Marinha do Brasil cria Esquadrão de Guerra Cibernética
Ministério da Defesa
COMANDO DA MARINHA
GABINETE DO COMANDANTE
PORTARIA Nº 107/MB/MD, DE 29 DE MAIO DE 2024
Cria o Esquadrão de Guerra Cibernética e dá outras providências
O COMANDANTE DA MARINHA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos art. 4º e 19 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, e o inciso V do art. 26 do anexo I ao Decreto nº 5.417, de 13 de abril de 2005, resolve:
Art. 1º Criar, dentro da Estrutura Regimental do Comando da Marinha, o Esquadrão de Guerra Cibernética (EsqdGCiber), Organização Militar com semiautonomia administrativa, devendo ser apoiada pela Base de Submarinos da Ilha da Madeira, que proverá os recursos de pessoal, financeiros, de rancho e alojamentos necessários à execução de suas tarefas, com sede na Cidade de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, subordinado ao Comando Naval de Operações Especiais, com o propósito de contribuir para a condução das Ações de Guerra Cibernética na Marinha do Brasil, sob o comando de um Capitão de Mar e Guerra do Corpo da Armada ou do Corpo de Fuzileiros Navais.
Art. 2º Durante a fase de implantação, fica criado o Núcleo de Implantação do Esquadrão de Guerra Cibernética (NI-EsqdGCiber), o qual deverá, gradativamente, assumir a responsabilidade pela estrutura física, organizacional e orçamentária do EsqdGCiber.
Parágrafo único. O Núcleo de que trata este artigo terá suas atividades e organização estruturadas por uma Organização Administrativa provisória, aprovada pelo Comandante Naval de Operações Especiais, e será considerado automaticamente extinto por ocasião da Cerimônia de Mostra de Ativação do EsqdGCiber.
Art. 3º O Comandante de Operações Navais baixará os atos complementares que se fizerem necessários à execução desta Portaria.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor em 29 de maio de 2024.
MARCOS SAMPAIO OLSEN
COLABOROU: André Vital
Espero que desta vez tenha propriedade intelectual local sobre os sistemas, e não utilizem por 60 anos, como no passado equipamentos e sistemas de empresas suíças controladas pela CIA.
entendo que é complicado, mas na verdade não tem muito pra onde correr, ex. uns querem trocar star link por link chinês e vice versa.
Espionar não é feio, o feio é ser pego espionando, nesse ramo todo mundo faz o que pode com o que tem na mão.
Não tem pra onde correr, amigo.
Não dominamos tecnologias críticas.
É o mesmo caso dos aviões ” da Embraer “.
Perfeito.
Explique melhor.
Quem fabrica os motores , coronel?
E a avionica?
Basta um mês de embargo.
A embraer só produz praticamente 30% de peças do KC-390, ela é na verdade uma montadora e a idealizadora do projeto, porém 70% das peças e da tecnologia embarcada são de empresas privadas variadas ao redor do mundo. A maioria é de origem americana…
É difícil fugir dessa realidade, pois não temos capacidade para fabricar tudo, especialmente processadores (já houve casos de espionagem por meio de processadores). A China até baniu processadores AMD e Intel, bem como o sistema operacional Windows, nos órgãos de governo, mas isso foi algo bem recente. Mesmo para eles, é difícil. No entanto, eles possuem empresas como Huawei e Phytium. E nós? Com certeza estaremos dependentes de alguma tecnologia dos grandes players. Esse é o resultado de um país ignorar segurança e defesa.
E a Turma Brasil criticando e zombando da Rússia e seus chips de geladeira.
Muito bem lembrado!! Não me conformo com isso. Dá até arrepios.
