Marinha é pioneira no ingresso de mulheres na carreira militar

Treze marinheiras, oriundas da primeira turma feminina do Corpo de Praças da Armada da Marinha do Brasil (MB), fazem parte da tripulação do Capitânia da Esquadra, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”. Ao pisarem na prancha (escada de acesso) do navio, no início do ano, já se depararam com um novo desafio: navegar por mais de 20 dias em alto-mar, ao longo da costa brasileira, pela Operação “Aspirantex” 2024.

Elas ingressaram na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC), em janeiro de 2023, junto com os candidatos masculinos, e realizaram o Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa (C-FMN) durante 11 meses, sob regime de internato, de segunda a sexta-feira. Nesse período, adquiriram formação militar-naval e deram início à qualificação em uma das áreas que escolheram no ato da inscrição: apoio, mecânica e eletroeletrônica. Na classificação geral e final do curso, a Marinheira Larissa Pacheco Afonso de Almeida alcançou o primeiro lugar e, por merecimento, escolheu servir no NAM “Atlântico”, por ser o maior navio da América Latina.

Larissa revelou que sonhava em ser militar desde pequena. “Sempre fui muito disciplinada, respeitava os mais velhos, colocava ‘ordem’ nos meus irmãos mais novos”, declara. Sem saber, ela já carregava em si algumas das características de um bom Marinheiro. Os pais dela a apoiaram e a matricularam em um curso preparatório, no qual conquistou uma bolsa de estudos com 95% de desconto.
“Eu estudava em escola pública e aprendi muito no cursinho. Quando noticiaram que ia ter vaga para o sexo feminino, eu já estava pronta”, comenta. Apesar da confiança, a Marinheiro Larissa só acreditou na aprovação após a divulgação do nome dela no Diário Oficial. Pela segunda vez, o espírito marinheiro estava com ela: a coragem de sair da casa dos pais e da cidade natal, Sepetiba (RJ), e de se mudar para Santa Catarina. “Em um ano, só vi a minha família duas vezes. Essa foi a maior dificuldade que tive de enfrentar e superar. O pelotão foi a minha base no curso. Construí amizades verdadeiras que vou levar para a vida toda. A saudade nos uniu e nos tornamos uma grande família naval”, lembra.

Marinheira Larissa Pacheco foi a primeira colocada no Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa – Imagem: Marinha do Brasil

A rotina na EAMSC não era fácil. O dia começava às 5h e só acabava às 22h. Perguntada se teve tratamento diferenciado por ser do sexo feminino, Larissa esclareceu que todas as candidatas a aprendizes receberam o mesmo tratamento dos homens. “Cada ano haverá mais mulheres na Força, com o aumento da possibilidade de ingresso em diversas carreiras. É interessante ver e participar dessa transformação. Esse é o futuro”, acredita.

Das 48 mulheres aprovadas no concurso, 45 concluíram com sucesso o curso de formação. Como Marinheiras, precisam embarcar, obrigatoriamente, em navios da MB por um ano, a fim de executar a manutenção e operação de equipamentos e sistemas, a conservação de compartimentos e o atendimento de serviços gerais e específicos de bordo. No NAM “Atlântico”, elas estão distribuídas em setores de administração, saúde, operações, alimentação, aviação, armamento, entre outros.

A bordo, as 13 militares recém-embarcadas se sentem em casa. “Assim que chegamos, soubemos que iríamos para a Operação ‘Aspirantex’. Abraçamos o trabalho e isso facilitou a nossa integração com a tripulação. Fomos muito bem acolhidas”, contou Larissa. Para elas, tudo ainda é muito novo e todo dia aprendem um pouco mais.

Após visitar o Centro de Operações de Combate do “Atlântico”, local onde são coletados dados de todos os sensores do navio essenciais à tomada tempestiva de decisões de comando e controle, a Marinheiro Larissa está convicta de que deseja trabalhar nele. Também expressou a vontade de continuar na tripulação do navio depois de um ano de embarque obrigatório.

“Quebrei barreiras, sendo da primeira turma mista de Marinheiros do Brasil e a primeira colocada no curso de formação. Espero que a minha história incentive outras mulheres a acreditar e conquistar os seus sonhos”, conclui Larissa.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Ozawa

A fonte é a agência de notícias da Marinha, assim, os ufanismos e hipérboles navais são esperados, tais como: “maior navio da América Latina”, “Navio-Aeródromo Multipropósito” ou “maior navio da Esquadra brasileira” … Menos. Isto, no entanto, não anula o cerne da matéria, que é a história de superação cultural, geracional e social dessas mulheres. Certamente e literalmente, na Marinha seus horizontes vão se ampliar, e conforme a maturidade vier chegando é possível que muitas com a formação adquirida, se não todas, alcancem novos e melhores postos profissionais até mesmo na vida civil, como muitos e muitas antes delas. Bravo… Read more »

Camargoer.

