Margem Equatorial: o novo pré-sal brasileiro?

Em 2024, a EPE lançou o estudo “O Papel do Setor de Petróleo e Gás Natural na Transição Energética”, no qual expõe como o futuro descarbonizado não é sem hidrocarbonetos e a solução para o problema climático deve incluir a indústria de petróleo e gás.
Para a transição energética avançar, portanto, é essencial ter a participação ativa do setor de O&G e, consequentemente, de novas reservas, possibilitando seu papel de garantir a segurança energética durante todo o processo.
Nesse sentido, a Margem Equatorial tem ganhado cada vez mais notoriedade, sendo chamada por alguns de “novo pré-sal” pelo seu potencial para novas descobertas, como os casos de sucesso exploratório alcançados nas bacias sedimentares na Guiana e Suriname.
O que é a Margem Equatorial?
É uma região que se estende por mais de 2.200 km e está situada entre o extremo norte do Amapá e o litoral do Rio Grande do Norte. Além disso, é composta por 5 bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Para-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
Segundo estimativas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o volume de recursos de O&G na área é de cerca de 30 bilhões de barris de óleo equivalente.
Atividades de E&P na Margem Equatorial
As primeiras perfurações na Margem Equatorial foram realizadas na década de 1970, sem que grandes descobertas viabilizassem a produção comercial. Até o momento, a maioria das atividades exploratórias ocorreu em águas rasas.
O sucesso exploratório revelado na Guiana, com a descoberta de mais de 10 bilhões de barris de petróleo, e no Suriname, no entanto, reforça o seu potencial em virtude de a região ter a mesma formação geológica.
A maior parte dos blocos exploratórios concedidos na região são resultado do leilão da 11ª Rodada de Licitações da ANP.
A Margem Equatorial e o setor de O&G brasileiro
A produção de recursos de óleo e gás na Margem Equatorial será estratégica para o mercado brasileiro, pois os potenciais volumes serão fundamentais para sustentar e expandir a produção de O&G no país a partir da década de 2030, quando é esperado um declínio natural na produção do pré-sal, atualmente a principal fronteira produtiva de petróleo e gás no país.
Além disso, para que o processo de transição energética avance no ritmo desejado por todos, é necessário que a produção de petróleo e gás continue se desenvolvendo. A demanda por óleo, gás natural e combustíveis seguirá crescente nos próximos anos, e a indústria de petróleo precisa garantir a segurança energética e a oferta de produtos enquanto a transição avança gradualmente.
De acordo com cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a exploração na região agregaria uma produção de até 1,1 milhão de barris por dia, com pico de produção em 2029. Esse volume seria o equivalente a 1/3 da produção atual total do país.
Benefícios de desenvolver a atividade de O&G na região
O desenvolvimento das atividades de sísmica e posterior produção na área trará grandes benefícios sociais e econômicos para o país, em especial para região Norte. A produção de óleo e gás atrairá investimentos para a região, que se traduzirão em novos empregos e aumento da geração de renda, dando um novo dinamismo à economia regional.
Com o desenvolvimento do mercado de óleo e gás na Margem Equatorial, estados e municípios serão beneficiados com o recebimento de royalties, participações especiais e impostos pagos pela cadeia produtiva, permitindo a aplicação desses recursos em políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida da população.
Impactos nas comunidades locais da Foz do Amazonas
O poço exploratório que deverá ser perfurado nos testes iniciais está localizado em alto-mar, a 500 quilômetros da Foz do rio Amazonas, o equivalente à distância entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Além disso, a exploração do primeiro poço será um trabalho temporário, com a duração prevista de apenas cinco meses. Após esse período, serão feitas avaliações para decidir sobre a viabilidade e continuidade das operações.
Por ser um setor altamente regulado e fiscalizado, todos os dias são produzidos no Brasil 3,5 milhões de barris de petróleo em diversas regiões do país seguindo os requisitos técnicos e de segurança exigidos pelos órgãos reguladores, fiscalizadores e ambientais. Além disso, as empresas atuantes no Brasil têm comprovada experiência nesse tipo de projeto, e o Brasil é líder mundial em exploração de petróleo em águas ultra profundas.
