Tripulação forçada a abandonar navio cargueiro após ataque de míssil Houthi na costa do Iêmen
Militantes Houthi apoiados pelo Irã afirmaram na segunda-feira que lançaram um de seus ataques mais destrutivos até agora contra um navio, dizendo que um ataque colocou um navio cargueiro britânico em risco de afundar.
O Comando Central dos EUA disse que dois mísseis balísticos antinavio foram lançados de áreas controladas pelos Houthis no Iêmen em direção a um navio de bandeira de Belize, de propriedade britânica, o MV Rubymar, no Golfo de Áden, no domingo, mas que apenas um míssil atingiu o navio. Atendendo aos sinais de socorro do navio, um navio mercante e um navio de guerra da coalizão auxiliaram os membros da tripulação, que abandonaram o navio e foram transportados com segurança para um porto próximo, acrescentou o Centcom.
O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Saree, disse na segunda-feira que “o navio foi severamente danificado, levando à sua paralisação completa. … Agora corre risco de afundar no Golfo de Áden.”
O Washington Post não conseguiu verificar de forma independente essa afirmação.
Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido no domingo disseram que receberam um relatório de um ataque a 35 milhas náuticas (40 milhas) ao sul de Mukha, Iêmen. “Tripulação abandonou o navio. Navio ancorado e toda a tripulação está segura”, disse em uma atualização postada nas redes sociais.
Em sua declaração, Saree disse que nas últimas 24 horas, os Houthis também visaram dois navios americanos no Golfo de Áden, o Sea Champion e o Navis Fortuna.
Os Houthis têm atacado navios comerciais e navais que atravessam o Mar Vermelho desde novembro em protesto contra a campanha militar de Israel na Faixa de Gaza.
No mês passado, os Estados Unidos lançaram uma campanha militar visando os Houthis e sua infraestrutura, mas as tentativas de deter os ataques dos rebeldes ao comércio marítimo não tiveram sucesso. Saree disse na segunda-feira que o grupo interromperia seus ataques quando “o cerco ao povo palestino na Faixa de Gaza for levantado.”
FONTE: The Washington Post
O que se pode tirar de apredizado com essa situação no mar vermelho é que os Houthis tem mais capacidade de realizar um bloqueio naval do que a Marinha do Brasil e se fosse a Rússia atuando no Mar Vermelho não haveriam mais navios cargueiros no mundo, vide a exemplar atuação da Frota do Mar Negro.
Olá Marcos,
Acho que podemos acrescentar que outro aprendizado é que organizações terroristas paramilitares conseguem fazer um estrago tremendo com poucos recursos e treinamento militar.
Para além disso, podemos dizer que a forma como as guerras serão travadas vão mudar drasticamente com o uso extensivo de drones de baixo custo.
Conseguem fazer estrago e não há muita coisa que se possa fazer para revidar. Onde ficam os alvos para bombardeio? Vão caçar um caminhão perdido num deserto qualquer com F-15E? Vão colocar tropas no solo para fazer uma varredura no terreno? Isso é mais ou menos o que enfrentou a URSS no Afeganistão, numa certa época da invasão. Levaram TU-22 e outros bombardeiros mais pesados para martelar alvos Afegãos, aí descobriram que não existiam muitos alvos para esse tipo de ataque, os Afegãos tinham muitas pequenas estruturas no terreno, poucas grandes. Esses jatos não tiveram muito sucesso em abafar a… Read more »
Já tem notícia de que o Pentágono pediu mais U$ 400 bilhõezinhos para enfrentar o problema.
Acho melhor Israel abandonar GAZA e para com essa Guerra de uma vez, os Houthis estão vingando os Palestinianos, acho melhor pacificar a região, isso esta prejudicando gravemente a economia mundial e o comercio global, está inflancionando todos os produtos.
Acho melhor Israel descer a marreta no Hamas e no Iêmen os americanos e ingleses descer o sarrafo logo. Destruir tudo e invadir junto com uma coalizão ao estilo Guerra do Iraque. Mas respeito sua opinião, apesar de não concordar com ela.
Foi o Hamas que startou a guerra, por que acha que querem a paz? No máx. querem um fôlego
Vingando? Morreram 100 palestinos um dia desses nos ataques israelenses…
Acho que vingar seria no mínimo matar o dobro disso em Israel,aí seria algo mais aceitável.
