Deslocamento: 5.700 toneladas
- Comprimento: 138,7 metros
- Boca: 19,8 metros
- Armamento: 1 canhão Bofors 57mm Mk3; dois canhões Bofors 40mm Mk4, sistema Sea Ceptor de mísseis superfície-ar
- Radares de vigilância aérea (4D) e de direção de tiro
- Baias para 3 lanchas
- Hangar e convoo para operação de 1 helicópero Merlin ou Wildcat
- Espaço de missão adaptável: total de 119 metros cúbicos para até 6 conteineres de 20 pés.
- Propulsão CODAD: alcance de 7.500 milhas náuticas; velocidade máxima superior a 26 nós.
- Tripulação: 107
Acima, concepções artísticas da fragata Type 31, com a imagem de baixo mostrando a suíte de sensores, armamentos e outras características. Algumas das indicações foram atualizadas desde a concepção das imagens, como por exemplo o radar de vigilância, que agora é denominado Thales NS 110 4D (segundo a Thales, as “quatro dimensões” representam Azimute, Elevação, Alcance e Doppler).
Um show de fragata !!!
Era tudo que o Brasil precisava !!!
Mas acredito que o preço não ficou muito lá nas pretensões do País (Caro demais), então vamos de Tamandaré mesmo !!!💪⚓️
Nem me lembro se entrou na concorrência essa daí 👀
Vamos de Tamandarés mesmo… Esteves, o Tradicional, ganhou um fusca que bateu e tombou. Um dos tombos foi naquela praça enfrente ao estádio. Esteves vinha descendo a avenida Morumbi e largou o Fusca. Pra ver. O fusca tombou com o braço do Esteves preso na janela. Durante toda a raspagem no solo, viu o jovem Esteves, o braço raspando junto. Bacanas ajudaram a desvirar o Fusca. Com medo da bronca e com o braço tipo picanha, Esteves foi dormir depois de jogar sulfa na carne. Dia seguinte, trabalhando, Esteves incomodou-se com o sangue pingando. Fui até a farmácia ao lado… Read more »
“Nem me lembro se entrou na concorrência essa daí” Burgos, É sempre bom lembrar que a disputa de vários estaleiros para a Type 31 britânica ocorria mais ou menos ao mesmo tempo da disputa de 9 consórcios internacionais que mandaram propostas para o programa da classe Tamandaré. Tanto que ambos os programas tiveram seus vencedores anunciados em 2019, o brasileiro em março e o britânico em setembro daquele ano. Uma das propostas era praticamente a mesma nos dois casos, mas não foi essa da Babcock, que ganhou a Type 31 com um projeto dinamarquês. A que concorria ao mesmo tempo… Read more »
Ok Nunão !!!
Grato pelas informações 👍
Navios custam caro.
Quem não tem dinheiro, vai de jangada.
Caro Burgos. A proposta inglesa para o programa FCT era uma corveta baseada na classe Khareef com 2.600 ton de deslocamento. É uma história parecida com o F35 no Fx2. A LM ofereceu o F16 que foi descartado pela FAB. Os ingleses oferecerem uma corveta que foi desclassificada.
Ok Camorgoer !!!
Grato pelas informações 👍
Eu não sugeri que as Tamandarés serão fusca e as 31, Passat.
Eu só contei uma historinha.
Pode parecer pouco, mas será o retorno ao patamar de 19 principais combatentes de superfície, 6 T-45, 8 T-26 e 5 T-31, que se chegou em 2013, com 6 T-45 e 13 T-23, hoje há apenas 16 dos quais 10 T-23 já descontada a fragata Westminster e na expectativa de serem seguidos por 5 T-32 na próxima década quando se poderá chegar ao patamar de 24 unidades, mesmo de 2008/2009. . Apenas como curiosidade, em 2013, a marinha brasileira contava com 14 principais combatentes de superfície ou “escoltas” , 9 fragatas e 5 corvetas, hoje o total é de 8… Read more »
“Com cada navio custando £250 milhões cada, a Marinha Real espera a entrega das primeiras cinco fragatas até 2028.” Preço de produção ou preço posto para a RN? “segue um caminho diferente do passado, colocando agora a indústria e a Defesa para trabalhar lado a lado.” O que significa indústria e Defesa trabalhando lado a lado? O quepe HMS Venturer na imagem…estão, já, contratando parte da tripulação. Esses marinheiros acompanham os diferentes estágios de construção criando vínculos com “seus” navios. Tradição é tradição. Nas divulgações sobre esses navios dizem que missões entre outras serão combater ilícitos e pirataria no Mediterrâneo… Read more »
“Com cada navio custando £250 milhões cada, a Marinha Real espera a entrega das primeiras cinco fragatas até 2028.”