FONTE: alemdasuperficie.org
Tem muita gente idiota no Brasil. A Marina, alguns ativistas e parte do pessoal do IBAMA acham que explorar petróleo lá vai causar um desastre ambiental 🙄 O próprio presidente da república, que não é burro nem nada, está pressionando o IBAMA para liberar a licença. E ele já deu várias declarações públicas a respeito, que causaram inclusive rusgas entre ele e a Marina. É uma única licença, para cavar um único poço para estudo. E o pessoal tá causando esse escarcéu todo. Se não exploramos essas reservas, vamos ter que começar a importar petróleo, pois as reservas do pré-sal… Read more »
Não se trata de ser id$Ota ou não, a coisa é meramente discurso político.
Anos atrás um Procurador de Justiça abriu um processo contra uma obra, bloqueando a execução da mesma. Alguns anos depois esse cidadão virou governador de resolveu retomar dita obra, mas descobriu que depois de tantos anos a coisa continuava embargada em vários tribunais. E a coisa está parada até hoje.
Desde que ele tomou posse foi a única vez em que me senti realmente representado como cidadão Brasileiro.
Nesta briga estou com o sapo barbudo.
Mas não há muito o que ele possa fazer.
Foi eleito com e graças apoio explícito dessa máfia que desejava ver o bolsonaro pelas costas e agora lhes deve.
A própria escolha da Marina lá em 2023 já fez parte do pagamento.
Azar do Brasil…
MMA vive em outro planeta. Vai atrapalhar a reeleição do governo atual. No próximo governo o congresso aprova uma lei autorizando a exploração e tirando autoridade do MMA. O problema é ter que esperar esse tempo todo.
Torço para que o governo pare de ficar batendo cabeça entre eles mesmos e que dê tudo certo para trazer desenvolvimento e emprego para essas regiões, que estão entre as mais pobres do país.
Desculpe o choque de realidade, mas nunca que essas bacias, ainda que exploradas, trarão riquezas para a região. Alguns ficarão milionários, poucos bilionários. Mas a população que é conivente e subserviente, continuará paupérrima. É a dita “maldição das commodities”, que afeta todos os países do mundo, à exceção da Noruega
A iniciativa é louvavel, e o Brasil DEVE diversificar ao máximo sua malha energética.
Inclusive, com ainda mais incentivos pra parques eólicos e energia solar.
Mas alho que quase ninguém fala é nossa capacidade de refino.
Mandamos petróleo cru pra fora, e o recompramos mais caro, já refinado.
Isso é burrice, e devemos aumentar nossa capacidade de refino pra ontem.
Outra coisa que deveríamos ser, pra ontem, é ser auto-suficiente em combustível de aviação.
O COMPERJ no papel, seria exatamente para estas coisas, mas ele fica no estado do Rio de Janeiro, perto da zona urbana da cidade do Rio. Ahi tem que ver os fatores contra e a favor no mundo real…. Muito mais complexo do que parece a primeira vista.
Hoje há excesso de fornecimento de energia solar, tal que há imbróglio na Justiça por conta de suspensão de pagamentos, visto suspensão de consumo. Energia eólica precisa ser revista, pois hoje sabe-se de diversos impactos ambientais. Daí a coisa: onde estava i Ibama quando avaliou isso aí? E a questão do refino é simples: o nosso óleo é muito grosso, quase uma borra, e o custo de refino desse tipo de óleo e gigantesco. De qualquer modo esse óleo precisa ser misturado com mais fino. Vale ressaltar quecenqyanti o oleoso pré sal é uma borra, o da Foz do Amazonas,… Read more »
O óleo do pré sal é leve e hoje a maior parte da produção é do pré sal. Solar e eólica são competitivas em custo e compõe bem o grid. A questão é a prioridade de despacho dessas fontes. A demanda mundial por petróleo é colossal e não irá diminuir como mágica. A EPE possuí estudos top sobre todos esses temas energeticos
Energia top é energia nuclear , temos uma das maiores jazidas de urânio do mundo e não usamos praticamente nada.
Tanto é que só voltamos a minerar urânio em 2023
É uma energia das mais caras. É uma boa opção para países que não possuem nem fontes fósseis, nem renováveis.