O ponto crucial é o software. É possível usar hardware de qualquer tipo mas o software tem que ser próprio. Há muito tempo o Brasil, por meio das univesidades, possui capacidade de desenvolver softwares avançados, criptografados e tudo mais, Lembro que há alguns anos, comentei sobre a necessidade do MinDefe ter uma sala de simulação 3D para desenvolvimento de projetos e tudo mais. Esta sóftaware poderia inclusive ser disponibilizados gratuitamenteo para as univesidades e empresas de engenharia para fazerem seus projeto, saidno da dependẽncia de pacotes pagos. Este é um caminho de tecnologia dual exgtremamente poderoso Sobre a guerra ciberneticao,… Read more »
Olha sou da área de segurança da informação, antes de qualquer coisa precisam mudar a mentalidade, os talentos hoje em dia não tem nem faculdade e em alguns casos são de menor. A Marinha precisa mudar a forma de ingresso desse pessoal especializado, e começar a ir atrás de quem entende que hoje estão todos na iniciativa privada.
Neste caso tem de ter gente de carreira entendendo alguma coisa. mesmo que a equipe seja externa, tem de ter gente do quadro de carreira acompanhando. porque este mesmo carinha que tu citou vai pular fora em algum momento.
já pensou um snowden tupiniquin?
E esse “Snowden” tabajara vai revelar o quê, que a NSA e qualquer outro órgão de espionagem mais ou menos equipado já não saiba sobre as FA’s e o governo BR?
Pois é…
Não existe, não existia e não existirá gente de carreira militar com conhecimento técnico em TI nesse nível. São carreiras extremamente distintas da carreira militar, com ganhos financeiros infinitamente maiores que a melhor carreira militar.
Pra isso funcionar, vão ter que buscar especialistas no mercado privado, pagar em contrato, seja de empresa privada ou alguma outra maneira de pagar.
Nenhum hacker, seja de red ou blue team vai se propor a passar em concurso militar da marinha e nenhum militar da marinha chegará a 10% da capacidade técnica de um profissional desses.
Faltou um parágrafo: Isso não é desmerecer a carreira militar, só explicando que são carreiras extremamente distintas, com conhecimento que não se ensina em cursinho técnico ou academia.
Olá Curisco.
A supervisão precisa ser de gente do MInDef…. a prestação de serviços por ser uma empresa privada…. sem problema.
Pode até ser uma empresa do MinDef que possa contratar profissionais nos termos de outras empresas privadas…
Olá C.
Cuidado com o mito do gẽnio…. a maioria dos profissionais tem formação acadêmica. Esta história do geniozinho ou geniazinha é a exceção.
Dou aulas há quase 20 anos na universidade…. a maioria dos profissionais segue o caminho comum, até porque grande parte dos estudantes só encontra a vocação profissional depois dos 15 ou 18 anos… uma outra parcela de estudantes vindos de classes mais pobres só vislumbram as carreira profissionais após entrarem na universidade…
Exato, a marinha precisa começar a contar civis, essa é uma área perfeita para isso, não há necessidade de militar de carreira para esse fim, até porque profissionais da tecnologia da informação geralmente não são muito afeitos a carreira militar.
A gente vê a foto que ilustra a matéria e enquanto lê o texto fica com a impressão que estão construindo um laboratório de guerra cibernética que vai parecer a ponte de comando da Enterprise.
Só depois, quando o animo acalma é que nos lembramos que aqui é o Brasil. Aí bate uma desolação e um sentimento ruim e ficamos com aquela outra impressão: vai ser um quartinho meia boca…
Comando da Enterprise é coisa só de filme mesmo. A única coisa que um esquadrão de guerra cibernética precisa são pessoas altamente treinadas. Pode ser um bando de adolescente que mora com a mãe, o estrago pode ser titânico, bem maior do que brigadas inteiras fariam.
Deveriam mudar o nome da Arma para Marinha de Guerra do Rio de Janeiro, nunca vi em um pais com dimensões continentais, com uma vasta costa marítima, só criar e aumentar a concentração da Marinha no Estado do Rio de Janeiro, portanto não se faz correto manter o custeio desta tropa com todo os brasileiros se só um ente federativo recebe os benefícios em seus cofres. Para ficar claro, o aquartelamento quase que exclusivo de tropas no Rio de Janeiro resulta em grande ganho ao comercio do Estado.
