Os EUA e o Japão criaram um grupo de trabalho, o Ship Repair Council Japan, para facilitar a manutenção e reparos de navios militares dos EUA em estaleiros privados japoneses, relata a Nikkei Asia. Esta iniciativa, anunciada pelo embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, visa melhorar a prontidão militar dos EUA na região e fortalecer a dissuasão contra o crescente poderio militar da China.

Permitindo que reparos extensivos sejam realizados no Japão, os navios de guerra dos EUA poderão permanecer na região, reduzindo o tempo de inatividade e custos, ao invés de retornarem aos EUA para manutenção. A colaboração inclui a Marinha dos EUA, a Força de Autodefesa Marítima do Japão e empresas privadas de ambos os países. Este esforço faz parte da política de “dissuasão integrada” dos EUA, que busca fortalecer alianças e capacidades para enfrentar desafios regionais, especialmente da China.

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Macgaren

Bem interessante a saída americana, vão terceirizar o que nao estão conseguindo dar conta.

Vão se virando nos 30 com os problemas que estão aparecendo.

Vovozao

20/01/2024 – sábado, btarde, Macgaren, não só isso, de repente, o custo será menor, e, dará uma resposta aos estaleiros americanos, quanto ao preço alto que estão cobrando, além de não estarem cumprindo os prazos estipulados, sempre alegando falta de mao-de-obra qualificada, se realmente esse é o problema, deixe que outros façam, além do que o Japão possui um histórico de sempre respeitar os prazos estipulado nos contratos.

Arthur

Os estaleiros americanos continuarão com problemas, porque restaram apenas três grandes. Os demais foram fechando após a guerra fria e com perda de mão de obra especializada, que não é reposta da noite para o dia. Se somada a área desses três estaleiros, ainda fica aquém do maior estaleiro chinês. Também a construção de novos navios continua abaixo das expectativas, construindo classes inúteis e de motorização/transmissão problemática, como os LCS; ou com preços subindo às alturas, como o da Classes Constellation, cujos valores deverão ser novamente revistos. Num país onde se vende um vaso sanitario qualquer ao Pentágono por vinte… Read more »

Last edited 10 meses atrás by Arthur
Niemand

Navios navais?

Nota da moderação
Obrigado, já corrigido!
Culpa do estagiário de plantão no fim de semana! 🙂

Alex Barreto Cypriano

Não é redundância, não. Do original:
“A U.S.-Japan working group has been set up to allow U.S. naval vessels to undergo maintenance and repairs at private Japanese shipyards (…)”. Em inglês e em português ‘naval’ pode significar, além do que é relativo a navio (p.e. construção naval significando construção de navio) , algo relativo, pertencente ou que envolva marinha de guerra (seja a USN ou a MB). Assim um navio (vaso) naval seria um navio (vaso) militar. Sim, é feio pacas navio naval, mas não é errado. Confere?

Niemand

Se não existissem os estagiários, teriam que inventar.kkkkk

Abner

Não poderiam construir alguns navios de superfície nesses mesmos estaleiros ?

Tipo às fragatas Constellation ou outros navios?

Nonato

Exatamente.
Com segurança não se brinca.
Mesmo que, se fosse o caso, deixassem os japoneses fabricar o casco e depois americanos colocassem o recheio.
Falo isso caso tenham preocupação em manter sigilo sobre certos detalhes de seus navios.

Alex Barreto Cypriano

Abner, você consegue perceber o problema logístico de levar o recheio americano até o Japão pra ser instalado nas Conies? Acha viável economicamente?

Gabriel BR

É sem duvidas uma alternativa interessante para fabricar e manutenir belonaves para US Navy . O ritmo de construção japonês assim como os padrões de qualidade da industria japonesa são de referência mundial.

Joseph

Pergunta aos especialistas:
o que seria aquela esfera na proa?
Ou é só uma parte qualquer, só que lixada…

Carlos Campos

Acho que é onde fica um sonar, pelo menos já sonares alocados naquela área

Dalton

Exato Carlos.