Olá Ozawa. Você tem razão. Neste ponto a MB está muto á frente das outras armas. Inclusive, a primeira oficial general é da MB.

Parabéns á elas.

Marcelo Andrade

A FAB tem a Brigadeiro que comanda a Escola Nacional de Defesa.

Camargoer.

Como escrevi, a primeira oficial general no Brasil é da MB em 2017.

Rinaldo Nery

Porque a MB recebeu mulheres primeiro. Depois a FAB, depois o EB. A Carla é Major Brigadeiro Médica.

Camargoer.

A Dalva Maria Carvalho Mendes chegou a contra-almirante em 2017.

Marcelo Andrade

Mas é maior navio da Esquadra e é o maior em operação na AL, não é ufanismo, é fato!

Gerson Carvalho

o primeiro baby vai se chamar NaeL

Camargoer.

Suponho que desde a lei promulgada sobre a adoção de casais homoafetivos, muitas crianças já foram batizados de Nael.

Talvez algumas crianças também tenham recebido um nome em “Guarani”.

Last edited 8 meses atrás by Camargoer.
Heinz

Bravo, zulu!

Burgos

E que venham muitas Marujinhas !!!
“Quem diz Brasil, diz Marinha”
Assim estava escrito no pórtico de entrada da EAMSC 💪⚓️🇧🇷
Quando fui formar lá (Delta-1)

Last edited 8 meses atrás by Burgos
Jagderband#44

Conheço bem o estreito.

Diego

A questão é, isso é bom ou ruim?
Sem lacração por favor!

Sulamericano

Isso é sempre bom.
Ter um corpo militar misto mostra um avanço da sociedade, afinal mulheres são tão capazes quanto homens.
Além disso as mulheres trazem uma outra visão/ponto de vista para o ambiente militar.

Camargoer.

A Larissa ficou em primeiro lugar na turma. Seria ruim dispensá-la por ser mulher e chamar o segundo colocado. Neste aspecto, parece óbvio que é bom. No Brasil, ainda que as mulheres tenham maior escolaridade, elas ganham em médica 78% do salário dos homens na mesma função. Isso é uma distorção tanto em termos sociais quanto econômicos, pois altera a regra mais básica da meritocracia. Há décadas, sabe-se que ambientes profissionais inclusivos, com homens, mulheres e pessoas com diferentes deficiências, é mais produtivo, criativo e solidário. A pergunta mais interessante seria porque seria ruim? Claro, que alguns vão querer ensinar… Read more »

Rafael Oliveira

Caro Camargoer, “No Brasil, ainda que as mulheres tenham maior escolaridade, elas ganham em médica 78% do salário dos homens na mesma função. Isso é uma distorção tanto em termos sociais quanto econômicos, pois altera a regra mais básica da meritocracia.” Essas pesquisas são bastante imprecisas, pois não tem como o pesquisador do IBGE identificar quais as funções exercidas pelas pessoas que respondem à pesquisa porque há um universo com milhares de funções. O IBGE acaba aglutinando as funções em meia dúzia de áreas. Ademais, tempo no mesmo serviço legalmente é hipótese de maiores salário, o que não é capturado… Read more »

Rafael Oliveira

PS: acabei não comentando, mas maior escolaridade não significa maior remuneração e nem há razão para que signifique. Empreendedorismo, quando bem sucedido, resulta em grandes remunerações. Para isso, normalmente é irrelevante ter formação acadêmica. Se bobear é até pior hahaha. Os maiores bilionários do mundo não têm curso superior completo. E para mim é bastante óbvio que o Mark Zuckerberg mereça ganhar muito mais do que eu, que tenho rsrs. Assim como é justo o Neymar ganhar muito mais do que eu. Igualmente, Rafaela Aponte-Diamant (maior bilionária sem ser herdeira), Rihanna (cantora e , curiosamente, ex-militar) e Serena Wiliams (uma… Read more »

Camargoer.

