Ascensão e Queda da Maestria Naval Americana
Por Francis P. Sempa
Há quase cinquenta anos, o historiador Paul Kennedy escreveu um livro sobre a evolução do poder naval britânico intitulado “The Rise and Fall of British Naval Mastery” (1976). O livro aborda desde a era elisabetana até as guerras da Inglaterra com os holandeses, as lutas contra a Espanha e a França, uma renovada luta contra a França, o estabelecimento da Pax Britannica e seu longo declínio a partir do final da Primeira Guerra Mundial, continuando pela Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria. É um livro que contém lições e advertências para o poder naval americano, que em termos relativos pode estar passando por um declínio semelhante.
O livro de Kennedy combina história com geopolítica. Inclui um capítulo inteiro sobre os escritos e teorias geopolíticas de Alfred Thayer Mahan, o oficial naval americano e evangelista do poder marítimo, e Halford Mackinder, o geógrafo e estadista britânico cujo conceito de “Heartland” previa que a Grã-Bretanha e outras potências marítimas seriam desafiadas no futuro por potências terrestres continentais. Kennedy reconheceu que Mahan e Mackinder, embora frequentemente vistos como apresentando teorias geopolíticas conflitantes, na verdade concordavam em algumas questões geopolíticas fundamentais, incluindo o supremo valor do poder marítimo. Mackinder se preocupava que a geografia, a revolução industrial e outros fatores apresentavam a oportunidade para um estado de tamanho continental transformar a hegemonia do poder terrestre em poder marítimo dominante. Notavelmente, Mackinder sugeriu em 1904 que uma China mais politicamente organizada e tecnologicamente avançada, devido à sua extensa “frente oceânica”, poderia se tornar uma grande potência eurasiana cujos recursos e população poderiam ser usados para fortalecer seu poder marítimo. Isso é precisamente o que aconteceu no século XXI.
Kennedy começou seu livro com uma discussão sobre os elementos do poder marítimo de Mahan durante um período que Mackinder chamou de “época colombiana”, quando a Europa “emergiu no mundo, multiplicando mais de trinta vezes a superfície do mar e as terras costeiras às quais tinha acesso, e envolvendo sua influência ao redor da potência terrestre euro-asiática que até então ameaçava sua própria existência.” Sob Elizabeth I, a Grã-Bretanha transformou sua marinha “de uma força de defesa costeira de curto alcance, Mar Estreito, em uma frota de alto-mar capaz de operar a longa distância como uma força oceânica.” Isso ocorreu, escreve Kennedy, justamente a tempo de enfrentar os desafios da Holanda e da Espanha. “Isso lançou as bases,” continua Kennedy, “para o que tem sido quase universalmente considerado como uma idade de ouro da iniciativa naval inglesa…” Estes foram os tempos de Drake, Raleigh, a derrota da Armada Espanhola, explorações globais e a fundação de colônias ultramarinas.
Houve um período de declínio temporário sob os Stuart e, em seguida, uma série de guerras anglo-holandesas em meados do século XVII. Após a Revolução Gloriosa de 1688, por mais de meio século, a Grã-Bretanha lutou contra a França e a Espanha, culminando na Guerra dos Sete Anos e na Guerra de Independência Americana. A Revolução Francesa e a ascensão de Napoleão Bonaparte incendiaram a Europa por quase trinta anos. Esta foi a era de Nelson e das batalhas navais no Egito, Copenhague e na costa da Espanha, perto do Cabo Trafalgar. O resultado das guerras napoleônicas foi o estabelecimento da Pax Britannica, baseada na industrialização inicial, domínio comercial, poder financeiro, e tudo isso dependente do poder marítimo britânico. Londres tornou-se o centro financeiro do mundo e a marinha britânica dominava os mares.
No final do século XIX, no entanto, a industrialização e a tecnologia se espalharam pelo mundo. Estados de tamanho continental se unificaram politicamente e começaram a desafiar a Grã-Bretanha no mar. Um deles foi a Alemanha de Guilherme. Outro foi os Estados Unidos. No Pacífico, o Japão surpreendeu o mundo europeu ao usar seu poder marítimo para derrotar sucessivamente a China e depois a Rússia. A América era liderada pelo presidente Theodore Roosevelt, que absorveu o evangelismo do poder marítimo de Mahan (os dois homens eram amigos e correspondentes frequentes), o que se manifestou no envio da “Grande Frota Branca” ao redor do mundo quando a primeira década do século XX chegava ao fim.
A primeira manifestação do declínio relativo da Grã-Bretanha como potência marítima ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, quando a Marinha Real enfrentou a Frota de Alto-Mar alemã na Batalha da Jutlândia em 1916. Certamente, a Marinha Britânica, sob a liderança civil do primeiro Lorde do Almirantado Winston Churchill, transportou efetivamente o exército britânico para a Frente Ocidental, os Dardanelos e o Oriente Médio, e impôs um bloqueio devastador à Alemanha. Mas Jutlândia foi um empate, e após essa batalha naval, os comandantes navais britânicos tornaram-se mais cautelosos, especialmente devido à ameaça dos submarinos alemães. E a guerra, mesmo com a vitória dos Aliados, desgastou os recursos financeiros e humanos da Grã-Bretanha. Após a guerra, Kennedy escreve, a Grã-Bretanha estava “em nenhuma posição para manter a supremacia marítima contra os Estados Unidos.” Sua liderança naval, comercial e financeira estava “desaparecendo.” Foi Mackinder quem advertiu, já em 1902, em “Britain and the British Seas”, que, como outros impérios, o declínio da Grã-Bretanha eventualmente aconteceria. Na Segunda Guerra Mundial, a maestria naval da Grã-Bretanha havia desaparecido. E nunca mais voltou.
