MANAMA, Bahrein – A Marinha do Brasil assumiu o comando da força-tarefa focada no combate à pirataria das Forças Marítimas Combinadas (CMF) durante uma cerimônia de mudança de comando aqui, em 23 de janeiro.

O Capitão da Marinha das Filipinas, Mateo Carido, passou o comando da Força-Tarefa Combinada (CTF) 151 para o Contra-Almirante da Marinha da Brasil Antonio Braz de Souza. Enquanto Comandante da CTF 151, Carido se encontrou com parceiros-chave de muitas nações, incluindo Seicheles, Djibouti e Dubai. Esses engajamentos fornecem uma oportunidade para alcançar países que ainda não são membros da CMF e discutir o trabalho da parceria naval multinacional, além de fortalecer os laços entre as nações membros da CMF.

Desde que assumiu o comando em agosto passado, Carido supervisionou navios trabalhando em apoio à força-tarefa enquanto conduziam exercícios multinacionais para aprimorar habilidades e promover relacionamentos transnacionais. Os navios também conduziram rotineiramente patrulhas marítimas no Golfo de Aden para suprimir diretamente a pirataria fora das águas territoriais dos estados costeiros, em coordenação com a Força Naval da União Europeia.

“Gostaríamos de expressar nossa mais sincera gratidão, principalmente à CMF, liderada pelo Vice-Almirante Brad Cooper, pela confiança e confidência dada a mim para liderar esta força-tarefa multinacional de combate à pirataria”, disse Carido. “Para a minha equipe, muito obrigado pela dedicação e apoio total à CTF 151 liderada pelas Filipinas, de fato, estamos prontos juntos.”

Braz de Souza assume o comando da CTF 151 após uma passagem como Chefe de Estado-Maior do Comando em Chefe da Frota. Ao longo dos anos, ele participou de inúmeras missões navegando pelo Oceano Atlântico Sul, incluindo o resgate dos sobreviventes do acidente do voo 447 da Air France em 2009. Ele também liderou missões de pesquisa oceanográfica e, como principal assessor do programa de desenvolvimento de submarinos, sua visão estratégica moldou o futuro da defesa submarina brasileira.

“Ao aceitar o convite para guiar esta força mais uma vez, a Marinha do Brasil, o primeiro país sul-americano a desempenhar um papel proeminente nesta parceria marítima multinacional, reafirma sua dedicação à comunidade marítima e, particularmente, às Forças Marítimas Combinadas”, disse Braz de Souza. “Este compromisso visa melhorar a segurança e estabilidade geral, contribuindo ainda mais para o bem-estar coletivo.”

A CTF 151 foi estabelecida como uma força-tarefa multinacional em janeiro de 2009 e é uma das cinco forças-tarefa operacionais sob a CMF. Em conjunto com a Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR) e juntamente com navios navais implantados independentemente, a CTF 151 ajuda a patrulhar o Corredor de Trânsito Recomendado Internacionalmente.

A CMF, sediada no Bahrein com as Forças Navais dos EUA no Comando Central e a 5ª Frota dos EUA, é a maior parceria naval multinacional do mundo, com 40 nações comprometidas em defender a ordem baseada em regras internacionais no mar. Promove segurança, estabilidade e prosperidade em aproximadamente 3,2 milhões de milhas quadradas de águas internacionais, abrangendo algumas das rotas de navegação mais importantes do mundo.

As outras forças-tarefa da CMF incluem a CTF 150, que realiza operações de segurança marítima fora do Golfo Arábico contra ameaças de atores não estatais; CTF 152, dedicada à segurança marítima no Golfo Arábico; CTF 153, fornecendo segurança marítima no Mar Vermelho; e CTF 154, que oferece treinamento marítimo.

FONTE: Combined Maritime Forces Public Affairs

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Bueno

Tarefa desafiadora!
Comandar uma Força Naval na saída de um Canal que esta pegando fogo!!

Last edited 9 meses atrás by Bueno
Patta

Quais países fazem parte da CTF 151?
Será que eles vão enviar algum navio para a entrada do mar vermelho como ocorreu na Unifil e na Guinex?
Seria muito interressante se ocorresse alguma missão parecida com essas novamente.

Last edited 9 meses atrás by Patta
Jagderband#44

E qual navio?

Patta

Corveta Barroso/ Julio de Noronha ou a alguma Fragata Niteroi. Eu acho bom que a tripulação consegue por em prática oque eles aprendem com os exercícios, só que em uma situação real.

Last edited 9 meses atrás by Patta
Vovozao

23/01/24 – terça-feira, bnoite, Patta, considero que nao seria bom para a MB o emprego de meios navais no momento: além dos poucos meios que possuimos no momento, eles estao defasados em sistemas e armamentos; podemos e sempre somos selecionados para comandar, ja que temos uma ótima formação.