Preço de produção ou preço posto para a RN?”
Até onde sei, preço dos navios sem o armamentos e sensores, que geralmente são adquiridos pelo MD britânico em contratos adicionais. A estimativa é que o custo com tudo incluído seja de 400 milhões de libras.
https://www.meta-defense.fr/en/2023/05/18/the-royal-navy-prefers-the-american-mk41-vertical-launch-system-to-the-european-sylver-for-its-type-31-frigates/
Ainda assim, foi noticiado que a Babcock está pedindo entre 50 e 100 milhões de libras adicionais para o programa inteiro, devido a diversos impactos (pandemia etc) no custo total dos 5 navios:
https://www.naval-technology.com/news/uk-mod-and-babcock-in-dispute-with-type-31-frigate-programme-in-the-red/
“Esses marinheiros acompanham os diferentes estágios de construção criando vínculos com “seus” navios. Tradição é tradição.”
Essa tradição também existe por aqui. A tripulação do submarino Riachuelo, por exemplo, já acompanhava a construção e treinava em simuladores instalados em Itaguaí, na época em que o submarino ainda era construído. Pudemos constatar isso em duas visitas às instalações em 2018.
Bom. Muito bom.
Olá Esteves. O contrato da MB para a construção das 4 FCT é de R$ 9,5 bilhões. Cada fragata FCT descolara cerca de 3,600 ton. Então, cada navio custará cerca de US$ 500 milhões ou cerca de US$ 140 mil por tonelada. Adotando este valor como referência, cada T31 custaria cerca de US$ 790 milhões, ou $ 600 milhões de libras.
Só umas pequenas correções, Camargo: O valor do contrato, divulgado pela Emgepron, é um pouco menos que isso, 9 bilhões e 98 milhões de reais: Sobre o preço das Type 31, a estimativa divulgada oficialmente é de 250 milhões de libras por navio, sem os sensores e armamentos, subindo para 400 milhões de libras com eles (comentei isso e coloquei links de notícias em outro comentário aqui). Lembrando que a suíte de armamentos da Type 31 por enquanto é menos completa e mais barata que a da Tamandaré: um canhão de 57mm, dois de 40mm e 12 células do sistema… Read more »
Diário Oficial Nº 15, sexta-feira, 22 de janeiro de 2021 Página 29.
EXTRATO DE APOSTILAMENTO
Contratante: Empresa Gerencial de Projetos Navais – EMGEPRON, CNPJ n.º 27.816.487/0001-31;
Contratada: Águas Azuis Construção Naval – SPE; CNPJ n.º 36.277.163/0001-63;
Espécie: Primeiro Apostilamento ao Contrato nº EGPN-27/2020- 003/00;
Objeto: Reajuste do valor do contrato nos termos da cláusula 13.8 (Reajustes Contratuais) alterando a cláusula 10ª (Preço) para R$ 9.558.244.484,57 do Contrato Inicial;
Valor Apostilado R$ 459.965.072,29;
Prazo de Vigência: 04/03/2020 a 03/01/2030;
Data de Assinatura: 27/08/2020.
Ah, obrigado!
Essa mudança eu não tinha visto.
Então fiquemos em 9,5 bilhões. Valeu.
Reajustes…
Só pra relembrar, no caso das Type 31 o estaleiro Babcock também pediu reajuste entre 50 e 100 milhões de libras, conforme notícia que postei em outro comentário – ambos os programas tiveram suas seleções feitas antes da pandemia, e contratos negociados ainda ao início desta, quando os impactos na inflação global e de componentes eletrônicos e outros insumos não estavam ainda claros.
Fora os impactos do último ano, por conta da guerra na Ucrânia, que também devem impactar. Ao menos no caso do contrato brasileiro, a melhoria do câmbio poderá compensar parte disso.
Fernando Nunão de Martini.
O Historiador.
Veremos quanto custarão essas Tamandarés.