A supremacia naval britânica foi substituída pela dos Estados Unidos. Mahan previu isso. Assim também fez Winston Churchill, que durante e após a guerra vinculou a sobrevivência da Grã-Bretanha e sua relevância geopolítica contínua ao “relacionamento especial” com os Estados Unidos. As duas guerras mundiais do século XX custaram à Grã-Bretanha tanto seu império quanto sua supremacia naval. Os Estados Unidos, como James Burnham previu em “A Revolução Gerencial” (1941), tornaram-se, essencialmente, os “herdeiros” do império britânico.
As raízes intelectuais da expansão naval americana encontram-se nos escritos de Mahan. Seu segundo livro, “A Influência do Poder Marítimo na História”, foi uma sensação internacional, e ele seguiu com outros livros e ensaios que instavam os estadistas americanos a “olharem para fora” e desempenharem um papel maior no cenário mundial, o que necessariamente significava expandir o poder marítimo dos EUA. Como Mackinder, Mahan previu em “O Problema da Ásia” lutas geopolíticas entre grandes potências baseadas na Eurásia e potências insulares como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Como Mackinder, Mahan via uma China mais politicamente organizada e tecnologicamente proficiente como uma futura ameaça ao poder marítimo dos EUA.
Foi a Segunda Guerra Mundial que testemunhou o eclipse da Grã-Bretanha pelos Estados Unidos como a senhora dos mares do mundo. Kennedy observou que a guerra e a “paz” que se seguiu privaram a Grã-Bretanha da maior parte de seu império. As duas guerras mundiais exauriram financeira e psicologicamente a Grã-Bretanha. No futuro, a marinha britânica seria nada mais que um apêndice da predominância naval americana. Kennedy pegou emprestado um termo de Basil Liddell Hart para culpar a “sobre-extensão estratégica” pela queda da supremacia naval britânica, que ele definiu como “a posse por um estado de numerosos encargos e obrigações de defesa sem a capacidade correspondente de sustentá-los.”
Na Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos construíram uma marinha que transportou forças americanas para o Norte da África, Europa e muitas ilhas no Pacífico, e com combatentes de superfície e submarinos, além do poder aéreo naval, venceram as Batalhas do Atlântico e do Pacífico. A infraestrutura de construção naval dos EUA foi o arsenal das vitórias navais. Políticos e estrategistas dos EUA nos primeiros anos da Guerra Fria reconheceram que os EUA eram, como a Grã-Bretanha, uma potência insular cujo acesso contínuo ao Velho Mundo exigia um poder naval incomparável. Ao longo da Guerra Fria, o poder naval soviético nunca ameaçou seriamente o “comando dos mares” dos EUA, embora tenha havido um atraso temporário na produção naval relativa na década de 1970, que o presidente Ronald Reagan remediou construindo uma marinha de 600 navios.
O Secretário da Marinha de Reagan, John Lehman, um discípulo intelectual de Mahan que testemunhou o declínio do poder naval americano em meados e final da década de 1970 (ironicamente, sob a administração do graduado da Academia Naval, presidente Jimmy Carter), ajudou a formular uma “Estratégia Marítima” que confrontou os soviéticos com forças navais incomparáveis e uma postura ofensiva (incluindo exercícios navais provocativos) projetada para deter a agressão soviética e derrotar as forças soviéticas em caso de guerra. Em seu livro de 2018, descrevendo a construção naval e a Estratégia Marítima, Lehman lamentou o estado do declínio naval ds EUA pós-Guerra Fria, que ele acredita ter convidado os desafios de hoje da China e de outros adversários potenciais.
A ameaça naval chinesa é o desafio mais sério que a América já enfrentou em relação à sua supremacia naval. Hoje, o declínio naval relativo dos EUA é mais evidente nas capacidades de construção naval e na capacidade dos estaleiros – as mesmas capacidades e habilidade que lhe permitiram alcançar a supremacia naval global. O Escritório de Inteligência Naval relatou no ano passado que a capacidade de construção naval da China é 232 vezes maior que a dos Estados Unidos. O tamanho relativo das frotas das duas marinhas é de 370 para a China e 291 para os EUA. Desde 2022, a Marinha Chinesa adicionou 30 navios de guerra à sua frota, enquanto os EUA adicionaram dois.
Prevê-se que até 2030, a Marinha da China crescerá para 435 navios, enquanto o total dos EUA será de 290. Dentro desses números surpreendentes, a China expandiu sua capacidade de construção de submarinos e construiu seu terceiro porta-aviões. Mackenzie Eaglen, do American Enterprise Institute, preocupa-se que “se essas tendências não mudarem, e em breve, o Indo-Pacífico se tornará mais perigoso, pois Pequim se encontrará em uma posição muito mais vantajosa. A Marinha dos EUA está encolhendo no mesmo período em que o relatório do Escritório de Inteligência Naval estima que Pequim buscará a ‘reunificação total’ com Taiwan.” Embora os EUA provavelmente mantenham uma vantagem tecnológica e de combate geral, a China tem uma vantagem geográfica no Pacífico Ocidental e, em algum momento, os números brutos importarão.
Durante os últimos 30 anos, os Estados Unidos sofreram o mesmo tipo de “sobre-extensão estratégica” que exauriu o Império Britânico e contribuiu para o fim de sua supremacia naval. A Grã-Bretanha teve a sorte de que seu sucessor na supremacia naval foi um aliado geopolítico, em vez de um rival. Nós talvez não tenhamos essa sorte.
Francis P. Sempa escreve a coluna Best Defense a cada mês no site www.realcleardefense.com.