A politica de refino sempre foi errada e material para corrupção, vide o mais recente caso do Gov Dilma comprando uma no Texas por 750 milhões de dolares há mais de 10 anos… O monopolio do refino terminou em 2019 mas a admin atual manteve na pratica a politica de monopólio da Petrobras. Sem mais atores privados vai continuar assim, importando diesel do exterior, combustível essencial pra transportar 70% dos bens pelo país. E mesmo sem monopólio, quem é besta de se aventurar nesse negócio e navegar pelo mar de burocracia? No fim, sem malha ferroviária e sem capacidade de… Read more »
Aproveitando o gancho do teu comentário, ocorre a mesma coisa em relação a energia nuclear no Brasil. O volume de corrupção envolvendo os reatores de Angra I, II e III tornaram a energia nuclear no Brasil inviável em termos econômicos.
Uma matéria interessante para quem gosta da área nuclear.
https://petronoticias.com.br/eletromuclear-rejeita-fiscalizacao-da-wano-nas-usinasangra-1-e-2-e-poe-o-brasil-ao-lado-do-ira-e-da-coreia-do-norte/
A qualidade/ tipo de nosso petróleo, quando refinado, não nos atende.
Mesmo q refinássemos 100%, não nos supriria.
Não quero incentivos as custas da minha conta de energia. Os recursos da partilha da exploração de petróleo devem chegar a 1 trilhão de reais muito em breve (conforme a IBP). Esse sim é o dinheiro a ser utilizado para a transição energética.
Você sabe que hoje o preço do SAF é da ordem de 15 vezes maior que o querosene de aviação?
Há algumas coisas que devem ser mudadas na Lei, entre outras, o funcionamento do próprio Ibama. Não é só óleo e gás, mas absolutamente tudo que se queira fazer é uma burocracia sem fim e muitas vezes sem sentido. Exemplo: Rumo Logística precisava fazer um corte no escarpa, basicamente fazer um corte numa rocha, o que após dois anos não havia sido autorizado.
E, como desgraça pouca é bobagem, o IBAMA nào está só. Há uma sobreposição propositadamente redundante com órgãos estaduais e municipais – sequelas de nossa federação peculiar – que fazem dessa selva burocrática uma via crucis para qualquer empreendimento.
A Exploração da margem equatorial é uma questão de sobrevivência para o Brasil, e uma oportunidade fantástica para desenvolver a região nordeste.
No papel tá uma Maravilha,mas vai proteger com o que tudo isso aí?
Da mesma forma que sempre protegeu o pré sal.
“Margem Equatorial: o novo pré-sal brasileiro?”
R: Não se o IBAMA puder impedir.
Tirar essa autoridade do Ibama é a melhor forma de congressistas garantir emenda parlamentar.
Vocês devem encontrar por aí, no YouTube, entrevista do senador magno malta aonde este relata das dificuldades do então presidente bolsonaro para combater e eliminar da administração federal esses conselhos, agências e grupos de interesse que se tornaram quase um estado dentro do estado.
Simplesmente não há o que se possa fazer.
Nem como recorrer ao judiciário que sempre lhes dá razão.
Se o Capitão, que era inimigo dessa turma nada pode fazer menos ainda o lulleco que é ” da turma”.
O Brasil não sai disso na paz…
Aonde leram ” magno malta” leiam deputado Marco Feliciano.
Corrigido.
Energia é tudo. Sem ela nem caminhamos. Importante o Estado ter o controle – não necessariamente a propriedade – de todo o ciclo de produção. Extração, transporte, refino e distribuição. Não podemos ficar totalmente reféns de turbulências externas, geopolítica e atores privados com interesses próprios ou trabalhando para atores externos ou internos. Se der M lá fora, temos que dar conta do consumo interno sem que dispare o custo ou lucros absurdos dos produtores com a conta paga pela sociedade, como visto recentemente. A Petrobras tem um papel estratégico nessa política, só tem que trabalhar para mantê-la longe de ladrões… Read more »
E o que temos para proteger ativamente isso tudo?
Uns par de RBS70 e uns Iglas S.
Olha a hora para o OTH100 ai….umas baterias de ASTROS com o Mansup ER.
Excelente momento para fechar uma parceria com a Índia para umas Nalgiri, uns Brahmos integrados ao ASTROS tbm. Uns AVTM, com uns 1500Km de alcance otimizado contra alvos superfície.