“ Veremos quanto custarão” Pois é, “custarão”. Tempo futuro. Historiador, como você me caracteriza com razão, pois é uma das minhas qualificações, não tem bola de cristal. Nem jornalistas. Ambos têm que se basear em fatos concretos, do passado e presente, para ter credibilidade e dar alguma opinião sobre possibilidades futuras – lidar com a ideia de futuro, devo ressaltar, também faz parte do trabalho do historiador pois, ao analisar decisões de agentes históricos do passado, o espaço da experiência desses agentes (os limites do conhecimento deles) e o horizonte de expectativas (o que eles esperavam em relação ao futuro… Read more »
Opinião não é achismo. Pandemia, inflação global (isso está claramente demonstrado no mercado de automóveis: os preços vão subindo apesar da queda nas vendas porque a indústria encontrou uma acomodação ideal, uma faixa de preço que o mercado paga apesar disso afetar volumes mas não os lucros), inflação no Brasil, insumos. Fato é que a dolarização do contrato protegeria contra alguma coisa sem mencionar exatamente o que. Fato é que Esteves lá atrás afirmou que haveriam reajustes e necessidades de novas capitalizações…um contrato longo demais para acreditar que os valores iniciais seriam cumpridos. A pandemia virou desculpa pra tudo. Insumos… Read more »
“ Opinião não é achismo.” Jogar a opinião de que haverá reajuste a cada dois anos, sem saber se houve no ano passado (quando se completou dois anos do que foi efetivamente feito) é achismo. “ Ja que o Historiador e Profissional Nunão assume para si as críticas transformando-se em balaústre dessa empreitada” Outro achismo seu. Não assumo crítica alguma nem papel de “balaústre”, afinal quem escreveu “o historiador” ao falar de mim, foi você, e discorri sobre o papel de profissionais ao analisar fatos e opinar sobre o futuro de decisões tomadas, conforme suas qualificações. Então seja você também… Read more »
Nunão,
Teimosia. Tua.
Foram quase 500 milhões adicionais na execução do contrato. Em 2 anos. Não foi o câmbio. Foram custos de execução.
Custos de execução que como qualquer custo de execução é imprevisível. Porque 60% vem de fora e vem com os preços carimbados; porque os 40% estimados como natividade são salários e a pressão salarial já começou.
Vide SINAVAL.
Não estou discutindo isso. Leia de novo meus comentários.
E não fuja da lição de casa:
https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt-br/acessoainformacao/prestacao-de-contas
460 milhões de reais de reajustes ainda em 2020. Se a cada dois anos reajustarem o contrato em 460 milhões de reais, no prazo de 10 anos perderemos 2 navios ou poderíamos contratar mais 2 somente com os reajustes.
De que valeu o câmbio?
Olá Esteves. Não sabemos se o aditivo é decorrente do câmbio, de mudanças no projeto ou se por elevação dos custos de produção no Brasil. Em jan/2019 o dolar valia R$ 3,90 chegando a R$ 5,82 em jun/2020. Em jan/2021 era R$ 5,09, em jan/2022 era R$ 5,70 e em jan/2023 estava em R$ 5,30. Este mês está em R$ 4,90. Considerando que a taxa de nacionalização é de 40%, isso significa que cerca de R$ 6 bilhões estariam relacionados ao dolar. Considerando que o dolar valorizou 20% no período, isso significaria um acréscimo de R$ 1,2 bilhão no projeto.… Read more »
Calma. Faltam 2 anos. De 20 a 24 são 4 anos. Por enquanto essa estimativa de 1 até 1,2 bilhões parece certa. Reajustando a cada 2 anos até o final do contrato teremos “perdido” 2 navios.
Melhor ir plantar soja.
Esta conta não faz sentido. Se a Emgepron aplicou os recursos de seu capital (porque sendo um empresa teria esta liberdade, algo que não acontece em órgãos de administração direta) em títulos públicos, a empresa teria uma rentabilidade maior que a desvalorização do real frente ao dólar ou em relação á inflação. Segundo o balanço da Emgrepron, os recursos do Programa FCT ficam em uma conta separada. Em 2021 eram R$ 8.6 bilhões e em 2022 estavam em R$ 6,9 bilhões. A diferença decorre dos pagamentos realizados para a execução do projeto. Além disso, a Emgrepron pagou para o Tesouro… Read more »
Fato.
Em 2 anos reajustaram em quase 500 milhões. Todos esses custos que o Nunão afirmou seguem sem queda. Isso sugere mais 500 milhões para outros 2 anos? Não. Mas aconteceu.