Da maneira como é o título do texto, você quase pensa que a USNavy está a passos largos de se tornar a Armada Argentina. A USNavy ainda tem muita ( muita mesmo ) musculatura e dentes, e continuara tendo por mais algumas décadas, mesmo com a sua queda de n° de meios. O problema, peos EUA, é que a China é, economicamente e militarmente falando, uma ameaça mais sério do que a URSS jamais foi pros EUA, mesmo em seu auge. Com o fim da Guerra Fria, os EUA acharam que finalmente chegou a época da “pax americana”, e que… Read more »
Sempre tive a opinião de que faltou os EUA uma visão de longo prazo em relação à China. Ficaram tão preocupados com a URSS que falharam ao perceber que a ameaça chinesa poderia se tornar maior.
Tivesse Truman seguido a sugestão de MacArthur, os EUA teriam contido a influência da URSS na China e consequentemente atrasado o seu desenvolvimento militar, além de ter eliminado o principal amigo ideológico do inimigo.
Na época, o principal “aliado” da China era a URSS, que já tinha suas próprias nukes, além de um exército gigantesco. Então, não sei se essa história de “conter a China” militarmente durante a Guerra da Coréia seria assim tão “fácil”… Duvido muito, mas muito MESMO, que Stálin iria “aceitar numa boa” os EUA usando nukes na Coréia pra conter a China. Além do mais, se os EUA precisassem recorrer a nukes pra conter uma China que tinha acabado de sair de décadas de destruição de guerra civil e inasão japonesa, significaria que as FA’s norte americanas são bem fracas….… Read more »
A consequência maior seria a perda da capacidade de usar as armas contra a própria URSS, mas pelo menos em retrospectiva, teria valido a pena. Stalin estava mais preocupado em consolidar as zonas tampão na Europa Oriental do que invadir a Ocidental, não há muitas evidências de que queria ou iria invadir.
Mas falo em conter a China antes do partido ter conseguido armas nucleares, que só aconteceu em 1964, não entendo como a inteligência americana deixou isso acontecer.
Porque não havia qualquer vontade soviética, na época de Truman/McArthur ou mesmo Ike de repassarem tecnologia nuclear aos Chineses. Os Americanos simplesmente acreditaram que a tecnologia nuclear soviética seria guardada à sete chaves. E não estavam muito distantes disso não. Quem cometeu um erro grave na época foi a URSS em ter ajudado os Chineses nesse campo, visto que em breve estariam às voltas com os próprios Chineses. Foi sorte. Pura e simples sorte, que hoje em dia os países são mais ligados. O grande erro Americano ao se aproximar da China para isolar a URSS foi de alavancar o… Read more »
Em 2049 a China vai ser numero 1 em tudo, com o ritmo de crescimento acelerado de 200 nukes por ano, ate 2027 tem 700 nukes, ate 2030 tem 1000 nukes, ate 2035 tem 1500 nukes, ate 2049 vai ter 3500 o suficiente para fazer paridade com Russia e EUA, o mundo vai ter 3 SuperPotencias Nucleares…
Mas por que em 2049? Pode ser antes… pode ser depois…
Como chegou à esse número? Curiosidade minha mesmo.
São informações da Federação de Cientistas Americanos, a Rússia transferiu material fissil para a China produzir até 2000 bombas atómicas, a China têm nesse momento 2 Reatores dedicados a produção de plutônio , a prespetiva é a China alcancar o número de armas nucleares dos EUA e Rússia nos proximos 30 anos. Lembro que o Arsenal Chinês anualmente produz 200 Armas Nucleares , 200 x 30 anos = 6000 Armas Nucleares , São números impressionantes.
“Alavancar o processo de desenvolvimento industrial chinês” foi mérito da China ao se aproveitar da ganância do capital externo em utilizar sua não de obra barata para maximizar o retorno financeiro. Este processo levou a uma mudança de regime politico-econômico. Só não levou á vassalagem e submissão que o ocidente desejava. A China manteve seus interesses em primeiro lugar e conseguiu desenvolver um aparato econômico que possibilitou seu gigantesco crescimento em 30 anos. Mérito do planejamento e das escolhas internas das prioridades a serem desenvolvidas.
Impossível tirar o mérito Chinês, óbvio.
O meu comentário foi em relação aos EUA terem dado condições de alavancar esse processo.
Não curto esse papo de ‘ganância do capital externo, etc’ porque ambos os lados foram, e continuam sendo, igualmente gananciosos.
O texto traz a capacidade de construção naval chinesa sendo 232 vezes maior que a americana. Se isso não fizer toda a diferença, não sei o que faz.
Ha de se considerar que, mesmo a China tendo um número maior de vasos a US Army tem de sobra o que os chineses não teem nem mesmo em treinos.
Expertise de combate e emprego real.
Na hora do “vamos ver”, fica aquele ditado.
Trieno é treino.
Jogo é jogo.
Tem outro detalhe aí que ouso comentar.
Todos ficam maravilhados com a China monstruosa que está se projetando militarmente.
Más eu ainda penso que, tal qual a Rússia na Ucrânia, a China corre o risco de passar vergonha em Taiwan.
Mesmo que gigantes em relação a Taiwan, levarão chumbo.
E assim como ocorre com a Ucrânia, Taiwan inevitelmente receberá ajuda da (Liga da Justiça,).
Daí também inevitelmente será China X Otan.
Não se trata de amores pela Ucrânia ou por Taiwan mas a Liga tem seus interesses.
O inverso tbm se faz valer.
Taiwan é uma ilha !
Ilha que está a 180km do continente chinês. Muito fácil para a China fazer um bloqueio aéreo-naval.
Impossível Taiwan durar 03/04 meses sem receber assistência direta como a Ucrânia recebe de suas amplas fronteiras terrestres (05 países , excluindo, obviamente, Rússia e Bielorrússia).