Segundo o IBGE, existe uma relação estatística significativa entre escolaridade e renda. Claro que algumas pessoas vão ganhar mais que a média e outras menos que a média, por isso o valor é médio Para vocẽ entender…. o rendimento (que á mais amplo que salário) médio no Brasil é cerca de R$ 3,1 mil, para um salário mínimo de R$ 1,4 mil. A renda de quem tem nível superior é da ordem de R$ 7 mil, de quem tem mestrado R$ 10 mil e quem tem doutorado acima de R$ 15 mil. A renda dos 10% mais ricos do Brasil… Read more »

Camargoer.

Olá Rafa, Você tem razão sobre a remuneração no serviço público. Como o salário é determinado por lei e o ingresso é por concurso público, o serviço público é um dos pouco setores (ainda) nos quais mulheres, pessoas trans e qualquer outra minoria tenha uma remuneração baseada apenas no mérito. Por outro lado, o IBGE divulgou os dados de remuneração das mulheres no dia 08 de março. A reportagem da CNN sobre isso é bastante interessante. https://www.cnnbrasil.com.br/economia/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres-vai-a-22-diz-ibge/ Claro que toda pesquisa tem limitações, as quais são expressas no erro estatístico (o famoso depois pontos para cima, dois pontos para baixo).… Read more »

Rafael Oliveira

Não é só no setor público que há igualdade salarial. Em empresas, pessoas que exercem as mesmas funções ganham o mesmo salário. Como eu disse, no Itaú, no Carrefour e etc pessoas que exercem a mesma função ganham o mesmo salário. A isonomia salarial está na Constituição tanto quanto o ingresso no serviço público por meio de concurso. Empresas não são livres para discriminar seus empregados. A pesquisa do IBGE consegue captar que mulheres ganham menos do que homens. OK. Nisso não discordo. O que eu discordo é a afirmação do IBGE de que mulheres ganham menos na mesma função.… Read more »

Camargoer.

Caro. A população ativa no Brasil são cerca de 100 milhões, sendo cerca de 55% de mulheres. Estatisticamente, é irrelevante pinçar alguns exemplos com viés. A escolha tem que ser aleatória. Em pesquisas eleitorais, são ouvidos cerca de 2~3 mil pessoas para ter um nível de confiança de 95%. Contudo, a pesquisa é feita por ponderação. Ainda que a escolha seja aleatória (obedecendo critérios), é feita uma distribuição por gênero, classe social e idade que reproduzem a população. Esta ponderação é feita usando dados do IBGE do cento ou do PNAD. Nas boas pesquisas, são incluídas perguntas de calibração, por… Read more »

Monarquista

Eu trabalhei como “auxiliar de produção” em uma fábrica. Lá, a média salarial dos homens auxiliares de produção era maior que a das mulheres auxiliares de produção. Era por que o salário das mulheres era menor? Não. Era por que os homens faziam os trabalhos insalubres, periculosos, noturnos e ainda faziam mais horas extras, o que jogava a remuneração média dos homens para cima. E trabalhei de vendedor em uma empresa de peças para automóveis. O salário base era igual pra todos. Éramos 8 vendedores ( 5 homens e 3 mulheres). A ordem de quantidade de vendas era o seguinte:… Read more »

Camargoer.

Então…. de novo outro vez. È um erro usar dados pontuais para tentar explicar tirar qualquer dado amostral.

Para se obter um valor estatisticamente significativo, é preciso coletar valores aleatoriamente. No caso do IBGE, eles usam os dados do PNAD, que é uma pesquisa contínua do IBGE, por amostram, que leva em conta a distribuição da população por gẽnero, escolaridade, idade, etc.

A situação da desigualdade de salário por gẽnero é tão grave que foi preciso promulgar uma lei recentemente prevendo as punições para o empregador.

Infelizmente, este problema ocorre em vários países, inclusive Japão e EUA.

Rafael Oliveira

Camargoer, vamos ficar na discussão de salário. Pesquisa eleitoral é bem menos complexa e eu não a questiono. A pesquisa de salários do IBGE é a uma parte da “Brasil em Síntese”. É ela que diz que mulheres ganham 22% menos que homens na mesma função. Minha crítica é que ela não investiga as funções. Ela apenas conclui: mulheres ganham menos exercendo as mesmas funções. O IBGE não faz um levantamento: médicos homens ganham x% a mais que médicas mulheres; professores homens ganham x% a mais que professoras mulheres bancários homens ganham x% a mais que professoras mulheres; etc Não… Read more »

Camargoer.