Sendo reajustes efetuados no execução do projeto…pior. Nesse caso entram salários, energia, matéria prima (o aço vem da ArcelorMittal?) e outros custos como legislação local, importações dos preços na origem + desembaraço…
Fato. 500 milhões que serão 2 bilhões até 2029/30 quando finalizarem. Fato suspeito, mas fato.
Não existe fato futuro. Existe palpite.
Ou estimativa, quando feita com algum profissionalismo.
Por que a afirmação de que haverá um novo reajuste a cada dois anos? Houve mais algum reajuste no ano passado, por exemplo?
Sobre câmbio, aplicações do montante etc, há informações interessantes no link que te passei, do relatório da Emgepron do ano passado. Por exemplo:
“ é importante destacar que, em função do cenário macroeconômico do país, a taxa básica de juros da economia foi elevada até 13,75%, permanecendo neste patamar ao final de dezembro de 2022, favorecendo sobremaneira o incremento da remuneração do capital investido pela EMGEPRON.”
Reajustes na execução do projeto.
Existem execuções com preço fixo? Mão de obra, energia, aço, esse TOT da Atlas Elektronik com a Embratel, preços nas origens, você citou “reajuste entre 50 e 100 milhões de libras” no programa das Type 31…é possível estimar?
O mercado de encomendas e recheios de encomendas está em progresso. Aquecendo. As Marinhas estão contratando. Preços em elevação porque; já já vai faltar conteúdo e insumos.
Essas Tamandarés em dois anos estão sangrando 500 milhões. É muita grana.
“ você citou “reajuste entre 50 e 100 milhões de libras” no programa das Type 31…é possível estimar?”
Não falei de estimativa nesse caso das Type 31. É uma negociação em curso. Leia a matéria que coloquei link sobre essa negociação da Babcock com o MD britânico.
“favorecendo sobremaneira o incremento da remuneração do capital investido pela EMGEPRON.” Isso é uma compensação. Não afeta a despesa adicional havida com a contratação dos navios. A despesa aconteceu. Durante a obra. A obra segue. É óbvio que a projeção mostra uma tendência apesar do histórico curto, de existirem novas despesas adicionais porque essas despesas adicionais de execução vem da Alemanha e dos fornecedores alemães. Não da pra renegociar. Não dá pra prever. Da pra pagar. Esteves avisou. Lá no passado recente Nunão afirmou que não haveriam motivos para ocorrer elevação nos custos da contratação em razão da proteção cambial.… Read more »
Salve Professor,
Eu fiz aquela conta chinesa que o PN publicou…quanto custa um navio de guerra feito na China…e imaginei sendo 1/3 na construção que o preço final ficaria entre 600 e 700 milhões de libras a depender do orçamento e do que queiram rechear.
Um bolo.
Olá Esteves. Perceba que as estimativas feitas por diferentes caminhos chegaram a valores parecidos. Isso reforça a qualidade da estimativa.
Empregos indiretos…
Olá Esteves. Poucos colegas conseguem fazer estimativas de valores melhores que as minhas, geralmente porque possuem melhores dados iniciais do quê por problemas na metodologia de cálculo. Normalmente, eu deixo claro como faço as contas para ajudar o debate.
Professor,
Batman e Robin…apesar do Esteves achar desde o seriado da TV que o Robin era meio esquisito.
A turma aqui não tem faro pra pensar analiticamente.
Santa planilha, batman
Esteves é o Charada (da versão da TV, é claro…)
Olá Nunão. “Enquanto isso, na Sala de Justiça….”
Gostei. Melhor que o Gordon.
Li há alguns meses que a RN deu uma encorpada na capacidade AAW das Type 31 e vai instalar 32 silos do Mk 41 VLS, ao invés de apenas doze silos unitários para os Sea Ceptor, o que também dará a capacidade do navio de usar o Aster 30, SM-1, etc.