Fiasco seria, os EUA bater de frente com as forças armadas da China na tentativa de furar o bloqueio , no quintal deles……aguardemos.
Exclui , ao todo são 07 países.
Qual foi a marinha organizada que os EUA combateu diretamente pós 2 guerra?
Boa pergunta. Nunca enfrentaram um adversário a altura, só enfrentou países pequenos sem poder naval.
Mesmo com esse poder naval, tiveram que sair correndo do Vietnã , com aquela cena de grotesca, quando tiveram que jogar helicópteros e aviões fora de Porta-aviões pra pode acomodar mais pessoas, numa fuga desesperada.
Os helicópteros foram jogados ao mar para abrir espaço suficiente no convés para o pouso de uma aeronave de pequeno porte, pilotada por um Major da Força Aérea Sul-Vietnamita com esposa e cinco filhos à bordo. Foi no USS Midway. O Major fez um pouso perfeito.
Os helicópteros jogados ao mar eram sul-vietnamitas. O cocar deles era idênticos aos dos EUA, só com fundo amarelo onde é branco, assim, nas fotos PB parecem helis dos EUA.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Vento_Constante#:~:text=A%20quantidade%20de%20helic%C3%B3pteros%20sul,resgatado%20pelos%20barcos%20de%20salvamento.
Haviam pouquíssimos meios de propriedade Americana no Vietnã durante a evacuação. Basicamente apenas os da ‘Air America’ (CIA) e outras unidades administrativas. O grosso foi retirado entre 1971 e 1973. O que sobrou foi doado ao Vietnã do Sul, em sua maioria UH-1’s e Chinooks. Muitos outros meios, como F-5’s, A-37’s, Skyraiders, C-130’s e outros aviões e helicópteros do Vietnã do Sul fugiram para a Tailândia e alguns desses voltaram para mãos americanas logo em seguida.
Uma coisa tem nada a ver com a outra.Situacoes históricas diferentes.
Rsrsrs mais uma da pueril série “os EUA perderam no Vietnã”.
Pesquise sobre o estado em que ficaram as forças vietnamita depois da Linebacker II.
Querer resolver a guerra rápido é muito diferente de “fugir desesperadamente”.
Só uma correção, ou adendo. Acho que nem é correção, só eu sendo chato. Já no final da Linebacker I, os Vietnamitas tiveram que escolher entre preservar o exército ou não e ter que recriar tudo do zero. A escolha estava nesse ponto já. E daí voltaram à negociar, até que um gênio entre eles percebeu que se eles esperassem o retorno do congresso em Janeiro, eles conseguiriam manter o exército E continuar avançando ao mesmo tempo, o que fez com que eles tentassem dar uma enrolada no Nixon. Aí veio a Linebacker II, aí não conseguiram enrolar mais nada.… Read more »
Sim, mas já estavam enrolando desde antes da operação I, só que aparentemente esse acordo não era muito bom para o Sul.
O meu ponto é justamente o de que não foi uma derrota militar, como a maioria gosta de achar que foi.
Qual objetivo alcançado pelos Estados Unidos no Vietnã ?
Vale a pena fazer guerra sem alcançar os objetivos ?
Realmente os Estados Unidos ganharam. A CIA ter fugido no ultimo minuto da Embaixada e o país ter virado comunista foi sorte.
Perderam por causa do campo político, não do militar, como fazem parecer que foi, o mais se vê quando o assunto surge são falas do tipo “Os EUA levaram uma surra no Vietnã”, o que só mostra desconhecimento sobre o tema.
Pueril é continuar acreditando nas lorotas de Hollywood. No mundo real, ganha a guerra quem atinge seus objetivos estratégicos ou impede o inimigo de fazer isso. Os Estados Unidos PERDERAM a Guerra do Vietnã porque NÃO atingiram o seu objetivo, que era deter a expansão do socialismo no Sudeste Asiático. O Vietnã foi unificado sob um regime socialista e os vizinhos Camboja e Laos também passaram a ser governados por regimes socialistas.
Soviética.
Não me lembro de uma guerra marítima direta EUA X URSS,pode me passar a fonte?
Claro. Comece lendo ‘Blind Man’s Bluff’ que a gente começa à debater melhor.
Não houve um combate direto nessa guerra fria secreta , mais escaramuças , perseguições, um jogo de gato e rato , aonde ambos os lados se alternavam no papel.
Inclusive com cargas de profundidade, sustos com torpedos, etc. Era tudo menos disparo direto aos alvos. Para ambos. É inegável o quanto a USN aprendeu com isso em relação à doutrina de guerra naval moderna, da mesma forma como aprendeu em relação à doutrina de guerra aérea moderna no Vietnã. O resultado disso vimos na Desert Storm. O mesmo vale para operações terrestres.
Mas sim, em relação à Guerra Naval, a única coisa que não aconteceu foram disparos diretos em larga escala, felizmente. Mas o confronto ocorreu.
É justamente uma das propostas do textos. Do fim da Segunda Guerra mundial até a presente data, a Marinha dos EUA não foi confrontada seriamente por nenhuma outra Marinha de vulto.
O que se viu durante todas essas décadas foram os EUA (através também de sua Marinha) “batendo” em adversários infinitamente mais fracos. Basicamente um covardia naval.
Como se sairão com alguém que não aceita apanhar calado? E o que é pior, que também sabe machucar.
Qual foi a marinha organizada que a China combateu diretamente pós império chinês cair?
“Expertise de combate e emprego real.”
Que expertise de combate?
Qual a última vez, após a WWII, que a USNavy enfrentou cara-a-cara uma Marinha minimamemte equipada em combate?
Experiência em logística ao redor do mundo dos EUA é inegável, mas combate?
