Parceria AUKUS: Reformas facilitam transferência de tecnologias sensíveis entre aliados
Austrália, Estados Unidos e Reino Unido removeram barreiras significativas ao comércio de defesa entre os parceiros do AUKUS, permitindo aprovações mais rápidas para tecnologias altamente sensíveis, informaram autoridades australianas. Esta medida é vista como um passo importante para a Austrália adquirir submarinos de ataque movidos a energia nuclear dos EUA e desenvolver conjuntamente, com os EUA e o Reino Unido, uma nova classe de submarinos nuclearmente propulsionados e armados convencionalmente nas próximas duas décadas.
Os parceiros do AUKUS também estão desenvolvendo tecnologias de defesa avançadas, incluindo mísseis hipersônicos, drones submarinos e tecnologias quânticas. As reformas devem acelerar a transição desses projetos da pesquisa para a produção. Embora os EUA sejam o aliado de segurança mais próximo da Austrália, a partilha de tecnologias de defesa altamente protegidas era restrita pelas regulamentações de tráfego internacional de armas dos EUA (ITAR).
Havia atrasos por parte do Departamento de Estado dos EUA em finalizar isenções para Austrália e Reino Unido sob o ITAR, que exigia que os parceiros do AUKUS demonstrassem ter regimes de controle de exportação equivalentes aos dos EUA. A eliminação da necessidade de licenças de exportação para grande parte da tecnologia de defesa entrará em vigor em 1º de setembro, com o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, chamando isso de uma “mudança geracional”.
A partir do próximo mês, 70% das exportações de defesa dos EUA para a Austrália, anteriormente sob o ITAR, estarão isentas de licenças. Uma lista de tecnologias excluídas será divulgada pelos EUA, mostrando tecnologias sensíveis que continuarão a exigir uma licença, com revisões anuais. O Departamento de Estado dos EUA terá uma janela de 45 dias para decidir sobre a transferência de tecnologias na lista excluída entre governos e a indústria, e 30 dias para transferências de governo para governo.
Além disso, mais de 80% dos bens controlados pelo Departamento de Comércio dos EUA como tecnologias “de uso dual” (militar e civil) também estarão isentos de licenças para a Austrália a partir de setembro. A Austrália eliminou 900 autorizações de exportação para bens de defesa no valor de A$5 bilhões (US$3,3 bilhões) para os EUA e o Reino Unido.
Segundo um acordo assinado em 2021, os Estados Unidos venderão à Austrália entre três e cinco submarinos de ataque da classe Virginia a partir do início dos anos 2030, como medida provisória, enquanto Austrália e Reino Unido constroem uma nova classe SSN-Aukus, que incluirá tecnologias dos EUA e deverá ser concluída cerca de uma década depois.
China pede que EUA, Reino Unido e Austrália não avancem com a cooperação em submarinos nucleares
O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quarta-feira (14) que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália não devem avançar com sua cooperação em submarinos nucleares até que a comunidade internacional chegue a um consenso sobre salvaguardas e outras questões.
Austrália, Reino Unido e Estados Unidos concordaram em trabalhar para transferir uma frota de oito submarinos nuclearmente propulsados e armados convencionalmente para a Austrália até 2050, sob seu programa AUKUS.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que o programa prejudica os esforços para manter a paz e a segurança regionais.
FONTE: Reuters
“Austrália, Estados Unidos e Reino Unido removeram barreiras significativas ao comércio de defesa entre os parceiros do AUKUS, permitindo aprovações mais rápidas para tecnologias altamente sensíveis, informaram autoridades australianas.”
Da próxima vez em que surgirem matérias de que o Brasil quer aprofundar laços com a França sobre o nosso programa de subnuc, e vocês virem a AIEA, os EUA e a comunidade internacional “preocupados” com isso e querendo aumentar o n° de vistorias por aqui, lembrem-se da frase acima, ok?
Tá certo 💪
O pau que bate em Chico, também bate no Francisco.
Se tiver que construir, vai construir.
Não foi diferente aos Países que eram proibido ou tinham restrições a tecnologia para a construção do Subnuc de propulsão nuclear.
O problema todo que muitos outros países é que ficam fazendo tempestade no copo d’água e acham que os que tão em desenvolvimento não tem direito ao domínio da referida tecnologia.
Durante um bom tempo, eu fui contra esse subnuc. Náo por causa do subnuc em sí, e sim porque eu via como disparate gastar tanta grana nele enquanto o resto da MB ia pra obsolência. Mas agora que já chegamos muito longe pra desistir dele, defendo que a gente vá em frente. Vamos fazer esse subnuc, vamos aprimorá-lo, vamos fazer mais unidades dele, e vamos desenvolver nosso programa nuclear. Se tivermos que nos aliar a China e Rússia pra esse projeto siga em frente, que seja. Se a comunidade internacional ( leia-se: EUA ) acham ruim, é porque é bom… Read more »
Se for investir, precisaria de uma frota pois apenas 1 não faria sentido. O programa Aukus que estava inicialmente planejado pra 250 bi de dolares australianos deve estouras mais de 100 bi durante o programa. Isso é fora da realidade brasileira com o orçamento do modo que tá.