Toda pesquisa estatística segue a mesma boa prática, seja aquela feita para saber a intenção de um eleitorado, para conhecer o efeito da escolaridade na renda, para saber o impacto das políticas de saúde sobre a expectativa de vida ou sobre a influência do gẽnero na remuneração. È como álgebra. A boa prática é a mesma para contar pedrinhas, carneirinhos ou dinheiro. Recomentei uma boa literatura escrita para um público leigo sobre como são feitas as pesquisas. Outra opção seria se matricular em uma disciplina de ṕós-graduação como aluno especial. Você escolhe. Se preferir, pode ignorar também. O autodidata é… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Camargoer.
Monarquista

Você parece saber muito sobre as estatíscias do IBGE.

Poderia explicar por que nunca saiu uma notícia, uma denúncia, uma investigação, etc sobre uma empres que paga menos para uma mulher do que para um homem que faz a mesma função.

Ou até melhor: mostre uma pesquisa do IBGE que diz que “o salário base de um caixa de supermercado / auxiliar de produção / agente administrativo” homem é maior que de uma mulher.

Last edited 8 meses atrás by Monarquista
Camargoer.

Caro M. Eu sei mais sobre estatística do que sobre o IBGE, até porque é uma ferramenta comum em química. Por exemplo, existe cerca de 100 bilhões de galáxias no universo visível e cada um delas tem cerca de 100 bilhões de estrelas. Isso significa que existem cerca de 10 zepto estrelas (10 elevado a 22). Um mol é 100 zepta moléculas (10 elevado a 23). Então, em 18 gramas de água existem mais moléculas que o número de estrelas no universo visível. Então, química básica demanda um tratamento estatístico. Como as pesquisas do IBGE empregam muita estatística, isso facilita… Read more »

Monarquista

Ou seja, você acredita cegamente nas estatística do IBGE e, sequer olha as metodologias e pormenores. Recentemente, em uma notícia no site do SENADO FEDERAL, havia a afirmação que mulheres recebiam menos que homens… QUE TINHAM NÍVEL SUPERIOR. E lá no meio da noticía, apenas uma pequena frase dizendo que homens escolhem cursos superiores que remuneram melhor. Então, nessa pesquisa, juntaram todos que tem nível superior (da pedagoga ao engenheiro), fizeram as médias e concluiram que mulheres ganham menos. Comece a olhar a metodologia. Olhe quais grupos são agrupados nas estatísticas. Pesquise se há fatores de distorção não citados na… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Monarquista
Camargoer.

O que eu acho é irrelevante. Eu posso achar que reptilianos vivem em um tunel que liga Machu Picchu á São Pedro da Aldeia, sem que isso torne isso verdade ou mentira.

Minha visão sobre estatística é modesta, mais baseada em boa literatura que forte opinião. Recomendo o livro “O andar do bêbado”.

O ponto é que vocẽ está mais preocupado com o que eu penso do que com as metodologias estatísticas usadas pelo IBGE, reforçando mais uma vez as conclusões de DunningKruger sobre tendência de pessoas com baixa habilidade terem uma autoavaliação excessivamente positiva.

Rafael Oliveira

Camargoer, você tocou em vários pontos interessantes. Estou um pouco velho e muito atarefado para fazer um curso de estatística. Ademais, eu não preciso escrever um livro, você pode ler a obra do Thomas Sowell, um best-seller renomado e com muito mais estudo do que eu um dia poderia chegar. Sobre a pesquisa do IBGE. Eu entrei nos relatórios da “Brasil em Síntese” e é isso que eu falei: a pesquisa não é feita por função. Trata-se de mera comparação da massa salarial. Você pode entrar lá e conferir ou simplesmente dizer que são feitas boas práticas e que está… Read more »

vlopes

alguem explique, as forças armadas do brasil, neste caso a marinha não tinha mulheres incorporadas?

Dalton

Tinha oficiais mulheres, mas no “Atlântico” será a primeira vez que “praças” mulheres
embarcarão e é algo que aumentará gradativamente.
.
Só como um exemplo, no início apenas oficiais mulheres embarcaram em submarinos na US Navy mas isso vem mudando e já há “praças” ou como eles chamam por lá “Enlisted”
a bordo de submarinos também e o mesmo está ocorrendo na marinha japonesa em uma escala significativa.
.
“Ruim” com elas – para os mais tradicionalistas – “pior” sem elas 🙂

Last edited 8 meses atrás by daltonl
Pedro

Dalton e VLopes, A matéria cita a entrada das mulheres na MB como Praças oriundas de concurso público para as EAMs. Este concurso era apenas para o sexo masculino. Agora as mulheres podem integrar as turmas de Aprendizes-Marinheiros. Antes as mulheres só entravam pelo concurso ao Corpo Auxiliar de Praças(CAP), que abarca praticamente só serviços administrativos, de saúde e industrial e que, com raras exceções, embarcavam especialidades como Meteorologia, Enfermagem, Administração. Já no Corpo de Praças da Armada(CPA), elas poderão exercer todas as especialidades que eram específicas dos militares masculinos, oriundos do Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa.… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Pedro
Dalton