Sim, essa foi uma declaração dada há alguns meses. Porém, até onde sei, essa afirmação ainda não está na categoria “vai instalar”, e sim na categoria “pretende instalar”: https://www.meta-defense.fr/en/2023/05/18/the-royal-navy-prefers-the-american-mk41-vertical-launch-system-to-the-european-sylver-for-its-type-31-frigates/ Provavelmente haverá o anúncio de um contrato de compra de sistemas MK41 adicinais aos que a RN está comprando para as Type 26, indicando que passaram definitivamente da intenção para a ação. Por enquanto, não vi esse anúncio, mas ele tem que ser feito com certo tempo de antecedência para a produção dos mesmos antes do navio entrar em operação (a não ser que seja instalado posteriormente nos primeiros incorporados e… Read more »
Nunão, a notícia que li foi essa aqui, trazendo uma declaração do First Sea Lord da RN: https://www.navylookout.com/royal-navys-type-31-frigates-to-be-fitted-with-mk41-vertical-launch-system/
Por isso assumi que a instalação do Mk-41 já é uma certeza.
“we intend…”
Dagor, É a mesma notícia que eu vi, mas acabei postando o link errado na resposta ao seu comentário (a memória do celular estava com outro link, de resposta a outro comentarista, acabou repetindo na hora de colar). Esse trecho fala em intenção, ao menos por enquanto: “ I am delighted to say, we intend to fit it also to our Type 31 frigates.” Acredito que vão instalar sim, mas a confirmação só virá mesmo quando anunciarem o contrato. Há muitas outras demandas, também competindo com os custos da ajuda em equipamentos militares para a guerra na Ucrânia (a qual… Read more »
Mesmo que não haja instalação do sistema durante a construção dos navios, estes já virão com espaço dedicado a eles.
Ficarão belonaves bem interessantes.
Mestre Nunão, deve ter algo errado na ‘cubagem’ da Mission Bay pra até 6 TEUs. Um TEU (2,44X2,59X6,10) ocupa 38,1 m³, logo 6 ocupariam 228,6 m³ e não 119 m³. Talvez o número 119 se refira à área já que 6 TEUs ocupariam 89,0 m² (o restante seria área de circulação ao redor dos TEUs, uns 33% a mais, um valor bastante regular).
Alex, só pra esclarecer, a informação é deles mesmos:
“Each T31 contains a 119 m3 mission space, which can accommodate up to 6 x 20 foot ISO Containers, enabling the T31 to change or enhance its capabilities to suit the mission.”
Sim, Nunão, é deles mas não é inquestionável. Pode ter havido um erro grosseiro no press release tipo, em vez de 6 TEUs são 3 ou em vez de 119 m³ são mais de 230 m³ (poderia ser um erro de conversão entre o sistema inglês de unidades e o sistema métrico…). Segundo desenho da Babcock, a Arrowhead 140 teria um espaço de aproximadamente 12X15 sob o convôo reservado aos TEUs (4, salvo engano) e nas fotos se vê o arranjo das anteparas na popa… Mas eu aguardo uma eventual matéria ou press release pra esclarecer de vez essa minha… Read more »
Alex, só pra esclarecer, não é press-release. É a seção dedicada às Type 31 dentro do site da RN. Não que isso exima de erro, é claro.
Pode conferir:
https://www.royalnavy.mod.uk/the-equipment/ships/frigates/inspiration-class
Grato, Nunão. Estou meio sem tempo pra pesquisar o imbroglio Type 31, mas parece que desde o início mudou muita coisa nos requerimentos deste navio: deslocamento, boca, comprimento, motorização, espaço pra baia de missão, armamentos, sensores, capacidades. Sei que em algum momento o projeto foi estereotipado pra construção, mas mudou durante o refino e passou a requerer acréscimos no contrato (dos quais acredito que você, Esteves e Camargoer comentaram acima, referindo-se a custos adicionais por causa da pandemia, embora eu ache, evidentemente, que não sejam apenas por isso, como apontou Esteves, mas pela estratégia de aquisição doida, mesmo, apesar do… Read more »
O foco aqui é a Type 31. Gastar 500 milhões a cada dois anos na execução das Tamandarés pode ficar para outro momento.
Tá, ok?
A intromissão da inversão financeira no processo aquisitivo do XXI corrói e subsume o objetivo material primordial (a produção da mercadoria física) assim como a intromissão da obrigação política salarial o fez no início do XX. Spengler escreveu sobre como os salários politicamente definidos impediam qualquer contabilidade honesta e formação de preços endógena ao processo industrial; imagina agora com a fome pelo lucro sem trabalho material legado, como os custos e preços foram transformados em meras ficções heterônomas…
Rumores de que o Brasil vai encomendar 20 dessas!
Se foi a sogra…a minha tá na frente. Tá esperando a nave de Saturno.