No fim é mais barato e efetivo ter 8 fragatas e 8 scorpene.
Eu gostaria de ter um Bugatti na minha garagem, mas só consigo comprar um de brinquedo.
Ok, e qual a solução então? Simplesmente abandonar e jogar todo o programa nuclear fora? Reduzir ainda mais a “marcha” desse programa, que já está atrasado a anos? As escolhas seriam “um pouco mais fáceis” se a MB não fosse esse sorvedouro ineficiente de dinheiro público, e se os almirantes das últimas décadas não tivessem sido relapsos ( e estou sendo brando no termo ) a ponto de terem sucateado todo o resto da Força. “inicialmente planejado pra 250 bi de dolares australianos deve estouras mais de 100 bi durante o programa” Programa militar australiano tem histório em estouro de… Read more »
Acho que a marcha ja ta quase no neutro, a Nuclep vez ou outra faz um anuncio, alguem corta uma chapa, tiram fotos com uns politicos, mas nao tem grana pra terminar o reator do submarino, e assim vai seguir na proxima decada pelo menos… agora que o orçamento federal voltou a estourar, vai ter sequestro todo ano. Daqui uns anos irao falar no Alvaro Alberto pros anos 2050. A tecnologia desenvolvida poderia ser usada para produzir reatores de agua leve pressurizada pra produção de energia, isso vai ter demanda grande com o processo de descarbonização e seria mais interessante… Read more »
Se você está em um negócio que está dando prejuízo e não tem a menor sinalização de que vai melhorar, a solução correta é fechar a firma e vender o que se tem em mãos para reduzir o prejuízo. Nesse caso o prejuízo fica limitado e conhecido. É realizar o prejuízo e seguir em frente. Manter o negócio, enfiando enfiando cada vez mais dinheiro na esperança infundada de que um dia haja algum retorno é a pior solução. O projeto do SubNuc já tem quarenta anos. Ainda vai levar mais uns 10/20 para termos a primeira unidade, na melhor das… Read more »
O problema é que isso é estado, não setor privado, falência é um termo que não existe… veja o exemplo da Ceitec que nao produz um semicondutor que seria moderno no ano 2000 e de alguma forma ainda persiste.
Essa novela do Sub Nuc vai persistir por todas nossas vidas, talvez la pra metade do seculo quando os alemaes e japoneses desenvolverem submarinos com bateria de estado solido essa loucura termine.
Pra comparação com a Australia, o
PIB é praticamente do mesmo tamanho do brasileiro com uma população que é pouco mais de 10% do tamanho da brasileira.
A diferença é que a Austrália gasta 2,11% do PIB em Defesa.
Aqui é só metade.
“lembrem-se da frase acima, ok?”
E tu realmente acha que vão lembrar? Vão se fazer de desentendidos! Rsrsrs.
Quanto voluntarismo… Então é só se envolver no pavilhão nacional, erguer uma cruz e peitar os mecanismos de interdição (sujeição e manutenção coloniais, na verdade) das metrópoles que atingiremos a condição de… metrópole? Somos as nações iguais, mesmo? E iguais independente dos acasos da história? Basta ter mais área, PIB, população, cobiça, ferocidade e vaidade que, então, tudo nos será favorável até o cumprimento do destino manifesto? Sei não, viu?
Índia e Paquistão fizeram isso. Eu nunca disse que isso seria fácil pra gente, da mesma maneira que não foi fácil pra eles, mas eles seguiram em frente. E lembrando que eu tô falando de fazermos subnuc, e não nukes, igual ambos os exemplos acima. se os EUA e Inglaterra podem rasgar trocentos acordos internacionais pra “simplesmente dar” essa tecnologia pra Austrália, o que nos impede de continuar desenvolvendo essa tecnologia? “Basta ter mais área, PIB, população, cobiça, ferocidade e vaidade que, então, tudo nos será favorável até o cumprimento do destino manifesto?” Favorável, não. Nem de longe, nem em… Read more »
Pois é, o quê tem impedido, né? A China explodiu sua primeira nuke em 1.964 e lançou seu primeiro subnuke autóctone em 1.974. Desde 1.955 eles perseguiam arma nuclear e desde 1.958, propulsão nuclear. Não é pra comparar com o Brasil, não, nem pra pipocar elogios molhados aa China. Mas esse papo de nuke (e prop-nuke) brazuca já deu, só café -com-leite acredita… E quem botou o almirante nuclear na lama não foi comunista/woke/vagabundo, muito pelo contrário, é o pessoal que tá no comando e governo stealth dessa nação biboca e que acha que tudo tá bom demais assim e… Read more »
O problema é que a China quer liberdade p/ ir onde quiser a hora que quiser. Com submarinos nucleares a coisa muda e ela não terá tanta liberdade p/ invadir os mares alheios.
A China tem liberdade para ir onde quiser. O que a China quer é tirar a liberdade dos outros.