Grato pelas maiores explicações Pedro ! Que mais mulheres sejam encorajadas
a entrar para à Marinha !

rommelqe

Prezados Pedro, Dalton, VLopes e demais foristas: o curso de engenharia mecânica da Escola Politécnica da USP é ministrado no mesmo prédio da engenharia Naval, departamento esse que é administrado pela propria Marinha do Brasil, em convênio com o governo de São Paulo. Lá conheci várias colegas que se tornaram oficiais da MB, todas muito competentes e dedicadas. Fantásticas. Faço também menção – entre outros administrados pela MB – ao Centro Tecnologico da Marinha, localizado fisicamente no campus da USP, no qual também militam várias colegas militares. Aqui envio meus parabéns às marinheiras recem formadas la em Floripa! Que sejam… Read more »

Pedro

Sim, mas esse a qual você se refere formam oficiais selecionados entre os oriundos da Escola Naval(EN), especificamente os do Corpo da Armada(CA) e do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), que após a conclusão são transferidos para o Corpo de Engenheiros da Marinha (CEM). Como os civis com graduação em Engenharia, são os que entram via CFO e já são nomeados 1º Tenentes do CEM.

Rinaldo Nery

Com todos o respeito aos meus irmãos de armas da gloriosa MB, mas a vida a bordo é muito desgraçada, dependendo do navio. No Atlântico deve ser “menos pior”. Espero que as meninas aguentem o tranco, e não participem das “Xibas”(é com X ou CH?). Nos meus anos de Macega ouvi vários aviadores navais afirmarem que foram para a aviação pra fugir dos embarques. A maioria.

Dalton

As coisas mudaram desde então Comandante e irão mudar cada vez mais à medida que mais mulheres se juntarem às forças armadas e claro sempre haverá navios mais “confortáveis”. . Só como curiosidade, está em testes de mar o futuro USS New Jersey o primeiro submarino da US Navy construído desde o princípio para ter mulheres oficiais e praças como parte da tripulação, diferente de submarinos anteriores que foram adaptados e o Japão está seguindo essa linha entre outros. . Pode-se até argumentar que na US Navy o padrão é melhor e tal, mas, também é verdade que normalmente não… Read more »

Rinaldo Nery

Obrigado pela resposta. Tomara. Nos anos 90 um amigo, que foi meu Operações no 2°/6°, servia no 2°/7° em Florianópolis. Esquadrão de Patrulha. Embarcou num NaPa em Rio Grande. Alguns dias de mar ruim. Sofreu. No regresso, ao avistarem o porto de Rio Grande, receberam ordem de retornar ao mar. A tripulação se amotinou e os oficiais se trancaram na ponte com armas em punho. As praças jogaram fezes na caixa d’água. Complicado.

francisco

Tudo atras de emprego vitalicio. Quero ver quando precisar ir a guerra.

Camargoer.

Então, se uma pessoa, qualquer pessoa, tem o mérito de ser aprovado em um concurso público, seja no setor militar ou civil, em qualquer das esféricas administrativo, por que isso seria motivo de crítica? Podemos citar os voluntários da FEB e os militares que participaram das missões de paz da ONU. Em qual destas situações as pessoas ser furtaram de participar de uma guerra? Parece óbvio que uma pessoa que tem estabilidade funcional (após 3 anos de estágio probatório) em cargos administrativos ou de magistério, por exemplo, estariam menos aptos para participar de uma guerra, mas considerando o que aconteceu… Read more »

Pedro

Será que você teria liderança em uma situação parecida a que elas podem vir a passar, apenas por ser homem? Emprego vitalício nas FAs não é bem isso que, por ventura, você pensa. Essas militares, assim como todos os carreiristas Praças, só terão estabilidade com 10(dez) anos de serviço. Isso se a cada semestre alcançarem os padrões mínimos de avaliação e desempenho (lembra daquela briga no funcionalismo público que estava para ser implantado um sistema de avaliação, em um governo recente?) exigidos a cada reengajamento. E, para além disso, no ano anterior a seleção para o Curso de Especialização de… Read more »

Last edited 8 meses atrás by Pedro
Rinaldo Nery

Muito bom. O desconhecimento da vida militar, pelos foristas, leva a muitos comentários equivocados como esse.