Nesse sentido, a Royal Navy tem mais experiência de combate recente.
A Royal Navy não enfrentou à marinha argentina, que após o afundamento do “Belgrano” permaneceu na base.
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Os EUA tem experiência de combate recente, Afeganistão e Iraque onde por exemplo nesse último NAes e Navios de Assalto Anfíbio tiveram importante participação como se fosse às “Falklands” em escala muito maior.
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No mais estão sempre se aperfeiçoando, fazendo mudanças e possuem os meios necessários para levar o combate onde necessário for inclusive suprindo aliados.
Dalton,
É claro que a RN enfrentou – e venceu – a marinha argentina, assim como enfrentou a aviação argentina e teve sucesso no desembarque anfíbio.
Inclusive, como você sabe, na Guerra do Golfo a RN abateu míssil antinavio iraquiano.
O que os britânicos fizeram em 1982 foi fantástico ainda mais pela grande distância envolvida entre ambos contendores, meu ponto é que não houve embate entre unidades navais, estas da parte da Royal Navy atuaram como ‘”piquetes” apoio de fogo da força terrestre, proteção de unidades de maior valor contra aviões e o antigo submarino argentino na superfície, foi danificado por helicópteros. . A Força Aérea Argentina é que foi preponderante e coube ao exército argentino enfrentar os britânicos em terra. . Isso tudo não significa que a Royal Navy tenha mais “experiência de combate recente” como aludido acima, do… Read more »
Vejo que uma diferença hoje é que a China hoje tem uma capacidade de produzir 1 bilhão de toneladas de aço por ano. O que o resto do mundo todo junto não tem.
Vejo que a maior vantagem chinesa é industrial. Durante a segunda guerra mundial os EUA produziram mais de 6000 navios. Hoje a capacidade de produção chinesa seria algumas vezes maior que a americana. A capacidade de produção de aço chinesa hoje é mais 12 vezes a americana. Veja a dificuldade de se produzir munição de 155 mm.
Como o texto apresenta, uma capacidade de produção naval 232 vezes maior
Os poucos estaleiros americanos que sobraram (e podem ser contados nos dedos das mãos) são pequeníssimos comparados aos chineses. Li em outro artigo que apenas um estaleiro na China é duas vezes maior que os 8 americano juntos. As fotos tiradas in loco provam: em Dalian um estaleiro tem 4 destróieres em produção e apenas 1/3 de seus deques cheios. Num prenuncio de guerra a marinha Chinesa chegaria a 600 navios rapidamente, e estamos falando de destróieres “AEGIS”.
Sem falar que os poucos estaleiros americanos ainda existentes estão tecnologicamente defasados e têm muita dificuldade para obter mão de obra qualificada.
E também não sao americanos.
Guerra das malvinas. A frota inglesa era moderna e tomou um pau de bombas burras e aviões de segunda linha. números sempre contam. e a China operaria perto de suas fronteiras
Não há dúvida que a capacidade naval de construção chinesa superou a americana, em tempos de paz, o que teria que ser estudado mais a fundo seria se essa diferença se manteria em tempos de guerra. Ao lado de muitas vidas de jovens russos, a capacidade industrial incomparável dos EUA foi a bala de prata que venceu as duas guerras mundiais. Eles já sabem montar uma “wartime economy”, vale o debate sobre se a China conseguiria atingir o mesmo patamar de produção militar, apesar da capacidade de mão de obra superior. Na WWII, vários países deram aos EUA matérias primas… Read more »
A China é o maior produtor de minério de ferro do mundo. Mais de 60% da produção de aço americana é a partir do uso de sucata. 10% da produção chinesa de aço é a partir sucata. Só a produção de aço a partir de sucata chinesa é maior que toda a capacidade de produção americana.
Ela é o segundo, o primeiro é a Austrália e o terceiro é o Brasil, dois aliados dos americanos.
Opa. Tem razão. Mas o que produzem da pra produzir mais de 5 vezes toda a capacidade americana. Mais a sucata. Os americanos não precisam muito minério uma vez que quase 70% de sua produção de aço é de sucata. A diferença está na quantidade de alto fornos, e carvão.
Rsrsrs, só com a Russia? Putz que mal contar com o pais com mais riquezas naturais do mundo e ainda mais em um contexto em que a China está rapidamente interiorizando as rotas de abastecimento dela, via Paquistão para ignorar o Estreito de Malaca, ligando-se ao Irã e em direção à Sibéria via criação de malhas de ferro e estradas. Isso é exatamente o que a teoria geopolitica do eixo da eurasia postula meu caro, a potência terrestre que for capaz de ligar esses 3 grandes regiões da Eurasia consegue facilmente se contrapor a qlq potência maritima. E por isso… Read more »
E você acha que a Rússia não pensaria em usar as próprias matérias primas para o seu próprio esforço de guerra ou acha que ela é confiável? O meu ponto é que os americanos teriam um acesso muito maior a diversas fontes, seja por via de alianças naturais como com os europeus ou até mesmo com os brasileiros, seja por meio da força. Os chineses, por outro lado, precisam ou depender da Rússia ou achar um jeito de atravessar as duas cadeias de ilhas. Por isso mesmo que essa estratégia de “o Mar do Sul da China é nosso” é… Read more »
Kra, vou ser bastante sincero contigo. Tu é cheio de wishiful thinking na sua análise. Em uma eventual terceira guerra mundial ( que é o que tu tá desenhando) é por óbvia a premissa que Rússia e China estão do mesmo lado, certo? Então cada país irá se especializar naquilo que sua economia é intensiva. Na teoria econômica isso se chama vantagem comparativa. Se a Rússia é uma economia extrativista, mas tem um potencial industrial que é uma fração da China, não faz sentido ela numa guerra praticar protecionismo com seu principal aliado ( que é o que tu está… Read more »
Caro. Na II Guerra parecia óbvio que os EUA jamais estariam ao lado da URSS… mas o fascismo era uma ameaça á democracia, levando o bloco ocidental a lutar junto com o bloco comunista contra o fascismo..