Patta

Boa noite Vovozao. a Guinex || por exemplo foi realizada em 2022, naquele ano também tinhamos poucos meios, e foi realizada com o objetivo de estreitar laços com os países daquela região. Então acho que a MB se quiser pode sim enviar algum meio pra lá. O texto abaixo foi tirado de um PDF da MB “A Estratégia Naval de Defesa (END) ressalta a preocupação do Brasil com seu entorno estratégico e a necessidade de aproximação com o continente ocidental africano por meio da cooperação, além de desenvolver uma estratégia naval flexível, para se contrapor às forças adversas convencionais ou… Read more »

Dalton

Desculpe a intromissão, mas a “GUINEX” teve pouca duração sendo realizada mais próxima do Brasil enquanto que a CTF 151 exigiria mais tempo no teatro de operações muito mais distante, do outro lado da África com todas as complicações advindas quanto à logística. . O foco da marinha brasileira é o Atlântico Sul conforme reforçado em 2019 quando já se dava por certo o fim da missão na UNIFIL e com uma redução no número e disponibilidade de meios agravado nos últimos poucos anos seria inconsequente enviar os poucos meios disponíveis, pela minha contagem 4 Niteróis e a Júlio de… Read more »

Patta

Se eu interpretei errado o PDF peço desculpas, mas está ai a informação.

Vovozao

24/01/24 – quarta-feira, bdia, Patta, não houve má interpretação sua, porém, muitas vezes escrevemos para dar satisfação ao leitor; quando olhamos a realidade, coisas mudam de figura….. hoje nossos melhores meios disponiveis são nessa ordem: os submarinos, o Atlântico e os navios patrulhas. Os subs, não seriam adequados, o Atlântico somente caso quiséssemos marcar presença, e, os patrulhas, estes sim, porém deixariamos desguarnecida no costa.

Patta

Bom dia vovozao
Alguma fragata niteroi poderia ser enviada para tal missão?

Burgos

A pergunta é:Não vão mandar um meio da MB para auxiliar nesse Patrulhamento?
Rapaz !!!
Isso deve ser um stress imenso !!!
Deve ser posto de combate toda hora dia e noite 🤔💪🏴‍☠️☠️💀⚓️

Joao

O Comando de um brasileiro numa missão desse nível evidencia, com muitos louros, a competência, preparo e profissionalismo de nossas Forças.

Fernando Vieira

Uma pergunta e um comentário:

P: Quais meios estão subordinados a essa Força Tarefa agora sob comando do almirante brasileiro?

C: O Brasil não deveria mandar alguma coisa para lá para ajudar nessa força, já que até ocupamos o comando?

Dalton

Fernando, números e tipos de navios mudam constantemente e eventualmente se pode deslocar navios de uma CTF para outra se necessário. . Quanto a mandar um navio para lá, seria o ideal, mas devida a escassez de meios e a distância envolvida – seria impossível hoje recriar a participação na UNIFIL que exigiu um rodízio de 5 navios – o jeito é contribuir administrativamente. . Como curiosidade a quem interessar a CTF 151 tornou-se muito conhecida em 2009 por conta de um incidente transformado em filme alguns anos depois “Capitão Phillips” tendo Tom Hanks como protagonista, na época o USS… Read more »

eder

Força combinada menor que a Guarda Costeira dos EUA em poder de fogo ! kkkkkkk só canoa vazando agua e almirantes recebendo ate 85% do orçamento de defesa em salários e pensões para filhas que nunca casam.

Hertz

“…incluindo o resgate dos sobreviventes do acidente do voo 447 da Air France em 2009.”

O tenente novinho que escreveu a nota deu uma notícia bombástica. Já avisaram as famílias do AF447 de que o acidente deixou sobreviventes?

É cada uma..

Moriah

Face à realidade, comandar, sim, participar com meios não. É o tipo de notícia que não chega à Brasília. Temos parcas unidades navais e tirar uma daqui para mandar só expõe essa deficiência. Mas é aquilo que venho dizendo, até que um graneleiro do agrobusiness for atacado ou o produto tiver preço elevado por dar a volta no cabo das tormentas, perdendo assim competitividade para outros exportadores, continuaremos a lamentar ver a MB tendo que fazer de um limão, uma limonada.

Last edited 9 meses atrás by Moriah
nativo

infelizmente é por ai mesmo.
enquanto não tiver problemas como os novos/velhos coronéis da politica(324 de 513 deputados e 50 de 80 senadores das bancadas ruralistas), nada vai mudar.

Fabio Araujo

Que bronca, esse comando já estava definido para acontecer faz tempo por uma infeliz coincidência vem acontecer bem no momento do Houthis atacando. A MB vai ter que se envolver e ajudar aos navios civis na área de sua responsabilidade!

Victor

Colocaram um tubarão sem dente pra cuidar de uma área em pé de guerra.

Dalton

A CTF 151 lida com “piratas”. A Somália pode até estar perto do Iêmen, mas, não tão perto assim, são áreas e tarefas diferentes.