Guerra Fria: Incidente de colisão de navios de guerra dos EUA e da URSS no Mar Negro, em 1988
O incidente de colisão no Mar Negro em 1988 é um dos confrontos mais notórios da Guerra Fria, ocorrendo em um período de tensão elevada entre os Estados Unidos e a União Soviética. No dia 12 de fevereiro daquele ano, navios das duas marinhas – cruzador USS Yorktownv (CG-48) e o destróier USS Caron (DD-970) da Marinha dos EUA e as fragatas soviéticas Bezzavetny e SKR-6 – estiveram envolvidos em um incidente de “esbarrão e pintura”, uma expressão usada para descrever colisões intencionais para protestar contra as violações de águas territoriais que cada lado alegava.
Os navios da Marinha dos EUA estavam conduzindo uma operação de “liberdade de navegação” no Mar Negro, próximo à costa da Crimeia, que era parte da União Soviética na época. Os Estados Unidos não reconheciam a extensão das reivindicações territoriais marítimas soviéticas e regularmente enviavam navios para desafiar o que viam como excessos em relação à lei internacional.
Durante a operação, a fragatas soviéticas aproximaram-se dos navios dos EUA e, depois de alguns avisos, realizaram uma manobra que resultou em uma colisão lateral com os navios americano. Embora o incidente não tenha causado danos significativos a nenhuma das embarcações e não tenha resultado em ferimentos à tripulação, ele escalou rapidamente as tensões entre as duas superpotências.
O incidente foi amplamente visto como uma demonstração de força e postura agressiva por parte dos soviéticos, que estavam determinados a impor respeito às suas reivindicações de águas territoriais. Do lado americano, foi interpretado como uma afirmação do direito de navegar livremente pelas águas internacionais, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Este encontro no Mar Negro foi apenas um exemplo dos muitos jogos de “gato e rato” que ocorreram durante a Guerra Fria, onde ambos os lados testavam a resolução e a capacidade de resposta um do outro sem provocar um conflito armado aberto. O incidente foi seguido por protestos diplomáticos dos EUA, mas não levou a um confronto militar direto.
Este e outros incidentes semelhantes serviram para aumentar a conscientização internacional sobre a necessidade de regras claras de engajamento e comunicação entre as forças militares, especialmente em águas contestadas, para evitar mal-entendidos que poderiam escalar para conflitos sérios.
Isso sem contar incidentes infinitamente piores que permanecem em segredo até hoje e provavelmente jamais tomaremos conhecimento. Eu não acredito de forma alguma que em todos os anos da Guerra Fria não houveram combates aéreos, batalhas navais e até encontros fatais entre Yankees e Soviéticos mas que, como eu disse, permanecem guardados as 7 chaves.
Houveram abates sim de aeronaves americanas que ou invadiram espaço aéreo Soviético ou de membros do Pacto de Varsóvia e foram alvejados. Alguns danificados, outros abatidos, inclusive RB-47’s e Hércules.
O navio americano nem se mexeu. Russo não perde uma hipótese para passar vergonha.
Obviamente que os russos tinham compreensão de que sendo o navio estadunidense muito maior que os deles, as consequências do impacto seriam mínimas.
O objetivo ali não foi o de causar danos e sim de demonstrar que estavam dispostos a tudo, entende?
Então se considerarmos de outra forma, podemos dizer que os russos demonstram grande coragem se lançando contra um navio três vezes maior que o deles.
Grande coragem foi demonstrada pelo HMS Glowworm em 1940 lançando-se contra o cruzador pesado alemão “Almirante Hipper” , 2000 toneladas contra quase 10 vezes mais, tenho ambos os modelos em metal na mesma escala o que dá uma melhor
percepção da diferença.
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O “Yorktown” deslocando cerca de 9500 toneladas carregado com aquela enorme superestrutura em alumínio foi abalroado em tempo de paz pela fragata de
3500 toneladas, nunca houve um real perigo do navio soviético afundar.
Como se vê no vídeo, o albarroamento foi propositalmente muito leve, uma raspada na tinta. Certamente que os russos não queriam causar danos a seu próprio navio.
Como eu disse acima foi uma demonstração de atitude e apesar de haver uma diferença enorme entre esta ação e a do HMS Glowworm no calor do combate, não deixa de ser uma demonstração de coragem por parte dos russos esta provocação mais radical.
Foi uma demonstração de infantilidade, isso sim, foram bobos e infantis, deviam ser agradecidos de os EUA terem sustentado a Rússia na WWII,nos grandes comboios que eram massacrados pels alemães, mas mesmo assim não paravam de ajudar,mesmocercados pelas matilhas alemães, e os russos ainda reclamavam.
Boa!!!!!
Muito loucura.
Os russo só podiam tá cheios de vodka nas ideias.
Russos sendo russos … lembrei dois casos extremos, envolvendo a Rússia e os EUA.
O 1º foi quando se uniram para liberar baleias presas no gelo em 1988, no Mar de Beaufort, perto de Point Barrow, Alasca.
O 2º março de 2009, quando um submarino americano classe Seawolf(USS Jimmy Carter) colidiu com o russo classe Akula(K-152 Nerpa).
A dúvida é , a colisão, foi intencional de algum dos lados ?
Fiquei desconfiado dessa colisão entre os submarinos Bispo porque o “Nerpa” não
estava operacional em março de 2009 sua construção havia sido interrompida com o fim da URSS e a Índia pagou pelo término sendo feito um acordo de leasing por 10 anos acordo esse que foi cumprido, o submarino sendo devolvido um pouco antes do término do contrato após uma explosão que a Rússia achou melhor não reparar desativando-o.
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Mais estranho ainda , é como “se acertaram” sendo o Seawolf(ainda mais na época do incidente) o estado da arte em invisibilidade acústica, etc.
Bispo você por acaso tem a fonte dessa informação ? Não encontrei nada a respeito mesmo buscando alternativas como, outros “971” como o “Nerpa”
ou os outros 2 Seawolf ???
Tempo em que o mundo era mais divertido.
Dois polos. Dois inimigos declarados. Dois gêneros. Comunismo versus capitalismo.
Mas aí a URSS quebrou e o mundo virou essa baguncinha de hoje em dia.
Multipolaridade. Ninguém sabe quem é o inimigo. Hoje você pode ser uma samambaia. Qualquer coisa versus qualquer coisa.
Até a música era melhor.