O Escritório do Programa de Módulos de Missão dos Navios de Combate Litorâneo (LCS) da Marinha dos EUA integrou capacidades aprimoradas do sistema de defesa contra aeronaves não tripuladas (C-UAS) ao USS Indianapolis (LCS 17), um navio da classe Freedom desdobrado no exterior.

O USS Indianapolis (LCS 17) foi comissionado em 2019, em Burns Harbor, Indiana, e recebeu atualizações no software e hardware do módulo de mísseis superfície-superfície (SSMM) no outono de 2024 para fortalecer suas defesas durante operações.

Essa melhoria demonstra a adaptabilidade do SSMM para enfrentar ameaças variadas e reflete os esforços contínuos da Marinha na modernização de sua frota. O objetivo é aprimorar a capacidade de projeção de poder e liberdade de manobra em ambientes contestados.

Kevin Smith, oficial executivo do programa de navios não tripulados e pequenos combatentes, destacou que a integração rápida do C-UAS fortalece a estratégia da Marinha em termos de agilidade operacional, dissuasão e domínio sustentado em regiões litorâneas.

O SSMM faz parte do Pacote de Missão de Guerra de Superfície dos LCS e foi inicialmente projetado para ampliar o alcance de engajamento e a capacidade de ataque do navio contra ameaças de pequenas embarcações, utilizando mísseis Longbow Hellfire.

Em 2022, uma versão modificada do SSMM demonstrou com sucesso sua capacidade de ataque terrestre, expandindo sua utilidade operacional. O Escritório Executivo do Programa segue liderando a implementação dessas capacidades para garantir acesso seguro e resposta a ameaças no ambiente litorâneo.

Os navios LCS são classificados como Pequenos Combatentes de Superfície, projetados para serem rápidos e ágeis em operações costeiras, enfrentando ameaças modernas e apoiando missões como presença avançada, segurança marítima e controle do mar.

A classe LCS possui duas variantes: a Freedom, com casco monobloco de aço, construída pela Lockheed Martin no estaleiro Fincantieri Marinette Marine, em Wisconsin, e a Independence, com design trimarã de alumínio, produzida pela Austal USA em Mobile, Alabama.

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Alex Barreto Cypriano

Um número razoável o de 24 mísseis AGM-114 L. Num Freedom já estão presentes os 21 RIM-116 RAM. Ninguém sabe com certeza qual o alcance dos Hellfire Longbow em lançamento vertical, mas quando air launched o alcance é de 4,5 NM (8 km). Parece pouco alcance pro uso de ataque a alvo terrestre. Os RAM, entre 9 e 16 km, dependendo do modelo. O canhão Mk 110, 57 mm, tem um alcance de 9 NM (16 km). Seria melhor contar com mísseis de maior alcance, como o AGM-179A JAGM (Joint Air to Ground Míssile) MR (medium range) cujo alcance bateria… Read more »

Dalton

Alex, apenas atualizando, há no momento apenas três unidades da versão Freedom armados com o “RAM”, o LCSs 03, baseado em San Diego usado para testes e os LCSs 13 e 15 na Florida por conta da retirada precoce de serviço dos LCSs 01,05, 07, 09 e 11. . O USS Indianapolis (LCS 17) e os seguintes, 19, 21, 23, 25, 27, 29 e o 31, este último será incorporado em breve, baseados na Florida estão armados com o SeaRAM com 11 mísseis para pronto uso mais recargas. . Um total de 9 Arleigh Burkes estão armados com o SeaRAM,… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Grato, mestre Dalton, pela atualização.

Bosco

Alex, Um alcance de 8 a9 km está de bom tamanho para um míssil contra pequenas embarcações. Elas não são detectadas muito mais longe que isso e a essa distância mesmo um ataque de enxame seria detido dada à velocidade das embarcações. Contra pequenos drones (classe II) também está bom já que igualmente esses drones são detectados muito próximos. Contra alvos no solo o alcance poderia ser maior mas como o míssil opera com um seeker de radar milimétrico ele não tem muita flexibilidade sendo utilizado só contra alvos específicos que constam na sua “biblioteca” (ex: um veículo de combate)… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Grato, mestre Bosco.

Skyhawk

Os canhões 40mm das fragatas Niterói e da corveta Barroso tem alguma capacidade de abater drones pequenos e misseis?

Last edited 1 dia atrás by Skyhawk
Fernando XO

Prezado Skyhawk, tudo começa com a detecção e acompanhamento do alvo para depois fazer a designação para o sistema de armas… tudo isso tem de ocorrer muito rápido, dada a velocidade dos mísseis, no caso mais crítico, para que os canhões tenham chance de atingir o alvo.
Contra drones, os canhões de 40 mm tem uma boa chance, dada a cadência de disparos e munição empregada; contra mísseis, vai depender do tempo de reação da Tripulação, como citei acima.
Cordial abraço.

Skyhawk

Olá Fernando, valeu por responder.

Skyhawk

Achei no Youtube dois vídeos bem legais falando sobre o canhão Bofors 40mm mk3 e sobre o novo canhão Sea Snake 30mm que vai equipar as novas fragatas classe Tamandaré. Vou colocar os links mas se for proibido postar link, podem excluir o comentário.

O canal se chama Oficina da Guerra

https://m.youtube.com/watch?v=lcYklUtO3k8

https://m.youtube.com/watch?v=9ucD6jgQ3PA

Skyhawk

Olá Boa tarde!
Alguém sabe ao certo quantos lançadores de mísseis anti-navio as fragatas classe Tamandaré terá? Vejo em alguns meios de notícias dizendo dois lançadores duplos e outros dizendo 8 mísseis.

Fernando Vieira

Classes Freedom e Independence. O Secretário da Marinha na época da concepção dessas classes de navio devia ser um grande fã do filme Armagedom