Como você sabe o que a China quer?
É só verificar como as frotas pesqueiras deles se comportam ao redor do globo para você ter uma ideia de como eles pensam em compartilhar o espaço dos outros.
Só olhar o que fazem com vizinhos no mar e opositores em terra…
Isso é bom para nós. Com qual argumento alguém vai dizer que o Brasil não pode deter tal arma, se não é uma potência nuclear? Ora! A Austrália tbm não é.
Apenas deixem os Aussies e continuemos com o nosso projeto, de preferencia com uma parceria ainda maior com a França para aceleramos as coisas, afinal… se EUA e UK podem… por que a França não?
Novamente, isso é bom para nós!
Geralmente, quem é contra o nosso submarino nuclear, ou até mesmo contra as armas nucleares no Brasil, são sempre favoráveis quando é em outros países aliados da OTAN/EUA, eu acho isso muito, mas muito estranho!
Veja bem, os mesmos países ocidentais que não querem auxiliar o Brasil no programa nuclear, talvez com a exceção da França, também não tem interesse em ajudar os Indianos. Entre Brasil e Índia, um resolveu investir de verdade em energia nuclear, programa espacial… o outro ficou pra trás reclamando de como o mundo é injusto e não fazendo o dever de casa.
Não ache…existem milhares de detratores…..
Quem garante que a França deseja nossa ascensão ao patamar exclusivo que ela ocupa? Acham que ela, por birra, iria favorecer competidor? EUA, Inglaterra e Austrália não são, na atual circunstância, competidores como o Brasil e França são, apesar dos inúmeros laços culturais… A discussão está completamente fora de prumo e na direção errada.
Estados nao ajudam de graça outros estados a crescerem e se tornarem possíveis rivais, a teoria realista diz que esse nao seria o comportamento normal.
No caso da França, a necessidade de um fornecedor estavel de Uranio já que eles nao tem mais segurança no Niger seria uma razao pra aproximação, mas nao significa que repassariam tecnologia mais de ponta. Alias, conforme mais os europeus , franceses incluso, dependem mais da OTAN pra se defender da Russia, menos provável que os franceses tenham uma política externa independente da americana.
A tecnologia militar de propulsão e de armas nucleares são terminais, elas surgiram da competição pela primazia do comando do sistema mundial e são a garantia de que as coisas fiquem como estão ou acabem pra todos. O Brasil está bem inserido neste sistema e parece que não tem nenhuma aspiração ascensional ou contestatoria. De fato, retornamos a condição de colônia de extração enquanto o legado do breve interregno construtivo periférico do XX vai sendo arruinado em predação e parasitismo. Ignorar essa realidade negativa e suas consequências só nos torna mais suscetíveis e frágeis…
Mas o maior sabotador no fim é a “elite” politica e oligarquica do país, nao sao os EUA ou Europa que criaram o caos administrativo, inchado e ineficiente que cada dia mais suga riqueza da economia e mantem a população “burra”. Ainda sim por alguns brasileiros brilhantes, empresas como a Embraer surgiram no país, mas muito pouco comparado com o que os americanos, chineses, coreanos e japoneses desenvolvem de novo. Fora isso, culturalmente o Brasil ainda tá muito subdesenvolvido, a classe política é retrato do analfabetismo funcional da população. Outras culturas celebram o sucesso individual, a cultura brasileira preza pela… Read more »
Depois que a França foi passada para trás eu entendo que eles estão buscando alguém que possa construir submarinos com tecnologia francesa . Aí está a nossa oportunidade, aproveitar esse sapo que os franceses engoliram .
Paralelo aos grandes reatores do Álvaro Alberto, a MB deveria ter o projeto de reatores AMPS de 1 a 1,5 Mw….eles poderiam ser instalados nos Riachuelos e assim, dota-los com um um recurso AIP infinito….
Seria sempre não apenas um plano 2 caso a frota nuclear Álvaro Alberto fique inviável, como também um grande aumento de poder….
Os canadenses trabalharam com essa tecnologia nos anos 80 e consideraram produzir submarinos hibridos diesel-nuclear com essa tecnologia. A desvantagem é que a velocidade fica limitada a 12 nos igual AIP mas como vc disse, vira um AIP infinito o que pra patrulhar a costa brasileira seria ideal.
Fico sempre impressionado quando leio sobre o programa nuclear canadense e os seus reatores de água pesada.
Se for 12 knots ainda está no lucro. Bastaria a velocidade de patrulha de 8knots. UM Riachuelo com autonomia de vê-lo idade de patrulha infinita seria excelente e o projeto de amortização de risco do programa nuclear, pois todas as plantas e laboratórios tecno industriais são aproveitados, pessoal também…e seria um plano B quando o orçamento não é suficiente para a continuidade de um Álvaro Alberto….esempre considerando a proporção de 1 Subnuke para cada 4 a 5 convencionais….e neste caso, seriam convencionais com o AMPS….podendo tanto já sair da encomenda com esta instalação, ou incluir este plug AIP em cada… Read more »