Rolls-Royce fecha acordo de £9 Bilhões para submarinos nucleares
O Ministério da Defesa do Reino Unido e a Rolls-Royce fecharam um acordo de £9 bilhões para a produção de reatores de submarinos nucleares – o maior já firmado entre as duas partes. O contrato, chamado Unity, foi anunciado pelo Secretário da Defesa, John Healey, durante uma visita à fábrica de reatores nucleares da Rolls-Royce em Derby. Espera-se que a iniciativa gere mais de 1.000 novos empregos e proteja outros 4.000 postos de trabalho no Reino Unido.
O objetivo do programa Unity é tornar mais eficiente e sustentável a fabricação, o suporte e a manutenção dos reatores nucleares. O governo britânico afirmou que o contrato irá simplificar acordos anteriores, melhorar os incentivos e permitir entregas mais ágeis, resultando em uma economia de £400 milhões. Além de fornecer suporte à frota atual da Marinha Real, o contrato inclui a construção de novos submarinos da Classe Dreadnought e o início dos acordos do pacto de defesa AUKUS, entre Reino Unido, Estados Unidos e Austrália.
A Rolls-Royce já havia sido confirmada como fornecedora de reatores para a nova frota de submarinos nucleares anunciada em março de 2023. Esses submarinos serão construídos no Reino Unido e na Austrália, utilizando tecnologia dos três países. Para fortalecer a força de trabalho necessária, a Rolls-Royce inaugurou, em 2022, a Nuclear Skills Academy em Derby, que oferece 200 vagas de aprendizagem por ano durante pelo menos uma década.
Durante a visita à fábrica, Healey destacou o compromisso do governo britânico com a “tríplice garantia” da dissuasão nuclear, que inclui a construção de quatro novos submarinos nucleares em Barrow-in-Furness, a manutenção da presença contínua de submarinos nucleares no mar e a realização de todas as atualizações futuras necessárias. Segundo ele, o acordo com a Rolls-Royce impulsiona a economia britânica, gera empregos e fortalece a segurança nacional.
Quando questionado sobre a importância de Derby para a defesa do Reino Unido, Healey enfatizou que a cidade desempenha um papel essencial. Ele ressaltou a tradição da Rolls-Royce, que forneceu motores para os caças Spitfire na Segunda Guerra Mundial e, hoje, fabrica os motores que impulsionam os submarinos da frota britânica. O Secretário da Defesa também destacou a Nuclear Skills Academy como um centro de excelência global, afirmando que a Rolls-Royce e seus trabalhadores realizam atividades que nenhuma outra empresa no mundo consegue fazer.
O anúncio acontece poucos dias após Healey emitir um alerta à Rússia no Parlamento, depois que um navio espião russo foi avistado nas águas do Reino Unido. O ministro afirmou que o país está seguro graças às Forças Armadas, mas alertou que as ameaças estão aumentando e que a Rússia continua representando um risco imediato.
O presidente da Rolls-Royce Submarines, Steve Carlier, celebrou a assinatura do contrato Unity, reforçando o compromisso da empresa com a Marinha Real e com a Defesa Nuclear do Reino Unido. Ele destacou que o contrato permite investimentos estratégicos em capacitação, equipamentos e infraestrutura para proteger os interesses britânicos no país e no exterior.
A expansão das operações da Rolls-Royce já está em andamento, com a duplicação da capacidade da fábrica de Raynesway e a transferência para novos armazéns em Pride Park. A secretária-geral do sindicato Unite, Sharon Graham, classificou o acordo como uma excelente notícia para os empregos no Reino Unido e para a economia britânica. O deputado de Derby South, Baggy Shanker, também celebrou a parceria, chamando-a de “um marco histórico” para a cidade e para os contribuintes britânicos.
FONTE: BBC
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– Que submarino é o teu?
– É um Rolls-royce.
Chictoso hein
De fato é um baita investimento, e corroborará na construção dos submarinos nucleares classe Dreadnought. Claro que não dá pra passar por uma notícia destas, sem fazer uma breve análise, mesmo que esta deva ser muito relativizada em virtude das realidades posta, do nosso Prosub. Vamos lá: a meu singelo ver, o Prosub poderia ter sido desenhado de outra forma, visando objetivos de maior prazo, e com financiamento mais longo(visto que tecnologia nuclear não se domina em curto espaço de tempo, salvo em situações de hostilidade constante). Trago alguns pontos para reflexão. a) creio que se tratou de uma decisão… Read more »
Enquanto eles vão fazer um reator que dura 30 anos, teremos que ter um reator de 07 anos, aumentando os custos de manutenção e deixando o sub muito tempo parado
A MB deveria pensar em submarinos diesel com bateria de litio, o Japao ja produziu os dois ultimos Soryu e vai comissionar o 4o Taigei nos proximos meses (e o 5o ja está pronto). Sao embarcacoes mais baratas de manter que com AIP e extremamente silenciosas podendo permanecer submersas por 3 meses. E sao mais rapidas que embarcações com AIP. A Coreia do Sul, Italia e Alemanha irão adicionar baterias de litio nos seus proximos, bem como a Naval Group nos futuros scorpenes. Quando o Japao conseguir desenvolver baterias de estado solido, talvez na proxima decada?, qualquer vantagem de um… Read more »
concordo, se desse para colocar já nos próximos subs da MB baterias de íons de lítio eu seria favorável, daria para patrulhar todo atlântico sul sem medo
A Indonésia assinou por 2 Scorpene Evolved (com baterias de Litio) em Abril, vai construir localmente, não teria porque também não ser produzido no Brasil se a MB quisesse.
https://www.naval-group.com/en/naval-group-and-pt-pal-have-signed-contract-indonesia-2-locally-built-scorpener-evolved-full-lib
https://www.navalnews.com/naval-news/2023/10/france-offers-new-scorpene-evolved-li-ion-submarine-to-indonesia/
Tudo é uma curva de aprendizado. A R&R tem quase 70 anos de experiência em projetos de reatores navais, então eles podem projetar com níveis de segurança e eficiência um reator com uranio enriquecido quase em grau de arma (~90%) e com vida útil de 25-30 anos sem reabastecimento. Quem ainda não tem know-how desenvolve projetos mais convencionais.
O problema é o custo e o tempo gasto pela MB que se arrasta. Entre o Chicago Pile 1, primeiro reator experimental, e o termino da construção do USS Nautilis, primeiro sub com propulsão por energia vinda de um reator, se passaram apenas 12 anos.
E 9 bilhoes de libras só pra investir na planta da RR para reatores é uma cifra alta demais comparado com o que se gasta em defesa no Brasil.
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Gastos em defesa por poder de paridade de compra ( PPC- que muitos adoram usar como índice) . O Brasil ficaria na frente da Alemanha, do Japão e até da Itália…