Fotos de navios da US Navy feitas por aviões Tu-95 da URSS durante a Guerra Fria
Durante a Guerra Fria, o Tupolev Tu-95, conhecido pela OTAN como “Bear”, serviu como um dos principais bombardeiros estratégicos de longo alcance da União Soviética. Essas imponentes aeronaves, com seus distintos motores turboélice e impressionante envergadura, desempenharam várias missões críticas dentro da estratégia militar soviética, incluindo o reconhecimento de longa distância e a demonstração de poder aéreo.
Uma das missões táticas mais provocativas do Tu-95 era o sobrevoo e fotografia de navios da Marinha dos EUA (US Navy). Com o avanço do pós-guerra e o crescimento das capacidades nucleares, o Tu-95 foi adaptado para realizar missões de reconhecimento marítimo e coleta de inteligência. Estas missões tinham múltiplos propósitos estratégicos. Primeiramente, permitiam à União Soviética monitorar os movimentos, o tipo de embarcação e as defesas dos navios da US Navy. Segundo, as fotografias e dados coletados forneciam informações valiosas para o planejamento de operações militares e a criação de simulações de combate.
Os voos dos Tu-95 também serviam como uma forma de teste das respostas e do tempo de reação dos sistemas de defesa dos Estados Unidos e seus aliados. Frequentemente, esses bombardeiros eram escoltados por caças quando se aproximavam de grupos de batalha da US Navy, permitindo que os soviéticos avaliassem as capacidades de interceptação aérea inimigas.
Além disso, as missões dos Tu-95 tinham um componente de guerra psicológica. Eles eram uma demonstração tangível do alcance e da capacidade de projeção de poder da União Soviética. A presença desses bombardeiros perto de forças navais da OTAN atuava como um lembrete constante da ameaça soviética e da vulnerabilidade potencial dos navios e da infraestrutura ocidentais.
As missões dos Tu-95 durante a Guerra Fria refletiam a tensão e o jogo de xadrez global entre as superpotências. Embora projetados inicialmente como bombardeiros nucleares, a versatilidade e a longevidade do Tu-95 permitiram que essas aeronaves se adaptassem a diversos papéis, incluindo o de ferramentas de vigilância e coleta de inteligência contra as forças navais dos EUA, uma tarefa que eles executaram com uma presença intimidadora e eficácia calculada.
Esses Tupolev devem ter fotografado toda a história da USNavy pós-WWII.
Desde os últimos Fletcher até os primeiros Arleigh Burke.
A última versão o Tu-95MSM tem previsão de vida útil até 2040.
Serão 88 anos de vida ativa, um Pterodáctilo vivo , merece respeito. 🫡
Fazendo companhia ao B-52, dois sexagenários voadores, com ainda muita lenha pra queimar.
Na verdade todo bombardeiro hoje e amanhã, são lançadores de mísseis de cruzeiros, seja ele invisível ao radar ou não. A invisibilidade ao radar só diminui o alcance de lançamento dos mísseis.
Uma aeronave incível.
O famoso jogo de gato e rato. Interessante notar que em nem todas as fotos aparecem os aviões que subiram para efetuar a interceptação. A ordem dada aos pilotos era de sempre tentar ficar com pelo menos uma aeronave entre o avião soviético e o navio americano, para que o interceptador saísse nas fotos que seriam tiradas. Como podemos ver, nem sempre isso foi possível eheheheh
E de certa forma, os soviéticos tiraram belas fotos. Aquela do Midway ficou excelente!
Lembro de ver algumas fotos, nao sei se em uma reportangem do naval ou aereo, que aparecia esse aviao sendo escoltado pelos cacas americanos ao longo dos anos. Comecava com o F4 e ia ate o F22, se nao me engano. Uma lenda.
Icônico!!
Um projeto muito.interessante, sob certo ponto de vista até mais interessante que o do B-52. É a aeronave propelida a hélice mais rápida já produzida. Segundo a “biografia” do avião, em 1959 um deles bateu um recorde de velocidade para sua classe de aeronaves: 1011 km/h. A velocidade máxima registrada de unidades de linha de produção: 975 km/h, o q significa q a velocidade de cruzeiro sobe a quase 850 km/h. Os motores turbo-hélice são quase do tamanho de um ônibus e as hélices de oito pás, duas por motor, contra-rotativas, são dentre as poucas cujas pontas alcançam velocidades trans-sônicas;… Read more »
” são dentre as poucas cujas pontas alcançam velocidades trans-sônicas” Deve ser por este motivo que até hoje lembro a potência do som desta aeronave. Se escuta ela a uma distância de mais de 28 km. Depois de decolar passava a menos de 200m de altura. Uma das poucas boas lembranças de acordar às 6 am na minha juventude.
Algum motivo de serem preto e branco?
Boa pergunta. Eu não sei, mesmo sendo piloto de Rec. Vou procurar saber.
Consegui a resposta com um Foto Intérprete (FI), ex comandado. Trabalhou no Centro de Inteligência Aérea do COMAE. [12/2 23:02] O processamento químico em PB é bem anterior ao colorido que só surgiu bem depois. Porém o PB permaneceu em uso até o início da era digital em virtude da facilidade e segurança na manipulação dos filmes e produtos decorrentes. O processamento em PB utilizava apenas 3 banhos químicos e podia ser executado sob a luz vermelha. O colorido necessitava de pelo menos 5 banhos e escuridão total. Mais complexo e oneroso. E a Kodak praticamente monopolizava o mercado de… Read more »
Olha, esse avião é muito bonito
Valvulado.
A vdd é que eles tiravam fotos dos PA pq tinham inveja
Na vdd eles tiravam pra fazer wallpaper
Inveja do quê? podiam destruir os PA quando quisessem.
Fico pensando como devia ser a comunicação entre o pessoal da US Navy e esses ‘aviões espiões’ soviéticos. Os russos simplesmente se aproximavam ignorando as advertências? Certamente devia haver uma tensão nesses momentos