Não existe alinhamento automático… tudo depende do contexto do momento.
De onde vc tira que com o governo atual ficaríamos do lado americano?
A relação EUA/Brasil é muito maior do que picuinhas ideológicas entre governos. Ambos os países precisam um do outro. É uma relação de Estado.
Vargas também flertou com o outro lado, mas no final fechou com os americanos.
Se algum dia acontecer outra guerra mundial, pode apostar que o caminho do Brasil vai ser neutralidade>apoio aos americanos, independentemente de quem esteja no Planalto ou na Casa Branca.
De fato, é uma tolice achar que o Brasil precisa escolher um lado. A II Guerra obrigou o Brasil a tomar uma decisão, até porque os submarinos alemães estavam afundando nosso navios. Geisel também fez uma política de aproximação com a Europa e com os EUA. O que prejudicou as relações Brasil x EUA foi o acordo nuclear com a Alemanha e a pressão de Carter em torno dos direitos humanos. Ainda assim, o Brasil manteve intensa relação comercial com os EUA e com os países europeus. Agora, o mundo está novamente criando blocos e seria inexiste razão para o… Read more »
E quem disse que o governo atual vai durar pra sempre?
Legal sua análise, mas no nível dos conflitos atuais creio que a diferença é a capacidade industrial nos tempos de paz pois dessa vez diferente da wwII certamente território americano será atacado pois o nível tecnológico das armas é muito diferente, vejamos caso da Rússia sendo atacado por drones dentro de seu território, lógico por um país que faz divisa terrestre, então creio que a superioridade numérica irá sobrepor esse gap tecnológico nos tempos de guerra
Alvos, alvos e mais alvos… Não estamos mais em 1941…
Um alvo que atira de volta não é um alvo. Os vasos americanos ainda são mais avançados que os chineses, tem tripulações com mais experiência de mar. Eu ainda acredito que a China vai dominar o Indo-Pacífico em 10 anos, mas essa de menosprezar o adversário só pode levar à ruína.
Se você olhar pro cenário em geral vê que o embate china X EUA poderia ser facilmente evitado caso os EUA respeitassem a soberania chinesa sobre Taiwan. Hoje infelizmente não é possível devido a importância industrial da mesma. O que pode ser feito pela paz é os EUA e Europa se tornarem auto suficientes em microchips ao ponto de Taiwan ficar obsoleta. Caso contrário veremos um cenário de guerra local ao estilo guerra da Coréia.
Taiwan é o começo da conversa, não o fim. A China pretende se tornar a próxima potência mundial até 2050. Assim que Taiwan se render vão começar a empurrar a fronteira americana de influência para além das Filipinas. Guam eventualmente será um bastião, não o centro dos interesses americanos no pacífico oeste.
Dar Taiwan tem o mesmo efeito de dar a Tchecoslováquia.
Taiwan será lentamente integrada a China comercialmente, depois naturalmente acabará se unindo ao continente. Essa é uma guerra que não interessa a ninguém.
Um dos motivos da Supremacia Britânica no século XIX foi o declínio da França, já que a França do século XIX sofreu de baixo crescimento demográfico.
População francesa em 1789:
27 milhões
População britânica em 1789:
14 milhões
População francesa em 1914:
40 milhões
População britânica em 1914:
45 milhões.
Bom lembrar que a França não estava lá em muito boas condições após 1815. A derrota da política expansionista Francesa e sua busca pela Hegemonia Européia foi dura para os Franceses, que posteriormente ainda tiveram que lidar com Guerra da Criméia (sem grandes impactos), mas também com a guerra Franco-Prussiana e a resultante unificação da Alemanha com sua própria busca por expansão.
A China no Mar e a Russia em Terra, Taiwan e Ucrania são os campos de batalha.
Rapaz, agora lascou heim. Coitado dos Filipinos, que agora com a decadência americano, vão ser bombardeados por canhões de aguaa Chineses diariamente
Foram os EUA que criam o seu próprio monstro, com a corrida por tudo “made in china”. Hoje o ocidente não produz nem máscara para o COVID, como vimos.
O declínio já está aí, igual pode demorar décadas ou até mais. O Brasil no meio vai ter que escolher com quem fica, acredito que não escolher ninguém não será uma opção.
Ainda a uma larga vantagem dos EUA em tecnologia, mas isso tende a acabar com os investimentos chineses nessa área.
Acredito que a humanidade desconhece as reais capacidades dos EUA em relação a tecnologia militar.
Como se a humanidade conhecesse as reais capacidades chinesas em caso de conflito global.
Quantidade não é qualidade. Só um super porta aviões dos EUA vale por toda os navios da China. E detalhe que os EUA tem 12 porta aviões de propulsão nuclear… e nenhum país do mundo chega nem perto disso.
E isso é o mesmo que dizer que um desses porta-aviões sozinho poderia impor um bloqueio naval à costa chinesa. Engraçado e curioso é um sul-americano crer nessa falácia; norte-americanos, nesse sentido, são mais sábios. De qualquer forma, você poderia (tentar) entrar em contato com o oficialato naval dos EUA para expor suas ideologias, convicções, os meios e os planos de ação para o bloqueio naval. Melhor dizendo, para a vitória final sobre a Marinha Chinesa. Aproveita e diga para os ianques irem para o “arranca-rabo” com apenas um porta-aviões. Confia que vai dar certo. Mas o ideal seria que… Read more »
O senhor foi brilhante nesta afirmativa. Genial. Descomunal.