Concentração ?? . o cais da BNRJ está completamente vazio , os poucos navios da esquadra , estão amontoados no arsenal a espera de manutenção que nunca virá , O que temos hj , não patrulha nem a baia de Guanabara.
Você não compreendeu, ele não falou de navios. Os marinheiros de terra estão no RJ, recebendo salários da União (portanto, de todos os estados) e os aplicando exclusivamente na economia do RJ.
A iniciativa, em sí, é boa, e já deveria ter sido feita a tempos.
Mas aí eu lembro que, até bem pouco tempo atrás, a MB usava um aparelho de criptografia importada, que era fabricado por uma empresa de fachada da CIA, no qual todo mundo sabia disso, mas isso não impediu a MB de continuar usando essa máquina.
Parece que uma coisa não tem nenhuma relação com a outra, mas pensem bem…
Antes tarde do que nunca… temos deficiência enorme nessa área, mas acho que não é o caminho a MB criar um esquadrão, EB outro e FAB outro.
Deveria ser um ramo separado da a dimensão e complexidade do espaço cibernético.
agora se for só pra fins controle social na rede é melhor que fique na mão dos estagiários, acredito que não é esse o caso.
o tema é bastante sério e a forma como for abordado é que é o X da questão.
Já existe um Comande de Defesa Cibernética, na estrutura do EB, sediado em Sobradinho, com militares das 3 Forças. Não entendi a necessidade de criação desse Esquadrão. A FAB não tem, porque já existe o Centro, que atende todos.
Guerra cibernética, de Marinha, quem foi da marujo ou naval vai entender.
Queria saber por que TUDO na Marinha tem que ser sediado no estado do Rio de Janeiro! A maior panela do serviço público! Impressionante!
Isso é tão vergonhoso que pra acabar com toda a nossa marinha basta um ataque à Baía de Guanabara… Esse centro deveria ser em Brasília, longe da influência carioca.
Nossa marinha é toda alocada ali, em um único local. Isso militarmente falando é vergonhoso, é de uma fragilidade imensurável…. Mas os almirantes não querem sair de Copacabana né….
De fato, é um passo importante e necessário. A atual configuração das tecnologias de informação navais demanda muita capacidade técnica para garantir a segurança das comunicações e a integridade dos sistemas embarcados. Porém… vejo a MB criando novas estuturas, mas não vislumbro uma reestruturação ao horizonte…. creio que a MB, assim como a FAB e o EB deveriam rever muitas de suas funções e passar algumas delas para o setor civil do Estado Brasileiro. Um exemplo, se tratando da Marinha, seriam a Diretoria de Portos e Costas e a de Hidrografia e Navegação, que poderiam ser transformadas em uma autarquia… Read more »
Não compreendo o motivo de estarem criando só agora, já que a guerra cibernética sempre existiu; é claro que com o decorrer do tempo, os ataques se intensificaram ainda mais. De qualquer forma, antes tarde do que nunca!
‘Antes tarde do que nunca’. Em assuntos militares, tarde é nunca. Nunca é tarde pra cometer velhos erros com nova roupagem.
Pq as 3 forças não criam apenas uma ? Vai ter pro EB, MB e FAB ?
Já existe o Centro de Defesa Cibernética, que atende às 3 Forças.
Não seria melhor tecnicamente ter um comandante do corpo de engenheiros formado numa área correlata tipo computação, eletrônica ou telecomunicações?
Já até imagino no desfile de 7 de setembro fuzileiros da MB com NOTEBOOK na cor camuflagem, batalhão de guerra cibernética kkkkkkkkk
Antes tarde do que nunca, sei que é uma foto mas só tem 10 pessoas nessa representação, não impressiona muito quando se vê outras estações de cyber defesa com a Chinesa, Russo, são centenas de operadores.