Nesta quarta-feira (10), representantes da Rosatom Energy Projects, empresa russa com sede em Moscou, e responsável pelo complexo energético nuclear no país, visitaram as instalações da Nuclep.

A comitiva, composta pelo vice- diretor-Geral, Ilya Vergizaev; a Diretora Executiva de Projetos, Alexandra Ovcharenko; a Gerente Regional, Ekaterina Baranova; o Gerente Técnico, Aleksei Shabrin e o VP da Rosatom na América Latina, Ruan Nunes, realizou apresentação sobre o potencial da estatal, conheceu o piso fabril da Nuclep e explorou possibilidades de parcerias visando a expansão e produção de equipamentos para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro.

A intenção da estatal, segundo a executiva Alexandra, é destacar a importância de uma colaboração integrada em todas as esferas da energia nuclear, incluindo o ciclo do combustível e nas operações de construção.

O vice-diretor-geral da Rosatom enfatizou o potencial de crescimento do Brasil no setor nuclear. “Estabelecer negociações claras e produtivas é de extrema importância para impulsionar o progresso da indústria nuclear brasileira”, ressaltou Vergizaev.

Otimista, o diretor administrativo da Nuclep Oscar Moreira Filho reconheceu o interesse em dialogar para aquecer o desenvolvimento do setor. Entre as possíveis parcerias, exemplificou que “Pode ser de planta nuclear normal, chamada Nuclear Power Plant, de potência nuclear, ou então de SMR, na dimensão de reatores modulares pequenos”.

O encontro também incluiu outros profissionais da diretoria executiva e industrial da Nuclep.

DIVULGAÇÃO: Comunicação NUCLEP

Subscribe
Notify of
guest

48 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Zorann

É isso que precisamos. Encontrar quem queira colaborar conosco, independente do regime político que este país tenha.

Seja Rússia, China, Coreia do Norte, EUA, UE, Irã. Oque importa são nossos interesses

Vanguard

EDITADO:
COMENTARISTA BLOQUEADO.

Allan Lemos

Não mais do que nós mesmos o sabotamos.

Jagder

Eles não são bobos.
Sempre podemos virar uma cuɓa gigante, imagina com armas nucleares.

André Macedo

A sabotagem ocorreu literalmente na ditadura que foi APOIADA pelos EUA na Operação Brother Sam. Seu comentário não faz sentido algum.

Jagder#44

André.
Governos são passageiros. Países não.
Eles sabem o que fazem.
Não há toa são um país desde 1776.

deadeye

Na Guerra Fria a URSS também foi contra, se eu for voltar ao passado, chegaremos a mesma conclusão.

Vanguard

EDITADO:
COMENTARISTA BLOQUEADO.

Mars

‘independente do regime político’ Vamos com calma amigo! Ai mora um perigo gigantesco, a não ser que você não de importância a embargos e suas consequências.
O país já passa e vai passar por muitas dificuldades para ter aprovação internacional para o submarino nuclear. E se alinhando a qualquer governo, esquece essa aprovação.

adriano Madureira

“Vamos com calma amigo! Ai mora um perigo gigantesco, a não ser que você não de importância a embargos e suas consequências. O país já passa e vai passar por muitas dificuldades para ter aprovação internacional para o submarino nuclear. E se alinhando a qualquer governo, esquece essa aprovação”. Que embargos filho?! daquele mesmos hipócritas que demonizam a rússia mas por baixo do pano compram urânio russo para suas usinas nucleares?! Tem país aí que enche a boca para dizer que a rússia irá pagar o preço recebendo duras sanções, editando mais de 500 sanções contra Moscou, mas não abre… Read more »

Antonio Palhares

Embargo internacional ? O planeta está ficando cada vez mais multipolar.
Russia, Irã e Coréia do Norte outros estão rindo desses embargos. Isto funciona conra as Argentinas da vida.