Tantas coisas pra comentar… Henrique oitavo foi o patrono da Marinha Inglesa: herdou 7 navios e mandou construir mais 24, alguns com até mil e quinhentas toneladas, com melhores armas (canhões de ferro fundido em melhor posição pro equilíbrio do navio e eventual bordada). Os Tudors entre Henrique oitavo e Elizabete primeira apenas conservaram a marinha que remanesceu como defesa costeira. Elizabete, cuja marinha crescera pra 39 vasos e planejava-se construir mais 30, deu liberdade aos corsários como Drake e outros o que ‘irritou’ os espanhóis que àquela altura dependiam do ouro vindo das colônias. A Invencível Armada, com vasos… Read more »
Alex, sempre tive a dúvida. O Brasil pertencia a Espanha (União Ibérica) em 1588, data da invencível armada, logo a derrota espanhola também foi a derrota brasileira? Indiretamente penso que sim.
Parece que é legítimo crer nisso. Felipe segundo de Espanha em Portugal foi conhecido nesse período como Felipe primeiro. Quem submeteu Portugal foi um militar espanhol, o (terceiro) duque de Alba, que governou com severidade pavorosa os países baixos, executando milhares de descontentes. Quase dois séculos depois, Goethe escreveu uma peça sobre um grande neerlandes supliciado por Alba, o conde de Egmont. Este suplício teria originado movimento nacionalista de libertação. Beethoven, que ainda andava chateadissimo com Napoleão autocoroado (em traição aos ideais da revolução) compôs música incidental pra essa peça, em especial a Abertura Egmont. Estupenda, essa ouverture serviu como… Read more »
Falsa modéstia.
Verdade. Tá mais pra preguiça. Quem sabe um dia sistematizo essa visão que tive e ponho no papel… De toda forma, quem tiver interesse, pode pesquisar por si: há muito texto na Net conectando o neoliberalismo, guerras e o CIM americano. 😉
Quem aqui, a partir dos marcos do texto de Sempa, em suas grandes narrativas metafisicas, poderia compreender que o neoliberalismo dos últimos 50 anos, que alterou profundamente o mundo e o complexo militar americano dos tempos de Ike, é que está estiolando a USNavy? Alguém arriscaria tatear nessa senda que Sempa ignorou?
Irão à guerra para defender o neoliberalismo. Eles fingem que. Não há como explicar a Rússia com sanções e menos ainda o expansionismo tecnológico chinês em luta na Bolsa de NY.
O jeito é fazer o que sabem: guerra. Mas desta vez parece que o absoluto absolutismo está mais forte.
A Alemanha levou 30 anos para liquidar o Império Britânico escorado na América. A América irá escorar-se em quem?
Li todo o texto.
Ótimo por sinal.
No meu ponto de vista, vai demorar uns 200 anos ainda, para a USN ter, digamos, o tamanho da ARA, BN, ou AM.
Lendo o comentário de alguns aqui e me matando de rir. Tem gente que não tem noção da quantidade de submarinos americanos espalhados pelo mundo onde ninguém sabe onde eles estão. 1 Strike group americano arrebenta os 3 porta aviões chineses. EUA divulgaram a receita para as forças armadas nesse ano 900 bilhões de dólares, juntando do segundo ao sexto colocado não dá isso em gastos. Então menos aí gente, resto do mundo tá muito mas muito longe de chegar perto dos americanos.
Prezado, mas tais ações se postas em prática sairão incólumes? Você acredita mesmo nisso?
Uma coisa é vencer a Marinha da Líbia ou do Iraque, outra, bem diferente, é enfrentar Marinhas que podem e vão afundar os vasos de guerra dos EUA.
Outrossim como ninguém sabe onde estão os submarinos ianques, quem ousará dizer o contrário acerca dos submarinos chineses, russos, norte-coreanos e de mais alguns países que só fingem ser aliados dos EUA?
Acontecendo a guerra, tenha a absoluta certeza de que não será um passeio no parque.
Então…. onde estão os submarinos equipados com mísseis nucleares da Russia, China e Coreia do Norte? estão espalhados pelo Pacifico Norte e Atlântico Norte…. nem tão longe dos EUA que possa parecer covardia nem tão próximo que possa parecer uma provocação. As batalhas navais mais recentes que envolveram grandes frotas aconteceram na II Guerra entre os EUA e o Japão…. o que fez diferença naquela época foi a coleta de informações que deu vantagem aos EUA… Provavelmente os EUA teriam condição de afundar os 3 NAe chineses mas o custo seria altíssimo para os EUA também…. sei lá qual a… Read more »
O sistema vigente ocidental baseado neste neo liberalismo. Que irresponsavelmente é produtor de tensões que podem levar à guerras que podem ser evitadas. Que está perdendo terreno de forma irrecuperável para a China isto é uma certeza.
Antonio, por favor, cite algum documento histórico que comprove que após o surgimento do Neo-Liberalismo, o número de guerras aumentou, versus quando a Humanidade havia desenvolvido a escrita.
Te dei aí uns 5000 anos… Mas vou até facilitar um pouco. Pode ser da época de Adam Smith para trás, ou seja, lá por 1770 para trás. Certamente desde essa data não havia neo-liberalismo para provocar tensões que levam à guerras.