Arthur

Nessa linha, irão terceirizar tudo! Logo irá aparecer um Joe Biden 2.0 que não surta, nem diz asneiras… Aliás, cadê o Secretário de Defesa dos EUA? Está sumido faz uns vinte dias. Será que já foi para o estaleiro ou também sofrerá acidente com teco-teco?

Last edited 10 meses atrás by Arthur
Nonato

O secretário de defesa teve uma emergência médica, chamou uma ambulância, fez uma cirurgia, passou uns dias internado.
Aí, nem Biden soube por 3 dias.
Acabaram colocando uma servidora da Secretaria de Defesa para assumir parte das funções do Secretário.
Mas ela estava de férias no Caribe…

Last edited 10 meses atrás by Nonato
Henrique

O putino terceirizou a ” operação especial ” com o Wagner e presidiários..

ironicamente ai foi quando o a upiraççau realmente funcionou kkkkk

Orivaldo

Bom para o Japão e o dono dos Estaleiros. Muita grana envolvida

Bruno

Curioso, eu li seu comentário “Bom para o Japão e o seu dono os Estados Unidos”, rsrs

Dalton

Observar o paragrafo: . ” Navios de guerra dos EUA deslocados para frente no Japão podem passar por manutenções simples nas bases dos EUA em Yokosuka e Sasebo, na prefeitura de Nagasaki na ilha principal mais ao sul de Kyushu, mas devem retornar aos EUA para reparos extensivos e revisões gerais. Permitir que tais trabalhos sejam feitos no Japão reduziria o tempo de inatividade e os custos.” . Não se trata apenas de não haver estaleiros suficientes nos EUA mas principalmente nesse caso o grande número de navios dos EUA baseados no Japão ! . Só como curiosidade na foto… Read more »

Abner

Dalton os EUA pode optar por construir alguns navios de superfície no Japão para aproveitar esses estaleiros?

Tipo às fragatas Constellation ou outros navios ?

Dalton

A ideia é expandir estaleiros e empregos nos EUA então a ideia de construir navios
em outro país não é nada palatável e tanto a “Constellation” como vários outros tipos de navios, principalmente navios auxiliares onde se pretende aumentar o número – que são tão pouco mencionados – já estão sendo construídos e também sendo projetados.

Alex Barreto Cypriano

Perdão pela intromissão, mas alguém avaliou a disponibilidade dos estaleiros japoneses, ainda mais agora, pra servir de oficina de reparos leves pros EUA talvez em detrimento de sua própria marinha? Por mais que entre EUA e Japão seja uma relação suserano-sudito, o governo e o contribuinte japoneses podem ter uma opinião contrária ao desiderato.

Dalton

Alex, a matéria informa que a possibilidade está sendo estudada. Por outro lado
qual a solução ? Diminuir o número e/ou disponibilidade de navios da US Navy baseados no Japão seria de interesse do próprio Japão ?

Nonato

Quem disse que seria em detrimento do Japão? Teoricamente qualquer empresa privada tem todo interesse de ter novos clientes, aumentar receitas. Não se disse que estaleiros japoneses estariam lotados de encomendas E o normal em qualquer pais sério ou empresa é trabalhar de acordo com a demanda. Se aparece novo cliente aumenta a capacidade. Simples assim. O que não é normal é uma empresa, que vive do lucro, dispersar clientes ou se queixar: os céus, ah, não, mais trabalho para mim… Não quero… Empresa séria quer ter mais clientes, mais encomendas Quanto mais, melhor. Infelizmente a indústria de defesa americana… Read more »

Dalton

Foi o Alex que “disse” não eu.

Alex Barreto Cypriano

Quanto mais, melhor dentro de limites operacionais. Nenhuma empresa séria pega cliente que não vai poder servir, cliente que vai tomar chá de cadeira – isso seria uma molecagem. Esse é o ponto: capacidade versus demanda. Estão estudando? Ok, mas não resolve o problema primário da USN e, penso, acrescenta problemas secundários mal avaliados.