Mauro Cambuquira

Então a sua sugestão é… Não, obrigado! Já tem quem manda aqui. E obedecemos com grande disposição. Senão podemos ficar sem Iphone e outros

Leandro Costa

Mars, não é bem assim. Um país, qualquer que seja, busca a tecnologia que quer, aonde estiver disponível. Não vamos passar qualquer segredo Brasileiro aos Russos e por aí vai. Vai ser intercâmbio que inclusive vai aderir à qualquer regra da AIEA que tenhamos assinado, e provavelmente feito lobby por existir. O fato é que não existe ‘aprovação’ pela AIEA ou qualquer órgão internacional em relação à submarino nuclear ou o que quer que seja. Não vamos sofrer embargos na área nuclear porque é uma área que quase não existe intercâmbio, muito menos ainda na área militar (AUKUS etc. é… Read more »

francisco

Aprovação para ter um submarino nuclear? isso e prova que somos simplesmente vassalos, sem soberania ou independência. A faminta Coreia do Norte, pediu permissão para desenvolver suas armas nucleares? .

Heinz

Podemos colaborar com a Ucrânia?

francisco

Ninguem confia, pois a diplomacia brasileira corta de todo lado e está sempre em cima do muro.
Quem transferiu tecnologia nuclear para a China e Coreia do Norte foi a Russia, mas aqueles países sempre tiveram do lado dela, são parceiros confiáveis.
Nosso caso, devido a ambiguidade, nem os USA com seus aliados e nem a Russia com os seus, repassam nada para o Brasil porque simplesmente não confiam e temem que a sua tecnologia possa ser desviada para os desafetos.

Willber Rodrigues

Serei negativado, mas:

Eu não veria problema NENHUM em fazer parcerias que realmente fizessem esse projeto ir em frente e ser concluído, independente se forem parcerias com russos, indianos ou iranianos.

Samuel Asafe

Acho que os indianos tem uma visão isenta no mundo, tal qual o Brasil; uma parceria com eles não seria vista de maneira negativa.

Willber Rodrigues

Índia compra material norte-americano, francês, inglês e israelense desde sempre, ao mesmo tempo em que faz projetos estratégicos de mísseis e reatores com russos, e ninguem enche o saco deles, e falam que eles estão errados. Aqui, qualquer coisa fora do eixo EUA / Europa, automaticamente dizem que não presta. Se amanhã sair uma notícia de que o primeiro-ministro BR se encontrou com seu homólogo iraniano pra discutir parcerias, meu Deus, é o apocalipse, é o fim dos tempos, é a volta de Cristo, é matéria com 5.000 comentários de histeria, etc. Aonde isso nos levou até hoje mesmo? A… Read more »

Samuel Asafe

É preciso compreender que em um mundo que caminha pra uma divisão de poder em 2 blocos, qualquer atitude será julgada por qualquer um dos dois.
O Brasil fez sua parte desenvolvendo parcerias com o ocidente nos últimos 30 anos. Tá na hora de usar a proximidade com os BRICS pra alguma coisa.

Willber Rodrigues

A Índia comprava Mirages franceses, navios beitânicos enquanto fazia amplas compras de armas e de P&D soviéticas, em pleno auge da Guerra Fria.
Até onde eu lembro, ninguem da ONU ameaçou a Índia com sanções. Não de forma aberta, ao menos.
A diferença é que eles botavam o pau na mesa e faziam valer sua vontade de fazer o que quiser, com quem quiser.
Eles eram neutros, e sabiam defender sua neutralidade. Ser “neutro” sem poder defender sua posição de neutralidade é ser indefeso.
Nós nunca fizemos isso.

Gustavo R

Não é bem assim. A história nos ensina muito e se você olhar pra trás verá que os EUA foram sim nossos parceiros em diversos momentos desde o império. Fonos a guerra com os americanos e construimos um parque industrial em troca. Durante a guerra fria tivemos que optar por um lado e obviamente escolhemos o bloco capitalista. Ainda durante a Guerra Fria o Brasil teve seu milagre economico e a partir daí que os EUA comecaram a limitar nosso crescimento visando o nao surgimento de uma potencia na america do sul e…esse é o jogo geopolitico….fizemos o mesmo com… Read more »

Nativo

Infelizmente você está corretíssimo.
Aqui o CABRESTO euro americano é muito forte.

