HMS Vanguard

Um submarino nuclear da Marinha Real sofreu um mau funcionamento “preocupante” durante o mergulho, informou a BBC.

O incidente a bordo do submarino sem nome da classe Vanguard, que transporta os mísseis nucleares tridente do Reino Unido, aconteceu há mais de um ano, enquanto se preparava para sair em patrulha.

Uma fonte da defesa disse que “houve um problema e foi preocupante”, mas que foi detectado “pelo sistema”.

Uma investigação da Marinha Real sobre o incidente ocorreu, disse a fonte. Mas eles se recusaram a dar mais detalhes.

Durante o incidente, o medidor de profundidade principal do submarino falhou durante o mergulho, confirmou uma fonte de defesa, mas um medidor de profundidade secundário ainda estava funcionando.

Os submarinos precisam ser fortes o suficiente para suportar as enormes pressões exercidas pelo oceano durante o mergulho.

Sistemas de redundância são incorporados em submarinos com armas nucleares para evitar o aumento dos problemas.

Os detalhes do incidente foram relatados pela primeira vez no jornal Sun, que disse que os engenheiros a bordo alertaram a tripulação sobre a falha enquanto o submarino mergulhava.

O jornal disse que o submarino ainda estava dentro dos limites para operar com segurança, mas estava mergulhando em direção à sua “profundidade de esmagamento” antes que o alarme fosse disparado.

O Ministério da Defesa (MoD) normalmente não comenta as operações dos submarinos do Reino Unido.

A Marinha Real afirmou que os seus submarinos continuam a cumprir os seus compromissos e que, embora não comente as operações, a segurança do seu pessoal é sempre a maior prioridade.

Os submarinos Vanguard estão baseados em Faslane, na Escócia e, segundo a Marinha Real, normalmente contam com uma tripulação de 132 oficiais e homens.

Em janeiro deste ano, foi relatado que inspetores encontraram um “defeito” no HMS Vanguard, o líder dos quatro submarinos da classe Vanguard, enquanto este estava em manutenção.

O defeito, resultante de “trabalho realizado no passado”, foi “imediatamente relatado e corrigido”, disse o Ministério da Defesa na época.

Em maio, o navio finalmente deixou o estaleiro de Devonport, onde passou por uma reforma que durou sete anos e meio.

FONTE: BBC

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Charle

Talvez não incorra em erro se disser que pode haver incidentes tão graves quanto ou até piores, mas que não são notificados ao público civil.

Last edited 11 meses atrás by Charle
Willber Rodrigues

Lembro de uma passagem do livro O Código das Profundezas, de Roberto Lopes, aonde ele cita um diário de um oficial do HMS Conqueror, durante a Guerra das Falkland’s, que o submarino e seu reator apresentavam problemas diários durante a guerra.

Bosco

Esse submarino é lindo demais.

Fernando Vieira

Pelo menos na foto que ilustra a matéria ele tem uma proa bacana, seu desenho e o dos hidroplanos, mas o ângulo de câmera lembra um jacaré nadando na superfície. Também gostei.

Kommander

Pô, pra que tu foi falar isso… Agora eu fui olhar a foto de novo e vi um jacaré! Kkkkk

EMILIO R

Tá parecendo um baiacu.

Angelo

Eu também lembrei do jacaré , mas achava que os submarinos precisassem ter a sua superfície externa o mais lisinha possível para reduzir ao máximo o arrasto hidrodinâmico , consumo e ruídos mas esse ai parece até a versão submarina do f117 cheia de chanfros , me surpreendeu.

Bosco

Angelo,
Em missões de patrulha um SSBN não passa de 5 nós. Não precisa ser tão lisinho.
No caso desse submarino britânico ele é coberto por placas “anecóicas” que o deixam furtivo ao sonar ativo e reduz inclusive os ruídos internos passíveis de serem captados pelos hidrofones (sonar passivo) .
Essas placas anecóicas são feitas de material composto e borracha e são coladas ao casco externo.

Willber Rodrigues

Sei lá, pra mim ele lembra mais uma baleia Cachalote…

Arrais Amador

Seria bom informar a quantidade de homens também, e não apenas a de oficiais (132) 😀

Dalton

Ficou um pouco estranho, até porque mulheres podem fazer parte da tripulação já que passaram a ser admitidas em submarinos britânicos uns 10 anos atrás e assim como na US Navy se está querendo aumentar o número delas não havendo homens suficientes
interessados e /ou aptos.

Carlos Campos

que bom q nao aconteceu o pior, eu acho essa classe de sub a mais bonita já feita

ChinEs

Os Vanguards já passaram de prazo, agora é esperar pela nova classe Dreadnought  , esse sim é um Game Changer , é o submarino mais avançado em contrução a par das Classes Columbia dos EUA e dos Type 96 da China… A Vantagem dos Vanguards é a quantidade de SLBM , carrega 16 Tridents com 14 a 8 Ogivas Nucleares, e nessa fase que a Rússia ameaça a forças nucleares da OTAN é perigoso ter esse tipo de incidente.

Dalton

Não diria “Game Changer” porque fará a mesma coisa que a classe “Vanguard” já faz ou seja patrulhas de dissuasão nuclear, navegando lentamente longe de tudo e de todos apenas aguardando uma ordem que se espera nunca seja emitida. . O míssil continuará sendo o velho e confiável “Trident II” mantido atualizado que os britânicos não compraram dos EUA apenas pagam pelo uso dos mísseis estocados na costa leste dos EUA não havendo específicos para uso de americanos e britânicos o que obriga o submarino à atravessar o Atlântico embarcar os mísseis então retornar para que as “ogivas nucleares”, estas… Read more »

sergio 02

Quer dizer que os Subs britânicos tem que ir nos EUA pegar os Trident’s volta pro Reino Unido, carrega as ogivas nos misses, embarca eles e só ai sai para patrulha,e na volta ainda tem que levar os misses de volta ??? que PO##@2!!#& de trabalho de pedro Bó e esse, os americanos não confiam nem nos irmãos, que coisa. essa eu não sabia.

