USS Carney DDG-64

O USS Carney, que retornou aos EUA na semana passada, fez história durante seis meses tumultuados na região do Mar Vermelho. Como um destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, o USS Carney (DDG-64) se destacou em seu desdobramento histórico no Oriente Médio, oferecendo novos insights sobre os engajamentos do navio com os rebeldes houthis apoiados pelo Irã.

Durante aproximadamente seis meses na região do Mar Vermelho, a tripulação do Carney destruiu 65 alvos houthis lançados do Iêmen e no solo, segundo a Marinha. O navio teve “51 engajamentos” com os houthis, informou a Chefe de Operações Navais, Almirante Lisa Franchetti, sem especificar detalhes. No entanto, o comunicado da Marinha detalhou que o Carney destruiu 45 armas lançadas pelos houthis, incluindo mísseis de cruzeiro de ataque terrestre, mísseis balísticos anti-navio e sistemas não tripulados, além de conduzir dois ataques defensivos contra alvos houthis no Iêmen, destruindo 20 alvos.

Em abril, o Carney fez história ao ser um dos dois navios da Marinha a implantar interceptadores de mísseis antibalísticos Standard Missile-3 (SM-3) em combate pela primeira vez, durante um grande ataque de mísseis e drones iranianos contra Israel. Embora as reivindicações sobre o sucesso dos SM-3 tenham sido disputadas, a Marinha não comentou devido a preocupações de segurança operacional.

USS Carney lançando míssil antiaéreo

O Carney também foi o primeiro navio de guerra a disparar o míssil SM-6 da Marinha dos EUA em combate, contra um míssil balístico anti-navio houthi no Golfo de Aden em janeiro. O SM-6 oferece capacidades únicas de defesa contra mísseis balísticos na fase terminal de voo, demonstradas nesse engajamento.

O desdobramento do Carney para o Oriente Médio ocorreu após os houthis começarem a lançar mísseis balísticos e de cruzeiro, além de drones aéreos e marítimos, contra navios militares e comerciais no Mar Vermelho, Bab al-Mandab e Golfo de Aden, bem como contra Israel. Isso ocorreu após a resposta das Forças de Defesa de Israel ao ataque surpresa do Hamas em outubro.

Durante seu tempo na região, o Carney foi um dos vários navios de guerra dos EUA e aliados a combater os houthis. O grupo, que controla grande parte do Iêmen, lançou mais de 110 ataques a navios nesse período. Em um incidente em janeiro, o USS Gravely interceptou um míssil de cruzeiro anti-navio com seu Sistema de Armas de Aproximação Mark 15 Phalanx (CIWS).

Atualmente, duas forças-tarefa navais defensivas operam na região: a Operação Prosperity Guardian, liderada pelos EUA, e a Operação Aspides, centrada na UE. Os ataques do Carney a alvos terrestres houthis não faziam parte dessas operações. Por suas ações, 14 marinheiros do Carney foram reconhecidos por “realizações excepcionais durante o desdobramento.”

Espera-se que o Carney retorne a Mayport no final deste mês, onde a tripulação terá um merecido descanso e o navio receberá a atenção necessária após meses de intensa ação. Seu desdobramento destaca a importância contínua da frota de combate de superfície da Marinha, uma necessidade constante na região do Mar Vermelho.

FONTE: The Warzone

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Burgos

Haja espaço nas asas de BB e BE do navio pra pintar os alvos abatidos quando em desdobramento 💪⚓️

Orivaldo

Já tem mais experiência que toda Marinha Chineda junta

Dalton

O “Carney” é um dos 9 Arleigh Burkes – por enquanto – armados também com um lançador SeaRAM com 11 mísseis para pronto emprego mais recargas enquanto manteve o Phalanx
20 mm adiante da ponte e vários outros receberão o “RAM” com 21 mísseis mais recargas em breve.

andre

só este navio tem mais experiencia de guerra, que toda marinha chinesa.

ADM

A defesa contra mísseis balísticos exige tecnologia e custo alto. Vale a pena investir no desenvolvimento desse tipo de armamento, mesmo rudimentar, é ameaçador, se lançado em quantidade.

Felipe

Duro é acreditar sem provas kkk (se fosse russo, estaria todo mundo duvidando)

Dalton

E qual navio russo na sua opinião é comparável ao “Carney” e/ou quantos existem estariam disponíveis para um rodízio similar ao que está ocorrendo no Mar Vermelho
para lidar com todos os tipos de ameaças aéreas ?
.
É uma pergunta honesta sem viés.

Helio Eduardo

Pode ser, mas os fatos atentam contra os russos. Por lá mentira parece ser a ordem do dia, todos os dias! Basta ver o histórico de perdas no Mar Negro!
Deve ser a marinha mas mal treinada e equipada do planeta, haja vista a quantidade de “problemas operacionais” que resultam em afundamentos.
EUA mentem? Claro, mas o duro é pegar os caras na mentira… Além do que, não perdem navios a torto e a direito por aí…

Roosevelt

Desculpem a ignorância, mas o que são aqueles furos que tem nos painéis de popa dos AB e dos Ticonderoga? Existem motores nas salas dos lemes?

Fernando "Nunão" De Martini

Os dois “buracos” no espelho de popa da classe Arleigh Burke, até onde sei, são lançadores de despistadores / iscas (decoys) de torpedos.

https://dp.la/thumb/b4691199d138d000f85d7945842be6aa

Não tem nada a ver com propulsão. As duas praças de máquinas, com 2 turbinas de propulsão cada, ficam mais à meia-nau, abaixo das duas chaminés.

comment image

Dalton

Complementando o Nunão, a maioria dos “Burkes” tem um terceiro “furo” só que central
para o sonar rebocado. Durante um tempo vários foram construídos sem esse recurso considerado pouco necessário e por economia, mas, a ascensão chinesa mudou muita coisa e voltou-se a instalar em novas unidades e acrescentar nas que não tinham.