Underground

Não é bem assim.
O programa nuclear indiano sofreu revezes, mas eles nunca abriram mão de tê-los, sem entretanto ficarem ameaçando todo mundo.
Diferente, o Brasil, por sucessivos governos abriu mão de ser uma potência nuclear.
Igualmente foi o programa espacial indiano, no qual os indianos mandaram missões para a Lua e le Marte, enquanto o Brasil mandou para o espaço somente dinheiro.

Nbs

Temos que ser pragmáticos; nossos interesses e objetivos devem vir em primeiro lugar. O que vemos, de modo geral, é uma visão acanhada, diria submissa a alguns países e interesses, inclusive no meio militar, com uma espécie de alinhamento ideológico e nada patriótico. A Índia tem trilhado um caminho de certa independência.

Rodolfo

A Turquia e Uganda estão construindo usinas de energia nuclear em parceria com a Rosatom.
Em termos de tecnologia pra produção de energia eles estão muito bem. A primeira usina de 4a geração de neutrons rapidos foi construida pela Rosatom. Esse tipo de tecnologia vai ajudar a diminuir a questão do Plutonio que pode ser utilizado pra gerar energia nesse tipo de reator.

Nilo

Estamos criando parceria com um potência em produção de usinas nucleares e forte exportador. Produção e desenvolvimento de reatores RMS são de interesse dos dois países, a Rússia acima como o Brasil tem pequenas cidades distantes dos grandes centros, que poderiam ter energia fornecidas a partir destas pequenas usinas, a exemplo, recente aprovação de um reator RMS com refrigeração a água, com intenções de ser implantada no Ártico pelos russos.

EduardoSP

Essa estória de reatores pequenos para produzir energia para localidades isoladas é o maior caô que eu já ouvi. Isso não para em pé nem em filme de ficção.

Rodolfo

Em teoria a vantagem seria o tempo de construção e investimento menor, mas por Megawhatt seria mais caro a longo prazo usar mais reatores menores do que uma quantidade menor de maiores.
As Forças Armadas investem nessa tecnologia pois poderiam usar esses reatores para fornecer energia para suas bases no exterior, mas nos EUA esse tipo de reator provavelmente nao vai ter futuro na geração de energia.

Carlos Campos

Sou totalmente a favor, devemos cooperar com eles, até os EUA cooperam com eles e só vao parar em 2025 talvez.

Josué

Excelente

Dagor Dagorath

Há alguns meses saiu uma matéria em outro site dizendo que a MB via com bons olhos uma parceria com os russos em tecnologia nuclear.

Lembrando da experiência dos indianos com a Rússia, onde alugaram até um submarino nuclear deles para formar doutrina.

Acham que EUA, RU ou França fariam o mesmo com alguma nação periférica fora do clubinho ocidental?

Dalton

No primeiro submarino “alugado” os indianos não tiveram acesso a todo submarino e o
contrato foi abreviado.
.
O segundo “alugado” foi terminado com recursos da Índia após a construção ter sido suspensa com o fim da URSS, nada mais natural que a Índia tivesse acesso total ao submarino que foi devolvido pouco antes do contrato de 10 anos expirar por conta de uma explosão e o submarino foi inativado pela Rússia.