Uns sistemas antiaéreos nacionais com a EDGE desenvolvendo os misseis integrados ao SABER M60/M200.
Antes que me critiquem, me deixem sonhar em PAZ.
Usar baterias do sistema ASTROS para que?
Defender essas áreas?
São foguetes de artilharia, não misseis de precisão.
Com fragmentação causa estrago. Eram baseados na praia grande para defesa de costa.
Tem que furar logo isso aí e explorar. Sem choro e com consciência do que estão fazendo. Agora, essa questão pode explicar o desejo da MB de anos e anos atrás de ter uma segunda esquadra ou não tem relação alguma? Alguém saberia responder?
O petróleo brasileiro tem uma pegada de carbono menor que a média mundial. Se deixarmos de produzir petróleo, as emissões mundiais aumentam.
Problema não é explorar, é o refino!
Novo pré-sal dos europeus e norte americanos, talvez até mesmo chineses, pois se nem o pré-sal anterior querem explorar direito, fazendo leilões do direito de exploração, imagina ali. Fora que estão há décadas tentando matar quaisquer chances de sermos autônomos na produção de combustíveis e derivados, praticamente dando de graça plataformas e refinarias para interesses externos e internacionalizando o valor do petróleo, fazendo o favor de sucatear nossa principal empresa responsável e distribuir seus lucros em dividendos, invés de usar esses lucros para desenvolver nosso setor energético ( que é uma das principais atribuições da Petrobrás ).
É uma empresa privada, espero que dê lucro. Seus acionistas podem fazer o que quiser com os dividendos, o mais comum é gerar superávit primário. Poderia financiar a indústria.
A exploração desse petróleo vai mudar o PIB desses estados, principalmente do AMAPÁ.
E qual será o verdadeiro motivo para o atual Chefe de Estado estar se dedicando tanto à viabilizar um nova “empreitada de pré-sal”? Motivos patrióticos? Aumentar o PIB regional? Melhorar a situação da população que vive na região? Basta ver os índices de crescimento das regiões maos pobres do RJ e ver se obtiverem redução depois do pré-sal. Toda esta novela já vimos. O pré-sal anterior ajudou o atual Presidente, em sua gestão anterior, a ter governabilidade junto ao Legislativo. Algo que precisa urgentemente para ter novas chances em uma reeleição. E de coincidência, o início dessa nova “empreitada” não… Read more »
Sugiro analisar o orçamento dos estados do RJ, Espírito Santo e Amapá. A partir dos dados você pode formar uma opinião assertiva. Sabe quantos empregos o setor gera? Sabe Por exemplo, que só a obrigatoriedade de investimento em P&d dos recursos do petróleo, representa um orçamento maior que o do MCTI? Ou seja, a maior parte da pesquisa do Brasil é mantido pelo petróleo.
A todos aqui não podemos ignorar o FATO de que existem bancadas de tipos de corais com vários kms de extensão e em vários profundidades que se quer foram DEVIDAMENTE estudadas e mapeadas. Existem diversos vídeos comprovando e fator mais importante. Tem muitas espécies endêmicas numa formação única no mundo. O petróleo pode ser explorado e deveria, mas antes as pesquisas e as DEVIDAS proteções em caso de desastre plausível.
As técnicas de mitigação já existem. São as mesmas, impedir o vazamento e conter o possível vazamento. Isso já está previsto no custo de exploração. Que pesquisa é essa? A Petrobrás possuí as técnicas mais avançadas nessa área. Aliás, você sabe que a maior parte de toda a pesquisa do Brasil inteiro é mantida com recursos da exploração de petróleo? Sem a exploração a % do pid destinado a pesquisa caí pela metade. Um vazamento em um campo vizinho na Guiana tem um potencial de risco ao meio ambiente brasileiro semelhante. A Petrobrás operando lá irá monitorar e dispor de… Read more »
Meu Deus do céu.
Não tem navio nem para o campo atual.
Imagina para o aumento da plataforma.
Precisamos refazer a MB e a maneira que o almirantado pensa.
Da forma como está hoje, teremos mais território vazio, para ser pirateado.
Da onde você acha que vem o fundo da marinha? A partilha da exploração prevê inclusive esse tipo de destinação, De qual origem fiscal você sugere prover orçamento para está destinação?
Drill, baby, drill.