Esteves

Problema sem solução. A China produz metade do aço consumido no mundo.

A indústria norte-americana tem um limite.

Nonato

Basta corrigir o problema.
Em nenhum momento se alegou que estaria faltando aço nos Estados Unidos.
Até porque aço é o menor problema para esses navios.
100 navios consomem aço equivalente a o que?
500 mil veículos?
Nos Estados Unidos se vendem uns 15 milhões de veículos por ano.

Alex Barreto Cypriano

corrigindo: onde se lê súdito, leia-se vassalo.

Alex Barreto Cypriano

É uma temeridade isso. Ainda que a USN consiga mais rapidamente repor vasos aa ação, ainda assim não se vai zerar a quantidade de vasos em manutenção nem dobrar os em operação. Comumente, a cada três vasos, um está em operação, um em treino e outro em manutenção. Assim, a USN conta em geral com 100 vasos prontos pra refrega. A China conta com mais navios e mais novos, e sua cornucópia naval cria em ritmo inigualável. A solução quantitativa que passa pela mudança na organização da manutenção, treino e emprego, além da incorporação da ghost fleet (USVs) ainda incipiente,… Read more »

Last edited 10 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Dalton

Se for pensar assim a situação é muito pior porque dos “100 vasos” nem todos estarão no Pacífico ! Daí caro Alex os investimentos feitos em novas armas e plataformas como mísseis hipersônicos e bombardeiros B-21. . Você parte do princípio que os EUA estão condenados e a China só terá coisas boas pela frente, fruto da maior transparência dos meios de comunicação americanos enquanto que da China só se propagam coisas boas. . Ainda tenho algumas dezenas de revistas “Sea Classics” dos anos 1980/1990 e já naquela época, antes da Internet onde as informações são tão acessíveis, se lia… Read more »

Nonato

Os Estados Unidos e a Europa têm sustentado e financiado a China.
Como fizeram com a Rússia até recentemente.
Os Estados Unidos têm de tomar uma atitude.
Passar o rodo na China.
Tratá-la como o inimigo que realmente é e não fazer de conta que está tudo bem.
A China já está começando a passar dificuldades.

Alex Barreto Cypriano

Sim, mestre Dalton, o assunto ainda não está decidido, existem possibilidades, mas elas rareiam e se mostram insuficientes pra restabelecer aquela margem de superioridade aa qual a América se acostumou (ser capaz de levar duas guerras convencionais ao mesmo tempo ou de ter armamento e táticas irresistíveis). Apenas é minha opinião que estas medidas lembrem ‘desespero’…

Last edited 10 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano

Li uma matéria da Meghan Eckstein do início de 2023 onde se registra que os vasos aptos estariam entre 50 e 60, muito abaixo dos 100 que estimei e abaixo do objetivo estabelecido de 75. Aqui:
https://www.defensenews.com/naval/2023/01/10/navy-aims-for-75-mission-capable-surface-ships-amid-readiness-drive/
E aqui:
https://www.defensenews.com/naval/2024/01/09/seeking-75-ready-ships-navy-turns-to-new-readiness-orgs/

Dalton

Alex, o mundo mudou, surgiram outros “atores” e desafios e os EUA há muito sabem que não podem nem poderão mais sustentar “duas guerras” e daí ?. . Chamar de “desespero” a introdução de bombardeiros sofisticados, mísseis de longo alcance hipersônicos, novos submarinos nucleares e uma nova geração de NAes de propulsão nuclear que custam pelo menos 50% mais do que um de tamanho similar convencional no mínimo é má vontade com os EUA ! 🙂 . Deixando o “super trunfo” de lado por enquanto a China não tem que investir na operação e manutenção de 11 NAes de 100.000… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Sim, está havendo avanços aqui e ali, mas falta gente, também. Taxas de alistamento e retenção insatisfatórias. Não é má vontade minha, mestre Dalton, é lembrar das enormes dimensões do desafio segundo diagnósticos dos próprios americanos. Claro que eles podem, como engodo, estar subestimando suas capacidades; mas aí nós, desse lado da comunicação, caímos no vazio, chapinhamos no incerto e nos tornamos instrumento de desorientação. O que repugna qualquer interessado com veleidade de autonomia…

Dalton

Alex, ninguém em sã consciência acredita que será fácil o que me impressiona é sua capacidade de ver apenas o lado ruim quando se trata de EUA e apenas o lado bom quando se trata da China.