AVISO DOS EDITORES A TODOS NESTA SEQUÊNCIA DE DEBATE: A DISCUSSÃO ESTÁ DESVIANDO PARA DISCURSOS DE ÓDIO.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Pera… O Irã criou um míssel anti-navio de ~800km de alcance (esse Paveh/351)?
Impressionante se verdadeiro.
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Tem mais: o Ansar-Allah atacou com USV (parecido com os usados pela Ucrânia) e UUV (mais pra torpedo com antena) navios da Prosperity Guardian. Aqui:
https://youtu.be/Mta0FcvzzpQ?si=vYdvQXdSURh86zGO
Off-topic: nenhuma imagem do exercício TorpedEx/MissilEx (Mk-48 e Penguin) que transformou o ex-G-20 NDD Garcia D’Ávila em submarino neste domingo passado 18/02/2.024?
Até onde fiquei sabendo, no domingo o navio começou a ser rebocado, e não afundado. Não sei se o exercício em questão já ocorreu.
Grato, Nunão.
Corrigindo: ex-G-29 NDCC.
Se esse drone naval for tão efetivo como são os da Ucrânia, aí a coisa pode complicar ainda mais. Pela imagem ele ainda não está no nível dos ucrânianos, mas, funcionando é o que importa.
Detalhe curioso: vocês leram quantas pessoas fizeram o primeiro mapa (do ISW)? Pra quê tanta gente?
Como era de se esperar, iniciou-se nos eua o debate sobre os custos deste enfrentamento, com os eua já tendo lançado mais de 100 mísseis com custo unitário entre 2 milhões a 4 milhões de dólares contra drones cujos mais caros custam 10 mil dólares, com os mísseis Houthis mais sofisticados um pouco acima disto. O debate levanta a hipótese do aumento destes custos pôr em risco a, reposição de armamentos e o desenvolvimento de novos projetos, como a classe Constellation. Até agora está óbvio que esta operação tem sido um fracasso e não há dúvidas de que é uma… Read more »
Esse é um dos problemas que eu vejo com o arsenal de primeira linhas dos países mais ricos. Todas as armas guiadas deles são sofisticadas demais para todos os usos. Deveriam ter alguns modelos bem simples, de preferência feitos com materiais mais comuns, sem muita resistência a interferência eletrônica, desempenho apenas aceitável. Custo baixo, para ser produzido literalmente em massa. Nem precisa ser inteligente para se guiar de forma autônoma, algum drone ou avião mais sofisticado poderia ficar em órbita guiando o enxame. É mais barato precisar de 05 drones simples para atingir um alvo do que um míssil caríssimo… Read more »
Seria possível que um desses drones grandes que façam vigilância e levem armas ao mesmo tempo, em vez de disparar um hellfire ou outra munição cara, não soltasse um invólucro no ar, de dentro dele sairiam alguns daqueles drones de papelão/fibra de vidro/plástico impresso em 3D com uma pequena carga explosiva contra um alvo? Ou ainda, contra alguns alvos na mesma região? A impressão que eu tenho é que um míssil desses dos houthis poderia ser colocado fora de ação no lançador por uma explosão de uma granada de mão, por exemplo. Uma carga de um drone desses pequenos seria… Read more »
Este é o desafio que se apresenta. Pensar e projetar algo mais simples, barato e verdadeiramente eficaz para situações específicas.
Lembremos que recentemente um Arleigh Burke escapou por 2 segundos de distância do impacto de um míssil Houthi.
É muito interessante vermos que dentro da natural busca por tecnologias cada vez mais sofisticadas por parte dos países mais ricos, a realidade da guerra contra forças armadas menos tecnológicas demonstra este paradoxo da resistência do simples ante o sofisticado.