Astolfo Roberval

Existe uma tendência muito interessante de uso de SMR (reatores modulares pequenos) próximos de datacenters com que tenham foco em AI (Inteligência Artificial). Os aceleradores, GPUs e CPUs necessários irão consumir tanta energia que é viável justificar pequenos reatores para alimentação desses datacenters. Além disso, caso não ocorram iniciativas como essa, a matriz energética atual (especialmente nos EUA) não dará conta do aumento no consumo. Por isso, uma parceria como essa poderia, caso bem executada, ser uma oportunidade do Brasil criar expertise nesse segmento e se preparar mais para o futuro, quem sabe até mirando no segmento de exportação desses… Read more »

Last edited 7 meses atrás by Astolfo Roberval
Bispo

França já mostrou que energia nuclear é sinônimo de segurança energética… independente de clima , vento, crise hídrica … guerras.

O Brasil deveria ter um plano N(nuclear) , visto as mudanças climáticas, e geopolítica, achar que energia renovável é um Santo Graal deixa em risco a nossa segurança energética.

Alemanha que desativou suas usinas nucleares, condenou sua população a dependência externa.

Victor

Não deixem a CIA chegar perto como aconteceu com o “”acidente”” de Alcântara.

ChinEs

Pelo meno ja sabemos que o Brasil vai ter uma Bomba Atômica…

Heinz

Podemos e devemos nos aproveitar da Rússia nesse momento, eles não tem muita escolha. É vender petróleo e gás pra China, Índia, com 45% de desconto, é comprar fertilizantes muito baratos, e agora poderemos nos aproveitar para adquirir expertise em tecnologia nuclear, devemos ser que nem a índia, que deu munição de obus 155mm para Ucrânia, mas compra petróleo russo com descontão.

Rodolfo

A ROSATOM coopera com varios países mesmo do Ocidente apesar da guerra na Ucrania. A ROSATOM
construiu a primeira usina de energia nuclear na Hungria, esta construindo na Turquia e ja assinou com Uganda.

Marcos

A Índia não forneceu munição a Ucrânia

Heinz

Não diretamente, mas usou países terceiros para isso. A prova está documentada em dezenas de fotos e vídeos, de munições da Índia.

Carlos

É sempre bom que todo o mundo se lembre de Three Miles Island, Chernobyl, Fukushima e já agora o pó amarelo de Goiánia e lembrem-se de que necessitam de um depósito futuro para guardar o lixo nuclear, porque este não pode ser guardado num qualquer sitio brasileiro.

Rodolfo

Lixo nuclear ja tem solução que seria estoque em profundidade. Outras tecnologias como usinas de 4a geração podem utilizar o lixo nuclear pra geração de energia. So em lixo nuclear, os EUA teriam estocados mais de 150 anos de energia.
A ROSATOM ja tem uma usina nuclear de 4a geração de neutrons rapidos em funcionamento.

Fabio Araujo

Temos que conversar com todos, os franceses que já estiveram por aqui, os russos que estão aqui e se quiserem vir as portas tem que estar abertas para americanos e chineses. Quem chegar com a melhor parceria fechamos a parceria! Se os americanos não quiserem o problema será deles.

Paulo Sollo

Excelente. Fantástico. O negócio é fazer acontecer com quem quer que seja. Vou lembrar do tipo de relacionamento que os eua querem conosco nesta área: Todos se lembram daquele casal de estadunidenses que ofereceu segredos dos subs nucleares dos eua à mb. Se fosse oferecido a qualquer país do mundo, inclusive aliados dos eua, ninguém dispensaria estas informações valiosas. O Brasil dispensou e ainda os delatou ao FBI e participou da cilada para prendê-los. Em agradecimento, os eua intensificaram a sabotagem contra o nosso programa e passaram a pressionar fortemente todos os países que seriam fornecedores de qualquer coisa para… Read more »

Last edited 7 meses atrás by Paulo Sollo
Jagder#44

Engraçado.
Outro dia tinha espião russo trabalhando no brazil, hoje tem visita técnica deles.
Mundo louco não.

Jose Pereira

Seria de grande valia a conclusão de Angra III e a construção de usinas nucleares no estado de São Paulo.

Jose Pereira

Uma duvida…
SMR, na dimensão de reatores modulares pequenos…qual seria a finalidade da construção deste modelo ?