Alex Barreto Cypriano

Mas, mestre, estamos falando dos EUA/USN e não da China/PLAN… certamente a China/PLAN tem seus problemas específicos, dos quais ficamos sabendo quase sempre por vias muito indiretas dado o controle estrito da informação pelo estado chinês, sempre fechado em copas ou praticando o engodo da informação direcionada/seletiva. Aliás esta é a vantagem do totalitarismo contra a ‘democracia’: na luta preemptiva a nível narrativo/cognitivo, a ‘democracia’ está em desvantagem pelo atrito interno de vetores não colimados, demandando dela, em vista da progressiva perda de posição, emular a centralização e a colimação coercitiva praticada no totalitarismo em ascensão. Por exemplo, o provável… Read more »

Last edited 10 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano

Bill Hamblet entrevistou Scott Swift sobre Comando e Controle em tempo de guerra e aos 44m e 10s, o almirante aposentado tece considerações sobre RoE informada/decidida por AI. Interessantíssimo, vale conferir. Aqui:
https://youtu.be/997arkC1VI8?si=ZNz1toPJCrDwgqQW
Embora eu tenha me referido ao uso de IA pela china, não duvido que os EUA estejam estudando o assunto. De fato, segundo reportagens, Israel usou IA na definição (a partir da pletora, humanamente inabarcável, de dados de vigilância) de alvos de bombardeio em Gaza…

Bispo

Uns drones náuticos coreanos já deixam os estaleiros japoneses inoperantes.

ChinEs

Jogada de Mestre dos EUA…

Gustavo

Tendência essa produção ir para tigres asiático. Estados Unidos está na beira do desastre.orgulho das forças armadas americanos e a sua marinha, estão perdendo a capacidade em seus estaleiro.

Dalton

Não viverei para ver esse “desastre”, mas, o que tem para hoje é que em um gigantesco dique em Newport News se está construindo o terceiro NAe da classe Gerald Ford o futuro “Enterprise” e atrás dele se estão reunindo componentes do quarto o futuro “Doris Miller”. . Em outro dique paralelo se está fazendo a modernização de meia vida e reabastecimento dos reatores nucleares de outro NAe de 100.000 toneladas carregado o USS John Stennis um processo de mais de 3 bilhões de dólares e 4 anos de duração ! . Um pouco mais afastado já lançado na água… Read more »

Franz A. Neeracher

Além disso tudo que vc listou, o mesmo estaleiro ainda está fazendo a manutenção de meia vida do USS Columbus SSN 762 e do USS Boise SSN 764.
Para não falar de vários SSN em diferentes estágios de construção!!

Dalton

Agora o “Boise” vai Franz !! 🙂

Franz A. Neeracher

Espero…..há quase 8 anos parado!!

Zorann

A superpotência sem estaleiros… promissor!

Marcelo
Dalton

Pegando um gancho, o HMS Bangor é o único navio de contra medidas de minas da classe Sandown ainda em serviço enquanto o HMS Chiddingfold pouco maior porém mais antigo é um dos 6 remanescentes da classe Hunt, ambas classes foram sondadas pela marinha brasileira no passado que possuem papel secundário de navios de patrulha.
.
Essa diminuição desses meios pela Royal Navy se deve em parte ao desejo de se ter embarcações não tripuladas na função.

Marcelo

Dalton. Faz alguma ideia, de como esta “barbeiragem”, possa ter acontecido ?

Dalton
Renato B.

Interessante ver uma atividade que já é terceirizada para o setor privado agora ser enviada para outros países.