A melhor forma de se acabar com os ataques aos navios e já que algumas companhias de navegação não querem passar pelo estreito de Bab El Mandeb, bastaria ao Canadá, EUA e UE proibirem o atracagem de qualquer navio que tenha passado pelo estreito de modo a que haja concorrência justa entre as transportadoras marítimas. Deste modo os países dos BRICS teriam que se mobilizar para acabar com os ataques já que os mais prejudicados seriam o Egito que deixaria de receber taxas pela passagem de navios pelo canal, a China, que veria os seus produtos chegarem mais caros o… Read more »
Esta sua idéia é impraticável porque os próprios compradores europeus e da A. do Norte não aceitariam. Para eles é menos ruim que alguns navios continuem tendo a possibilidade de navegar pela rota mais curta cobrando fretes normais do que 100% deles cobrando 300% mais caro. E muitos destes navios transportam insumos cruciais para o funcionamento de indústrias. Provocaria um colapso econômico de grandes proporções. Até o momento esta situação é uma verdadeira sinuca de bico para os eua e aliados. Eles não vão empreender uma guerra terrestre no Yemen, Biden já disse isto. E os Houthis já disseram que… Read more »
Meu caro e para teu conhecimento a maior companhia de transportes marítimos europeias, é a dinamarquesa MAERSK que proibiu os seus navios de atravessarem o estreito de Bab El Mandeb. Por isso e para que possa ser competitiva todos os navios terão que fazer o mesmo caminho e se os produtos custarem mais duas ou três vezes, talvez aí seja melhor produzir na UE, é assim que eles pensam e nesse caso quem perderia era o Egito e a China e para muitos ambientalistas europeus, esse seria o melhor caminho. Quanto ao combustível e que eu saiba ninguém morreu de… Read more »
Não existem mágicas possíveis. Ninguém vai obrigar todas as companhias marítimas a evitarem o Mar Vermelho para igualar o valor do frete e dos seguros. É uma ideia absurda e se constituiria numa ação ilegal, um crime contra a livre concorrência e a liberdade de navegação perante a organização mundial do comércio e a outros órgãos internacionais. Mais absurda ainda se você entender que ao proibir navios de atracarem por não tomarem a rota mais longa, o prejuízo é todo dos compradores porque as cargas já foram vendidas e os fretes pagos. Os compradores então teriam o duplo prejuízo sobre… Read more »
Absurdo é a Maersk fazer a rota pelo Cabo e a Cosco fazer a rota pelo Mar Vermelho, nesse caso não haveria livre concorrência porque a Maersk por ser europeia seria apontada como sendo apoiante de Israel e a Cosco por ser chinesa poderia passar sem nenhum problema, isso sim seria um absurdo. Vê se pões os pés assente na terra
Se fosse americano dispararam foguete similar aos houthi em navios russos, do citar, iranianos, sírios, chineses…e tocava culpa nos houthi…
Pois é, se o bloqueio afetar a economia chinesa e iraniana, eles vão parar de financiar essa gracinha.
Eu dispararia um tomahawk no navil e culparia os houthis
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O Egito deve estar tendo um grande prejuízo. Será que entrarão nesta disputa?
Jogam dos dois lados. Se estivesse Ruim eles já teriam feito algo
navios egípcios e sauditas estão passando livres
Acho que essas guerras atuais estão dando alguns sinais claros do futuro das batalhas. Mas algo que as forças armadas Brasileiras poderiam enxergar nisso é possibilidade. Se você observar bem, tropas mal treinadas, pequenas e mal organizadas estão fazendo estragos enormes. Equipamentos centenas de vezes mais baratos e pulverizados estão fazendo o terror de forças bem estruturadas. Uma força que pegar esse aprendizado e criar centenas de pequenas unidades, totalmente pulverizadas no território é capaz de defender esse território com grandes chances de sucesso. Em tempo de paz esse treinamento das unidades “pulverizadas” pode ser centralizado para facilitar os treinamentos… Read more »
Discordo de “tropas mal treinadas” colega, passaram anos se preparando para essa guerra. Tanto o Hamas quanto os Houthis estão muito bem financiados, equipados e doutrinados na guerra que fazem. Sem equipamento? Os Houthis Possuem até míssil balístico de alta precisão com um arsenal bem considerável e estão fazendo bom uso conforme o planejado, o Ramas montou uma base subterrânea monstruosa que não conseguiram tomar até agora. já está batido essa lenda que criaram com essa narrativa de que grupos terroristas não um levante de pessoas despreparadas de chinelo sem equipamento combatendo os imperialistas. São grupos políticos criados, treinados e… Read more »
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