Dalton

Veja bem Sergio, não é uma questão de “não confiar” e sim que é altamente vantajoso para os britânicos que os mísseis sejam estocados com todas as necessidades envolvidas inclusive pessoal e passem por manutenção periódica nos EUA.
.
E não ter que fabricar e atualizar os mísseis também significa economia para os britânicos, então, somando tudo isso mais que compensa esse trabalho todo.

ChinEs

O Reino Unido é bem pequeno territorialmente, têm um grande território ultramarino herdado do império britânico , logo é mais estratégico ter todo esse material nos EUA, os SSBN usam o EUA como ponto de abastecimento logistico e como ponto de recarga dos SLBM armados com Ogivas Nucleares, Os Russos sabem que se atacarem o Reino Unido a retaliação vai ser automática , e os Britânicos são os marinheiros mais experientes do Mundo, dai advém a credibilidade dos seus navios e submarinos.

Dalton

A França não é muito maior e desenvolveu seus próprios mísseis e submarinos. O que pesou mesmo foi a disposição dos EUA de compartilhar seus mísseis, incialmente o “Polaris” na década de 1960 e eventualmente o “Trident II” com os britânicos já que de fato havia e há um relacionamento especial entre ambas as nações. . E não importa tanto o tamanho territorial já que normalmente haverá sempre um submarino no Atlântico capaz de revidar caso o Reino Unido seja atacado, porém o menor território mais a proximidade geográfica com a Rússia tornaria mísseis lançados a partir do território fossem… Read more »

ChinEs

Dai a razão da OTAN cercar a Rússia com bases aereas desde a Lituania até a Ucrania, A Rússia esta literalmente cercada , não têm como fugir , a OTAN pode bombardear de qualquer posição, a Rússia têm uma frota no Pacífico em Vladvostok que pode alterar a balança, mas precisa sempre da ajuda da China e da Coreia do Norte, porque a OTAN têm bases no Japão e na Coreia do Sul.

Dalton

E a OTAN ao mesmo tempo também está cercada pela imensa Rússia que tendo armas nucleares não precisa “fugir”. Seria loucura atacar a Rússia, a OTAN tem caráter defensivo, mas, segundo alguns especialistas, países fronteiriços e fracos como a própria Lituânia mesmo fazendo parte da OTAN correm certo risco de ataque. . E a OTAN não tem bases no Japão nem Coreia do Sul e sim os EUA é preciso separar bem as coisas, mesmo que marinhas europeias por exemplo eventualmente enviem navios para o Indo Pacífico não significa ter bases ou mesmo alinhamento automático em todas as questões que… Read more »

Rui Mendes

Mas o Reino Unido e a França tem territórios ultramarinos no indo-pacifico.

Dalton

Sim, inclusive como já escrevi o navio tanque francês visitará no
Índico a Ilha Reunião, território francês, mas, não há uma presença militar ainda mais significativa, diferente do que os EUA tem no território de Guam, Coreia do Sul e principalmente Japão.
.
Mesmo “Diego Garcia”, território britânico no Índico é utilizada pelos militares dos EUA e aí é que os britânicos compensam a relativa falta de navios e aeronaves em uma coalizão com os EUA por exemplo.

sergio 02

Entendi, olhando por esse lado, tem sua logica vlww!!

Franz A. Neeracher

Essa é mais um capítulo das “Lendas da Internet”!!!

ChinEs

O Estrago que um único Missil com multiplas ogivas faz tornou viavél a diminuição dos numero de silos no SSBN, os EUA têm a classe OHIO com 24 silos, mas vão reduzir na classe Columbia com 16 Silos, uma diminuição de 8 silos, mas vai manter a mesma capacidade de dissuasão, os Russos tinham a classe Thyphoon com 20 silos, reduziram para 16 na Classe Borei, A China têm a Classe Type 94 com 12 silos, vai aumentar na Classe Type 96 para 16 Silos, ou seja os Franceses vão manter os 16 Silos em todas as suas classes, os… Read more »

Dalton

O aumento da precisão também foi fundamental e também se quer a diminuição do número de mísseis e ogivas/veículos de reentrada barateando os custos e Já faz muitos anos que 4 silos em cada “Ohio” foram definitivamente desativados
por conta de acordos com a Rússia, mas, especula-se que “apenas” 16 sejam usados então não haverá muita diferença quando os futuros SSBNs entrarem em serviço que serão praticamente do mesmo tamanho que os atuais mas o espaço ganho será convertido em melhor discrição e habitabilidade.
.

Heleno Freire

Esses _________ficam comentando as forças da OTAN eEUA contra a Rússia, ninguém vai atirar a primeira pedra!! Ninguém é louco!! Biden ainda quer uns dias de vida! Em 1960 os mísseis russos conseguiam atingir o Brasil até o Rio Grande do Sul. Os americanos pra atingir a Rússia tinha que está quase no leste europeu, como se vê! Os russos em matéria de mísseis sempre estiveram na dianteira. Existe literatura a respeito disso quem quiser pesquisar, fique a vontade!!

EDITADO. MANTENHA O RESPEITO.