Olá Leandro…. Em um aspecto o Palhares está certo…. A partir das Revucsi industrial, as guerras ao redor Go mundo se tornaram mais mortíferas e motivadas pelo domínio de recursos minerais e disputa de mercadis consumidores… Antes disso a maior motivação eram terras para sustentar o sistema feudal e mercantilista, ambos baseados na produção agrícola. A partir das revoluções burguesas, geralmente guerras civis que colocaram em xeque o poder absolutista, as guerras se tornaram disputas países de economia liberal. A I Guerra foi assim… As guerras do Japão foram assim… A II guerra foi um guerra ideológica como nunca havia… Read more »
Qualquer guerra é evitável… Mas a guerra permanece e permanecerá um fenômeno inevitável, intrínseco da espécie humana desde os seus primórdios … Algumas sociedades menos, outas mais. Alguns períodos menos, outros mais… mas a conflitualidade permanece. Assim como os homicídios, o roubo, a agressão, a prevaricação, o confronto, a raiva, a inveja, a frustração, a ambição, o rancor… A guerra é HUMANA. Faz parte de todos nós. É apenas o conflito entre seres humanos na sua máxima expressão. Negar isso, é querer ser divino ou pior… Diabólico. Se pode tentar evitar e reduzir, mas é necessário ter consciência que existe… Read more »
Eu acho um equívoco comparar um guerra (evento coletivo) com crimes (eventos individuais). Solidariedade, compaixão, cuidado com idosos e crianças também são características humanas individuais, Todos os seres vivos vivem em uma situação de conflito, inclusive os vegetais. Aliás, é a própria força evolutiva. As espécies mais adaptadas em uma situação de competição, ou seja de conflito, sobrevivem e as menos adaptadas são extintas. O capitalismo é um processo dinâmico e também em evolução. O capitalismo hoje nada tem a ver com o capitalismo de 100 ou 150 anos atrás e a força evolutiva, veja você, foi o comunismo. Nas… Read more »
Camargo, discordo. As Guerras, de forma organizada sempre existiram. As motivações são basicamente as mesmas de hoje. Busca por controle de recursos. Esses recursos variam apenas em relação ao contexto tecnológico e societal de cada época, assim como a frequência e letalidade dos conflitos. Durante a era do Bronze, impérios existiram e guerrearam devido à essa disputa de recursos. Terras férteis, versus terras ruins para cultivo, etc. Na época existiam inclusive tratados de defesa mútua, interesses imperiais e tribais que se uniam em prol de algum benefício comum versus esse ou aquele outro Império que os ameaçava. E isso a… Read more »
Olá Leandro… só podemos falar em capitalismo após a revolução industrial e só podemos falar em liberalismo econômico no capitalismo. A questão dos conflitos entre aldeias e grupos pequenos têm a ver com a questão da identidade dos grupos, mas quando pensamos em guerra como um conflito entre Estados (seja agora, entre cidades estado na Grécia antiga, ou entre os Estados no Crescente Fértil). Neste caso, a maioria das guerras esteve envolvida por disputas econômicas (o velho Marx explicando a história). Antes da revolução industrial, a fonte de riqueza era a agricultura e a fonte de força de trabalho, na… Read more »
Camargo, não estou certo sobre se entendi corretamente o seu ponto. Sim, se vamos medir a influência de ideologia X ou Y sobre qualquer evento, é necessário que a pesquisa seja restrita à esse período de tempo. No entanto, a minha resposta ao Palhares é de que justamente uma ideologia ou outra não influencia, historicamente, no número de deflagrações de conflitos. Meu argumento basicamente se baseia que interesses, sejam motivados mais por fatores econômicos, sejam com forte teor ideológico ou não, sempre existiram. Mas sempre de acordo com os contextos econômicos e ideológicos daquele determinado momento na História. E temos… Read more »
Até tu Leandro ? Documento ? Só se for o do batimento da quilha da arca de Noé .
https://en.wikipedia.org/wiki/Amarna_letters
Use o link como bom ponto de partida, mas você não está totalmente errado. Um dos, senão o mais, antigo texto literário conhecido, o Épico de Gilgamesh, que inclui entre outros o conto da inundação (que levou à criação de Noé), é dessa época. Na verdade provavelmente anterior, mas eventualmente foi escrito, em caracteres cuneiformes, e encontrados.
Obviamente escrita não era apenas usada para ficção, mas muito em relação à administração pública e diplomacia.
É sinceramente um período fascinante.
Leandro. Voce merece todo meu respeito. É um dos bons aqui da trilogia. Um forte abraço.
O que mais fez diferença foi a capacidade de repor os meios perdidos e de acréscimo da frota.
Mas o output americano não iguala o chinês – na verdade igualar ou não não importa: os EUA que em 1950 era uma economia industrial, com 30-40% da economia em indústria, hoje, depois da reestruturação das cadeias produtivas do último quarto do XX, tornou-se economia baseada em serviços e ‘conhecimento’, não chega a 9% de economia industrial. Nos tempos da Guerra do Coréia os EUA gastava parcela muito maior que os atuais 3-4% do PIB em Defesa. Acontecimentos decisivos marcaram mudanças profundas desde a II GM, e nenhum deles foi uma ‘guerra’, nem a tal Guerra Fria, apesar da ameaça… Read more »
Alex,
Procure dividir seus comentários em parágrafos, por favor.
Textos longos numa tacada só ficam indigestos até para os editores, que ainda têm a vantagem de ler no ambiente da administração do blog. Para os demais leitores fica ainda pior para seguir seu raciocínio.
Grato, Nunão, vou me esforçar pra uma redação mais clara e organizada no futuro.
Excelente comentário, Xará! continue assim. Abs
Obrigado, Galante.
Corrigindo erro crasso na minha redação: Onde se lê ‘(…) estão em cheque.’ leia-se ‘(…) estão em xeque’. Grato
Os EUA com 1 trilhão em verba pra guerra, quando a coisa apertar eles voltam a investir com mais eficácia e menos lambança e já era a tal reviravolta chinesa que logo logo o peso de manter isso tudo vai ser cobrado.